Barra do Açu

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Praia do Açu
Localização
Localização
Descrição
Tipo de praia
oceânica
Extensão da orla
3km.
Banhada por
Faixa de areia
amarelada
Funcionamento
Acesso público
BR356

Barra do Açu, Praia do Açu[1] ou simplesmente Açu, é uma localidade praiana pertencente ao 5º distrito do município de São João da Barra, no estado do Rio de Janeiro, no Brasil.

Etimologia[editar | editar código-fonte]

"Barra" é um termo que designa a desembocadura de rios. No caso, o rio em questão é o Rio Paraíba do Sul. "Açu" é um termo de origem tupi que significa "grande".[2] Provavelmente, uma referência ao Rio Paraíba do Sul.

Porto do Açu[editar | editar código-fonte]

Com grande expectativa de investimentos o Porto do Açu já trouxe vários trabalhadores para o município de São João da Barra, empresas contratadas trouxeram trabalhadores e muitos comércios surgiram para suprir a necessidade dessas pessoas como restaurantes, depósitos de construção, supermercados. Com a crise de 2008 e a desistência de instalação de siderúrgicas, que inviabilizou a instalação das térmicas fez com que o projeto ganhasse desconfiança no mercado, ações do grupo de Eike Batista despencaram na bolsa, pela dúvida na capacidade de tornar os projetos reais.[3]

As desapropriações[editar | editar código-fonte]

O Decreto Estadual 41.915/2009, aprovado pela Câmara de Vereadores permitiu a desapropriação como de interesse público uma área de 7.200 hectares, as desapropriações foram feitas através da Companhia de Desenvolvimento Industrial do Estado do Rio de Janeiro (Codin) e a ex-LLX (atual Pruma), para dar espaço ao condomínio industrial previsto no projeto.[4] Há informações do pagamento de R$ 2,8 milhões em auxílio para 190 famílias, das quais 35 foram para o assentamento, que leva o nome de Vila da Terra.[3] As denuncias de irregularidades na desapropriação dos agricultores vem sendo feita há anos, eles acusam situações de falta de transparência, descumprimento da legislação ambiental e latifundiária, além da pressão sofrida para que saíssem de suas terras[5] As condições do novo assentamento (Vila da Terra), segundo os reassentados, são como as de uma "favela rural", pela proximidade das casas, já que estavam acostumados a terras amplas e próprias ao cultivo. Segundo a LLX, as casas têm toda infra-estrutura necessária com móveis e aparelhos eletrônicos entregues juntos com as casas, os terrenos tem dimensão mínima de 2 hectares, e os terrenos acima de 10 hectares seriam desapropriados e pagos com o valor corresponde as terras.[6]

A crise no grupo EBX[editar | editar código-fonte]

A LLX deixa de existir, virando Prumo, a negociação ocorreu com o grupo americano EIG, prevendo o aumento de capital privado de 1,3 bilhão. Eike Batista ainda continua como acionista importante com 21%, mas não faz parte mais do Conselho Administrativo da empresa que agora fica sobre a presidência de Eduardo Parente (ex presidente da MRS Logística). A OGX, atualmente Oléo e Gás Participações, tenta se recuperar da enorme dívida. A MPX, empresa de Energia, virou Eneva, com a compra de ações de Eike Batista pela alemã E.ON, agora a empresa tem 36,2% de participação com a compra das ações que eram de Eike Batista. A REX, empreendimento imobiliários, vendeu o Hotel Glória para a Suiça Acron AG, o hotel seria reformado para a Copa do Mundo e Olimpiadas de 2016, a rede Four Seasons deve operar o hotel. [carece de fontes?]

EIG e compra da LLX (atual Prumo)[editar | editar código-fonte]

Após analisar outros ativos do grupo, a EIG avaliou o porto como o de maior potencial de valorização. Também pesou o fato de 80% do financiamento das obras já estarem equacionados. Especializada em energia e infraestrutura para o setor, a EIG aposta na localização do Açu para atrair empresas de petróleo. Em desenvolvimento desde 2007, o Porto do Açu assinou acordos preliminares com cerca de 60 empresas, mas pouco mais de uma dezena fechou contratos de longo prazo. Outras, como a montadora Nissan e as siderúrgicas Wisco e Ternium, desistiram.[7]

Lagoa do Açu[editar | editar código-fonte]

Em 2012 a Lagoa do Açu virou Parque Estadual da Lagoa do Açu. Nesta área de 8.251,45 entre Campos dos Goytacazes e São João da Barra há vegetação de restinga e de mangue, sítios de pouso e reprodução de aves migratórias e região de desova da tartaruga marinha conhecida como cabeçuda.[8] Apenas 1% do parque esta situado no município de São João da Barra.

Lagoa do Açu

Lagoa Salgada[editar | editar código-fonte]

A Lagoa Salgada também esta situada ao sul do município, e é classificada pela Sigep (Comissão Brasileira de Sítios Geológicos e Paleobiológicos) como um sítio geológico e paleontológico, onde apresenta formação de estromatólitos, um tipo de rocha primitiva formada por cianobactérias, que são consideradas as responsáveis pelo aparecimento do oxigênio na atmosfera terrestre. Esse tipo de formação rochosa é a única no Brasil e na América do Sul, sendo observados apenas na China e Estados Unidos.[9] Há também estudos que sinalizam que a lagoa têm uma lama com rico material orgânico igual ou superior ao do Mar Morto, Israel.

Referências

  1. «Praia do Açu - São João da Barra - RJ». www.praias-360.com.br. Consultado em 4 de janeiro de 2017 
  2. «Livro: Método Moderno de Tupi Antigo - Eduardo de Almeida Navarro» 🔗. Estante Virtual. Estante Virtual. Consultado em 4 de janeiro de 2017 
  3. a b «Região do Porto do Açu sofre com crise do grupo EBX - Brasil Econômico». brasileconomico.ig.com.br. Consultado em 4 de janeiro de 2017 
  4. «Mega obra impacta agricultores». www.cptnacional.org.br. Consultado em 4 de janeiro de 2017 
  5. «Porto do Açu, um novo latifúndio - Canal Ibase». Canal Ibase. 9 de setembro de 2013 
  6. «Pastoral da Terra questiona desapropriações em projeto do EBX». Valor Econômico 
  7. «Porto do Açu estará em plena operação em 2 anos - negocios - geral - Estadão». 17 de março de 2014. Consultado em 4 de janeiro de 2017 
  8. «Ecovia mostra as belezas e problemas do Parque da Lagoa do Açu». Jornal Online Terceira Via. 7 de março de 2016. Consultado em 4 de janeiro de 2017 
  9. «Exibe Conteúdo». www.rj.gov.br. Consultado em 4 de janeiro de 2017