Biblioteca Estadual de Niterói

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Biblioteca Parque de Niterói
Biblioteca Pública de Niterói (BPN), Biblioteca Estadual Ministro Geraldo Montedônio Bezerra de Menezes
País  Brasil
Estabelecida 1935 (89 anos)
Localização Centro, Niterói (RJ)
Acervo
Tamanho 40 mil itens
Depósito legal Sim
Acesso e uso
População servida Aberta ao público

Biblioteca Parque de Niterói (BPN), anteriormente conhecida como "Biblioteca Pública de Niterói" e também "Biblioteca Pública Estadual Ministro Geraldo Bezerra de Menezes", é uma importante biblioteca pública estadual situada na praça da República, sem número, no Centro de Niterói.

Possui um acervo de mais de 60 mil itens — livros, revistas, jornais, DVDs, audiolivros e livros em Braille — e já constituiu-se como a principal biblioteca do antigo Estado do Rio de Janeiro. Conta com importante acervo de obras raras e especiais, principalmente concernentes à história e cultura do Estado do Rio de Janeiro , assuntos dos quais se encontram obras e documentos referentes aos séculos XVI, XVII e XVIII.

Atualmente é gerida pela Fundação de Arte de Niterói, autarquia do município de Niterói que administra os equipamentos culturais da cidade, subordinada à Secretaria das Culturas.

Histórico e prédio[editar | editar código-fonte]

A BPN foi inaugurada em 1935, quando Niterói era a capital do antigo Estado do Rio. O prédio em que se encontra a biblioteca é considerado um marco na arquitetura da região central de Niterói — ocupando na citada localidade uma área de cerca de 1.500 m². Em estilo neoclássico, foi projetada pelo arquiteto ítalo-brasileiro Pietro Campofiorito. Integra o conjunto cívico da Praça da República. Mandada construir pelo governo do Estado do Rio de Janeiro, em 1932, dois anos depois da Revolução de 1930, pelo interventor almirante Ari Parreiras, a fim de ser inaugurado nas comemorações do centenário da elevação de Niterói a condição de cidade e capital do Rio de Janeiro, decorrência do Ato Adicional de 1834.

Biblioteca Pública de Niterói.

O projeto da biblioteca constava no escopo da proposta original para construção do centro cívico da Praça da República, projetado pelo arquiteto francês radicado no Brasil, Emile Depuy Tessain, a pedido do então Governador Oliveira Botelho e do prefeito de Niterói Feliciano Sodré, para abrigar a uma biblioteca universitária e o arquivo público do Estado. O edifício faria par, no conjunto de edificações do centro cívico, com o edifício da Escola Central, o atual colégio estadual Liceu Nilo Peçanha, como espaços de educação, cultura e conhecimento. Porém, a falta de recursos públicos, a instabilidade política por que sucessivamente passou o Estado do Rio de Janeiro ao longo da década de 1920 e a própria Revolução de 1930 interrompeu o início de sua construção, tal como do Palácio do Governador (nunca construído). Sua construção simbolizava a estabilização política no Estado. Com sua inauguração, tornou-se o último prédio edificado no conjunto da Praça da República de Niterói. O arquiteto Pietro Campofiorito foi chamado, e desenvolveu novo projeto, totalmente original.

O edifício foi tombado como patrimônio cultural do Estado à data de 1983 pelo Instituto Estadual do Patrimônio Cultural, o Inepac. A biblioteca já abrigou o Arquivo Público do Estado do Rio de Janeiro.[1] Em 2011, o edifício foi restaurado. Foram realizadas intervenções na área interna e externa. Retornou as formas originais e ganhou um novo conceito, centro cultural de acesso ao conhecimento, à informação, ao lazer e entretenimento.[2]

Até 2016, era um espaço da Secretaria de Estado de Cultura, com gestão da organização social do Instituto de Desenvolvimento e Gestão.[3] Em 2017, passou por um processo de municipalização[4], sendo atualmente gerida pela Fundação de Arte de Niterói, autarquia do município de Niterói que administra os equipamentos culturais da cidade, subordinada à Secretaria das Culturas.

Espaços[editar | editar código-fonte]

A biblioteca conta com salas no andar térreo e no primeiro andar, sendo elas:

  • Multiplicidade - abriga História, Geografia, Literatura Infantojuvenil, Música, Teatro, Dança, Cinema, Esportes. É a sala que abriga o material de acessibilidade, com livros em Braille, computadores acessíveis

Denominação[editar | editar código-fonte]

Em 2006, a Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro, por unanimidade de votos, aprovou-se o projeto de lei 1.171/2003, de autoria da ex-deputada Aparecida Panisset; a 11 de julho, a data de nascimento de Geraldo Montedônio Bezerra de Menezes, a governadora Rosinha Garotinho, assinou o decreto 39.542/2006, publicado no Diário Oficial do dia seguinte, através do qual "Fica denominada Biblioteca Estadual Ministro Geraldo Montedônio Bezerra de Menezes a Biblioteca do Estado situada no Município de Niterói".[5]

Ver também[editar | editar código-fonte]

Referências

  1. Biblioteca Estadual de Niterói fechada para obras Notícias JusBrasil.
  2. Biblioteca Estadual de Niterói passa por revitalização e modernização Secretaria de Cultura -RJ.
  3. ORGANIZAÇÃO SOCIAL DE CULTURA Instituto de Desenvolvimento e Gestão.
  4. «Biblioteca Parque de Niterói é municipalizada». culturaniteroi.com.br (em inglês). Consultado em 31 de outubro de 2019 
  5. Diário RJ - Parte II (Poder Legislativo) Radar Oficial. (Agosto, 2006).

Ligações externas[editar | editar código-fonte]