Binormativismo

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O binormativismo é uma proposta de estabelecimento de duas normativas ortográficas plenamente válidas e oficiais para o galego que os seus promotores afirmam retirar da existência de duas formas oficiais para o norueguês. Existem dois padrões considerados formas da mesma língua norueguesa: Bokmål ou língua bokmål norueguesa, mais próximo da língua dinamarquesa, e Nynorsk ou língua nova norueguesa desenvolvido a partir dos dialetos ocidentais do país.

Mapa de idiomas dos municípios noruegueses. Os concelhos em vermelho adotaram Bokmål, enquanto os em azul optaram por Nynorsk; a cor cinza representa as áreas não especificamente atribuídas a nenhuma das variantes.

Proposta para a língua galega[editar | editar código-fonte]

A Lei de Normalização da Língua, na sua disposição complementar, estabelece que Em matéria de regulamentação, actualização e correcta utilização da língua galega, será considerado o critério de autoridade estabelecido pela Real Academia Galega e, portanto, é a norma elaborada pela RAG que constitui a regulamentação oficial da língua galega. Por outro lado, existem vários coletivos do movimento denominado reintegracionismo, que promovem a convergência ortográfica entre galego e português. Entre elas destacam-se a Associaçom Galega da Língua, que desde 1981 promove um padrão ortográfico próprio; e a Academia Galega da Língua Portuguesa, observadora consultiva da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa.

Por isso, hoje existem duas regras conflitantes, as regras oficiais galegas e as regras reintegracionistas galegas não oficiais. Para tentar superar este conflito regulatório, a AGAL lançou uma proposta conhecida como binormativismo, que assumiu como eixo programático em 2018.[1] No entanto, dentro do movimento reintegracionista a sua aceitação não foi geral.[2][3] Desde então, várias pessoas se manifestaram, tanto a favor quanto contra a proposta. Em 2019, Víctor Freixanes, então diretor do RAG e falando de uma perspectiva pessoal, não o apoiou.[4][5] Por seu lado, o filólogo Xosé Ramón Freixeiro Mato,[6] a escritora Marica Campo,[7] o filólogo e escritor Carlos Callón[8] e o escritor Vítor Vaqueiro foram favoráveis.[9]

Ver também[editar | editar código-fonte]

Notas[editar | editar código-fonte]

  1. «O reintegracionismo muda a estratexia e aposta polo binormativismo». Praza Pública (em galego). 3 de dezembro de 2018. Consultado em 2 de janeiro de 2023 
  2. Maurício Castro (6 de maio de 2018). «Binormativismo: tentativa de resposta a um problema que nom se colocou». Nós Diario 
  3. Carlos Garrido (11 de junho de 2020). «Aspetos essenciais do reintegracionismo escamoteados no discurso público». Nós Diario 
  4. «"Os países serios teñen unha soa ortografía. Podemos discutila, modificala... mais hai só unha ortografía" - CULTURA - Sermos Galiza - Diario de intereses galegos». web.archive.org. 31 de março de 2019. Consultado em 2 de janeiro de 2023 
  5. «Freixanes e o binormativismo: mais discrepâncias de forma que de fundo - Eduardo Maragoto - Sermos Galiza - Diario de intereses galegos». web.archive.org. 30 de março de 2019. Consultado em 2 de janeiro de 2023 
  6. Freixeiro Mato, Xosé Ramón. «Carvalho Calero e o binormativismo» (em galego). Consultado em 16 de outubro de 2019 
  7. Campo, Marica. «Amar é un verbo» (em galego). Consultado em 16 de outubro de 2019 
  8. Callón, Carlos. «Un dos motivos polos que debería haber binormativismo é porque, na verdade, a cultura galega xa se expresa en dúas normas.» (em galego). Consultado em 16 de outubro de 2019 
  9. «Lidando no binormativismo - Vítor Vaqueiro - Sermos Galiza - Diario de intereses galegos». web.archive.org. 21 de junho de 2019. Consultado em 2 de janeiro de 2023 

Ligações externas[editar | editar código-fonte]