Brasil Vita

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Brasil Vita
João Brasil Vita
Brasil Vita
37.º Prefeito de São Paulo
Período 22 de agosto de 1973 até 27 de agosto de 1973
Antecessor(a) José Carlos de Figueiredo Ferraz
Sucessor(a) Miguel Colasuonno
50.º Presidente da Câmara de São Paulo
Período 1º de janeiro de 1996 até 1º de janeiro de 1997
Antecessor(a) Miguel Colasuonno
Sucessor(a) Nello Rodolpho Giongo Filho
36.º Presidente da Câmara de São Paulo
Período 31 de janeiro de 1973 até 1º de fevereiro de 1975
Antecessor(a) Carlos Eduardo Sampaio Dória
Sucessor(a) Carlos Eduardo Sampaio Dória
Vereador de São Paulo
Período 1° de janeiro de 1960 à 31 de dezembro de 2000 (10 mandatos consecutivos)
Dados pessoais
Nascimento 3 de maio de 1922
São Paulo, São Paulo
Morte 11 de março de 2017 (94 anos)
São Paulo, São Paulo
Nacionalidade Brasileiro
Progenitores Mãe: Angelina Maffei Vita
Pai: Antonio Vita
Cônjuge Maria Dorothea Vita (1957-1991)
Partido PTB, ARENA, PDS, PPB
Ocupação Advogado e Político

João Brasil Vita (São Paulo, 3 de maio de 1922 — São Paulo, 11 de março de 2017[1]) foi um advogado e político brasileiro. Foi prefeito interino de São Paulo em 1973,[2] quando José Carlos de Figueiredo Ferraz foi exonerado do cargo.

Biografia[editar | editar código-fonte]

Ligado aos grupos políticos de Jânio Quadros e Paulo Maluf,[3] foi vereador da capital paulista por dez mandatos consecutivos (entre 1959 e 2000), representando PTB, ARENA, PDS e PPB, até perder sua vaga na câmara municipal paulistana em 2000.[2] Nas eleições de 1982, filiado ao PTB, foi o candidato a vereador mais votado do Brasil obtendo 215.827 votos (5,42% do eleitorado paulistano), recorde ainda hoje não superado.[4] Era filiado ao PTB, foi candidato a vereador em São Paulo nas eleições de 2008, obtendo apenas 1.854 votos e não conseguindo sua eleição.[4]

Após deixar a carreira política, voltaria a trabalhar como advogado criminalista, função que exerceria até sua morte, em 11 de março de 2017, quando já encontrava-se com a saúde prejudicada ao sofrer uma fratura na perna, em decorrência de uma queda sofrida em dezembro de 2016. Era também conselheiro do São Paulo Futebol Clube.

Desempenho em eleições[editar | editar código-fonte]

Ano Eleição Coligação Partido Candidato a Votos Resultado
1959 Municipal sem coligação PST Vereador 4.580 Eleito[5]
1963 Municipal sem coligação PST Vereador 5.196 Eleito[5]

Entrevistas[editar | editar código-fonte]

Museu da Pessoa[editar | editar código-fonte]

Em 1993, Brasil Vita forneceu uma entrevista ao Museu da Pessoa [6], em que é perguntado dentre todas as suas atividades de vida, qual era a queele achava mais apaixonante. Nesse ponto, descreve de forma assídua a profissão que marcou toda sua vida.

"A de advocacia. Eu gosto de exercer, eu sou, tenho... Eu tenho e tive a vocação para a advocacia. Gosto da advocacia. A advocacia como arte, porque o Direito é uma ciência. Eu gosto, eu acho que sou um homem que me realizei na profissão. Não direi inteiramente, porque ninguém se realiza inteiramente. Mas, aquele "corpus satis", aquele tamanho necessário, eu achei que a profissão me deu momentos muito agradáveis. Me dá momentos muito agradáveis, e eu tenho uma equipe de onze advogados, que são meus companheiros de escritório, e é uma beleza a gente trabalhar com aqueles jovens observando que há alguma coisa que funciona, que a gente alimentava quando estudante e que agora. Eu gosto mesmo é da advocacia. Eu também gosto da tribuna, lá do parlamento, evidentemente. Estou na Câmara há 33 anos e aquilo pra mim também se torna um hobby, eu gosto da discussão, do parlamento, discussão objetivando o bem comum, criticando o que está errado, aplaudindo o que está certo. Mas o quê realmente me empolga é a profissão de advogado"
— João Brasil Vita

 Em entrevista ao Museu da Pessoa

Referências

  1. Nota de Pesar - Brasil Vita
  2. a b «Acaba reinado de 40 anos de Brasil Vita na Câmara de SP». Folha Online. 2 de outubro de 2000. Consultado em 28 de fevereiro de 2014 
  3. Cesar Guerrero (abril de 2000). «O cardeal da casa suja». Istoé Gente, número 37. Consultado em 28 de fevereiro de 2014 
  4. a b Garcia, Rodrigo (outubro de 2014). «Quatro décadas no Parlamento - Orador impecável, aos 92 anos Vita relembra passagens que lhe renderam até o nome do Salão Nobre da CMSP». Apartes - Revista da Câmara Municipal de São Paulo. Consultado em 04 de abril de 2024  Verifique data em: |acessodata= (ajuda)
  5. a b «Câmara Municipal de São Paulo». CMSP. Consultado em 4 de novembro de 2017 
  6. da Pessoa, Museu (7 de dezembro de 1993). «Formado para o São Paulo». Museu da Pessoa. Consultado em 17 de março de 2024 

Precedido por
José Carlos de Figueiredo Ferraz
Prefeito Interino de São Paulo
1973
Sucedido por
Miguel Colasuonno