Castelo de Maceda

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Castelo de Maceda
Castelo de Maceda
Muralha do castelo de Maceda
Tipo Castelo
Construção Século XI
Função atual Hotel
Geografia
País Espanha
Concelho Maceda
Comunidade Autónoma Galiza
Coordenadas 42° 16' 14" N 7° 39' 32" O

O Castelo de Maceda localiza-se no município de Maceda, na província de Ourense, comunidade autónoma da Galiza, na Espanha.

O atual conjunto arquitetônico apresenta um predomínio de elementos palacianos sobre os elementos defensivos, fruto da extensa remodelação promovida na Idade Moderna para adequá-lo às funções residenciais.

História[editar | editar código-fonte]

Castelo de Maceda, Espanha.
Castelo de Maceda, Espanha.

A sua origem remonta aos últimos anos do século XI quando foi iniciada a torre de menagem, possivelmente por determinação real. Mais tarde, o castelo e seus domínios foram doados como dote de María Fernández, filha do conde de Trava e da condessa de Portugal, Teresa de Leão, por ocasião do seu matrimónio com Xoán Ares de Novoa, passando a integrar os domínios dos Novoa.

Durante a Grande Revolta Irmandinha o castelo foi atacado e arrasado pelas forças dos revoltosos, sob o comando de Diego de Lemos.[1]

No século XVII constata-se que era o conde de Maceda, D. Alonso de Lanzós e Novoa, descendente de Alonso de Lanzós, um dos principais dirigentes dos irmandinhos.

No século seguinte passou às mãos da família Tabuada, e desta à do Paço Cambadês de Fefiñáns.

Desde o século XVII que o complexo vinha se deteriorando até que, em 1993 o concelho de Maceda o adquiriu, iniciando obras de restauração que despertaram polémica. Alguns estudiosos observam que algumas das soluções arquitectónicas a que se recorreu durante esse trabalho não foram as mais felizes.

Atualmente encontra-se restaurado e requalificado como hotel-monumento.

Características[editar | editar código-fonte]

Construído com perpianhos de granito regulares, que conservam as marcas dos canteiros que os cortaram.

O elemento mais antigo é a torre de menagem, de planta quadrada, que remonta ao século XI. É acedida por uma porta com arco de volta perfeita. No primeiro pavimento abrem-se duas seteiras, tendo o segundo sido profundamente reformado.

A torre é envolvida por uma cerca percorrida em seu alto por um adarve e balestreiros, delimitando uma praça de armas. Nesta abre-se uma cisterna, escavada na rocha-mãe. Serve para salvar uma profundeza de setenta metros para chegar às águas do rio Chaioso.

Já na Idade Moderna produzem-se importantes trabalhos de remodelação transformando-se os elementos existentes para se adequarem à função de moradia, erguendo-se novas dependências.

A muralha exterior também foi objeto de significativas reformas. Conforma-se em quatro lados com ameias com balestreiros e outras ameias com buracos. Os seus vértices reforçam-se com uma torre de planta quadrada e no outro extremo outra de planta circular.

Numa última fase construtiva, o conjunto foi adequado ainda mais à sua função residencial, acrescentando-lhe mais elementos palacianos, miradoiros abalaustrados e uma soleira.

Curiosidades[editar | editar código-fonte]

De acordo com a tradição, neste castelo criou-se o rei Afonso X, o Sábio, aqui tendo aprendido a língua galega.

Notas

  1. Alguns autores estimam que Lemos chegou a comandar um efetivo de até 16.000 homens.

Bibliografia[editar | editar código-fonte]

  • BOGA MOSCOSO, Ramón (2003). Guía dos castelos medievais de Galicia, págs. 180-182. Guías Temáticas Xerais. Edicións Xerais de Galicia, S.A. (em galego). [S.l.: s.n.] ISBN 84-9782-035-5 

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