Cinema em Porto Alegre

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A chegada do cinema em Porto Alegre se deu como consequência de sua expansão no Brasil, em ocorrência do grande sucesso alcançado pelos empresários itinerantes no Rio de Janeiro e São Paulo.

Início[editar | editar código-fonte]

O anúncio da chegada dos “aparelhos de cinematografia “ é notícia no Correio do Povo de 3 de novembro de 1896.

Em 5 de novembro de 1896, por iniciativa de Francisco de Paola e Dewison, a primeira exibição do cinematógrafo acontecia em Porto Alegre. O programa era composto pelos seguintes “filmes:

  • O Bosque Bologne
  • A Dança Serpentina
  • A Chegada De Um Trem De Passageiros

Em 8 de novembro entra em funcionamento o cinematógrafo de Georges Renouleau, com a seguinte programação:

  • O Carroção
  • Um Criança Brincando Com Cachorros
  • Exercícios de Equitação Por Militares

Virada do século[editar | editar código-fonte]

Até a primeira década do século XX, as sessões cinematográficas em Porto Alegre eram realizadas por itinerantes. Porém, a partir de 1897 algumas companhias também tomaram essa iniciativa: o empresário francês Faure Nicolay e a Companhia de Variedades de Germano Alves em abril de 1898.

Naquela época não havia salas de cinema, sendo que então que as projeções acabavam por acontecer ao ar livre – Praça da Alfândega, Campo da Redenção, Praça de Touros – ou em locais fechados – Teatro São Pedro, Teatro Parque, Teatro Polytheama.

Boom do cinema[editar | editar código-fonte]

No início, o cinema não era a principal diversão da população: nos teatros, o cinematógrafo fazia parte da programação das companhias de variedades,que por sua vez possuíam seu próprio gerador de energia – já que a cidade ainda não possuía luz elétrica.

De qualquer maneira, seu crescimento foi estrondoso, devido ao seu preço acessível e o status de novidade. Consequentemente os cinemas itinerantes acabam por ser substituídos pelas salas de cinema.

Salas de cinema[editar | editar código-fonte]

Em 1908 surgem o Recreio Familiar, Variedades e o Recreio Ideal – este último propriedade de José Tours (representante de uma fábrica espanhola de materiais cinematográficos).

O Recreio Ideal acomodava 135 pessoas e possuía uma programação com horários fixos: sessões 15 horas, 16 horas, 18 h 30min e às 23 horas.

Em 1909 é inaugurado o Smart-Salão, que ficava no térreo do Grande Hotel, em frente a praça da Alfândega. Seus frequentadores podiam escolher entre ingressos na primeira classe (assistir filmes de maneira tradicional) ou na segunda classe (sentar atrás da tela e ver as imagens com os movimentos invertidos – pagando assim pelo ingresso metade do valor normal.)

Em 1910 são inaugurados ainda o Odeon, Royal e o Colyseu.

Em 1912 surgem o Nollet, Força e Luz e o Avenida, e no ano seguinte o Brazil e o Íris. Em 1914 são inaugurados o Garibaldi e Apollo, e em 1915 o Colombo, Rio Branco e o Hélios.

Em 1916 estreiam o Royal e o novo Recreio Ideal (que havia fechado suas portas em 1911)

Ver também[editar | editar código-fonte]

Referências

  • Salas de cinema: cenários de uma história porto-alegrense [1][ligação inativa]
  • STEYER, Fábio Augusto. O cinema em Porto Alegre – RS (1896 – 1920). Porto Alegre: 1999. 2º edição.