Conflito Irã-Israel em 2024

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Conflito Irã-Israel em 2024
Conflito iraniano-israelita

Complexo da embaixada iraniana após o ataque: edifício consular destruído à direita, adjacente ao edifício da embaixada
Data 1–19 de abril de 2024[1]
Local Israel, Colinas de Golã, Cisjordânia, Jordânia, Iraque, Síria, Mar Mediterrâneo, Mar Vermelho, Estreito de Ormuz e Líbano
Desfecho Ambos os lados se declararam vitoriosos[2]
Beligerantes
Comandantes
Forças
Pelo menos 320 ameaças aéreas, incluindo:[10][11]
Baixas
  • Segundo Israel:
  • 99% dos mísseis e drones interceptados[13]
  • Segundo o Irã:
  • Bases aéreas de Ramon e Nevatim danificadas[14]
  • Segundo Israel:
  • Uma base militar danificada levemente[15]
  • Um aeronave de transporte C-130 danificado[16]
Outras perdas
Em Israel, uma pessoa ferida devido a estilhaços e pelo menos 31 outras pessoas tratadas por ferimentos leves ou ansiedade[17][18]

 

O conflito por procuração Irã-Israel escalou para um conflito direto entre os dois países. Em 1º de abril, Israel bombardeou um anexo do consulado iraniano em Damasco, na Síria, matando vários altos funcionários iranianos. [19] Em resposta, o Irão e os seus representantes lançaram ataques dentro de Israel em 13 de Abril. [20] Depois que Israel realizou ataques retaliatórios no Irã em 19 de abril, [21] [22] o conflito começou a diminuir. [23]

Eventos[editar | editar código-fonte]

Ver artigos principais: Conflito iraniano-israelita e Guerra Israel-Hamas

Após a Revolução Iraniana em 1979, o Irão assumiu uma posição mais crítica em relação a Israel, [24] e uma guerra por procuração emergiu quando o Irão apoiou militantes xiitas libaneses e palestinos durante a Guerra do Líbano de 1982 . [25] O Irão começou a ganhar poder e influência com outros países e grupos. [26] O conflito evoluiu com as tentativas israelenses de parar o programa nuclear iraniano e os confrontos durante a guerra civil síria . [27] [28]

Tensões durante a guerra Israel-Hamas[editar | editar código-fonte]

Em 7 de outubro de 2023, o Hamas, um grupo militante palestino parcialmente financiado pelo Irã, lançou um ataque a Israel resultando na morte de quase 1.200 israelenses, a maioria civis, e na eclosão da guerra Israel-Hamas . [29] Israel também entrou em conflito com o Hezbollah, procurador iraniano, no Líbano. [30] Após o ataque, Israel começou a atacar com mais frequência as tropas iranianas e por procuração na Síria como retaliação. [31] Os temores de uma guerra regional aumentaram nos meses seguintes. [32]

Razi Mousavi, um comandante iraniano, foi morto em 25 de dezembro de 2023, em um ataque aéreo israelense contra sua residência em Sayyidah Zaynab, 10 quilômetros (6 mi) ao sul de Damasco, em meio à guerra Israel-Hamas. O assassinato de Mousavi marcou o assassinato de mais alto escalão de um alto oficial militar iraniano desde o assassinato seletivo de Qasem Soleimani, até o subsequente assassinato de Mohammad Reza Zahedi em 2024. [33] [34]

Em 20 de janeiro de 2024, Sadegh Omidzadeh, juntamente com outras quatro autoridades iranianas, Ali Aghazadeh, Saeed Karimi, Hossein Mohammadi, [35] e Mohammad Amin Samadi, [36] foram mortos durante uma reunião em um prédio no distrito de Mezzeh, em Damasco . Os ataques aéreos israelenses, conforme relatado pelo Observatório Sírio para os Direitos Humanos, resultaram na destruição completa do edifício, levando à morte de pelo menos 10 militares. [37]

Linha do tempo[editar | editar código-fonte]

Bombardeio israelense à embaixada iraniana (1º de abril)[editar | editar código-fonte]

Ver artigo principal: Bombardeio israelense contra embaixada iraniana em Damasco

Em 1º de abril, Israel bombardeou a embaixada iraniana em Damasco, na Síria. O ataque matou 16 pessoas, incluindo vários oficiais iranianos e combatentes por procuração. Mais notavelmente, Mohammad Reza Zahedi, comandante da Força Quds, foi morto no ataque aéreo. [38] Autoridades iranianas presentes no prédio supostamente se reuniam com líderes militantes palestinos no momento do ataque. [1]

Preparativos israelenses (2 a 12 de abril)[editar | editar código-fonte]

O Irã prometeu responder e fontes ocidentais suspeitaram que atacaria diretamente dentro de Israel. [39] Israel começou a preparar-se nos dias que antecederam o ataque, evacuando as embaixadas israelitas e bloqueando os sinais de GPS no caso de um bombardeamento aéreo. [40] [41] A França mobilizou a sua marinha para defender Israel.

Apreensão do MSC Aries (13 de abril)[editar | editar código-fonte]

Em 13 de abril de 2024, o Irão assumiu o controlo do navio porta-contentores MSC Aries, propriedade da Gortal Shipping e arrendado à Mediterranean Shipping Company (MSC). A Gortal Shipping é afiliada à Zodiac Maritime, disse a empresa, parcialmente controlada pelo empresário israelense Eyal Ofer . O navio foi abordado por comandos iranianos no estreito de Ormuz, em águas internacionais, na costa dos Emirados Árabes Unidos. [42] [43] Posteriormente, foi levado para o Irã. Após o incidente, Israel apelou à União Europeia para sancionar o IRGC . [44]

Ataques iranianos a Israel (13 a 14 de abril)[editar | editar código-fonte]

Ver artigo principal: Ataques iranianos contra Israel em 2024

No início de 13 de abril, o Hezbollah atacou o sul de Israel com cerca de 40 foguetes. Israel respondeu bombardeando uma instalação de fabricação de armas do Hezbollah no Líbano. [45] A Al Jazeera disse que o ataque provavelmente estava relacionado ao ataque iraniano naquele dia. [46]

Mais tarde, o Irão e os seus representantes atacaram Israel com cerca de 300 drones e vários mísseis balísticos. [20] Os Houthis, a Resistência Islâmica no Iraque e a Organização Badr também lançaram ataques contra Israel sob o comando iraniano. [47] A Síria abateu alguns interceptadores israelenses. Os Estados Unidos, o Reino Unido e a Jordânia interceptaram mais de 100 drones iranianos. [48] Os drones e mísseis eventualmente atingiram várias cidades em Israel, na Cisjordânia e nas Colinas de Golã . [49] O ataque também danificou as bases aéreas de Netavim e Ramon . [50] 33 civis ficaram feridos. [51] [52] [53]

Aumento das tensões (14 a 18 de abril)[editar | editar código-fonte]

Autoridades israelenses e norte-americanas realizaram avaliações situacionais naquela noite. Os Estados Unidos disseram que não participariam num ataque retaliatório ao Irão. O Irão ameaçou que se Israel retaliasse, direta ou indiretamente, contra-atacaria com mais força. [49] Israel disse que o ataque justificava uma resposta. [53] Os Estados Unidos alertaram Israel para exercer contenção e o gabinete de guerra israelita discutiu sobre a escala da resposta de Israel. [54] Israel atrasou os planos de iniciar uma ofensiva em Rafah naquela semana para poder determinar uma resposta. [55]

O gabinete de guerra continuou as discussões sobre a resposta israelense durante a semana seguinte. O gabinete considerou opções militares e diplomáticas, com a pressão internacional para acalmar a situação influenciando as decisões. [56] Em 18 de Abril, foi noticiado que os Estados Unidos dariam luz verde a uma ofensiva em Rafah em troca de nenhum ataque israelita ao Irão. [57]

Resposta israelense (19 de abril)[editar | editar código-fonte]

Em 19 de Abril, Israel retaliou contra o Irão. Israel atacou uma base da Força Aérea dentro do Aeroporto Internacional de Isfahan . O Irão alegou ter derrubado todos os projécteis israelitas e que as explosões eram provenientes da defesa aérea, mas os EUA negaram. [58] Israel não comentou nem assumiu responsabilidade por qualquer ataque. No sul da Síria, as bases da SAA foram atacadas, causando perdas materiais. [23] Explosões e caças também foram ouvidos no Iraque. [59]

A mídia estatal iraniana minimizou o ataque israelense. Autoridades iranianas disseram que não houve retaliação planejada contra Israel. [60] Uma fonte anônima disse à CNN que os ataques diretos entre estados terminaram. [23]

Ver também[editar | editar código-fonte]

Referências

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Ligações externas[editar | editar código-fonte]

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