Discussão:Abiogênese

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Último comentário: 27 fevereiro de 2001:8A0:F28E:8100:ED3E:ED71:2957:5088 no tópico Clarificação numérica tendo em consideração a Escala Curta e Longa

Segundo Aristóteles, autor dessa teoria, e influenciado pela teoria platônica da existência de um mundo de imagens, afirmava que as espécies surgem por geração espontânea, ou seja, existiam diversas fórmulas que dariam origem às diferentes espécies. Isto é, segundo ele, os organismos podem surgir a partir de uma massa inerte segundo um princípio ativo (por exemplo, nascer um rato da combinação de uma camisa suja e de um pouco de milho). A Geração Espontânea permaneceu como idéia principal do surgimento das espécies devido à influência que as crenças religiosas incutiam na civilização ocidental, principalmente. Assim, a geração espontânea tornou-se uma idéia chave para a teoria que surgiria a seguir (criacionismo).

Retirada de texto[editar código-fonte]

Retirei o texto inserido pelo ip:201.36.156.155 uma vez que era um aparte que nada tinha a ver com abiogênese, como o próprio indicou no seu texto. Como também não citava as fontes, pareceu-me que viola Wikipedia:Nada de pesquisa inédita.

Transcrevo-o de seguida para que não seja inserido novamente sem ser discutido, e terem sido citadas fontes credíveis. GoEThe (discussão) 18h08min de 4 de Março de 2008 (UTC)

O grande problema para todas as hipóteses propostas de origem da vida a partir de combinações químicas casuais, ocorridas ao longo de um tempo excessivamente longo, é o fato de que mesmo o organismo mais simples de que se tem registro na natureza é dotado de uma extrema complexidade, com estruturas e processos fisiológicos que nem a tecnologia humana mais avançada consegue simular.

Por exemplo, uma simples proteína depende, para ser construída, de um código químico altamente complexo, com uma combinação pré-programada de nucleotídeos que só existe na dependência de um DNA. Este código químico, localizado numa seqüência do DNA, comanda uma complicada síntese de outra molécula, também bastante complexa, que é um RNA. Esse RNA leva em sua estrutura a "mensagem" específica para dizer quais tipos de "tijolos" (aminoácidos) aquela proteína terá, e em que posições - uma falha qualquer, por mínima que seja, tornará a proteína inútil. Mas não é só isso. O mais interessante que, para existirem, tanto o DNA quanto o RNA dependem da pré-existência de centenas de tipos diferentes de proteínas - que, obviamente, tiveram de ser fabricadas pelo mesmo sistema interdependente.

Por sua vez, todo esse processo também depende da existência de ribossomos, estruturas que só existem dentro de células e que são ainda mais complexas do que o RNA de que falamos, pois são formadas por uma diversidade de outros tipos de RNA (além de outras substâncias), todos sintetizados a partir dos comandos do DNA e das proteínas pré-existentes. Chegando a esses ribossomos o RNA, que traz a mensagem química do DNA para a fabricação da proteína específica, encontra-se com outros RNA, selecionados para transportar os "tijolos" (aminoácidos) certos para a operação pretendida. Assim, partes do RNA que traz a "mensagem" reconhecem partes dos RNA que transportam os "tijolos" (aminoácidos), fazendo-os posicionar os aminoácidos certos, na seqüência correta, tudo com o auxílio de enzimas, que são proteínas especiais e indispensáveis - e que também tiveram de ser produzidas sob os mesmos critérios. Uma ligação peptídica, mediada por mais enzimas, liga os aminoácidos entre si e, assim, a proteína vai sendo montada. Uma vez completa, o sistema se "desmonta" para dar lugar a novos RNA e ribossomos que trabalharão, em algum momento, na síntese de mais proteínas, igual ou diferente a esta que foi produzida.

Tal grau extremo de complexidade torna-se simples se comparado ao conjunto de processos fisiológicos que ocorrem no mais primitivo dos seres vivos. Cresce a cada dia a massa de renomados cientistas, especialmente biólogos e químicos, que reconhecem a impossibilidade de estes processos e estruturas serem resultado de combinações químicas casuais, mesmo que forçosamente se atribua a elas um tempo quase incalculável. Tal fato tem gerado a crise que hoje sofrem as concepções até então consideradas clássicas e ortodoxas na ciência moderna, a respeito da origem e evolução da vida. Apesar de sua inconsistência e do crescente número de críticos dentro da própria comunidade científica, estas hipóteses ainda são alvo de proteção intransigente por parte de seus mais árduos defensores, que chegam a tê-las quase na forma de uma religião pessoal, dogmática e inquestionável.

Paralelamente, a mídia também ainda se mostra servil a esse establishment científico, incapaz de ceder espaço proporcional aos muitos cientistas que tem questionado publicamente as posturas dogmáticas da ciência, particularmente no campo da origem da vida e da explicação darwinista para a evolução. São exemplos: Alister McGrath, biofísico da Universidade de Oxford e autor de "O Delírio de Dawkins", onde descontrói as frágeis teses de Richard Dawkins, feroz defensor do darwinismo e acusado de "ateísmo patológico"; Ernest Lucas, químico de Oxford, autor de "O Gêneses Hoje"; Michael Behe, biólogo molecular da Universidade Lehigh (USA) e autor de "A Caixa Preta de Darwin"; Francis Collins, diretor do Projeto Genoma Humano; Michael Denton, bioquímico britânico-australiano e autor do livro "Evolução: uma teoria em crise", entre tantos outros.

Feito o aparte, no bom interesse da verdade dos fatos e da boa ciência, e julgando esclarecido esse importante ponto na discussão sobre origem da vida, continuemos a temática da abiogênese.

Sobre o texto removido[editar código-fonte]

A idéia expressa no Texto Removido (acima) é claramente a idéia da "complexidade irredutível", uma dentre as várias idéias inerentes à visão de mundo encontrada no Desenho inteligente (Inteligent Design - ID) que buscam invalidar a teoria da abiogênese, e principalmente, a da evolução, entre outras como a do Big Bang, e que já foram demonstradas incoerentes com a definição de ciência, se não incoerentes com a própria lógica. Reproduzo abaixo parte do meu comentário comentário originalmente postado na página discussão:Evolução, que inclui o esclarecimento sobre o porquê do ID não ser ciência, e sim, religião, entre outras posições a se considerar.

Andei lendo as discussões relativas ao artigo evolução e a conclusão explicita a que chego é que o grande número de questionamentos encontrados nesta página deve-se ao fato de os proponentes das discussões se esquecem sempre de que não se deve misturar religião e ciência, pois, conforme hoje definida, ciência e religião são imiscíveis, sendo isto uma implicação direta do método científico. Fé e opinião não constituem fatos em ciência, terminantemente, e tais, como crenças, não servem de base para nenhuma teoria científica, e tão pouco para críticas relevantes às mesmas. Assim, fé e opinião não são suficientes para invalidar qualquer das idéias propostas pela teoria da evolução (e aqui pela abiogênese), que tem a seu favor todos os fatos científicos produzidos não só antes como depois de sua proposta, incluindo os atualmente produzidos pelas mais diversas cadeiras científicas, de física à química, de medicina à biologia.

Uma crítica significativa à teoria da evolução só poderia constar no artigo ou em sua bibliografia se fundada em fato científico que a contradiga (explicitamente, de preferência), e este não existe até o momento, segundo posição da própria comunidade científica.

Aos simpatizantes do desenho inteligente (Inteligent Design - nos EUA, ID(iotas)), vale lembrar que o Inteligent Design não é reconhecido como teoria científica válida pela comunidade científica, não sendo portanto ciência no termo moderno. Conforme julgado inclusive em tribunal estadunidense - com juiz criacionista indicado por Bush, um criacionista (caso Dover)- "Inteligent não é ciência" e sim religião - uma tentativa de se disfarçar idéias religiosas em forma de idéias "ciência" - sendo seu ensino como teoria alternativa à evolução então proibido nas escolas do EUA segundo a "primeira emenda" de sua constituição federal. Tal posição é a posição oficial da comunidade científica, e portanto "fatos" oriundos do "Inteligent Design" não servem como críticas científicas válidas à evolução (ou abiogênese, no caso), e artigos relacionados ao ID, que conforme já dito não são "peer reviewed", não servem como críticas válidas à teoria (a exemplo o "Evolution: a Theory in crisis" citado, ou "Pandas and People").

Grato. --Lauro Chieza de Carvalho (discussão) 22h50min de 21 de fevereiro de 2010 (UTC)Responder

Evolução?[editar código-fonte]

Parece-me equivocada a associação da abiogênese com a evolução. São coisas diferentes, tratam de momentos diferentes na história da vida neste planeta. De fato, a evolução não depende da forma com que surgiu o primeiro ser vivo neste planeta, poderia ser de qualquer forma concebível, que a evolução seria evolução. Será que não tem um portal mais apropriado para a abiogênese?

--Cesar Grossmann (discussão) 02h21min de 10 de maio de 2010 (UTC)Responder

Há o Portal:Biologia. Há no entanto alguns pontos de ligação entre evolução e abiogénese, como a hipótese do Mundo do RNA, mas concordo na essência que são coisas independentes. GoEThe (discussão) 13h18min de 10 de maio de 2010 (UTC)Responder

Remoção de conteúdo infundado[editar código-fonte]

Removi o seguinte conteúdo acrescido por usuário não autenticado, e fi-lo por motivos abaixo especificado.

"O cosmologista Sir Fred Hoyle comparou o surgimento aleatório da mais simples célula à probabilidade de que "um tornado varrendo um depósito de lixo possa fabricar um Boeing 747 a partir dos materiais lá disponíveis ("a tornado sweeping through a junk-yard might assemble a Boeing 747 from the materials therein."). Fred Hoyle também comparou a probabilidade de se obter até mesmo a mais simples proteína capaz de funcionar a partir da combinação aleatória de aminoácidos à de um sistema solar cheio de homens cegos resolverem o Cubo de Rubik simultaneamente. Ele promoveu a teoria de que a vida surgiu no espaço, espalhando-se pelo universo via panspermia, e que a evolução na Terra é dirigida por um fluxo constante de vírus que chegam via cometas."

Primeiro, é notório que a alegação de que está provado que a vida teve sua origem na terra por panspermia simplesmente transfere para outro lugar do universo a questão quanto à origem da vida sem contudo resolver o impasse. Em verdade, aparte os materiais presentes na terra, todos os materiais de origem extraterrestre analisados até hoje não levaram a evidência alguma de vida fora do planeta terra.

Segundo, a comparação da mais simples célula com o 747 é ridícula no aspecto que ela ignora todas as leis químicas e físicas encontradas no mundo natural. Seria equivalente a dizer "qual a probabilidade de um milhão de bilhão de bilhão de bilhão de moléculas se agruparem ao acaso para juntas formarem a exemplo uma membrana". Pois bem, sugiro a quem pensa assim que vá fazer bolinhas de sabão. Talvez ele consiga perceber que "as coisas" não funcionam "ao acaso", sobretudo na teoria da abiogênese química.

Em termos de entropia, tanto ligado ao caso como ligado ao Big Bang (Sir Fred Hoyle era "cosmólogo" adepto do "universo estacionário" - ou seja, de um universo em expansão contudo com densidade constante, onde há por tal a criação espontânea de matéria: átomos ... e estrelas e galáxias), costumam os criacionistas dizer também a frase épica: "é algo similar a explodir um fusquinha com dinamite, e obter-se uma mercedes novinha em folha ao final da explosão". No mínimo quem pensa assim esquece que foi preciso queimar muito carvão e produzir um inferno ardente de fero fundido para que, ao fim do processo, ele pudesse entrar numa mercedes ou mesmo no seu fusquinha.

Os argumentos criacionistas são de doer.

É isso. Lauro Chieza de Carvalho (discussão) 15h04min de 9 de janeiro de 2012 (UTC)Responder

Leves falhas[editar código-fonte]

O artigo não faz menção a pequenos detalhes relacionados ao assunto, como o experimento de Louis Joblot e a consequente criação da teoria celular. 187.25.22.55 (discussão) 21h50min de 17 de março de 2013 (UTC)Responder

Clarificação numérica tendo em consideração a Escala Curta e Longa[editar código-fonte]

É factual que os termos bilhão e bilião refere ordens de grandeza distintas, considerando o Sistema de Escalas Curta e Longa. Assim sendo, e em nome da clarificação e uniformização de ordens de grandeza, sugiro que, associado aos termos referidos atrás, seja colocada a notação científica correspondente. Desta forma, os leitores que usam a língua portuguesa mas que adoptam sistemas de escala distintos (notavelmente Portugal e países africanos lusófonos relativamente ao Brasil), podem, com segurança, perceber com rigor a ordem de grandeza referida no texto. Faço notar que o termo bilhão é usado apenas no Português do Brasil. Os países que utilizam o Português Europeu adoptam a Escala Longa. Clarificando ainda mais: 1 Bilhão = 10^9 ; 1 Bilião = 10^12. Em Português Europeu, 10^9 diz-se mil milhões. Cumprimentos à Comunidade. 2001:8A0:F28E:8100:ED3E:ED71:2957:5088 (discussão) 20h58min de 27 de fevereiro de 2024 (UTC)Responder