Eixos Nacionais de Integração e Desenvolvimento

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Os Eixos Nacionais de Integração e Desenvolvimento (ENID) foram parte do Programa Brasil em Ação no que tange à matriz de investimentos em infraestrutura para regiões delimitadas a partir de importantes fluxos de escoamento de produtos nacionais, uma releitura e ampliação do Programa de Integração Nacional.[1] Esses eixos foram propostos com a justificativa de equilibrar o desenvolvimento regional e de promover a distribuição de riqueza; além de integrar as regiões por meio de plataformas eficientes que possibilitassem maior competitividade no mercado internacional.[2][3]

Diretrizes[editar | editar código-fonte]

Suas principais diretrizes foram:

  • Complementaridade regional por meio de investimentos que proporcionassem o desenvolvimento e a redução das disparidades regionais;
  • Desconcentração para criar novos espaços econômicos;
  • Participação do setor privado;
  • Fortalecimento das relações internacionais com a América Latina e, principalmente com o Mercosul;
  • Fortalecimento institucional pelos instrumentos de financiamento;
  • Desenvolvimento local integrado a partir da sua influência no âmbito urbano;
  • Fomento do setor de serviços;
  • e o incentivo e integração das infraestruturas econômicas às redes de infraestrutura social e recursos hídricos.

Ao longo desse processo, os eixos foram considerados o principal instrumento de dinamização territorial e abordaram as infraestruturas econômicas, de informação e conhecimento, de desenvolvimento social e de meio ambiente. E, como estratégia de atração de investimentos, tornaram-se uma ação pública a partir da provisão de recursos públicos e privados para irradiar o desenvolvimento.[4][5]

Componentes[editar | editar código-fonte]

Para o estabelecimento dos Eixos de Integração e Desenvolvimento foram eleitas quatro variáveis que os caracterizariam:

  • A malha multimodal de transportes - toda a infraestrutura viária existente, incluindo todos os meios de transporte disponíveis, tais como: rodovias, ferrovias, hidrovias interior, portos marítimos e fluviais, cabotagem, transporte marítimo, terminais de transbordo etc.
  • A hierarquia funcional das cidades - a variável chave é a força centrípeta dos diversos centros urbanos em virtude das facilidades econômicas e sociais oferecidas.
  • Identificação dos centros dinâmicos - a variável principal que foi levada em consideração foi a potencialidade de expansão econômica ali existente.
  • Os ecossistemas existentes no País - analisados, segundo suas restrições e potencialidades.

Dadas estas variáveis condicionantes, o portfólio de oportunidades de investimentos deveria contribuir para a redução dos custos de produção de bens e serviços, para o fortalecimento da competitividade sistêmica da economia, para a diminuição do custo Brasil e para a redução das desigualdades sociais e regionais. Por outro lado, a concepção dos “Eixos” deveria estar centrada nos seguintes aspectos: portfólio de investimentos em infraestrutura econômica; desenvolvimento social; informação e conhecimento e meio-ambiente.[6][7]

Os nove eixos[editar | editar código-fonte]

O objetivo central foi estabelecer uma base física capaz de direcionar os investimentos públicos e privados atrelados a projetos específicos e afins a esses investimentos.[8] Assim, foram definidos nove eixos que resultaram em nove delimitações de regiões:

  • Eixo de Integração Sul;
  • Eixo de Integração Sudoeste;
  • Rede Sudeste;
  • Eixo de Integração do São Francisco;
  • Eixo de Integração Araguaia-Tocantins;
  • Eixo de Integração Oeste;
  • Eixo de Integração Transnordestino;
  • Eixo de Integração Madeira-Amazonas;
  • Eixo de Integração Arco Norte.

Ver também[editar | editar código-fonte]

Referências

  1. «Eixos de Integração e Desenvolvimento». www.wisetel.com.br. Consultado em 25 de novembro de 2019 
  2. diversos autores (2006). «OS EIXOS DE INTEGRAÇÃO NACIONAL E A INTEGRAÇÃO REGIONAL DA INFRA-ESTRUTURA SUL-AMERICANA» (PDF). Consultado em 25 de novembro de 2019 
  3. «Integração Nacional aciona segunda estação elevatória do Eixo Norte do PISF - Todas as Notícias - Desenvolvimento Regional». integracao.gov.br. Consultado em 25 de novembro de 2019 
  4. Tavares, Jeferson Cristiano; Tavares, Jeferson Cristiano (dezembro de 2016). «Eixos: novo paradigma do planejamento regional? Os eixos de infraestrutura nos PPA´s nacionais, na Iirsa e na macrometrópole paulista». Cadernos Metrópole. 18 (37): 671–695. ISSN 2236-9996. doi:10.1590/2236-9996.2016-3703 
  5. «Infra-estrutura e políticas territoriais do Brasil no contexto da integração sul - Imprimir - Geografia - Disciplina - Geografia». www.geografia.seed.pr.gov.br. Consultado em 25 de novembro de 2019 
  6. «Engenharia Militar – Projeto de Integração do Rio São Francisco - O Exército». Exército Brasileiro. Consultado em 25 de novembro de 2019 
  7. diversos autores (2013). «Pacto federativo, integração nacional e desenvolvimento regional» (PDF). /fpabramo.org.br/. Consultado em 25 de novembro de 2019 
  8. «A recriação dos Ministérios das Cidades e da Integração Nacional: retorno de uma política de desenvolvimento urbano e regional?». Observatório das Metrópoles. 16 de maio de 2019. Consultado em 25 de novembro de 2019