Eleições estaduais em Goiás em 1954
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Eleições estaduais em  Goiás em 1954
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| 3 de outubro de 1954 (Turno único) | ||||
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| Candidato | José Ludovico de Almeida | Galeno Paranhos | ||
| Partido | PSD | UDN | ||
| Natural de | Itaberaí, GO | Catalão, GO | ||
| Vice | Bernardo Sayão | Rui Cavalcanti | ||
| Votos | 107.485 | 105.980 | ||
| Porcentagem | 50,35% | 49,65% | ||
Titular Eleito | ||||
As eleições estaduais em Goiás em 1954 ocorreram em 3 de outubro como parte das eleições gerais no Distrito Federal, em 20 estados e nos territórios federais do Acre, Amapá, Rondônia e Roraima. Foram eleitos nesse dia o governador José Ludovico de Almeida, o vice-governador Bernardo Sayão, os senadores Pedro Ludovico Teixeira e Coimbra Bueno, além de oito deputados federais e trinta e dois deputados estaduais.[1][nota 1][nota 2]
Sete anos após ser derrotado na luta pelo Palácio das Esmeraldas, o farmacêutico José Ludovico de Almeida saiu vitorioso ao almejar o poder estadual. Nascido em Itaberaí e formado na Universidade Federal de Goiás, foi auxiliar de seu tio, Pedro Ludovico Teixeira, quando o mesmo foi interventor federal no estado durante a Era Vargas. Eleito deputado estadual em 1933, exerceu o mandato até a outorga do Estado Novo.[2] Nomeado prefeito de sua cidade natal em 1938 e secretário de Fazenda em 1940, exerceria o cargo outra vez a pedido do tio. Em 1947 disputou a cadeira de governador pelo PSD, mas foi vencido por Coimbra Bueno, candidato da UDN.[1]
Para vice-governador foi eleito o agrônomo Bernardo Sayão. Nascido na cidade do Rio de Janeiro e graduado na Universidade Federal de Viçosa, foi funcionário do Ministério da Agricultura, dirigiu a Colônia Agrícola Nacional de Goiás e trabalhou na construção de estradas por empreitada.[nota 3] Filiado ao PSD, este é o seu primeiro mandato político.[3]
O senador eleito com maior votação foi Coimbra Bueno. Nascido em Rio Verde, estudou nos estados de São Paulo e Rio de Janeiro antes de formar-se em Engenharia Civil pela Universidade Federal do Rio de Janeiro. Especialista em Urbanismo, comandou por quatro anos a Assumiu a Superintendência Geral de Obras de Goiânia por conta da construção da referida cidade, onde trabalhou numa empresa ao lado do irmão. Membro do Conselho Estadual de Economia e Finanças e da Associação dos Pecuaristas do Brasil Central, filiou-se à UDN embora tenha começado sua carreira política durante a interventoria de Pedro Ludovico Teixeira. Em 1947 tornou-se o primeiro governador goiano eleito por voto direto desde o fim do Estado Novo. Responsável pela direção técnica da terceira Comissão de Estudos e Localização da Nova Capital do Brasil em 1953, elegeu-se senador no ano seguinte.[4]
Nascido na cidade de Goiás, Pedro Ludovico Teixeira é médico com graduação na Universidade Federal do Rio de Janeiro. Exerceu sua profissão em cidades como Bela Vista de Goiás e Rio Verde. Membro honorário da Academia Paulista de Letras e jornalista, foi redator de A Voz do Povo e opôs-se ao poderio da família Caiado nas páginas de O Sudoeste. Libertado da prisão no dia que irrompeu a Revolução de 1930, assumiu o posto de interventor federal em Goiás no mesmo ano e em 1935 foi eleito governador pelos deputados estaduais, porém retornou à condição de interventor devido ao Estado Novo. Eleito senador pelo PSD em 1945 e governador do estado em 1950, reconquistou uma vaga no Senado Federal quatro anos depois.[5][6]
Resultado da eleição para governador[editar | editar código-fonte]
Em relação à disputa pelo governo estadual os arquivos do Tribunal Superior Eleitoral informam o comparecimento de 225.406 eleitores, dos quais 213.465 foram votos nominais ou votos válidos. Foram apurados também 6.406 votos em branco (3,52%) 5.535 votos nulos (2,46%).[1]
| Candidatos a governador do estado |
Candidatos a vice-governador | Número | Coligação | Votação | Percentual |
|---|---|---|---|---|---|
| José Ludovico de Almeida PSD |
Bernardo Sayão PSD |
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| Galeno Paranhos UDN |
Rui Cavalcanti UDN |
(UDN, PSP) |
Resultado da eleição para vice-governador[editar | editar código-fonte]
Em relação à disputa para vice-governador os arquivos do Tribunal Superior Eleitoral informam o comparecimento de 225.406 eleitores, dos quais 210.893 foram votos nominais ou votos válidos. Foram apurados também 8.859 votos em branco (3,93%) 5.654 votos nulos (2,51%).[1]
| Candidatos a vice-governador |
Candidatos a governador do estado | Número | Coligação | Votação | Percentual |
|---|---|---|---|---|---|
| Bernardo Sayão PSD |
José Ludovico de Almeida PSD |
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| Rui Cavalcanti UDN |
Galeno Paranhos UDN |
(UDN, PSP) |
Resultado da eleição para senador[editar | editar código-fonte]
Em relação à disputa para senador os arquivos do Tribunal Superior Eleitoral informam o comparecimento de 450.812 eleitores, dos quais 413.766 foram votos nominais ou votos válidos (91,78%). Foram apurados também 30.655 votos em branco (6,80%) 6.391 votos nulos (1,42%).[1]
| Candidatos a senador da República |
Candidatos a suplente de senador | Número | Coligação | Votação | Percentual |
|---|---|---|---|---|---|
| Coimbra Bueno UDN |
Ver abaixo - |
(UDN, PSP) |
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| Pedro Ludovico Teixeira PSD |
Ver abaixo - |
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| Dário Cardoso PSD |
Ver abaixo - |
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| Alfredo Nasser UDN |
Ver abaixo - |
(UDN, PSP) |
Resultado da eleição para suplente de senador[editar | editar código-fonte]
Foram apurados 348.584 votos nominais (77,32%), 96.109 votos em branco (21,32%) e 6.119 votos nulos (1,36%), resultando no comparecimento de 450.812 eleitores.[1]
| Candidatos a senador da República |
Primeiro suplente de senador | Número | Coligação | Votação | Percentual |
|---|---|---|---|---|---|
| Ver acima - |
Frederico Nunes da Silva UDN |
(UDN, PSP) |
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| Ver acima - |
Leopoldo Freire UDN |
(UDN, PSP) |
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| Ver acima - |
José da Costa Pereira PSD |
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| Ver acima - |
Guilherme Xavier PSD |
Deputados federais eleitos[editar | editar código-fonte]
São relacionados os candidatos eleitos com informações complementares da Câmara dos Deputados.[7][8]
| Deputados federais eleitos | Partido | Votação | Percentual | Cidade onde nasceu | Unidade federativa |
| Emival Caiado | UDN | 27.263 | Goiás | Goiás
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| Cunha Bastos | UDN | 21.227 | Rio Verde | Goiás
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| Taciano Melo | PSD | 17.328 | Capela |  Alagoas
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| Wagner Estelita | PSD | 14.854 | Catalão | Goiás
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| Nicanor Silva | PSP | 14.521 | Itaberaí | Goiás
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| Benedito Vaz | PSD | 14.079 | Ipameri | Goiás
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| João de Abreu | PSP | 13.655 | Taguatinga |  Tocantins
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| Fonseca e Silva | PSD | 12.685 | Jaraguá | Goiás
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Deputados estaduais eleitos[editar | editar código-fonte]
Estavam em jogo as 32 cadeiras da Assembleia Legislativa de Goiás.[1][9]
| Deputados estaduais eleitos | Partido | Votação | Percentual | Cidade onde nasceu | Unidade federativa |
| Wilson da Paixão | PSD | 6.219 | 2,75% | Catalão | Goiás
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| Vilmar Guimarães | UDN | 5.317 | 2,35% | Rio Verde | Goiás
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| Venerando de Freitas Borges | PSD | 5.227 | 2,31% | Anápolis | Goiás
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| Cileneu França | PSD | 4.541 | 2,01% | Jataí | Goiás
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| Lincoln Xavier Nunes | PSP | 4.122 | 1,82% | Anápolis | Goiás
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| Misach Ferreira Júnior | PSD | 3.881 | 1,72% | Silvânia | Goiás
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| Celestino Filho | PSD | 3.879 | 1,72% | Corumbaíba | Goiás
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| Castro Costa | PSD | 3.836 | 1,70% | Trindade | Goiás
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| José Freire | PSD | 3.670 | 1,62% | Arraias | Tocantins
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| Waldir Quinta | UDN | 3.480 | 1,54% | Caldas Novas | Goiás
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| Agenor Diamantino | PSD | 3.474 | 1,54% | Rio Verde | Goiás
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| Edmundo José de Moraes Neto | UDN | 3.413 | 1,51% | Goiás | Goiás
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| Natal Gonçalves de Araújo | PSD | 3.330 | 1,47% | Santa Cruz de Goiás | Goiás
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| Felicíssimo do Espirito Santo Neto | PSP | 3.230 | 1,43% | Goiás | Goiás
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| Francisco de Brito | UDN | 3.135 | 1,39% | Conceição do Tocantins | Tocantins
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| Berenice Teixeira Artiaga | PSD | 3.131 | 1,38% | Santa Cruz de Goiás | Goiás
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| José Augusto Ferreira | UDN | 3.081 | 1,36% | Jataí | Goiás
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| Lisboa Machado | UDN | 3.064 | 1,35% | Monte Alegre de Minas |  Minas Gerais
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| Paulo Limírio Malheiros | PSP | 3.052 | 1,35% | Formosa | Goiás
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| Antônio José de Oliveira | UDN | 3.041 | 1,34% | Monte Alegre de Goiás | Goiás
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| Ary Demóstenes de Almeida | UDN | 3.033 | 1,34% | Anápolis | Goiás
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| Clotário de Freitas | PSD | 3.003 | 1,33% | Jaraguá | Goiás
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| Joviano Rincon Segóvia | PSP | 2.955 | 1,31% | Uberaba | Minas Gerais
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| Nelson Siqueira | PSD | 2.871 | 1,27% | Santa Cruz de Goiás | Goiás
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| Mário Mendonça Neto | PSP | 2.830 | 1,25% | Catalão | Goiás
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| Almerinda Magalhães Arantes | PTB | 2.784 | 1,23% | Posse | Goiás
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| Jerônimo Pinheiro de Abreu | PSD | 2.781 | 1,23% | Itaberaí | Goiás
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| Gabriel de Campos Guimarães | PSP | 2.775 | 1,23% | Planaltina | Goiás
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| Jair Abrão Estrela | PSD | 2.564 | 1,13% | Ipameri | Goiás
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| Rezende Monteiro | PTB | 2.392 | 1,06% | Caiapônia | Goiás
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| Antônio de Queiroz Barreto | PTB | 2.284 | 1,01% | Goiás | Goiás
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| Luiz Ângelo Milazzo | PTB | 2.214 | 0,98% | Juiz de Fora | Minas Gerais
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Notas
- ↑ No Distrito Federal não houve eleição para governador, apenas para o Senado Federal.
- ↑ Não houve eleições no Território Federal de Fernando de Noronha.
- ↑ Sua formação superior aconteceu, à época, na "Escola Superior de Agronomia e Medicina Veterinária de Minas Gerais", a qual pertencera antes a outras universidades; neste caso optamos por citar a "mais recente".
Referências
- ↑ a b c d e f g h «Banco de dados do Tribunal Superior Eleitoral». Consultado em 15 de julho de 2016
- ↑ BRASIL. Câmara dos Deputados. «Biografia do deputado José Ludovico de Almeida». Consultado em 15 de julho de 2016
- ↑ «CPDOC – O Governo de Juscelino Kubitschek: biografia de Bernardo Sayão». Consultado em 15 de julho de 2016
- ↑ BRASIL. Senado Federal. «Biografia do senador Coimbra Bueno». Consultado em 15 de julho de 2016
- ↑ BRASIL. Senado Federal. «Biografia do senador Pedro Ludovico Teixeira». Consultado em 14 de julho de 2016
- ↑ «CPDOC – O Governo de Juscelino Kubitschek: biografia de Pedro Ludovico Teixeira». Consultado em 15 de julho de 2016
- ↑ «Página oficial da Câmara dos Deputados». Consultado em 15 de julho de 2016. Arquivado do original em 2 de outubro de 2013
- ↑ BRASIL. Presidência da República. «Lei n.º 9.504 de 30/09/1997». Consultado em 15 de julho de 2016
- ↑ BRASIL. Assembleia Legislativa de Goiás. «Legislaturas Anteriores». Consultado em 17 de setembro de 2020
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Em itálico as ocasiões em que não houve eleição direta para governador. | ||
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