Eleições estaduais no Amapá em 1994

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1990 Brasil 1998
Eleições estaduais no  Amapá em 1994
3 de outubro de 1994
(Primeiro turno)
15 de novembro de 1994
(Segundo turno)
Candidato João Capiberibe Jonas Borges
Partido PSB PTB
Natural de Afuá, PA Vera Cruz, RN
Vice Hildegardo Alencar(PT) Murilo Pinheiro (PFL)
Votos 69.907 57.517
Porcentagem 54,86% 45,14%
Candidato mais votado por município no 2º turno (15):
  Capi (11)
  Jonas (4)

As eleições estaduais no Amapá em 1994 ocorreram em 3 de outubro como parte das eleições gerais em 26 estados e no Distrito Federal e nela foram eleitos o governador João Capiberibe, o vice-governador Hildegardo Alencar e os senadores Gilvam Borges e Sebastião Bala Rocha, além de oito deputados federais e dezessete deputados estaduais. Como nenhum candidato a governador obteve a maioria dos votos válidos, houve um segundo turno no dia 15 de novembro.

Capiberibe venceu Pinheiro a despeito de não contar com o apoio do ex-presidente e senador José Sarney nem do então governador Aníbal Barcellos. Já para o cargo de Presidente da República, Fernando Henrique Cardoso (PSDB) elegeu-se no primeiro turno. No Amapá, FHC conseguiu mais de 59% dos votos válidos. Contudo, em municípios como Calçoene, Amapá, Cutias e Tartarugalzinho, o candidato recebeu mais de 80% dos votos.[1]

Para o senado, o grupo liderado por José Sarney quanto o a frente de esquerda ficaram com uma vaga cada. O grupo de Sarney elegeu seu fiel escudeiro Gilvam Borges, e a frente de esquerda elegeu Bala Rocha.

Capiberibe tomou posse em 1º de janeiro de 1995 e já no início do governo fez uma auditoria em todas as obras estaduais envolvendo empreiteiras que tinham contribuído financeiramente para sua campanha eleitoral, argumentando que era uma boa forma de mostrar que não existia “compromisso entre compra de bônus eleitoral e administração pública”. Em abril de 1995 fez uma exposição no centro de convenções do Serviço Brasileiro de Apoio à Pequena e Média Empresa (Sebrae) sobre a corrupção durante a administração de Aníbal Barcelos, cujas perdas descobertas chegavam a 20% do orçamento do estado naquele ano. Em julho seguinte, a coligação que o elegera foi praticamente desfeita, devido ao rompimento do PT e do PDT com o governo estadual. A crise teve origem na Assembleia Legislativa, onde a coligação, com apenas três dos 17 deputados estaduais, não conseguia aprovar os projetos apresentados pelo governo.[2]

Resultado da eleição para governador[editar | editar código-fonte]

Primeiro turno[editar | editar código-fonte]

Candidatos a governador do estado
Candidatos a vice-governador Número Coligação Votação Percentual
João Capiberibe
PSB
Hildegardo Alencar
PT
40
Tudo Por Nossa Terra
(PSB, PT, PDT, PCdoB, PV)
60.272
48,20%
Jonas Borges
PTB
Murilo Pinheiro
PFL
14
Frente Democrática Cabralzinho
(PTB, PFL, PSDB, PSD)
35.811
28,64%
Salomão Alcolumbre
PMDB
-
PPR
15
Um Amapá de Trabalho
(PMDB, PPR, PP, PPS)
27.214
21,76%
Ailton de Oliveira
PL
Fernando Santos
PRP
22
Frente Progressista Liberal
(PL, PRP)
1.753
1,40%
Fontes:[3]
  Segundo turno

Segundo turno[editar | editar código-fonte]

Candidatos a governador do estado
Candidatos a vice-governador Número Coligação Votação Percentual
João Capiberibe
PSB
Hildegardo Alencar
PT
40
Tudo Por Nossa Terra
(PSB, PT, PDT, PCdoB, PV)
69.907
54,86%
Jonas Borges
PTB
Murilo Pinheiro
PFL
14
Frente Democrática Cabralzinho
(PTB, PSDB, PFL, PSD)
57.517
45,14%
Fontes:[4]
  Eleito

Resultado da eleição para senador[editar | editar código-fonte]

Candidatos a senador da República
Candidatos a suplente de senador Número Coligação Votação Percentual
Gilvam Borges
PMDB
Rosival Gonçalves de Albuquerque
PMDB
Geovani Borges
PMDB
152
Um Amapá de Trabalho
(PMDB, PPR, PP, PPS)
50.249
22,32%
Sebastião Bala Rocha
PDT
Maria Benigna Jucá
PSB
A inserir
-
122
Tudo Por Nossa Terra
(PSB, PT, PDT, PCdoB, PV)
46.798
20,78%
Gilton Garcia
PPR
Edson Barbosa
PP
113
Um Amapá de Trabalho
(PMDB, PPR, PP, PPS)
35.473
15,79%
Henrique Almeida
PFL
Francisco Tozzatti
PSD
252
Frente Democrática Cabralzinho
(PTB, PSDB, PFL, PSD)
32.917
14,62%
Jorge Wagner Gomes
PT
Assilon Soares
PSD
132
Tudo Por Nossa Terra
(PSB, PT, PDT, PCdoB, PV)
31.922
14,18%
Telma de Sousa Gameleira
PRONA
Oidio Oliveira
PRONA
562
sem coligação
11.828
5,25%
Rodolfo dos Santos Juarez
PL
Carlos Antônio Martins
PL
222
Frente Progressista Liberal
(PL, PRP)
9.054
4,02%
José Muniz Ferreira
PTB
Wilson Fernandes
PFL
143
Frente Democrática Cabralzinho
(PTB, PSDB, PFL, PSD)
4.066
1,80%
Jaci Almeida Siqueira
PRN
Rogério Gaguim
PRN
362
sem coligação
2.811
1,24%
Fontes:[5]
  Eleitos

Deputados federais eleitos[editar | editar código-fonte]

São relacionados os candidatos eleitos com informações complementares da Câmara dos Deputados.

Representação eleita

  PFL: 3
  PSB: 2
  PPR: 1
  PP: 1
  PTB: 1
Número Deputados federais eleitos Partido Votação Percentual Cidade onde nasceu Unidade federativa
2506 Fátima Pelaes PFL 7.755 7,84% Macapá  Amapá
2501 Sérgio Barcelos PFL 6.860 6,93% Rio de Janeiro  Rio de Janeiro
2504 Murilo Pinheiro PFL 6.361 6,43% São Luís  Maranhão
1111 Eraldo Trindade PPR 5.549 5,61% Amapá  Amapá
4006 Raquel Capiberibe PSB 4.971 5,02% Afuá Pará Pará
3901 Valdenor Guedes PP 4.858 4,91% Macapá  Amapá
4010 Gervásio Oliveira PSB 4.411 4,46% Pracuuba  Amapá
1414 Antônio Feijão PTB 4.256 4,30% Sobral  Ceará
Fontes:[6][7][8]

Deputados estaduais eleitos[editar | editar código-fonte]

Estavam em jogo dezessete vagas na Assembleia Legislativa do Amapá.

Representação eleita

  PFL: 5
  PMDB: 3
  PL: 3
  PTB: 2
  PSB: 1
  PDT: 1
  PSD: 1
  PT: 1
Número Deputados estaduais eleitos Partido Votação Percentual Cidade onde nasceu Unidade federativa
25111 José Miranda Coelho PFL 3.959 3,25% Macapá  Amapá
14123 Amiraldo da Silva Favacho PTB 3.326 2,73% Calçoene  Amapá
15102 Manoel Brasil PMDB 3.053 2,50% Porto Grande  Amapá
25122 Regildo Wanderley Salomão PFL 3.003 2,46% Ananindeua Pará Pará
25130 João Dias de Carvalho PFL 2.735 2,24% Chaves Pará Pará
25113 Lucas Barreto PFL 2.636 2,16% Macapá  Amapá
40117 Janete Capiberibe PSB 2.632 2,16% Amapá  Amapá
22122 Rosemiro Rocha Freire PL 2.472 2,03% Santana  Amapá
12113 Waldez Góes PDT 2.459 2,02% Gurupá Pará Pará
41111 Roberto Góes PSD 2.407 1,97% Porto Grande  Amapá
14114 Paulo José Ramos PTB 2.269 1,86% Macapá  Amapá
22119 Antônio Pinheiro Teles PL 2.107 1,73% Macapá  Amapá
25121 Francisco Milton Rodrigues PFL 2.027 1,66% Oiapoque  Amapá
15110 Nelson Benedito Salomão PMDB 2.001 1,64% Santarém Pará Pará
15123 Fran Soares Júnior PMDB 1.744 1,43% Mazagão  Amapá
22299 Roberval Picanço PL 1.706 1,40% Macapá  Amapá
13177 Hildo Fonseca PT 1.623 1,33% Castanhal Pará Pará
Fontes:[9]

Notas

Referências

  1. «Atlas das Eleições Presidenciais no Brasil». Google Sites. 2 páginas. Consultado em 10 de Janeiro de 2014 
  2. Brasil, CPDOC - Centro de Pesquisa e Documentação História Contemporânea do. «JOAO ALBERTO RODRIGUES CAPIBERIBE | CPDOC - Centro de Pesquisa e Documentação de História Contemporânea do Brasil». CPDOC - Centro de Pesquisa e Documentação de História Contemporânea do Brasil. Consultado em 1 de maio de 2018 
  3. BRASIL. Tribunal Superior Eleitoral. «Resultado das Eleições no Amapá em 1994 – 1º turno para governador». Consultado em 25 de março de 2024 
  4. BRASIL. Tribunal Superior Eleitoral. «Resultado das Eleições no Amapá em 1994 – 2º turno para governador». Consultado em 25 de março de 2024 
  5. BRASIL. Tribunal Superior Eleitoral. «Resultado das Eleições no Amapá em 1994 – senador». Consultado em 25 de março de 2024 
  6. BRASIL. Tribunal Superior Eleitoral. «Resultado das Eleições no Amapá em 1994 – deputados federais». Consultado em 25 de março de 2024 
  7. BRASIL. Câmara dos Deputados. «Página oficial». Consultado em 25 de março de 2024 
  8. BRASIL. Presidência da República. «Lei n.º 9.504 de 30/09/1997». Consultado em 25 de março de 2024 
  9. BRASIL. Tribunal Superior Eleitoral. «Resultado das Eleições no Amapá em 1994 – deputados estaduais». Consultado em 25 de março de 2024