Eduardo Cunha: diferenças entre revisões

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Explorar interativamente o histórico
← Ver a alteração anteriorVer a alteração posterior →
Conteúdo apagado Conteúdo adicionado
VisualTexto wiki
BR64 (discussão | contribs)
9 008 edições
um IP removou na maior cara de pau uma informação com fontes e que está explícita na Constituição brasileira.
Linha 1: Linha 1:
{{Info/Político
{{Info/Político
|nome =Eduardo Cunha
|nome = Eduardo Cunha
|imagem =Eduardo Cunha.jpg
|imagem =Eduardo-cunha gustavolima agcamara.jpg
|imagem_legenda =Deputado Eduardo Cunha<br /><small>Foto:Ivaldo Cavalcante/Agência Câmara</small>
|imagem_legenda = Deputado Eduardo Cunha<br /><small>Foto:Ivaldo Cavalcante/Agência Câmara</small>
|imagem_tamanho = 250px
|título =[[Imagem:Coat of arms of Brazil.svg|32px]]<br />[[Presidente da Câmara dos Deputados do Brasil]]
|título =[[Imagem:Coat of arms of Brazil.svg|32px]]<br />[[Presidente da Câmara dos Deputados do Brasil]]
|mandato =1 de fevereiro de 2015<br/>até a atualidade
|mandato =1º de fevereiro de 2015<br />até a atualidade
|antes =[[Henrique Eduardo Alves]]
|antes =[[Henrique Eduardo Alves]]
|depois =
|depois =
|título2 =[[Deputado federal]] pelo {{BR-RJ}}
|título2 = [[Deputado Federal]] pelo {{BR-RJ}}
|mandato2 =1 de fevereiro de 2003<br/>até a atualidade
|mandato2 = [[1 de fevereiro]] de [[2003]]<br/ >até a atualidade
|antes2 =
|antes2 =
|depois2 =
|depois2 =
|data_nascimento ={{nowrap|{{dni|lang=br|20|9|1958}}}}
|data_nascimento = {{dni|20|9|1958}}
|local_nascimento=[[Rio de Janeiro (cidade)|Rio de Janeiro]], [[Rio de Janeiro|RJ]]<br />{{BRA}}
|local_nascimento = [[Rio de Janeiro (cidade)|Rio de Janeiro]], [[Rio de Janeiro|RJ]]<br />{{BRA}}
|data_morte =
|data_morte =
|local_morte =
|local_morte =
|partido =[[Partido do Movimento Democrático Brasileiro|PMDB]]
|partido = [[Partido do Movimento Democrático Brasileiro|PMDB]]
|profissão =[[Economista]]
|profissão = [[Economista]]
|cônjuge =[[Cláudia Cruz]]
|cônjuge = [[Cláudia Cruz]]|religião = [[Cristão]]}}
⚫
'''Eduardo Cosentino da Cunha''' ([[Rio de Janeiro (cidade)|Rio de Janeiro]], [[20 de setembro]] de [[1958]]) é um [[economista]], [[radialista]] e [[político]] [[brasil]]eiro. [[Evangélico]], é fiel da igreja [[neopentecostal]] [[Sara Nossa Terra]] e seguidor do bispo [[Robson Rodovalho]].<ref name="IG-12-MAR-2013">{{citar web |url=http://ultimosegundo.ig.com.br/politica/2013-03-12/a-gente-se-sente-discriminado-diz-lider-do-pmdb-sobre-heterossexuais.html |título=‘A gente se sente discriminado', diz líder do PMDB sobre heterossexuais |acessodata=27 de março de 2014 |autor=Pedro Venceslau |coautores= |data=12 de março de 2013 |ano= |mes= |formato= |obra= |publicado=[[Brasil Econômico]] |páginas= |língua= |língua2=pt |língua3= |lang= |citação= }}</ref><ref name="ISTOEDINHEIRO-27-AGO-2007">{{citar web |url=http://www.istoedinheiro.com.br/noticias/5323_O+DEPUTADO+MAIS+PODEROSO+DO+BRASIL |título=O deputado mais poderoso do brasil |acessodata=27 de março de 2014 |autor=Adriana Nicacio |coautores= |data=29 de agosto de 2007 |ano= |mes= |formato= |obra= |publicado=[[ISTOÉ Dinheiro]] |páginas= |língua= |língua2=pt |língua3= |lang= |citação= }}</ref> Atualmente, é [[deputado federal]], pelo [[PMDB]] do [[Rio de Janeiro]], e [[Presidente da Câmara dos Deputados do Brasil|presidente da Câmara dos Deputados]] desde 1º de fevereiro de 2015.
|religião =[[Cristão]]
}}
⚫
'''Eduardo Cosentino da Cunha''' ([[Rio de Janeiro (cidade)|Rio de Janeiro]], {{dtlink|lang=br|20|9|1958}}) é um [[economista]], [[radialista]] e [[político]] [[brasil]]eiro. [[Evangélico]], é fiel da igreja Assembléia Deus Ministério de Madureira <ref name="IG-12-MAR-2013">{{citar web |url=http://ultimosegundo.ig.com.br/politica/2013-03-12/a-gente-se-sente-discriminado-diz-lider-do-pmdb-sobre-heterossexuais.html |título=‘A gente se sente discriminado', diz líder do PMDB sobre heterossexuais |acessodata=27 de março de 2014 |autor=Pedro Venceslau |coautores= |data=12 de março de 2013 |ano= |mes= |formato= |obra= |publicado=[[Brasil Econômico]] |páginas= |língua= |língua2=pt |língua3= |lang= |citação= }}</ref><ref name="ISTOEDINHEIRO-27-AGO-2007">{{citar web |url=http://www.istoedinheiro.com.br/noticias/5323_O+DEPUTADO+MAIS+PODEROSO+DO+BRASIL |título=O deputado mais poderoso do brasil |acessodata=27 de março de 2014 |autor=Adriana Nicacio |coautores= |data=29 de agosto de 2007 |ano= |mes= |formato= |obra= |publicado=[[ISTOÉ Dinheiro]] |páginas= |língua= |língua2=pt |língua3= |lang= |citação= }}</ref> Atualmente, é [[deputado federal]], pelo [[PMDB]] do [[Rio de Janeiro]], e [[Presidente da Câmara dos Deputados do Brasil|presidente da Câmara dos Deputados]] desde 1º de fevereiro de 2015.


Filiado ao [[Partido da Reconstrução Nacional]], foi presidente da [[Telerj]] durante o [[Governo Collor]] .<ref name=VALOR-18-MAR-2011>{{citar web |url=http://www.senado.gov.br/noticias/OpiniaoPublica/inc/senamidia/notSenamidia.asp?ud=20110318&datNoticia=20110318&codNoticia=531171&nomeOrgao=&nomeJornal=Valor+Econ%C3%B4mico&codOrgao=2729&tipPagina=1 |título=Âncora de "O Rio merece respeito", Cunha se ampara no eleitor evangélico |acessodata=15 de março de 2014 |autor=Cláudia Schüffner |coautores=Paola Moura |data=26 de março de 2011 |ano= |mes= |formato= |obra= |publicado=[[Valor Econômico]] |páginas= |língua= |língua2=pt |língua3= |lang= |citação= }}</ref> Já pelo [[Partido Progressista Brasileiro]], comandou a [[Companhia Estadual de Habitação|Cehab]] no mandato de [[Anthony Garotinho]]. Candidatou-se pela primeira vez a um cargo eletivo em [[1998]], tendo sido eleito suplente de [[deputado estadual]] do [[Rio de Janeiro]] e assumido uma vaga na [[Alerj]] em [[2001]]. Elegeu-se [[deputado federal]] em [[2002]], ainda pelo PPB. Reelegeu-se em [[2006]] e [[2010]], pelo [[Partido do Movimento Democrático Brasileiro]].
Filiado ao [[Partido da Reconstrução Nacional]], foi presidente da [[Telerj]] durante o [[Governo Collor]] .<ref name=VALOR-18-MAR-2011>{{citar web |url=http://www.senado.gov.br/noticias/OpiniaoPublica/inc/senamidia/notSenamidia.asp?ud=20110318&datNoticia=20110318&codNoticia=531171&nomeOrgao=&nomeJornal=Valor+Econ%C3%B4mico&codOrgao=2729&tipPagina=1 |título=Âncora de "O Rio merece respeito", Cunha se ampara no eleitor evangélico |acessodata=15 de março de 2014 |autor=Cláudia Schüffner |coautores=Paola Moura |data=26 de março de 2011 |ano= |mes= |formato= |obra= |publicado=[[Valor Econômico]] |páginas= |língua= |língua2=pt |língua3= |lang= |citação= }}</ref> Já pelo [[Partido Progressista Brasileiro]], comandou a [[Companhia Estadual de Habitação|Cehab]] no mandato de [[Anthony Garotinho]]. Candidatou-se pela primeira vez a um cargo eletivo em [[1998]], tendo sido eleito suplente de [[deputado estadual]] do [[Rio de Janeiro]] e assumido uma vaga na [[Alerj]] em [[2001]]. Elegeu-se [[deputado federal]] em [[2002]], ainda pelo PPB. Reelegeu-se em [[2006]] e [[2010]], pelo [[Partido do Movimento Democrático Brasileiro]].


Como radialista, tem atuado em sete [[rádio FM|rádios FM]] nos estados do Rio de Janeiro, São Paulo, Piauí e Paraná - violando o artigo 54 da [[Constituição de 1988|Constituição Federal]]{{nota de rodapé|De acordo com o Art. 54, congressistas não poderão: I - desde a expedição do diploma: a) firmar ou manter contrato com pessoa jurídica de direito público, autarquia, empresa pública, sociedade de economia mista ou empresa concessionária de serviço público, salvo quando o contrato obedecer a cláusulas uniformes; b) aceitar ou exercer cargo, função ou emprego remunerado, inclusive os de que sejam demissíveis "ad nutum", nas entidades constantes da alínea anterior; II - desde a posse: a) ser proprietários, controladores ou diretores de empresa que goze de favor decorrente de contrato com pessoa jurídica de direito público, ou nela exercer função remunerada; b) ocupar cargo ou função de que sejam demissíveis "ad nutum", nas entidades referidas no inciso I, a; c) patrocinar causa em que seja interessada qualquer das entidades a que se refere o inciso I, a; d) ser titulares de mais de um cargo ou mandato público eletivo.}} e respondeu a três processos no [[Supremo Tribunal Federal]] - inquéritos 2123, 2984 e 3056<ref name=improb>{{citar web|URL = http://www.stf.jus.br/portal/processo/verProcessoAndamento.asp?incidente=2219740|título =Inquérito 2123, em que se apura eventual ato de improbidade administrativa do Deputado Federal Eduardo Cunha, no período em que ocupou o cargo de Presidente da CEHAB. Origem: Distrito Federal. Relator: Min. [[Gilmar Mendes]]. Autor: [[Ministério Público Federal]]. Investigado: Eduardo Cosentino da Cunha. Advogado: José de Matos Filho |data = |acessadoem = |autor = |publicado = }}</ref><ref name=proc>{{citar web|URL = http://www.stf.jus.br/portal/processo/verProcessoAndamento.asp?incidente=3910534|título = Inquérito 2984. Denúncia oferecida pelo Ministério Público Federal contra Deputado Federal. Suposta prática de uso de documentos falsos (arts. 304 c/c 297, ambos do Código Penal). 2. Inicial que atende aos requisitos do art. 41 do CPP. Apresentação de documentos falsos no bojo de processo administrativo em curso no Tribunal de Contas do Estado do Rio de Janeiro (TCE-RJ nº 106.777-0/00). Falsidade atestada por exame grafotécnico.] Relator: Min. Gilmar Mendes. Demandante: [[Ministério Público Federal]]. Procurador: [[Procurador-Geral da República]]. Demandado: Eduardo Cosentino da Cunha. Advogados: Alexandre de Moraes e outros|data = |acessadoem = |autor = |publicado = }}</ref><ref name=lobby>{{citar web|URL = http://www.stf.jus.br/portal/processo/verProcessoAndamento.asp?incidente=4001833|título = Inquérito 3056. Este inquérito foi instaurado para apurar a suposta prática dos delitos previstos no art. 288 do [[Código Penal Brasileiro|Código Penal]] e art. 2º, II, da Lei nº 8.137/90 pelos representantes das empresas [[Refinaria de Petróleo de Manguinhos S/A]], Grandflorum Participações S/A, Ampar Fomento Mercantil Ltda., Inca Combustíveis Ltda., Alcom Petróleo Ltda. e Nacional Consultoria Empresarial Ltda. No curso da investigação, quando procedia-se, com autorização judicial, a [[Grampo telefônico|interceptação das comunicações telefônicas]] dos supostos envolvidos, surgiram indícios de que o Deputado Federal Eduardo Consentino da Cunha, por meio de contatos com Ricardo Andrade Magro, estaria intercedendo em [[lobby|defesa dos interesses]] da [[Refinaria de Manguinhos]] S/A. Origem: Rio de Janeiro. Relator: Ministro [[Celso de Mello]]. Autor: Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro. Procurador: Procurador-Geral de Justiça do Estado do Rio de Janeiro. Investigado: Eduardo Cosentino da Cunha|data = |acessadoem = |autor = |publicado = }}</ref>.
Como radialista, tem atuado em sete [[rádio FM|rádios FM]] ([[Rádio Melodia]] desde meados da [[década de 1990]]) nos estados do Rio de Janeiro, São Paulo, Piauí e Paraná.


==Biografia==
==Biografia==
Linha 36: Linha 35:


===Adesão a Collor e presidência da Telerj===
===Adesão a Collor e presidência da Telerj===
Em [[1989]], o economista o empresário [[Paulo César Farias]] convidou Eduardo Cunha a se filiar ao [[Partido da Reconstrução Nacional|PRN]] e a integrar o núcleo da [[Eleição presidencial no Brasil em 1989|campanha presidencial]] do candidato [[Fernando Collor de Mello]].<ref name=DN-15-MAR-2014/><ref name=JB-14-MAI-2013>{{citar web |url=http://www.jb.com.br/pais/noticias/2013/05/14/eduardo-cunha-carreira-recheada-de-polemicas/ |título=Eduardo Cunha: carreira recheada de polêmicas |acessodata=15 de março de 2014 |autor=Lucas Altino |coautores= |data=14 de maio de 2013 |ano= |mes= |formato= |obra= |publicado=[[Jornal do Brasil]] |páginas= |língua= |língua2=pt |língua3= |lang= |citação= }}</ref><ref name=EPOCA-19-FEV-2009>{{citar web |url=http://revistaepoca.globo.com/Revista/Epoca/0,,ERT27350-15223-27350-3934,00.html |título=Eduardo Cunha revela seu poder sobre os deputados |acessodata=15 de março de 2014 |autor=Rodrigo Rangel |coautores=Leandro Loyola |data=19 de fevereiro de 2009 |ano= |mes= |formato= |obra= |publicado=[[Revista Época]] |páginas= |língua= |língua2=pt |língua3= |lang= |citação= }}</ref> Até então com pouco menos de 30 anos, Cunha atuou como tesoureiro do comitê eleitoral de Collor no Rio de Janeiro.<ref name=FSP-27-02-2000>{{citar web |url=http://www1.folha.uol.com.br/fsp/brasil/fc2702200025.htm |título=Governo do Rio abriga ex-colloridos |acessodata=26 de março de 2014 |autor=Marcelo Beraba |coautores= |data=27 de fevereiro de 2000 |ano= |mes= |formato= |obra= |publicado=[[Folha de S.Paulo]] |páginas= |língua= |língua2=pt |língua3= |lang= |citação= }}</ref> Segundo Daniel Tourinho, então presidente do PRN, Cunha foi o responsável por descobrir uma falha no registro do [[Partido Municipalista Brasileiro|PMB]] que impediu a candidatura de [[Silvio Santos]] ao pleito.<ref name=VEJA-16-MAI-2011>{{citar web |url=http://www.senado.gov.br/noticias/opiniaopublica/inc/senamidia/notSenamidia.asp?ud=20110516&datNoticia=20110516&codNoticia=555134&nomeOrgao=&nomeJornal=Revista+Veja&codOrgao=2729&tipPagina=1 |título=Político de resultados |acessodata=27 de março de 2014 |autor= |coautores= |data=16 de maio de 2011 |ano= |mes= |formato= |obra= |publicado=[[Revista Veja]] |páginas= |língua= |língua2=pt |língua3= |lang= |citação= }}</ref>
Em [[1989]], o economista o empresário [[Paulo César Farias]] convidou Eduardo Cunha a se filiar ao [[Partido da Reconstrução Nacional|PRN]] e a integrar o núcleo da [[Eleição presidencial no Brasil em 1989|campanha presidencial]] do candidato [[Fernando Collor de Mello]].<ref name=DN-15-MAR-2014/><ref name=JB-14-MAI-2013>{{citar web |url=http://www.jb.com.br/pais/noticias/2013/05/14/eduardo-cunha-carreira-recheada-de-polemicas/ |título=Eduardo Cunha: carreira recheada de polêmicas |acessodata=15 de março de 2014 |autor=Lucas Altino |coautores= |data=14 de maio de 2013 |ano= |mes= |formato= |obra= |publicado=[[Jornal do Brasil]] |páginas= |língua= |língua2=pt |língua3= |lang= |citação= }}</ref><ref name=EPOCA-19-FEV-2009>{{citar web |url=http://revistaepoca.globo.com/Revista/Epoca/0,,ERT27350-15223-27350-3934,00.html |título=Eduardo Cunha revela seu poder sobre os deputados |acessodata=15 de março de 2014 |autor=Rodrigo Rangel |coautores=Leandro Loyola |data=19 de fevereiro de 2009 |ano= |mes= |formato= |obra= |publicado=[[Revista Época]] |páginas= |língua= |língua2=pt |língua3= |lang= |citação= }}</ref> Até então com pouco menos de 30 anos, Cunha atuou como tesoureiro do comitê eleitoral de Collor no Rio de Janeiro<ref name=FSP-27-02-2000>{{citar web |url=http://www1.folha.uol.com.br/fsp/brasil/fc2702200025.htm |título=Governo do Rio abriga ex-colloridos |acessodata=26 de março de 2014 |autor=Marcelo Beraba |coautores= |data=27 de fevereiro de 2000 |ano= |mes= |formato= |obra= |publicado=[[Folha de S.Paulo]] |páginas= |língua= |língua2=pt |língua3= |lang= |citação= }}</ref> Segundo Daniel Tourinho, então presidente do PRN, Cunha foi o responsável por descobrir uma falha no registro do [[Partido Municipalista Brasileiro|PMB]] que impediu a candidatura de [[Silvio Santos]] ao pleito.<ref name=VEJA-16-MAI-2011>{{citar web |url=http://www.senado.gov.br/noticias/opiniaopublica/inc/senamidia/notSenamidia.asp?ud=20110516&datNoticia=20110516&codNoticia=555134&nomeOrgao=&nomeJornal=Revista+Veja&codOrgao=2729&tipPagina=1 |título=Político de resultados |acessodata=27 de março de 2014 |autor= |coautores= |data=16 de maio de 2011 |ano= |mes= |formato= |obra= |publicado=[[Revista Veja]] |páginas= |língua= |língua2=pt |língua3= |lang= |citação= }}</ref>


Depois de eleito, Collor convidou Eduardo Cunha para integrar a nova equipe econômica do governo, chefiada por [[Zélia Cardoso de Mello]], mas ele declinou.<ref name=VEJA-16-MAI-2011/> Em [[1991]], atendendo à sugestão de Paulo César Farias, o [[Presidente do Brasil|presidente da república]] nomeou Cunha para o comando da [[Telerj]], a então empresa fluminense de telecomunicações.<ref name=JB-14-MAI-2013/><ref name=EXAME-22-12-2004>{{citar web |url=http://exame.abril.com.br/revista-exame/edicoes/0833/noticias/ataque-as-empresas-m0040881 |título=Ataque às empresas |acessodata=26 de março de 2014 |autor=Marcos Coronato |coautores=Cristiane Correa |data=22 de dezembro de 2004 |ano= |mes= |formato= |obra= |publicado=[[Revista Exame]] |páginas= |língua= |língua2=pt |língua3= |lang= |citação= }}</ref><ref name=CM-15-08-2007>{{citar web |url=http://www.cartamaior.com.br/?/Opiniao/Furnas-a-arriscada-aposta-de-Lula/20076 |título=Furnas, a arriscada aposta de Lula |acessodata=26 de março de 2014 |autor=Maurício Thuswohl |coautores= |data=15 de agosto de 2007 |ano= |mes= |formato= |obra= |publicado=[[Carta Maior]] |páginas= |língua= |língua2=pt |língua3= |lang= |citação= }}</ref> Como presidente da companhia, Cunha reduziu os investimentos da empresa, conforme o projeto de [[Privatização no Brasil|privatizar as estatais]] do governo Collor, e criou uma comissão de licitação vinculada diretamente a seu gabinete.<ref name=VALOR-18-MAR-2011>{{citar web |url=http://www.senado.gov.br/noticias/OpiniaoPublica/inc/senamidia/notSenamidia.asp?ud=20110318&datNoticia=20110318&codNoticia=531171&nomeOrgao=&nomeJornal=Valor+Econ%C3%B4mico&codOrgao=2729&tipPagina=1 |título=Âncora de "O Rio merece respeito", Cunha se ampara no eleitor evangélico |acessodata=15 de março de 2014 |autor=Cláudia Schüffner |coautores=Paola Moura |data=26 de março de 2011 |ano= |mes= |formato= |obra= |publicado=[[Valor Econômico]] |páginas= |língua= |língua2=pt |língua3= |lang= |citação= }}</ref> O [[Tribunal de Contas da União]] constatou irregularidades na contratação de servidores sem concurso, tratamento privilegiado a determinados fornecedores e falhas na licitação para a edição de catálogos telefônicos.<ref name=CM-15-08-2007/> Responsável pela implementação da [[telefone celular|telefonia celular]] no Rio de Janeiro, Cunha envolveu-se em um [[escândalo]] de superfaturamento, quando foi descoberto que ele havia assinado um aditivo de US$ 92 milhões a um contrato da Telerj com a fornecedora de equipamentos telefônicos [[NEC do Brasil]] (então controlada pelo empresário [[Roberto Marinho]]), em vez de abrir nova licitação.<ref name=JB-14-MAI-2013/><ref name=FSP-19-01-1994>{{citar web |url=http://www1.folha.uol.com.br/fsp/1994/1/19/brasil/25.html |título=Telerj vai ampliar celular sem licitação |acessodata=15 de março de 2014 |autor=Edna Dantas |coautores= |data=19 de janeiro de 1994 |ano= |mes= |formato= |obra= |publicado=[[Folha de S.Paulo]] |páginas= |língua= |língua2=pt |língua3= |lang= |citação= }}</ref>
Depois de eleito, Collor convidou Eduardo Cunha para integrar a nova equipe econômica do governo, chefiada por [[Zélia Cardoso de Mello]], mas ele declinou.<ref name=VEJA-16-MAI-2011/> Em [[1991]], atendendo à sugestão de Paulo César Farias, o [[Presidente do Brasil|presidente da república]] nomeou Cunha para o comando da [[Telerj]], a então empresa fluminense de telecomunicações.<ref name=JB-14-MAI-2013/><ref name=EXAME-22-12-2004>{{citar web |url=http://exame.abril.com.br/revista-exame/edicoes/0833/noticias/ataque-as-empresas-m0040881 |título=Ataque às empresas |acessodata=26 de março de 2014 |autor=Marcos Coronato |coautores=Cristiane Correa |data=22 de dezembro de 2004 |ano= |mes= |formato= |obra= |publicado=[[Revista Exame]] |páginas= |língua= |língua2=pt |língua3= |lang= |citação= }}</ref><ref name=CM-15-08-2007>{{citar web |url=http://www.cartamaior.com.br/?/Opiniao/Furnas-a-arriscada-aposta-de-Lula/20076 |título=Furnas, a arriscada aposta de Lula |acessodata=26 de março de 2014 |autor=Maurício Thuswohl |coautores= |data=15 de agosto de 2007 |ano= |mes= |formato= |obra= |publicado=[[Carta Maior]] |páginas= |língua= |língua2=pt |língua3= |lang= |citação= }}</ref> Como presidente da companhia, Cunha reduziu os investimentos da empresa, conforme o projeto de [[Privatização no Brasil|privatizar as estatais]] do governo Collor, e criou uma comissão de licitação vinculada diretamente a seu gabinete.<ref name=VALOR-18-MAR-2011>{{citar web |url=http://www.senado.gov.br/noticias/OpiniaoPublica/inc/senamidia/notSenamidia.asp?ud=20110318&datNoticia=20110318&codNoticia=531171&nomeOrgao=&nomeJornal=Valor+Econ%C3%B4mico&codOrgao=2729&tipPagina=1 |título=Âncora de "O Rio merece respeito", Cunha se ampara no eleitor evangélico |acessodata=15 de março de 2014 |autor=Cláudia Schüffner |coautores=Paola Moura |data=26 de março de 2011 |ano= |mes= |formato= |obra= |publicado=[[Valor Econômico]] |páginas= |língua= |língua2=pt |língua3= |lang= |citação= }}</ref> O [[Tribunal de Contas da União]] constatou irregularidades na contratação de servidores sem concurso, tratamento privilegiado a determinados fornecedores e falhas na licitação para a edição de catálogos telefônicos.<ref name=CM-15-08-2007/> Responsável pela implementação da [[telefone celular|telefonia celular]] no Rio de Janeiro, Cunha envolveu-se em um [[escândalo]] de superfaturamento, quando foi descoberto que ele havia assinado um aditivo de US$ 92 milhões a um contrato da Telerj com a fornecedora de equipamentos telefônicos [[NEC do Brasil]] (então controlada pelo empresário [[Roberto Marinho]]), em vez de abrir nova licitação.<ref name=JB-14-MAI-2013/><ref name=FSP-19-01-1994>{{citar web |url=http://www1.folha.uol.com.br/fsp/1994/1/19/brasil/25.html |título=Telerj vai ampliar celular sem licitação |acessodata=15 de março de 2014 |autor=Edna Dantas |coautores= |data=19 de janeiro de 1994 |ano= |mes= |formato= |obra= |publicado=[[Folha de S.Paulo]] |páginas= |língua= |língua2=pt |língua3= |lang= |citação= }}</ref>
Linha 43: Linha 42:


===Filiação ao PPB e aproximação com Francisco Silva===
===Filiação ao PPB e aproximação com Francisco Silva===
Após a passagem pela Telerj, Cunha passaria alguns anos como operador na [[Bolsa de Valores do Rio de Janeiro]] e prestando consultorias.<ref name=VALOR-18-MAR-2011>{{citar web |url=http://www.senado.gov.br/noticias/OpiniaoPublica/inc/senamidia/notSenamidia.asp?ud=20110318&datNoticia=20110318&codNoticia=531171&nomeOrgao=&nomeJornal=Valor+Econ%C3%B4mico&codOrgao=2729&tipPagina=1 |título=Âncora de "O Rio merece respeito", Cunha se ampara no eleitor evangélico |acessodata=15 de março de 2014 |autor=Cláudia Schüffner |coautores=Paola Moura |data=26 de março de 2011 |ano= |mes= |formato= |obra= |publicado=[[Valor Econômico]] |páginas= |língua= |língua2=pt |língua3= |lang= |citação= }}</ref> Já bastante próximo do ex-[[Lista de ministros da Fazenda do Brasil|Ministro da Fazenda]] e então [[deputado federal]] [[Francisco Dornelles]], Eduardo Cunha filiou-se ao [[Partido Progressista Brasileiro|PPB]] em [[1994]].<ref name="bio">{{citar web|url=http://www2.camara.gov.br/deputados/pesquisa/layouts_deputados_biografia?pk=108043|titulo=Biografia de Eduardo Cunha (PMDB/RJ)|autor=|data=|publicado=[[Câmara dos Deputados do Brasil|Portal da Câmara dos Deputados]]|acessodata=[[15 de outubro]] de [[2010]]}}</ref> Nessa mesma época, se aproximou do empresário [[Francisco Silva]], então o deputado federal mais votado do Rio de Janeiro e dono da evangélica [[Rádio Melodia Rio de Janeiro|Rádio Melodia FM]].<ref name=VALOR-18-MAR-2011>{{citar web |url=http://www.senado.gov.br/noticias/OpiniaoPublica/inc/senamidia/notSenamidia.asp?ud=20110318&datNoticia=20110318&codNoticia=531171&nomeOrgao=&nomeJornal=Valor+Econ%C3%B4mico&codOrgao=2729&tipPagina=1 |título=Âncora de "O Rio merece respeito", Cunha se ampara no eleitor evangélico |acessodata=15 de março de 2014 |autor=Cláudia Schüffner |coautores=Paola Moura |data=26 de março de 2011 |ano= |mes= |formato= |obra= |publicado=[[Valor Econômico]] |páginas= |língua= |língua2=pt |língua3= |lang= |citação= }}</ref>
Após a passagem pela Telerj, Cunha passaria alguns anos como operador na [[Bolsa de Valores do Rio de Janeiro]] e prestando consultorias.<ref name=VALOR-18-MAR-2011>{{citar web |url=http://www.senado.gov.br/noticias/OpiniaoPublica/inc/senamidia/notSenamidia.asp?ud=20110318&datNoticia=20110318&codNoticia=531171&nomeOrgao=&nomeJornal=Valor+Econ%C3%B4mico&codOrgao=2729&tipPagina=1 |título=Âncora de "O Rio merece respeito", Cunha se ampara no eleitor evangélico |acessodata=15 de março de 2014 |autor=Cláudia Schüffner |coautores=Paola Moura |data=26 de março de 2011 |ano= |mes= |formato= |obra= |publicado=[[Valor Econômico]] |páginas= |língua= |língua2=pt |língua3= |lang= |citação= }}</ref> Já bastante próximo do ex-[[Anexo:Lista de ministros da Fazenda do Brasil|Ministro da Fazenda]] e então [[deputado federal]] [[Francisco Dornelles]], Eduardo Cunha filiou-se ao [[Partido Progressista Brasileiro|PPB]] em [[1994]].<ref name="bio">{{citar web|url=http://www2.camara.gov.br/deputados/pesquisa/layouts_deputados_biografia?pk=108043|titulo=Biografia de Eduardo Cunha (PMDB/RJ)|autor=|data=|publicado=[[Câmara dos Deputados do Brasil|Portal da Câmara dos Deputados]]|acessodata=[[15 de outubro]] de [[2010]]}}</ref> Nessa mesma época, se aproximou do empresário [[Francisco Silva]], então o deputado federal mais votado do Rio de Janeiro e dono da evangélica [[Rádio Melodia Rio de Janeiro|Rádio Melodia FM]].<ref name=VALOR-18-MAR-2011>{{citar web |url=http://www.senado.gov.br/noticias/OpiniaoPublica/inc/senamidia/notSenamidia.asp?ud=20110318&datNoticia=20110318&codNoticia=531171&nomeOrgao=&nomeJornal=Valor+Econ%C3%B4mico&codOrgao=2729&tipPagina=1 |título=Âncora de "O Rio merece respeito", Cunha se ampara no eleitor evangélico |acessodata=15 de março de 2014 |autor=Cláudia Schüffner |coautores=Paola Moura |data=26 de março de 2011 |ano= |mes= |formato= |obra= |publicado=[[Valor Econômico]] |páginas= |língua= |língua2=pt |língua3= |lang= |citação= }}</ref>


Quando presidia a Telerj, Cunha havia conseguido uma linha telefônica para Silva, em uma época na qual aquilo era um bem escasso, e mais tarde o ajudou a renegociar uma dívida de 16 milhões de reais com o [[INSS]], que saiu por 20% do valor original.<ref name=VEJA-16-MAI-2011>{{citar web |url=http://www.senado.gov.br/noticias/opiniaopublica/inc/senamidia/notSenamidia.asp?ud=20110516&datNoticia=20110516&codNoticia=555134&nomeOrgao=&nomeJornal=Revista+Veja&codOrgao=2729&tipPagina=1 |título=Político de resultados |acessodata=27 de março de 2014 |autor= |coautores= |data=16 de maio de 2011 |ano= |mes= |formato= |obra= |publicado=[[Revista Veja]] |páginas= |língua= |língua2=pt |língua3= |lang= |citação= }}</ref> Em gratidão, Silva apadrinhou Cunha, que passou a frequentar cultos em diversas igrejas evangélicas<ref name=VEJA-16-MAI-2011/> e passou a prestar serviços à rádio a partir de [[1995]].<ref name=FSP-27-02-2000>{{citar web |url=http://www1.folha.uol.com.br/fsp/brasil/fc2702200025.htm |título=Governo do Rio abriga ex-colloridos |acessodata=26 de março de 2014 |autor=Marcelo Beraba |coautores= |data=27 de fevereiro de 2000 |ano= |mes= |formato= |obra= |publicado=[[Folha de S.Paulo]] |páginas= |língua= |língua2=pt |língua3= |lang= |citação= }}</ref> A amizade se solidificou quando os dois se tornaram sócios na empresa Montourisme Passagens e Turismo, embora Cunha tenha vendido sua parte ao empresário meses depois.<ref name=FSP-09-ABR-2000-B>{{citar web |url=http://www1.folha.uol.com.br/fsp/brasil/fc0904200032.htm |título=Investigações começaram na Cehab do Rio |acessodata=26 de março de 2014 |autor=Marcelo Beraba |coautores=Antonio Carlos de Faria |data=09 de abril de 2000 |ano= |mes= |formato= |obra= |publicado=[[Folha de S.Paulo]] |páginas= |língua= |língua2=pt |língua3= |lang= |citação= }}</ref> Foi indicado ainda pelo amigo parlamentar para presidir novamente a [[Telerj]] no primeiro mandato do [[Governo Fernando Henrique Cardoso]].<ref name=FSP-02-08-1995>{{citar web |url=http://www1.folha.uol.com.br/fsp/1995/8/02/brasil/34.html |título=Nomeações de técnicos para `teles' revoltam bancadas |acessodata=26 de março de 2014 |autor=Lucio Vaz |coautores= |data=02 de agosto de 1995 |ano= |mes= |formato= |obra= |publicado=[[Folha de S.Paulo]] |páginas= |língua= |língua2=pt |língua3= |lang= |citação= }}</ref><ref name=FSP-20-08-1995>{{citar web |url=http://www1.folha.uol.com.br/fsp/1995/8/20/brasil/12.html |título=Brasília se divide entre patriotas e suspeitos |acessodata=26 de março de 2014 |autor=Josias de Souza |coautores=Lucio Vaz |data=20 de agosto de 1995 |ano= |mes= |formato= |obra= |publicado=[[Folha de S.Paulo]] |páginas= |língua= |língua2=pt |língua3= |lang= |citação= }}</ref>
Quando presidia a Telerj, Cunha havia conseguido uma linha telefônica para Silva, em uma época na qual aquilo era um bem escasso, e mais tarde o ajudou a renegociar uma dívida de 16 milhões de reais com o [[INSS]], que saiu por 20% do valor original.<ref name=VEJA-16-MAI-2011>{{citar web |url=http://www.senado.gov.br/noticias/opiniaopublica/inc/senamidia/notSenamidia.asp?ud=20110516&datNoticia=20110516&codNoticia=555134&nomeOrgao=&nomeJornal=Revista+Veja&codOrgao=2729&tipPagina=1 |título=Político de resultados |acessodata=27 de março de 2014 |autor= |coautores= |data=16 de maio de 2011 |ano= |mes= |formato= |obra= |publicado=[[Revista Veja]] |páginas= |língua= |língua2=pt |língua3= |lang= |citação= }}</ref> Em gratidão, Silva apadrinhou Cunha, que passou a frequentar cultos em diversas igrejas evangélicas<ref name=VEJA-16-MAI-2011/> e passou a prestar serviços à rádio a partir de [[1995]].<ref name=FSP-27-02-2000>{{citar web |url=http://www1.folha.uol.com.br/fsp/brasil/fc2702200025.htm |título=Governo do Rio abriga ex-colloridos |acessodata=26 de março de 2014 |autor=Marcelo Beraba |coautores= |data=27 de fevereiro de 2000 |ano= |mes= |formato= |obra= |publicado=[[Folha de S.Paulo]] |páginas= |língua= |língua2=pt |língua3= |lang= |citação= }}</ref> A amizade se solidificou quando os dois se tornaram sócios na empresa Montourisme Passagens e Turismo, embora Cunha tenha vendido sua parte ao empresário meses depois.<ref name=FSP-09-ABR-2000-B>{{citar web |url=http://www1.folha.uol.com.br/fsp/brasil/fc0904200032.htm |título=Investigações começaram na Cehab do Rio |acessodata=26 de março de 2014 |autor=Marcelo Beraba |coautores=Antonio Carlos de Faria |data=09 de abril de 2000 |ano= |mes= |formato= |obra= |publicado=[[Folha de S.Paulo]] |páginas= |língua= |língua2=pt |língua3= |lang= |citação= }}</ref> Foi indicado ainda pelo amigo parlamentar para presidir novamente a [[Telerj]] no primeiro mandato do [[Governo Fernando Henrique Cardoso]].<ref name=FSP-02-08-1995>{{citar web |url=http://www1.folha.uol.com.br/fsp/1995/8/02/brasil/34.html |título=Nomeações de técnicos para `teles' revoltam bancadas |acessodata=26 de março de 2014 |autor=Lucio Vaz |coautores= |data=02 de agosto de 1995 |ano= |mes= |formato= |obra= |publicado=[[Folha de S.Paulo]] |páginas= |língua= |língua2=pt |língua3= |lang= |citação= }}</ref><ref name=FSP-20-08-1995>{{citar web |url=http://www1.folha.uol.com.br/fsp/1995/8/20/brasil/12.html |título=Brasília se divide entre patriotas e suspeitos |acessodata=26 de março de 2014 |autor=Josias de Souza |coautores=Lucio Vaz |data=20 de agosto de 1995 |ano= |mes= |formato= |obra= |publicado=[[Folha de S.Paulo]] |páginas= |língua= |língua2=pt |língua3= |lang= |citação= }}</ref>
Linha 79: Linha 78:
Em 2013 e 2014 Eduardo foi eleito o líder do PMDB.<ref>[http://g1.globo.com/politica/noticia/2013/02/eduardo-cunha-e-eleito-lider-do-pmdb-na-camara-dos-deputados.html Eduardo Cunha é eleito líder do PMDB na Câmara dos Deputados]. [[G1]], 3 de fevereiro de 2013.</ref><ref>[http://www1.folha.uol.com.br/poder/2013/12/1380909-pmdb-reelege-eduardo-cunha-lider-em-2014.shtml PMDB reelege Eduardo Cunha líder em 2014]. ''[[Folha de S. Paulo]]'', 4 de dezembro de 2013.</ref>
Em 2013 e 2014 Eduardo foi eleito o líder do PMDB.<ref>[http://g1.globo.com/politica/noticia/2013/02/eduardo-cunha-e-eleito-lider-do-pmdb-na-camara-dos-deputados.html Eduardo Cunha é eleito líder do PMDB na Câmara dos Deputados]. [[G1]], 3 de fevereiro de 2013.</ref><ref>[http://www1.folha.uol.com.br/poder/2013/12/1380909-pmdb-reelege-eduardo-cunha-lider-em-2014.shtml PMDB reelege Eduardo Cunha líder em 2014]. ''[[Folha de S. Paulo]]'', 4 de dezembro de 2013.</ref>


Em 2012 foi acusado de envolvimento na [[falsificação]] de documentos públicos que levaram ao arquivamento de procedimento no Tribunal de Contas do Estado do Rio de Janeiro, instaurado contra ele. <ref name=vista> {{citar web|URL = http://www.tjrj.jus.br/web/guest/home/-/noticias/visualizar/92101|título =Pedido de vista suspende julgamento de ação penal contra procurador de Justiça|data =14 de agosto de 2012 |acessadoem = |autor = Palácio da Justiça do Estado do Rio de Janeiro. Fórum Central. Assessoria de Imprensa|publicado = }}</ref><ref>{{citar web|URL = http://mpf.jusbrasil.com.br/noticias/100410232/pgr-eduardo-cunha-usou-documento-falso-para-arquivar-processo-no-tce-rj|título =PGR: Eduardo Cunha usou documento falso para arquivar processo no TCE-RJ |data = |acessadoem = |autor = |publicado =JusBrasil }}</ref><ref>{{citar web|URL = http://oab-rj.jusbrasil.com.br/noticias/100043071/justica-condena-procurador-por-falsificacao-de-documentos|título =Justiça condena procurador por falsificação de documentos |data = |acessadoem = |autor = |publicado =JusBrasil }}</ref> Hoje responde três processos no Supremo Tribunal Federal (inquéritos 2123, 2984 e 3056 <ref name="improb">{{citar web|URL = http://www.stf.jus.br/portal/processo/verProcessoAndamento.asp?incidente=2219740|título =Inquérito 2123, em que se apura eventual ato de improbidade administrativa do Deputado Federal Eduardo Cunha, no período em que ocupou o cargo de Presidente da CEHAB. Origem: Distrito Federal. Relator: Min. [[Gilmar Mendes]]. Autor: [[Ministério Público Federal]]. Investigado: Eduardo Cosentino da Cunha. Advogado: José de Matos Filho |data = |acessadoem = |autor = |publicado = }}</ref> <ref name="proc">{{citar web|URL = http://www.stf.jus.br/portal/processo/verProcessoAndamento.asp?incidente=3910534|título = <nowiki>Inquérito 2984. Denúncia oferecida pelo Ministério Público Federal contra Deputado Federal. Suposta prática de uso de documentos falsos (arts. 304 c/c 297, ambos do Código Penal). 2. Inicial que atende aos requisitos do art. 41 do CPP. Apresentação de documentos falsos no bojo de processo administrativo em curso no Tribunal de Contas do Estado do Rio de Janeiro (TCE-RJ nº 106.777-0/00). Falsidade atestada por exame grafotécnico.] Relator: Min. Gilmar Mendes. Demandante: </nowiki>[[Ministério Público Federal]]. Procurador: [[Procurador-Geral da República]]. Demandado: Eduardo Cosentino da Cunha. Advogados: Alexandre de Moraes e outros|data = |acessadoem = |autor = |publicado = }}</ref> <ref name="lobby">{{citar web|URL = http://www.stf.jus.br/portal/processo/verProcessoAndamento.asp?incidente=4001833|título = Inquérito 3056. Este inquérito foi instaurado para apurar a suposta prática dos delitos previstos no art. 288 do [[Código Penal Brasileiro|Código Penal]] e art. 2º, II, da Lei nº 8.137/90 pelos representantes das empresas [[Refinaria de Petróleo de Manguinhos S/A]], Grandflorum Participações S/A, Ampar Fomento Mercantil Ltda., Inca Combustíveis Ltda., Alcom Petróleo Ltda. e Nacional Consultoria Empresarial Ltda. No curso da investigação, quando procedia-se, com autorização judicial, a [[Grampo telefônico|interceptação das comunicações telefônicas]] dos supostos envolvidos, surgiram indícios de que o Deputado Federal Eduardo Consentino da Cunha, por meio de contatos com Ricardo Andrade Magro, estaria intercedendo em [[lobby|defesa dos interesses]] da [[Refinaria de Manguinhos]] S/A. Origem: Rio de Janeiro. Relator: Ministro [[Celso de Mello]]. Autor: Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro. Procurador: Procurador-Geral de Justiça do Estado do Rio de Janeiro. Investigado: Eduardo Cosentino da Cunha|data = |acessadoem = |autor = |publicado = }}</ref>).
Em 2012 foi acusado de envolvimento na [[falsificação]] de documentos públicos que levaram ao arquivamento de procedimento no Tribunal de Contas do Estado do Rio de Janeiro, instaurado contra ele. <ref name=vista> {{citar web|URL = http://www.tjrj.jus.br/web/guest/home/-/noticias/visualizar/92101|título =Pedido de vista suspende julgamento de ação penal contra procurador de Justiça|data =14 de agosto de 2012 |acessadoem = |autor = Palácio da Justiça do Estado do Rio de Janeiro. Fórum Central. Assessoria de Imprensa|publicado = }}</ref><ref>{{citar web|URL = http://mpf.jusbrasil.com.br/noticias/100410232/pgr-eduardo-cunha-usou-documento-falso-para-arquivar-processo-no-tce-rj|título =PGR: Eduardo Cunha usou documento falso para arquivar processo no TCE-RJ |data = |acessadoem = |autor = |publicado =JusBrasil }}</ref><ref>{{citar web|URL = http://oab-rj.jusbrasil.com.br/noticias/100043071/justica-condena-procurador-por-falsificacao-de-documentos|título =Justiça condena procurador por falsificação de documentos |data = |acessadoem = |autor = |publicado =JusBrasil }}</ref>. Hoje responde três processos no Supremo Tribunal Federal (inquéritos 2123, 2984 e 3056 <ref name=improb/> <ref name=proc /> <ref name=lobby />).


Eduardo Cunha tornou-se o líder do PMDB na Câmara em 2013.<ref>{{citar web |url=http://www1.folha.uol.com.br/poder/2013/12/1380909-pmdb-reelege-eduardo-cunha-lider-em-2014.shtml |título=PMDB reelege Eduardo Cunha líder em 2014 |acessodata=25 de fevereiro de 2015 |autor= |coautores= |data=4 de dezembro de 2013 |publicado=Folha.com |páginas= |língua2=pt |citação= }}</ref> No ano seguinte, entrou com uma [[queixa-crime]] no [[Supremo Tribunal Federal]], contra o também deputado [[Anthony Garotinho]] (PR-RJ), por [[injúria]] e [[difamação]]. Garotinho, em seu blog, referiu-se a Cunha como "deputado-[[lobista]]". Assessores da Câmara e lobistas com acesso a parlamentares do PMDB relatam que Eduardo Cunha registra em uma agenda a lista de empresas - ligadas principalmente aos setores de [[energia]], [[telefonia]] e [[construção civil]] - beneficiadas por sua atuação parlamentar. <ref>[http://www.istoe.com.br/reportagens/317262_DE+ONDE+VEM+O+PODER+DE+EDUARDO+CUNHA De onde vem o poder de Eduardo Cunha]. ''[[Istoé]]'', ed. 2281, 2 de agosto de 2013.</ref> Ainda naquele ano, ele foi reeleito para mais uma legislatura, tendo obtido 232 708 votos, o terceiro mais votado do [[Rio de Janeiro|Estado do Rio de Janeiro]].<ref>{{citar web |url=http://www.eleicoes2014.com.br/eduardo-cunha/ |título=Eduardo Cunha 1530 |acessodata=25 de fevereiro de 2015 |autor= |coautores= |data= |publicado=Eleições 2014 |páginas= |língua2=pt |citação= }}</ref>
Eduardo Cunha tornou-se o líder do PMDB na Câmara em 2013.<ref>{{citar web |url=http://www1.folha.uol.com.br/poder/2013/12/1380909-pmdb-reelege-eduardo-cunha-lider-em-2014.shtml |título=PMDB reelege Eduardo Cunha líder em 2014 |acessodata=25 de fevereiro de 2015 |autor= |coautores= |data=4 de dezembro de 2013 |publicado=Folha.com |páginas= |língua2=pt |citação= }}</ref> No ano seguinte, ele entrou com uma [[queixa-crime]] no [[Supremo Tribunal Federal]], contra o também deputado [[Anthony Garotinho]] (PR-RJ), por [[injúria]] e [[difamação]]. Garotinho, em seu blog, referiu-se a Cunha como "deputado-[[lobista]]". Assessores da Câmara e lobistas com acesso a parlamentares do PMDB relatam que Eduardo Cunha registra em uma agenda a lista de empresas - ligadas principalmente aos setores de [[energia]], [[telefonia]] e [[construção civil]] - beneficiadas por sua atuação parlamentar. <ref>[http://www.istoe.com.br/reportagens/317262_DE+ONDE+VEM+O+PODER+DE+EDUARDO+CUNHA De onde vem o poder de Eduardo Cunha]. ''[[Istoé]]'', ed. 2281, 2 de agosto de 2013.</ref> Ainda naquele ano, ele foi reeleito para mais uma legislatura, tendo obtido 232 708 votos (o terceiro mais votado do [[Rio de Janeiro|Estado do Rio de Janeiro]].<ref>{{citar web |url=http://www.eleicoes2014.com.br/eduardo-cunha/ |título=Eduardo Cunha 1530 |acessodata=25 de fevereiro de 2015 |autor= |coautores= |data= |publicado=Eleições 2014 |páginas= |língua2=pt |citação= }}</ref>


Em fevereiro de 2015, Cunha foi eleito para a [[Presidente da Câmara dos Deputados do Brasil|Presidência da Câmara]] com 267 votos.<ref name=CC-01-02-2015>{{citar web |url=http://www.cartacapital.com.br/politica/eduardo-cunha-e-eleito-em-primeiro-turno-presidente-da-camara-com-267-votos-526.html |título=Eduardo Cunha é eleito em primeiro turno presidente da Câmara |acessodata=25 de fevereiro de 2015 |autor= |coautores= |data=1 de fevereiro de 2015 |publicado=Carta Capital |páginas= |língua2=pt |citação= }}</ref><ref>{{citar web |url=http://g1.globo.com/politica/noticia/2015/02/eduardo-cunha-e-eleito-presidente-da-camara-dos-deputados.html |título=Eduardo Cunha é eleito presidente da Câmara em primeiro turno |acessodata=25 de fevereiro de 2015 |autor=Filipe Matoso |coautores=Nathalia Passarinho |data=1 de fevereiro de 2015 |publicado=G1 |páginas= |língua2=pt |citação= }}</ref>
Em fevereiro de 2015, Cunha foi eleito para a [[Presidente da Câmara dos Deputados do Brasil|Presidência da Câmara]] com 267 votos.<ref name=CC-01-02-2015>{{citar web |url=http://www.cartacapital.com.br/politica/eduardo-cunha-e-eleito-em-primeiro-turno-presidente-da-camara-com-267-votos-526.html |título=Eduardo Cunha é eleito em primeiro turno presidente da Câmara |acessodata=25 de fevereiro de 2015 |autor= |coautores= |data=1 de fevereiro de 2015 |publicado=Carta Capital |páginas= |língua2=pt |citação= }}</ref><ref>{{citar web |url=http://g1.globo.com/politica/noticia/2015/02/eduardo-cunha-e-eleito-presidente-da-camara-dos-deputados.html |título=Eduardo Cunha é eleito presidente da Câmara em primeiro turno |acessodata=25 de fevereiro de 2015 |autor=Filipe Matoso |coautores=Nathalia Passarinho |data=1 de fevereiro de 2015 |publicado=G1 |páginas= |língua2=pt |citação= }}</ref>


==Posições políticas==
==Posições políticas==
Assumidamente evangélico, Cunha é considerado um dos parlamentares mais conservadores do país.<ref name=CC-01-02-2015>{{citar web |url=http://www.cartacapital.com.br/politica/eduardo-cunha-e-eleito-em-primeiro-turno-presidente-da-camara-com-267-votos-526.html |título=Eduardo Cunha é eleito em primeiro turno presidente da Câmara |acessodata=25 de fevereiro de 2015 |autor= |coautores= |data=1 de fevereiro de 2015 |publicado=Carta Capital |páginas= |língua2=pt |citação= }}</ref><ref name=G1-17-DEZ-2011>{{citar web |url=http://g1.globo.com/politica/noticia/2011/12/no-congresso-oito-propostas-tentam-proibir-uniao-estavel-entre-gays.html |título=No Congresso, oito propostas tentam proibir união estável entre gays |acessodata=27 de março de 2014 |autor=Débora Santos |coautores= |data=17 de dezembro de 2011 |ano= |mes= |formato= |obra= |publicado=[[G1]] |páginas= |língua= |língua2=pt |língua3= |lang= |citação= }}</ref> No Congresso Nacional desde 2003, tem se notabilizado como defensor de valores tradicionais, por exemplo, posicionando-se contra a união estável homoafetiva, a descriminalização do aborto e da maconha.<ref name=OESP-16-MAR-2014>{{citar web |url=http://www.estadao.com.br/noticias/impresso,cunha-tem-eleitorado-evangelico-e-contrario-a-dilma,1141403,0.htm |título=Cunha tem eleitorado evangélico e contrário a Dilma |acessodata=27 de março de 2014 |autor=Luciana Nunes Leal |coautores= |data=16 de março de 2014 |ano= |mes= |formato= |obra= |publicado=[[O Estado de S.Paulo]] |páginas= |língua= |língua2=pt |língua3= |lang= |citação= }}</ref>
Assumidamente evangélico, Cunha é considerado um dos parlamentares mais conservadores do país.<ref name=CC-01-02-2015>{{citar web |url=http://www.cartacapital.com.br/politica/eduardo-cunha-e-eleito-em-primeiro-turno-presidente-da-camara-com-267-votos-526.html |título=Eduardo Cunha é eleito em primeiro turno presidente da Câmara |acessodata=25 de fevereiro de 2015 |autor= |coautores= |data=1 de fevereiro de 2015 |publicado=Carta Capital |páginas= |língua2=pt |citação= }}</ref><ref name=G1-17-DEZ-2011>{{citar web |url=http://g1.globo.com/politica/noticia/2011/12/no-congresso-oito-propostas-tentam-proibir-uniao-estavel-entre-gays.html |título=No Congresso, oito propostas tentam proibir união estável entre gays |acessodata=27 de março de 2014 |autor=Débora Santos |coautores= |data=17 de dezembro de 2011 |ano= |mes= |formato= |obra= |publicado=[[G1]] |páginas= |língua= |língua2=pt |língua3= |lang= |citação= }}</ref> No Congresso Nacional desde 2003, tem se notabilizado como defensor de valores tradicionais, por exemplo, posicionando-se contra a união estável homoafetiva descriminalização do aborto e da maconha.<ref name=OESP-16-MAR-2014>{{citar web |url=http://www.estadao.com.br/noticias/impresso,cunha-tem-eleitorado-evangelico-e-contrario-a-dilma,1141403,0.htm |título=Cunha tem eleitorado evangélico e contrário a Dilma |acessodata=27 de março de 2014 |autor=Luciana Nunes Leal |coautores= |data=16 de março de 2014 |ano= |mes= |formato= |obra= |publicado=[[O Estado de S.Paulo]] |páginas= |língua= |língua2=pt |língua3= |lang= |citação= }}</ref>


Em [[2010]], o deputado apresentou um projeto para criminalizar o preconceito contra os heterossexuais.<ref name=IG-12-MAR-2013>{{citar web |url=http://ultimosegundo.ig.com.br/politica/2013-03-12/a-gente-se-sente-discriminado-diz-lider-do-pmdb-sobre-heterossexuais.html |título=‘A gente se sente discriminado', diz líder do PMDB sobre heterossexuais |acessodata=27 de março de 2014 |autor=Pedro Venceslau |coautores= |data=12 de março de 2013 |ano= |mes= |formato= |obra= |publicado=[[Brasil Econômico]] |páginas= |língua= |língua2=pt |língua3= |lang= |citação= }}</ref><ref name=DN-15-MAR-2014>{{citar web |url=http://www.dn.pt/gente/interior.aspx?content_id=1654892 |título=O deputado defensor dos heterossexuais |acessodata=15 de março de 2014 |autor=Susana Salvador |coautores= |data=04 de setembro de 2010 |ano= |mes= |formato= |obra= |publicado=[[Diário de Notícias (Portugal)]] |páginas= |língua= |língua2=pt |língua3= |lang= |citação= }}</ref> Ele é o autor do projeto para a instituição do "Dia do Orgulho Heterossexual" no Brasil.<ref>{{citar web |url=http://agenciabrasil.ebc.com.br/politica/noticia/2015-02/camara-desarquiva-projeto-de-eduardo-cunha-que-cria-o-dia-do-orgulho-hetero |título=Câmara desarquiva projeto de Cunha que cria o Dia do Orgulho Heterossexual |acessodata=25 de fevereiro de 2015 |autor=Iolando Lourenço |coautores= |data=11 de fevereiro de 2015 |publicado=Agência Brasil |páginas= |língua2=pt |citação= }}</ref> Ele é também o autor de um projetos que quer punir com prisão de até 10 anos os médicos que auxiliarem mulheres a fazer aborto.<ref name=CC-01-02-2015>{{citar web |url=http://www.cartacapital.com.br/politica/eduardo-cunha-e-eleito-em-primeiro-turno-presidente-da-camara-com-267-votos-526.html |título=Eduardo Cunha é eleito em primeiro turno presidente da Câmara |acessodata=25 de fevereiro de 2015 |autor= |coautores= |data=1 de fevereiro de 2015 |publicado=Carta Capital |páginas= |língua2=pt |citação= }}</ref>
Em [[2010]], o deputado apresentou um projeto para criminalizar o preconceito contra os heterossexuais.<ref name=IG-12-MAR-2013>{{citar web |url=http://ultimosegundo.ig.com.br/politica/2013-03-12/a-gente-se-sente-discriminado-diz-lider-do-pmdb-sobre-heterossexuais.html |título=‘A gente se sente discriminado', diz líder do PMDB sobre heterossexuais |acessodata=27 de março de 2014 |autor=Pedro Venceslau |coautores= |data=12 de março de 2013 |ano= |mes= |formato= |obra= |publicado=[[Brasil Econômico]] |páginas= |língua= |língua2=pt |língua3= |lang= |citação= }}</ref><ref name=DN-15-MAR-2014>{{citar web |url=http://www.dn.pt/gente/interior.aspx?content_id=1654892 |título=O deputado defensor dos heterossexuais |acessodata=15 de março de 2014 |autor=Susana Salvador |coautores= |data=04 de setembro de 2010 |ano= |mes= |formato= |obra= |publicado=[[Diário de Notícias (Portugal)]] |páginas= |língua= |língua2=pt |língua3= |lang= |citação= }}</ref> Ele é o autor do projeto para a instituição do "Dia do Orgulho Heterossexual" no Brasil.<ref>{{citar web |url=http://agenciabrasil.ebc.com.br/politica/noticia/2015-02/camara-desarquiva-projeto-de-eduardo-cunha-que-cria-o-dia-do-orgulho-hetero |título=Câmara desarquiva projeto de Cunha que cria o Dia do Orgulho Heterossexual |acessodata=25 de fevereiro de 2015 |autor=Iolando Lourenço |coautores= |data=11 de fevereiro de 2015 |publicado=Agência Brasil |páginas= |língua2=pt |citação= }}</ref> Ele é também o autor de um projetos que quer punir com prisão de até 10 anos os médicos que auxiliarem mulheres a fazer aborto.<ref name=CC-01-02-2015>{{citar web |url=http://www.cartacapital.com.br/politica/eduardo-cunha-e-eleito-em-primeiro-turno-presidente-da-camara-com-267-votos-526.html |título=Eduardo Cunha é eleito em primeiro turno presidente da Câmara |acessodata=25 de fevereiro de 2015 |autor= |coautores= |data=1 de fevereiro de 2015 |publicado=Carta Capital |páginas= |língua2=pt |citação= }}</ref>


O deputado do PMDB é contrário a regulação econômica dos meios de comunicação<ref name=CC-01-02-2015/>. É conhecida a sua posição em relação ao [[Marco Civil da Internet]]<ref name=breve>{{citar web|URL = http://www.portaleduardocunha.com.br/um-breve-esclarecimento-sobre-o-marco-civil-da-internet/10/1292.html|título = Um breve esclarecimento sobre o Marco Civil da Internet|data = |acessadoem = |autor = |publicado =Portal Eduardo Cunha }}</ref><ref name=Rovai>[http://www.revistaforum.com.br/blogdorovai/2013/10/31/eduardo-cunha-articula-acordao-entre-globo-e-teles-contra-o-marco-civil/ Eduardo Cunha articula acordão entre Globo e teles contra o Marco Civil]. Por Renato Rovai. [[Revista Fórum|''Fórum'']], 31 de outubro de 2013.</ref>, defendendo o controle de fluxo de dados dos usuários por parte das empresas de [[telecomunicações]] e, assim, ferindo o princípio da [[neutralidade da rede]] <ref name=fecha>{{citar web|URL = http://ultimosegundo.ig.com.br/politica/2014-03-13/pmdb-fecha-estrategia-para-aprovar-sua-versao-do-marco-civil-da-internet.html|título = PMDB fecha estratégia para aprovar sua versão do Marco Civil da Internet. Partido preparou lista de destaques para tentar impedir que o texto defendido pelo governo, relatado por Alessandro Molon, seja apreciado no plenário|data =13 de março de 2014 |acessadoem =19 de novembro de 2014 |autor =Marcel Frota |publicado = iG}}</ref>.
O deputado do PMDB é contrário a regulação econômica dos meios de comunicação<ref name=CC-01-02-2015/>. É conhecida a sua posição em relação ao [[Marco Civil da Internet]]<ref name=breve>{{citar web|URL = http://www.portaleduardocunha.com.br/um-breve-esclarecimento-sobre-o-marco-civil-da-internet/10/1292.html|título = Um breve esclarecimento sobre o Marco Civil da Internet|data = |acessadoem = |autor = |publicado =Portal Eduardo Cunha }}</ref><ref name=Rovai>[http://www.revistaforum.com.br/blogdorovai/2013/10/31/eduardo-cunha-articula-acordao-entre-globo-e-teles-contra-o-marco-civil/ Eduardo Cunha articula acordão entre Globo e teles contra o Marco Civil]. Por Renato Rovai. [[Revista Fórum|''Fórum'']], 31 de outubro de 2013.</ref>, defendendo o controle de fluxo de dados dos usuários por parte das empresas de [[telecomunicações]] e, assim, ferindo o princípio da [[neutralidade da rede]] <ref name=fecha>{{citar web|URL = http://ultimosegundo.ig.com.br/politica/2014-03-13/pmdb-fecha-estrategia-para-aprovar-sua-versao-do-marco-civil-da-internet.html|título = PMDB fecha estratégia para aprovar sua versão do Marco Civil da Internet. Partido preparou lista de destaques para tentar impedir que o texto defendido pelo governo, relatado por Alessandro Molon, seja apreciado no plenário|data =13 de março de 2014 |acessadoem =19 de novembro de 2014 |autor =Marcel Frota |publicado = iG}}</ref>.

==Processos judiciais==
===Contra Luis Nassif===
Em abril de 2015 o [[jornalista]] [[Luis Nassif]] divulgou um [[mandado|mandado de citação via postal]] em que Cunha solicita indenização por [[dano moral]] devido a uma reportagem publicada em 2013<ref>{{Cite web| title = O chefe de Eduardo Cunha é Sérgio Cabral|first=Luis |last=Nassif |date=9 de setembro de 2013|authorlink=Luis Nassif| accessdate = 2 de abril de 2015| url = http://jornalggn.com.br/blog/luisnassif/o-chefe-de-eduardo-cunha-e-sergio-cabral}}</ref> no blog do jornalista e considerada ofensiva por ele. Em resposta, o jornalista solicitou aos leitores do blog que colaborassem em uma compilação de notícias publicadas sobre Eduardo Cunha.<ref>{{Cite web|title = Dossiê Eduardo Cunha|authorlink = Luis Nassif|first = Luis|last = Nassif|date = 7 de abril de 2015|accessdate = 7 de abril de 2015|url = http://www.jornalggn.com.br/mutirao/dossie-eduardo-cunha-0}}</ref>

Atualmente é investigado pela Operação Lava A Jato.


{{Notas}}
{{Notas}}
{{Referências|col=2}}
{{Referências|col=2}}


==Ligações externas==
=={{Ligações externas}}==
*[http://www.camara.gov.br/internet/deputado/Dep_Detalhe.asp?id=522260 Perfil do deputado Eduardo Cunha] no Portal da Câmara dos Deputados.
*[http://www.camara.gov.br/internet/deputado/Dep_Detalhe.asp?id=522260 Perfil do deputado Eduardo Cunha] no Portal da Câmara dos Deputados.
*[http://www.deputadoeduardocunha.com.br/home Página pessoal de Eduardo Cunha]
*[http://www.deputadoeduardocunha.com.br/home Página pessoal de Eduardo Cunha]



{{Começa caixa}}
{{Começa caixa}}
Linha 123: Linha 115:
[[Categoria:Deputados estaduais do Rio de Janeiro]]
[[Categoria:Deputados estaduais do Rio de Janeiro]]
[[Categoria:Deputados federais do Rio de Janeiro]]
[[Categoria:Deputados federais do Rio de Janeiro]]
[[Categoria:Neopentecostais do Brasil]]
[[Categoria:Naturais do Rio de Janeiro (cidade)]]
[[Categoria:Naturais do Rio de Janeiro (cidade)]]
[[Categoria:Ex-alunos da Universidade Candido Mendes]]
[[Categoria:Neopentecostais do Brasil]]
[[Categoria:Protestantes do Brasil]]

Revisão das 14h41min de 17 de abril de 2015

Eduardo Cunha
Eduardo-cunha gustavolima agcamara.jpg
Deputado Eduardo Cunha
Foto:Ivaldo Cavalcante/Agência Câmara

Presidente da Câmara dos Deputados do Brasil
Período 1º de fevereiro de 2015
até a atualidade
Antecessor(a) Henrique Eduardo Alves
Deputado Federal pelo  Rio de Janeiro
Período 1 de fevereiro de 2003
até a atualidade
Dados pessoais
Nascimento 20 de setembro de 1958 (65 anos)
Rio de Janeiro, RJ
 Brasil
Cônjuge Cláudia Cruz
Partido PMDB
Religião Cristão
Profissão Economista

Eduardo Cosentino da Cunha (Rio de Janeiro, 20 de setembro de 1958) é um economista, radialista e político brasileiro. Evangélico, é fiel da igreja neopentecostal Sara Nossa Terra e seguidor do bispo Robson Rodovalho.[1][2] Atualmente, é deputado federal, pelo PMDB do Rio de Janeiro, e presidente da Câmara dos Deputados desde 1º de fevereiro de 2015.

Filiado ao Partido da Reconstrução Nacional, foi presidente da Telerj durante o Governo Collor .[3] Já pelo Partido Progressista Brasileiro, comandou a Cehab no mandato de Anthony Garotinho. Candidatou-se pela primeira vez a um cargo eletivo em 1998, tendo sido eleito suplente de deputado estadual do Rio de Janeiro e assumido uma vaga na Alerj em 2001. Elegeu-se deputado federal em 2002, ainda pelo PPB. Reelegeu-se em 2006 e 2010, pelo Partido do Movimento Democrático Brasileiro.

Como radialista, tem atuado em sete rádios FM nos estados do Rio de Janeiro, São Paulo, Piauí e Paraná - violando o artigo 54 da Constituição Federal[nota 1] e respondeu a três processos no Supremo Tribunal Federal - inquéritos 2123, 2984 e 3056[4][5][6].

Biografia

Nascido no Rio de Janeiro em 1958, é filho do casal Elcy Teixeira da Cunha e Elza Cosentino da Cunha. Começou a trabalhar aos 14 anos como corretor de seguros.[7] Trabalhou como auditor na empresa Arthur Andersen de 1978 a 1980, ano em que se graduou em economia pela Universidade Candido Mendes, e atuou como economista na Xerox do Brasil entre 1980 e 1982.[8]

Cunha é pai de quatro filhos e é casado com a jornalista Cláudia Cruz.

Carreira política

Campanhas para o PDS e o PMDB

Seu primeiro contato com a política ocorreu trabalhando para as campanhas de Eliseu Resende, candidato ao governo mineiro pelo PDS na eleição de 1982, e Moreira Franco, candidato ao governo fluminense pelo PMDB no pleito de 1986.[3]

Adesão a Collor e presidência da Telerj

Em 1989, o economista o empresário Paulo César Farias convidou Eduardo Cunha a se filiar ao PRN e a integrar o núcleo da campanha presidencial do candidato Fernando Collor de Mello.[8][9][10] Até então com pouco menos de 30 anos, Cunha atuou como tesoureiro do comitê eleitoral de Collor no Rio de Janeiro[11] Segundo Daniel Tourinho, então presidente do PRN, Cunha foi o responsável por descobrir uma falha no registro do PMB que impediu a candidatura de Silvio Santos ao pleito.[7]

Depois de eleito, Collor convidou Eduardo Cunha para integrar a nova equipe econômica do governo, chefiada por Zélia Cardoso de Mello, mas ele declinou.[7] Em 1991, atendendo à sugestão de Paulo César Farias, o presidente da república nomeou Cunha para o comando da Telerj, a então empresa fluminense de telecomunicações.[9][12][13] Como presidente da companhia, Cunha reduziu os investimentos da empresa, conforme o projeto de privatizar as estatais do governo Collor, e criou uma comissão de licitação vinculada diretamente a seu gabinete.[3] O Tribunal de Contas da União constatou irregularidades na contratação de servidores sem concurso, tratamento privilegiado a determinados fornecedores e falhas na licitação para a edição de catálogos telefônicos.[13] Responsável pela implementação da telefonia celular no Rio de Janeiro, Cunha envolveu-se em um escândalo de superfaturamento, quando foi descoberto que ele havia assinado um aditivo de US$ 92 milhões a um contrato da Telerj com a fornecedora de equipamentos telefônicos NEC do Brasil (então controlada pelo empresário Roberto Marinho), em vez de abrir nova licitação.[9][14]

Com a descoberta do Esquema PC em 1992, que culminaria no impeachment de Fernando Collor naquele mesmo ano, Eduardo Cunha foi exonerado da presidência da Telerj em 1993, já no Governo Itamar Franco, tendo sido substituído por José de Castro Ferreira.[11] Investigado no Esquema PC, Cunha negou ter participado desse esquema de corrupção.[11]

Filiação ao PPB e aproximação com Francisco Silva

Após a passagem pela Telerj, Cunha passaria alguns anos como operador na Bolsa de Valores do Rio de Janeiro e prestando consultorias.[3] Já bastante próximo do ex-Ministro da Fazenda e então deputado federal Francisco Dornelles, Eduardo Cunha filiou-se ao PPB em 1994.[15] Nessa mesma época, se aproximou do empresário Francisco Silva, então o deputado federal mais votado do Rio de Janeiro e dono da evangélica Rádio Melodia FM.[3]

Quando presidia a Telerj, Cunha havia conseguido uma linha telefônica para Silva, em uma época na qual aquilo era um bem escasso, e mais tarde o ajudou a renegociar uma dívida de 16 milhões de reais com o INSS, que saiu por 20% do valor original.[7] Em gratidão, Silva apadrinhou Cunha, que passou a frequentar cultos em diversas igrejas evangélicas[7] e passou a prestar serviços à rádio a partir de 1995.[11] A amizade se solidificou quando os dois se tornaram sócios na empresa Montourisme Passagens e Turismo, embora Cunha tenha vendido sua parte ao empresário meses depois.[16] Foi indicado ainda pelo amigo parlamentar para presidir novamente a Telerj no primeiro mandato do Governo Fernando Henrique Cardoso.[17][18]

Em 1996, Eduardo Cunha e outras 41 pessoas foram autuados em um dos processos que investigava o Esquema PC, chegando a ser réu em um dos maiores processos do caso, acusado de envolvimento com Jorge Luiz Conceição, o operador das contas fantasmas do chamado esquema de corrupção.[11] Todavia, um acórdão da Primeira Turma do Tribunal Regional Federal concedeu naquele mesmo ano um habeas corpus a Eduardo Cunha e trancou a ação contra ele.[19]

Amizade com Garotinho e presidência da Cehab

Lançou-se candidato pela primeira vez nas eleições do Rio de Janeiro, concorrendo a uma vaga de deputado estadual. No entanto, recebeu apenas 15 mil votos e acabou apenas com a suplência na Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro.[3]

Na declaração de renda referente ao ano de 1997 entregue ao Tribunal Regional Eleitoral, o candidato havia declarado rendimento anual de R$ 59.590,00, provenientes de pessoa física não identificada, e havia declarado seus pagamentos por serviços prestados à Rádio Melodia como provenientes de pessoa física e não jurídica.[16] Ainda em sua prestação de contas ao TRE, Cunha declarou ter recebido R$ 216.418,68 de duas empresas, sendo que R$ 151.909,27 eram doações do Banco Boreal, instituição financeira que era a principal credora de altas dívidas do candidato.[16] A outra empresa doadora, a Vise-Vigilância e Segurança Ltda, havia sido processada juntamente com Cunha pela Telerj por suspeita de irregularidades em um contrato entre a empresa de segurança e a companhia telefônica durante o período em que ele foi presidente.[16]

Em 1999, o governo de Anthony Garotinho nomeou Francisco Silva como secretário de Habitação, que por sua vez nomeou Cunha como subsecretário em agosto daquele ano.[16] A secretaria foi extinta em outubro e foi substituída pela Companhia Estadual de Habitação, e Silva, que reassumiria seu mandato parlamentar, indicou Cunha para ocupar a presidência da nova empresa pública.[11][16][19]

Contudo, Cunha ficou no cargo por pouco mais de seis meses, tendo sido afastado em abril de 2000 por conta de denúncias de irregularidades em contratos sem licitação e favorecimento a empresas fantasmas.[20][21][22] Ele foi acusado de favorecimento à construtora Grande Piso, de propriedade de um filiado do PRN, em quatro licitações que somavam R$ 34 milhões para o conjunto Nova Sepetiba, o maior projeto habitacional do governo Garotinho, mas foi constatado que a empresa não tinha condições para tocar as obras.[20][21] Outro caso de irregularidades envolveu a empresa Caci, representada por Jorge La Salvia (ex-procurador de Paulo César Farias) que venceu duas concorrências de R$ 570 mil para auditar contratos imobiliários da Cehab.[20][21]

O escândalo não abalou os laços entre Anthony Garotinho e Eduardo Cunha, à época diretor da Melodia FM e produtor do programa do governador fluminense para a rádio evangélica.[22] Em uma visita à residência oficial do governador para gravar um desses programas, Cunha e o deputado federal Francisco Silva foram vítimas de uma emboscada à bala na zona portuária do Rio de Janeiro, em outubro de 2000.[23] Cunha escapou ileso, enquanto Silva levou um tiro de raspão.[23]

Em 2001, o Tribunal de Contas do Estado confirmou as diversas irregularidades nas licitações da Cehab, entre eles a adulteração da certidão negativa de tributos estaduais da Grande Piso e superfaturamento de preços praticados pela Caci, e notificou Cunha a se defender.[22]

Câmara do Rio e Congresso Nacional

Deputado estadual (2001-2002)

Também em 2001, graças às articulações do governador Anthony Garotinho, Eduardo Cunha assumiu uma vaga de deputado estadual na ALERJ, o que lhe garantia imunidade nas investigações do Ministério Público.

Cada vez mais conhecido a frente da Melodia FM, também mantinha boletins diários para falar de assuntos variados e que terminavam com o bordão "O povo merece respeito"[nota 2] e se lançou a candidato a uma cadeira na Câmara dos Deputados nas eleições gerais de 2002, com o apoio de Garotinho.[7] Foi eleito com 101.495 votos na disputa.[25][3]

Deputado federal (2003-presente)

Em 2003, trocou o então PP pelo PMDB.

Foi reeleito, nas eleições de 2006, ao cargo de deputado federal, com 130.773 votos.[26]

Em discurso no plenário da Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro, a deputada estadual Cidinha Campos (PDT) acusou o deputado Eduardo Cunha de ter feito negócios com o megatraficante de drogas colombiano Juan Carlos Abadía, preso em 2007 pela Polícia Federal. Segundo ela, o parlamentar teria vendido para o traficante uma casa em um condomínio em Angra dos Reis, no litoral fluminense, por cerca de US$ 800 mil dólares. O criminoso, depois, teria se arrependido do negócio e revendido o imóvel a Eduardo Cunha, pelo preço de US$ 700 mil dólares, dando ao deputado um lucro de US$ 100 mil dólares. A transação teria sido feita por meio de "laranjas". O político negou a denúncia, em entrevista, e moveu um processo na Justiça contra a deputada Cidinha Campos.[27][28][29]

Conseguiu novamente a reeleição em 2010, pelo PMDB, com 150.616 votos.[30] Na página do TSE, o deputado declarou ter recebdio R$ 4,76 milhões em doações para a campanha de 2010, dos quais R$ 500 mil vieram da empreiteira Camargo Corrêa e o mesmo valor da Usina Naviraí de Açúcar e Álcool.[24]

Em 2013 e 2014 Eduardo foi eleito o líder do PMDB.[31][32]

Em 2012 foi acusado de envolvimento na falsificação de documentos públicos que levaram ao arquivamento de procedimento no Tribunal de Contas do Estado do Rio de Janeiro, instaurado contra ele. [33][34][35]. Hoje responde três processos no Supremo Tribunal Federal (inquéritos 2123, 2984 e 3056 [4] [5] [6]).

Eduardo Cunha tornou-se o líder do PMDB na Câmara em 2013.[36] No ano seguinte, ele entrou com uma queixa-crime no Supremo Tribunal Federal, contra o também deputado Anthony Garotinho (PR-RJ), por injúria e difamação. Garotinho, em seu blog, referiu-se a Cunha como "deputado-lobista". Assessores da Câmara e lobistas com acesso a parlamentares do PMDB relatam que Eduardo Cunha registra em uma agenda a lista de empresas - ligadas principalmente aos setores de energia, telefonia e construção civil - beneficiadas por sua atuação parlamentar. [37] Ainda naquele ano, ele foi reeleito para mais uma legislatura, tendo obtido 232 708 votos (o terceiro mais votado do Estado do Rio de Janeiro.[38]

Em fevereiro de 2015, Cunha foi eleito para a Presidência da Câmara com 267 votos.[39][40]

Posições políticas

Assumidamente evangélico, Cunha é considerado um dos parlamentares mais conservadores do país.[39][41] No Congresso Nacional desde 2003, tem se notabilizado como defensor de valores tradicionais, por exemplo, posicionando-se contra a união estável homoafetiva descriminalização do aborto e da maconha.[24]

Em 2010, o deputado apresentou um projeto para criminalizar o preconceito contra os heterossexuais.[1][8] Ele é o autor do projeto para a instituição do "Dia do Orgulho Heterossexual" no Brasil.[42] Ele é também o autor de um projetos que quer punir com prisão de até 10 anos os médicos que auxiliarem mulheres a fazer aborto.[39]

O deputado do PMDB é contrário a regulação econômica dos meios de comunicação[39]. É conhecida a sua posição em relação ao Marco Civil da Internet[43][44], defendendo o controle de fluxo de dados dos usuários por parte das empresas de telecomunicações e, assim, ferindo o princípio da neutralidade da rede [45].

Notas

  1. ↑ De acordo com o Art. 54, congressistas não poderão: I - desde a expedição do diploma: a) firmar ou manter contrato com pessoa jurídica de direito público, autarquia, empresa pública, sociedade de economia mista ou empresa concessionária de serviço público, salvo quando o contrato obedecer a cláusulas uniformes; b) aceitar ou exercer cargo, função ou emprego remunerado, inclusive os de que sejam demissíveis "ad nutum", nas entidades constantes da alínea anterior; II - desde a posse: a) ser proprietários, controladores ou diretores de empresa que goze de favor decorrente de contrato com pessoa jurídica de direito público, ou nela exercer função remunerada; b) ocupar cargo ou função de que sejam demissíveis "ad nutum", nas entidades referidas no inciso I, a; c) patrocinar causa em que seja interessada qualquer das entidades a que se refere o inciso I, a; d) ser titulares de mais de um cargo ou mandato público eletivo.
  2. ↑ "O povo não está nem aí para o que eu digo, só pega a última frase", reconhece Cunha - e repete o slogan: "Afinal de contas, o povo merece respeito", que encerra suas falas no rádio. "A frase pode virar demagógica, mas tem que prestar atenção à entonação. Digo 'o povo mereeeeece respeito'! Todos caem na gargalhada".[24]

Referências

  1. ↑ a b Pedro Venceslau (12 de março de 2013). «'A gente se sente discriminado', diz líder do PMDB sobre heterossexuais». Brasil Econômico. Consultado em 27 de março de 2014 
  2. ↑ Adriana Nicacio (29 de agosto de 2007). «O deputado mais poderoso do brasil». ISTOÉ Dinheiro. Consultado em 27 de março de 2014 
  3. ↑ a b c d e f g Cláudia Schüffner; Paola Moura (26 de março de 2011). «Âncora de "O Rio merece respeito", Cunha se ampara no eleitor evangélico». Valor Econômico. Consultado em 15 de março de 2014 
  4. ↑ a b «Inquérito 2123, em que se apura eventual ato de improbidade administrativa do Deputado Federal Eduardo Cunha, no período em que ocupou o cargo de Presidente da CEHAB. Origem: Distrito Federal. Relator: Min. Gilmar Mendes. Autor: Ministério Público Federal. Investigado: Eduardo Cosentino da Cunha. Advogado: José de Matos Filho» 🔗  horizontal tab character character in |título= at position 175 (ajuda)
  5. ↑ a b «Inquérito 2984. Denúncia oferecida pelo Ministério Público Federal contra Deputado Federal. Suposta prática de uso de documentos falsos (arts. 304 c/c 297, ambos do Código Penal). 2. Inicial que atende aos requisitos do art. 41 do CPP. Apresentação de documentos falsos no bojo de processo administrativo em curso no Tribunal de Contas do Estado do Rio de Janeiro (TCE-RJ nº 106.777-0/00). Falsidade atestada por exame grafotécnico.] Relator: Min. Gilmar Mendes. Demandante: Ministério Público Federal. Procurador: Procurador-Geral da República. Demandado: Eduardo Cosentino da Cunha. Advogados: Alexandre de Moraes e outros» 🔗 
  6. ↑ a b «Inquérito 3056. Este inquérito foi instaurado para apurar a suposta prática dos delitos previstos no art. 288 do Código Penal e art. 2º, II, da Lei nº 8.137/90 pelos representantes das empresas Refinaria de Petróleo de Manguinhos S/A, Grandflorum Participações S/A, Ampar Fomento Mercantil Ltda., Inca Combustíveis Ltda., Alcom Petróleo Ltda. e Nacional Consultoria Empresarial Ltda. No curso da investigação, quando procedia-se, com autorização judicial, a interceptação das comunicações telefônicas dos supostos envolvidos, surgiram indícios de que o Deputado Federal Eduardo Consentino da Cunha, por meio de contatos com Ricardo Andrade Magro, estaria intercedendo em defesa dos interesses da Refinaria de Manguinhos S/A. Origem: Rio de Janeiro. Relator: Ministro Celso de Mello. Autor: Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro. Procurador: Procurador-Geral de Justiça do Estado do Rio de Janeiro. Investigado: Eduardo Cosentino da Cunha» 🔗  horizontal tab character character in |título= at position 993 (ajuda)
  7. ↑ a b c d e f «Político de resultados». Revista Veja. 16 de maio de 2011. Consultado em 27 de março de 2014 
  8. ↑ a b c Susana Salvador (04 de setembro de 2010). «O deputado defensor dos heterossexuais». Diário de Notícias (Portugal). Consultado em 15 de março de 2014  Verifique data em: |data= (ajuda)
  9. ↑ a b c Lucas Altino (14 de maio de 2013). «Eduardo Cunha: carreira recheada de polêmicas». Jornal do Brasil. Consultado em 15 de março de 2014 
  10. ↑ Rodrigo Rangel; Leandro Loyola (19 de fevereiro de 2009). «Eduardo Cunha revela seu poder sobre os deputados». Revista Época. Consultado em 15 de março de 2014 
  11. ↑ a b c d e f Marcelo Beraba (27 de fevereiro de 2000). «Governo do Rio abriga ex-colloridos». Folha de S.Paulo. Consultado em 26 de março de 2014 
  12. ↑ Marcos Coronato; Cristiane Correa (22 de dezembro de 2004). «Ataque às empresas». Revista Exame. Consultado em 26 de março de 2014 
  13. ↑ a b Maurício Thuswohl (15 de agosto de 2007). «Furnas, a arriscada aposta de Lula». Carta Maior. Consultado em 26 de março de 2014 
  14. ↑ Edna Dantas (19 de janeiro de 1994). «Telerj vai ampliar celular sem licitação». Folha de S.Paulo. Consultado em 15 de março de 2014 
  15. ↑ «Biografia de Eduardo Cunha (PMDB/RJ)». Portal da Câmara dos Deputados. Consultado em 15 de outubro de 2010 
  16. ↑ a b c d e f Marcelo Beraba; Antonio Carlos de Faria (09 de abril de 2000). «Investigações começaram na Cehab do Rio». Folha de S.Paulo. Consultado em 26 de março de 2014  Verifique data em: |data= (ajuda)
  17. ↑ Lucio Vaz (02 de agosto de 1995). «Nomeações de técnicos para `teles' revoltam bancadas». Folha de S.Paulo. Consultado em 26 de março de 2014  Verifique data em: |data= (ajuda)
  18. ↑ Josias de Souza; Lucio Vaz (20 de agosto de 1995). «Brasília se divide entre patriotas e suspeitos». Folha de S.Paulo. Consultado em 26 de março de 2014 
  19. ↑ a b Marcelo Beraba; Antonio Carlos de Faria (09 de abril de 2000). «Collorido ressurge em duas novas crises». Folha de S.Paulo. Consultado em 26 de março de 2014  Verifique data em: |data= (ajuda)
  20. ↑ a b c Marcelo Beraba (11 de abril de 2000). «Garotinho afasta presidente da Cehab». Folha de S.Paulo. Consultado em 26 de março de 2014 
  21. ↑ a b c «Garoto problema». IstoÉ. 29 de março de 2000. Consultado em 26 de março de 2014 
  22. ↑ a b c Marcelo Beraba; Antonio Carlos de Faria (05 de agosto de 2001). «TCE vê problemas em "vitrine" de Garotinho». Folha de S.Paulo. Consultado em 26 de março de 2014  Verifique data em: |data= (ajuda)
  23. ↑ a b «Aliados de Garotinho sofrem emboscada». Folha de S.Paulo. 03 de outubro de 2000. Consultado em 26 de março de 2014  Verifique data em: |data= (ajuda)
  24. ↑ a b c Luciana Nunes Leal (16 de março de 2014). «Cunha tem eleitorado evangélico e contrário a Dilma». O Estado de S.Paulo. Consultado em 27 de março de 2014 
  25. ↑ «Eleições 2002 - Resultado». Tribunal Superior Eleitoral. Consultado em 15 de outubro de 2010 
  26. ↑ «UOL - Eleições 2006 - Apuração - Rio de Janeiro». Consultado em 15 de outubro de 2010 
  27. ↑ «Cidinha acusa Eduardo Cunha de fazer negócio com Abadía; deputado nega». Último Segundo 
  28. ↑ Rodrigo Rangel; Leandro Loyola (19 de fevereiro de 2009). «Eduardo Cunha revela seu poder sobre os deputados». Revista Época. Consultado em 15 de outubro de 2010 
  29. ↑ «Caixa Postal - Eduardo Cunha responde». Revista Época. Consultado em 15 de outubro de 2010 
  30. ↑ «UOL - Eleições 2010 - Apuração - Rio de Janeiro». Consultado em 15 de outubro de 2010 
  31. ↑ Eduardo Cunha é eleito líder do PMDB na Câmara dos Deputados. G1, 3 de fevereiro de 2013.
  32. ↑ PMDB reelege Eduardo Cunha líder em 2014. Folha de S. Paulo, 4 de dezembro de 2013.
  33. ↑ Palácio da Justiça do Estado do Rio de Janeiro. Fórum Central. Assessoria de Imprensa (14 de agosto de 2012). «Pedido de vista suspende julgamento de ação penal contra procurador de Justiça» 
  34. ↑ «PGR: Eduardo Cunha usou documento falso para arquivar processo no TCE-RJ». JusBrasil 
  35. ↑ «Justiça condena procurador por falsificação de documentos». JusBrasil 
  36. ↑ «PMDB reelege Eduardo Cunha líder em 2014». Folha.com. 4 de dezembro de 2013. Consultado em 25 de fevereiro de 2015 
  37. ↑ De onde vem o poder de Eduardo Cunha. Istoé, ed. 2281, 2 de agosto de 2013.
  38. ↑ «Eduardo Cunha 1530». Eleições 2014. Consultado em 25 de fevereiro de 2015 
  39. ↑ a b c d «Eduardo Cunha é eleito em primeiro turno presidente da Câmara». Carta Capital. 1 de fevereiro de 2015. Consultado em 25 de fevereiro de 2015 
  40. ↑ Filipe Matoso; Nathalia Passarinho (1 de fevereiro de 2015). «Eduardo Cunha é eleito presidente da Câmara em primeiro turno». G1. Consultado em 25 de fevereiro de 2015 
  41. ↑ Débora Santos (17 de dezembro de 2011). «No Congresso, oito propostas tentam proibir união estável entre gays». G1. Consultado em 27 de março de 2014 
  42. ↑ Iolando Lourenço (11 de fevereiro de 2015). «Câmara desarquiva projeto de Cunha que cria o Dia do Orgulho Heterossexual». Agência Brasil. Consultado em 25 de fevereiro de 2015 
  43. ↑ «Um breve esclarecimento sobre o Marco Civil da Internet». Portal Eduardo Cunha 
  44. ↑ Eduardo Cunha articula acordão entre Globo e teles contra o Marco Civil. Por Renato Rovai. Fórum, 31 de outubro de 2013.
  45. ↑ Marcel Frota (13 de março de 2014). «PMDB fecha estratégia para aprovar sua versão do Marco Civil da Internet. Partido preparou lista de destaques para tentar impedir que o texto defendido pelo governo, relatado por Alessandro Molon, seja apreciado no plenário». iG. Consultado em 19 de novembro de 2014 

Ligações externas

Precedido por
Henrique Eduardo Alves		 Presidente da Câmara dos Deputados do Brasil
2015 — atualmente		 Sucedido por
—


Obtida de "https://pt.wikipedia.org/w/index.php?title=Eduardo_Cunha&oldid=41932889"