Estação Ferroviária da Azambuja: diferenças entre revisões
Desfeita a edição 66888272 de Kraemer. Acredito que haja aqui alguma coisa por alterar das que foram indicadas no sumário da edição, mas isto esbarra com um possível problema no código que vou ver se consigo identificar. Desfaço porque está claramente mal assim. Etiqueta: Desfazer |
Desfeita (parcialmente) a edição 66785792 de Ligaanet - Posso estar a perceber mal, mas acho que esta parte não é necessária, esta entrada/linha é para os que param em (quase) todas, que não vão ao Ramal de Tomar. Entretanto com isto remove-se o </small> a mais, que se calhar foi o que confundiu o script (quer dizer, suponho que a edição 66888272 tenha sido automatizada com um script?) |
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Revisão das 15h49min de 13 de novembro de 2023
Azambuja
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Identificação: | 33001 AZA (Azambuja)[1] | |||||||||||||||||||
Denominação: | Estação de Concentração de Azambuja | |||||||||||||||||||
Classificação: | EC (estação de concentração)[1] | |||||||||||||||||||
Linha(s): | Linha do Norte (PK 46+945) | |||||||||||||||||||
Coordenadas: | 39°4′5.52″N × 8°52′0.86″W (=+39.0682;−8.86691) | |||||||||||||||||||
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Município: | Azambuja | |||||||||||||||||||
Serviços: | ||||||||||||||||||||
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Coroa: | Coroa 4 | |||||||||||||||||||
Conexões: | ||||||||||||||||||||
Equipamentos: | ||||||||||||||||||||
Inauguração: |
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Website: |
A Estação Ferroviária da Azambuja é uma interface da Linha do Norte, que serve a localidade de Azambuja, no distrito de Lisboa, em Portugal.
Descrição
Localização e acessos
Situa-se na localidade de Azambuja, junto ao Largo da Estação.[2]
Infraestrutura
Em Janeiro de 2011, possuía quatro vias de circulação, duas com 515 m de comprimento, e as restantes, com 390 e 480 m; as respectivas plataformas tinham 240, 221 e 223 m de extensão, e 90 cm de altura.[3]
História
Século XIX
Já no primeiro plano para a construção do lanço da Linha do Norte entre Lisboa e Santarém, em 1852, se preconizava a construção de uma gare ferroviária em Azambuja.[4] Embora este percurso tenha sido alvo de posteriores alterações, continuou a ser prevista a construção da estação de Azambuja, a seguir a Vila Nova da Rainha.[5]
Esta interface faz parte do lanço da Linha do Norte entre Carregado e Virtudes, que foi aberto à exploração em 31 de Julho de 1857, pelo estado português, e que foi posteriormente passado para a Companhia Real dos Caminhos de Ferro Portugueses.[6] Nesse ano, a estação de Azambuja contava com serviços de bagagens e passageiros, nas três classes.[7] Em 16 de Março de 1891, foi duplicado o troço entre o Carregado e Azambuja,[8] e em 19 de Maio de mesmo ano, a segunda via foi prolongada até Santana-Cartaxo.[9]
Em 2 de Março de 1895, ocorreu uma grande cheia no vale do Rio Tejo, tendo as águas inundado as vias na estação da Azambuja.[10]
Século XX
Em finais de 1901, já se tinha reedificado o edifício da estação de Azambuja.[11]
Em 1913, a estação da Azambuja era servida por uma carreira de diligências, que ia até Alcoentre, Aveiras de Baixo, Aveiras de Cima e Cercal.[12]
Em 1934, o arquitecto Cottinelli Telmo planeou um novo edifício para esta estação, que foi construído e inaugurado em 1935.[13][14] O novo edifício procurou aliar o estilo modernista com elementos tradicionais portugueses, tendo sido desde logo equipado com uma marquise para os passageiros.[15] Foi decorado com azulejos da Fábrica de Sacavém.[16]
Entre 5 e 6 de Março de 1955, foi encerrado o tráfego entre o Rossio e Campolide para obras de electrificação, tendo sido alterado o percurso dos comboios urbanos até à Azambuja, que passaram a começar em Sete Rios.[17]
Em 1995, principiaram as obras de quadruplicação da Linha do Norte entre Lisboa e Azambuja.[18]
Referências literárias
No primeiro volume da obra As Farpas, Ramalho Ortigão, é descrita a passagem pela estação da Azambuja, numa viagem de Lisboa às Caldas da Rainha:
Na Azambuja, por detrás da pequena estação do caminho-de-ferro, há um belo arraial de carroças, de diligências, de char-à-bancs e de caleches, que o sol a prumo envolve em reflexos de ouro, iluminando de uma leve polvilhação diamantina as caixas pulvurentas dos trens, as folhas dos eucaliptos, os pitorescos arreios das mulas, os andrajos dos mendigos e as características pantalonas do camponês estremenho, feitas de remendos em todas as nuances do azul da tecelaria de Alcobaça.— Ramalho Ortigão, As Farpas, 1890:173
Ver também
- Comboios de Portugal
- Infraestruturas de Portugal
- Transporte ferroviário em Portugal
- História do transporte ferroviário em Portugal
Referências
- ↑ a b (I.E.T. 50/56) 56.º Aditamento à Instrução de Exploração Técnica N.º 50 : Rede Ferroviária Nacional. IMTT, 2011.10.20
- ↑ «Azambuja». Comboios de Portugal. Cp.pt. Consultado em 12 de Novembro de 2014
- ↑ «Linhas de Circulação e Plataformas de Embarque». Directório da Rede 2012. Rede Ferroviária Nacional. 6 de Janeiro de 2011. p. 71-85
- ↑ «Ano Centenário dos Caminhos de Ferro Portugueses» (PDF). Gazeta dos Caminhos de Ferro. 69 (1652). 16 de Outubro de 1956. p. 533-534. Consultado em 24 de Julho de 2018
- ↑ ABRAGÃO, Frederico de Quadros (16 de Agosto de 1956). «No Centenário dos Caminhos de Ferro em Portugal: Algumas notas sobre a sua história» (PDF). Gazeta dos Caminhos de Ferro. 69 (1648). p. 375-382. Consultado em 24 de Julho de 2018
- ↑ TORRES, Carlos Manitto (1 de Janeiro de 1958). «A evolução das linhas portuguesas e o seu significado ferroviário» (PDF). Gazeta dos Caminhos de Ferro. 70 (1681). p. 9-12. Consultado em 16 de Fevereiro de 2014
- ↑ SABEL (16 de Fevereiro de 1936). «Ecos e Comentários» (PDF). Gazeta dos Caminhos de Ferro. 48 (1156). p. 117. Consultado em 13 de Junho de 2015
- ↑ NONO, Carlos (1 de Março de 1950). «Efemérides ferroviárias» (PDF). Gazeta dos Caminhos de Ferro. 62 (1493). p. 858-859. Consultado em 9 de Novembro de 2014
- ↑ NONO, Carlos (1 de Maio de 1950). «Efemérides ferroviárias» (PDF). Gazeta dos Caminhos de Ferro. 63 (1497). p. 113-114. Consultado em 13 de Junho de 2015
- ↑ LOUREIRO, João Mimoso (Outubro de 2009). As Grandes Cheias. Rio Tejo: As Grandes Cheias 1800 – 2007. Col: Tágides. Volume 1. Lisboa: Administração da Região Hidrográfica do Tejo. p. 16. ISBN 978-989-96162-0-2
- ↑ «Efemérides» (PDF). Gazeta dos Caminhos de Ferro. 51 (1227). 1 de Fevereiro de 1939. p. 111-114. Consultado em 16 de Fevereiro de 2014
- ↑ «Serviço de Diligencias». Guia official dos caminhos de ferro de Portugal. 39 (168). Outubro de 1913. p. 152-155. Consultado em 10 de Fevereiro de 2018
- ↑ MARTINS et al, 1996:131
- ↑ «Os Nossos Caminhos de Ferro em 1935» (PDF). Gazeta dos Caminhos de Ferro. 48 (1154). 16 de Janeiro de 1936. p. 52-55. Consultado em 5 de Setembro de 2013
- ↑ NUNES, José de Sousa (16 de Junho de 1949). «A Via e Obras nos Caminhos de Ferro em Portugal» (PDF). Gazeta dos Caminhos de Ferro. 62 (1476). p. 418-422. Consultado em 13 de Junho de 2015
- ↑ PEREIRA, 1995:419
- ↑ «Electrificação das linhas de Sintra e do Norte» (PDF). Gazeta dos Caminhos de Ferro. 68 (1614). 16 de Março de 1955. p. 39-42. Consultado em 24 de Julho de 2018
- ↑ REIS et al, 2006:150
Bibliografia
- MARTINS, João; BRION, Madalena; SOUSA, Miguel de; et al. (1996). O Caminho de Ferro Revisitado. O Caminho de Ferro em Portugal de 1856 a 1996. Lisboa: Caminhos de Ferro Portugueses. 446 páginas
- ORTIGÃO, Ramalho (1986) [1890]. As Farpas. O País e a Sociedade Portuguesa. Volume 1 de 15. Lisboa: Clássica Editora. 276 páginas
- REIS, Francisco; GOMES, Rosa; GOMES, Gilberto; et al. (2006). Os Caminhos de Ferro Portugueses 1856-2006. Lisboa: CP-Comboios de Portugal e Público-Comunicação Social S. A. 238 páginas. ISBN 989-619-078-X
- PEREIRA, Paulo (1995). História da Arte Portuguesa. Volume 3 de 3. Barcelona: Círculo de Leitores. 695 páginas. ISBN 972-42-1225-4
Ligações externas
- «Página com fotografias da Estação de Azambuja, no sítio electrónico Railfaneurope» (em inglês)
- «Página oficial da Estação de Azambuja, no sítio electrónico da empresa Infraestruturas de Portugal»
- «Página sobre o Apeadeiro de Espadanal da Azambuja, no sítio electrónico Wikimapia»
- Estação Ferroviária da Azambuja na base de dados SIPA da Direção-Geral do Património Cultural