Estação Ferroviária de Maia

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 Nota: Este artigo é sobre a antiga estação na Linha de Guimarães. Se procura a antiga estação também na Linha de Guimarães, veja Estação Ferroviária de Castelo da Maia. Se procura o antigo apeadeiro na Linha de Leixões, veja Apeadeiro de Pedrouços da Maia. Se procura o antigo apeadeiro na Linha do Dão, veja Apeadeiro de Naia. Se procura o antigo apeadeiro na Linha de Sintra, veja Apeadeiro de Damaia.
Maia
Antiga estação da Maia, em 2020.
Antiga estação da Maia, em 2020.
Linha(s): Linha de Guimarães (PK 9,9)
Coordenadas: 41° 13′ 58,64″ N, 8° 38′ 04″ O
Município: Maia
Inauguração: 14 de Março de 1932
Encerramento: 24 de Fevereiro de 2002

A Estação Ferroviária de Maia, originalmente denominada de Barreiros, foi uma antiga infra-estrutura da Linha de Guimarães, que servia a localidade e o concelho da Maia, no Distrito do Porto, em Portugal.

História[editar | editar código-fonte]

Inauguração e funcionamento[editar | editar código-fonte]

Estação de Barreiros, durante as obras de construção.

A estação da Maia faz parte do lanço entre Senhora da Hora e Trofa da Linha de Guimarães, que foi inaugurada em 14 de Março de 1932, e entrou ao serviço no dia seguinte.[1][2] Foi uma das paragens do comboio inaugural, que foi recebido na gare pelos bombeiros voluntários da Maia, que serviram de guarda de honra, e a sua banda de música, e por muita população.[1] Foi inaugurada com o nome de Barreiros, prestando nessa altura serviço completo, nos regimes de grande e pequena velocidades.[2] Com a abertura da via férrea, foram facilitadas as comunicações entre a Maia e a cidade do Porto, fazendo daquela localidade um dos arrabaldes da capital do norte.[3]

Em 1984, era utilizada por serviços regionais e tranvias.[4]

Encerramento e adaptação ao Metro do Porto[editar | editar código-fonte]

Em 24 de Fevereiro de 2002, foi encerrado o troço entre a Senhora da Hora e Trofa, para ser posteriormente substituído pelo Metro do Porto.[5]

O troço da Linha C do Metro do Porto entre a Senhora da Hora e o Fórum da Maia foi aberto à exploração em 30 de Julho de 2005. Contudo, na zona da Maia, a Linha C não aproveita o canal da antiga Linha de Guimarães, seguindo em vez disso por um canal construído de raiz que passa mais próximo do centro da localidade. No total, cerca de 3 km[6] do canal da antiga Linha de Guimarães na zona da Maia não foram aproveitados para a Linha C do Metro do Porto, troço no qual se insere a antiga estação ferroviária da Maia. Após o encerramento da Linha de Guimarães, o antigo edifício da estação da Maia tornou-se a sede da Associação de Solidariedade Social Enigma, que prestava serviços educativos para crianças de necessidades especiais, principalmente autistas.[7] No entanto, em 2010 a Câmara Municipal da Maia, em associação com a empresa Rede Ferroviária Nacional, estavam a planear a reutilização do edifício como um bar, no âmbito da reconversão da antiga via férrea numa ciclovia, decisão que provocou protestos por parte dos pais dos alunos daquela instituição.[7]

Em 13 de julho de 2015 foi inaugurado o primeiro troço da ciclovia construída no canal desativado da antiga Linha de Guimarães, um projeto chamado Ecocaminho da Maia.[8] O primeiro troço, no qual se insere a antiga estação ferroviária da Maia, iniciava-se no extremo sul do troço desativado da Linha de Guimarães (Via Periférica, no lugar de Souto) e terminava nas Vias Paralelas (no lugar de Brandinhães), tendo um comprimento de 1,8 km.[8] O segundo e último troço da ciclovia, os 1,5 km entre as Vias Paralelas e Mandim (local onde a Linha C volta a aproveitar o canal da antiga Linha de Guimarães) foi inaugurado em 16 de fevereiro de 2019, criando assim uma ciclovia com 3,3 km.[6][9]

Ver também[editar | editar código-fonte]

Referências

  1. a b «A Visita do Chefe de Estado ao Norte e a Inauguração do Túnel da Trindade e Linha da Senhora da Hora à Trofa» (PDF). Gazeta dos Caminhos de Ferro. Ano 45 (1062). 16 de Março de 1932. p. 135-143. Consultado em 29 de Julho de 2013 – via Hemeroteca Digital de Lisboa 
  2. a b «Viagens e Transportes» (PDF). Gazeta dos Caminhos de Ferro. Ano 45 (1065). 1 de Maio de 1932. p. 218. Consultado em 1 de Outubro de 2010 – via Hemeroteca Digital de Lisboa 
  3. «O que se fez nos Caminhos de Ferro em Portugal no Ano de 1932» (PDF). Gazeta dos Caminhos de Ferro. Ano 46 (1081). 1 de Janeiro de 1933. p. 10-14. Consultado em 13 de Março de 2012 – via Hemeroteca Digital de Lisboa 
  4. «Horário de Verão 1984» (PDF). Caminhos de Ferro Portugueses. 3 de Junho de 1984. p. 52. Consultado em 1 de Outubro de 2010 – via O Comboio em Portugal 
  5. Silva, Samuel (14 de novembro de 2010). «O comboio foi-se há muito. O metro talvez nunca venha a chegar». Público. Consultado em 31 de maio de 2018 
  6. a b «Está concluída a segunda fase do Ecocaminho da Maia». Notícias da Maia. 11 de fevereiro de 2019. Consultado em 20 de abril de 2019 
  7. a b COSTA, Marta (5 de Fevereiro de 2010). «"A Enigma, se sair deste sítio, morre"». Primeira Mão. Consultado em 1 de Outubro de 2010 
  8. a b «Maia: Ecocaminho». Ciclovia. Consultado em 20 de abril de 2019 
  9. Silva, Ana Sofia (4 de março de 2019). «Inaugurado II Troço do Ecocaminho». Maia Hoje. Consultado em 20 de abril de 2019 
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Ligações externas[editar | editar código-fonte]



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