Estação Ferroviária de Serpins

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Serpins
Edifício da Estação de Serpins, em 2007
Edifício da Estação de Serpins, em 2007
Linha(s): Ramal da Lousã (PK 35,008)
Coordenadas: 40°9′21.58″N × 8°12′33.39″W

(=+40.15599;−8.20928)

Mapa

(mais mapas: 40° 09′ 21,58″ N, 8° 12′ 33,39″ O; IGeoE)
Município: border link=LousãLousã
Serviços: sem serviços
Inauguração: 10 de agosto de 1930 (há 93 anos)
Encerramento: 1 de dezembro de 2009 (há 14 anos)
Gancho do guindaste da Estação de Serpins; em fundo, automotoras 0350 e 0450 em 2008, último ano de serviço.

A Estação Ferroviária de Serpins é uma interface encerrada do Ramal da Lousã, que servia a localidade de Serpins, no Distrito de Coimbra, em Portugal.

História[editar | editar código-fonte]

Ver artigo principal: Ramal da Lousã § História

Antecedentes, planeamento e inauguração[editar | editar código-fonte]

Já em 1870, tinha sido planeada uma linha de Coimbra a Arganil,[1] e em 22 de Fevereiro de 1889 foi assinada a escritura para construção deste caminho de ferro.[2] Um dos principais objectivos era servir aquela vila, que estava muito isolada em relação aos transportes terrestres.[3]

Estação de Serpins, em 1990

Um alvará de 10 de Setembro de 1887 autorizou a companhia Fonsecas, Santos e Viana a construir um caminho de ferro de via estreita de Coimbra a Arganil, mas no ano seguinte a Companhia do Mondego tomou a construção como uma linha de via larga.[4] A empresa entrou em falência por uma sentença de 17 de Fevereiro de 1897, pelo que a licença para a construção e exploração da linha foram transferidas para a Companhia Real dos Caminhos de Ferro Portugueses em 22 de Novembro de 1904, que concluiu a linha até à Lousã.[4] O Decreto 8:910, de 8 de Junho de 1923, autorizou a Companhia do Mondego a terminar a linha até Arganil, que passou novamente a sua concessão para a C.P.[4] Assim, o lanço entre Lousã e Serpins entrou ao serviço no dia 10 de Agosto de 1930, pela C.P..[5] Arganil passou a ser servida pela estação de Serpins após a sua inauguração, embora ainda se situasse a cerca de 30 km de distância.[3]

No entanto, logo em 19 de Maio de 1933, os comboios de passageiros entre Coimbra e Serpins foram substituídos por carreiras rodoviárias.[6]

Continuação do ramal[editar | editar código-fonte]

Em Setembro de 1948, já se tinham feitas todas as expropriações necessárias, e várias terraplanagens e obras de arte no troço entre Serpins e Arganil, que teria pouco mais de 20 km de extensão.[3] Nessa altura, a continuação do ramal já tinha sido pedida ao Ministro das Obras Públicas por várias entidades de Arganil e pela sua Casa em Lisboa.[3] No entanto, esta obra não chegou a ser concluída, tendo Serpins permanecido como a estação terminal do ramal.[7][4]

Estação de Serpins, em 2008

Século XXI[editar | editar código-fonte]

Em Fevereiro de 2009, a circulação no Ramal da Lousã foi temporariamente suspensa para a realização de obras, tendo os serviços sido substituídos por autocarros.[8]

O troço entre Serpins e Miranda do Corvo foi encerrado em 1 de Dezembro de 2009, para as obras de construção do Metro Mondego.[9][10] Já em 2007, o projeto apresentado para o Metro Mondego (entretanto nunca construído) preconizava a inclusão de Serpins como uma das 14 interfaces do Ramal da Lousã a manter como estação/paragem do novo sistema.[11]

Comboios em Coimbra
(Serviços ferroviários pesados suburbanos e
regionais de passageiros, na região de Coimbra)

em operação • extinto em 2010
ext. anunc. 2020 • extinto em 2009


 
Unknown route-map component "STR+l" Unknown route-map component "STR+r"
 
(ã) Lobazes 
Station on track Station on track
 Moinhos (ã)
(ã) Miranda do Corvo 
Unknown route-map component "KBHFxe" Station on track
 Trémoa (ã)
(ã) Padrão 
Unknown route-map component "exBHF" Station on track
 Vale de Açor (ã)
(ã) Meiral 
Unknown route-map component "exBHF" Station on track
 Ceira (ã)
(ã) Lousã-A 
Unknown route-map component "exBHF" Station on track
 Conraria (ã)
(ã) Lousã 
Unknown route-map component "exBHF" Station on track
 Carvalhosas (ã)
(ã) Prilhão-Casais 
Unknown route-map component "exBHF" Station on track
 S. José (Calhabé) (ã)
(ã) Serpins 
Unknown route-map component "exKBHFe"
End station + Unknown route-map component "HUBa"
 Coimbra-Parque (ã)
(ã) Coimbra 
Unknown route-map component "c"
Unknown route-map component "c" + Unknown route-map component "HUBaq"
Unknown route-map component "c" + Unknown route-map component "exdKBHFa-L_black"
Unknown route-map component "c"
Unknown route-map component "c" + Unknown route-map component "fexdKBHFa-R"
Unknown route-map component "c" + Unknown route-map component "HUBr"
Unknown route-map component "c" Unknown route-map component "c" Unknown route-map component "c" Unknown route-map component "c"
 
 
Unknown route-map component "d"
Unknown route-map component "c" + Unknown route-map component "exdSTR_black"
Unknown route-map component "c" + Unknown route-map component "fxABZg+l"
Unknown route-map component "d" Unknown route-map component "c"
Unknown route-map component "c" + Unknown route-map component "fSTR+r"
Unknown route-map component "d"
 
(ã)(n) Coimbra-B 
Unknown route-map component "d" Unknown route-map component "dKBHFxa-L_black" Unknown route-map component "fdKBHFe-R" Unknown route-map component "fdSTRc2" Unknown route-map component "fdSTR3"
 
(n) Souselas 
Unknown route-map component "c" Unknown route-map component "BHF_black" Unknown route-map component "c" Unknown route-map component "fdSTR+1"
Unknown route-map component "c" + Unknown route-map component "fSTRc4"
Unknown route-map component "c"
 
(f)(n) Pampilhosa 
Unknown route-map component "STR_grey" + Unknown route-map component "KBHFe_black"
Unknown route-map component "fBHF"
 Bencanta (n)
(f) Mala 
Unknown route-map component "BHF_grey" Unknown route-map component "fBHF"
 Espadaneira (n)
(f) Silvã-Feiteira 
Unknown route-map component "BHF_grey" Unknown route-map component "fBHF"
 Casais (n)
(f) Enxofães 
Unknown route-map component "BHF_grey" Unknown route-map component "fBHF"
 Taveiro (n)
(f) Murtede 
Unknown route-map component "BHF_grey" Unknown route-map component "fBHF"
 V. Pouca Campo (n)
(f) Cordinhã 
Unknown route-map component "BHF_grey" Unknown route-map component "fBHF"
 Ameal (n)
(f) Cantanhede 
Unknown route-map component "BHF_grey" Unknown route-map component "fBHF"
 Pereira (n)
(f) Limede-Cadima 
Unknown route-map component "BHF_grey" Unknown route-map component "fBHF"
 Formoselha
(f) Casal 
Unknown route-map component "BHF_grey" Unknown route-map component "fBHF"
 Alfarelos (a)(n)
(f) Arazede 
Unknown route-map component "BHF_grey" Unknown route-map component "fBHF"
 Montemor (a)
(f) Bebedouro 
Unknown route-map component "BHF_grey" Unknown route-map component "fBHF"
 Marujal (a)
(f) Liceia 
Unknown route-map component "BHF_grey" Unknown route-map component "fBHF"
 Verride (a)
(f) Santana-Ferreira 
Unknown route-map component "BHF_grey" Unknown route-map component "fBHF"
 Reveles (a)
(f) Costeira 
Unknown route-map component "BHF_grey" Unknown route-map component "fBHF"
 Bif. de Lares (a)(o)
(f) Alhadas 
Unknown route-map component "BHF_grey" Unknown route-map component "fBHF"
 Lares (o)
(f) Carvalhal 
Unknown route-map component "BHF_grey" Unknown route-map component "fBHF"
 Fontela (o)
(f) Maiorca 
Unknown route-map component "BHF_grey" Unknown route-map component "fBHF"
 Fontela-A (o)
 
Unknown route-map component "KBHFe-L_grey" Unknown route-map component "fKBHFe-R"
 Figueira da Foz (f)(o)

Linhas: a R. Alfarelosf R. Figueira da Foz
ã R. Lousãn L.ª Norteo L.ª Oeste
Fonte principal: Diagrama oficial (2001)

Ver também[editar | editar código-fonte]

Referências

  1. SERRÃO, 1986:238
  2. MARTINS et al, 1996:249
  3. a b c d «Arganil» (PDF). Gazeta dos Caminhos de Ferro. 60 (1457). 1 de Setembro de 1948. p. 495-496. Consultado em 4 de Abril de 2016 
  4. a b c d AGUILAR, Busquets de (1 de Junho de 1949). «A Evolução História dos Transportes Terrestres em Portugal» (PDF). Gazeta dos Caminhos de Ferro. 62 (1475). p. 383-393. Consultado em 10 de Outubro de 2018 
  5. TORRES, Carlos Manitto (16 de Janeiro de 1958). «A evolução das linhas portuguesas e o seu significado ferroviário» (PDF). Gazeta dos Caminhos de Ferro. 70 (1682). p. 61-64. Consultado em 19 de Dezembro de 2015 
  6. MARTINS et al, 1996:259
  7. BORGES, 1987:217
  8. «Obras condicionam circulação de comboios na Linha da Lousã este fim-de-semana». Público. 6 de Fevereiro de 2009. Consultado em 12 de Outubro de 2013 
  9. «Ramal da Lousã: Utentes manifestam-se "revoltados" com encerramento do troço Serpins-Miranda a partir de quarta-feira». Expresso. 1 de Dezembro de 2009. Consultado em 19 de Dezembro de 2015 
  10. ALEXANDRE, Jorge (2 de Dezembro de 2009). «Misto de emoções na despedida do comboio». Trevim. Consultado em 12 de Outubro de 2013. Arquivado do original em 6 de outubro de 2013 
  11. Metro Mondego (2007). «SMM 7». Consultado em 11 de novembro de 2021. Arquivado do original em 4 de outubro de 2007 

Bibliografia[editar | editar código-fonte]

  • BORGES, Nelson (1987). Coimbra e Região 1.ª ed. Lisboa: Editoral Presença. 259 páginas 
  • MARTINS, João; BRION, Madalena; SOUSA, Miguel; et al. (1996). O Caminho de Ferro Revisitado. O Caminho de Ferro em Portugal de 1856 a 1996. Lisboa: Caminhos de Ferro Portugueses. 446 páginas 
  • SERRÃO, Joaquim (1986). História de Portugal. O Terceiro Liberalismo (1851-1890). 9. volumes 19. Lisboa: Verbo. 423 páginas 
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Ligações externas[editar | editar código-fonte]

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