Estabelecimento de Fundição e Estaleiros da Ponta d'Areia

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Estaleiros de Ponta da Areia
Estabelecimento de Fundição e Estaleiros da Ponta d'Areia
O Barão de Mauá inspecionando o Estaleiro Ponta d'Areia em Niterói, 1857 litografia de Pieter Godfred Bertichen, Biblioteca Nacional do Brasil
Razão social Estabelecimento de Fundição e Estaleiros Ponta da Areia
Estaleiro
Fundição
Gênero Construção naval
Fundação 11 de agosto de 1846
Fundador(es) Charles Colmann
Encerramento 1877[1][2]
Sede Niterói
Área(s) servida(s) América do Sul
Proprietário(s) Charles Colmann (1844–1846)
Visconde de Mauá (1846–1877)
Empregados c. 1000[3]
Produtos Navios, tubos, canhões, guindastes
Antecessora(s) Estabelecimento de Fundição e Estaleiros Ponta da Areia
Sucessora(s) Estaleiro Mauá
O vapor Recife foi a primeira encomenda da Marinha Imperial feita ao estaleiro da Ponta da Areia.[4]

O Estabelecimento de Fundição e Estaleiros Ponta da Areia, mais tarde rebatizado como Estabelecimento de Fundição e Estaleiros da Ponta d'Areia foi uma das primeiras indústrias de construção naval do Brasil, tendo sido criada por Charles Colman, em 1844 e adquirida em 1846 por Irineu Evangelista de Sousa, futuro Barão, e depois Visconde de Mauá.

História[editar | editar código-fonte]

Após a abertura dos portos, surgiram pequenos estaleiros privados. Com a independência do Brasil, o setor naval se reestruturou gradualmente para lidar com a crescente demanda por meios de locomoção de cargas e passageiros por via fluvial e marítima.[5]

Até meados da década de 1840 os estaleiros e pequenas fundições dedicadas a construção naval estavam concentradas nos arredores do Arsenal da Marinha e em Niterói. Em meados de 1844, o britânico Charles Colmann inaugurou uma pequena fundição na Ponta d'Areia, em Niterói. A fundição com problemas financeiros, em 11 de agosto de 1846, foi vendida para Irineu Evangelista de Sousa que a rebatizou Estabelecimento de Fundição e Estaleiros da Ponta d'Areia.[6]

Pelos 30 anos seguintes o estaleiro produziu 72 embarcações para as mais variadas finalidades como cabotagem, transporte de cargas, passageiros, navios de guerra, além de pequenas embarcações, com destaque para as doze embarcações encomendadas pela Armada Imperial Brasileira entre 1849 e 1869. Com a crise econômica que atingiu o Brasil, o estaleiro decretou sua falência em 1877, tendo sido fechado definitivamente em meados de 1890.[4]

Suas instalações foram integradas à Companhia Comércio e Navegação, em 1905, especializada em construção e reparo de navios. Na época, a CCN era também uma das maiores companhias de construção e reparos da América Latina.[4]

Referências

  1. André Soares Floor. «Cronologia». Terra de Mauá. Consultado em 23 de novembro de 2013 
  2. Eriksom Teixeira Lima e Luciano Velasco (dezembro de 1998). «Construção Naval no Brasil: Existem Perspectivas?» (PDF). Revista do BNDES, edição 1010. Consultado em 23 de novembro de 2013 
  3. Gilberto Maringoni (20 de setembro de 2011). «O homem que olhava para o futuro». Revista Desafios do Desenvolvimento (IPEA) Ano 8 . Edição 67. Consultado em 23 de novembro de 2013 
  4. a b c Alcides Goularti Filho (agosto de 2011). «História Econômica da Construção Naval no Brasil: Formação de Aglomerado e Performance Inovativa» (PDF). Revista Economia. Consultado em 23 de novembro de 2013 
  5. «A Indústria de Construção Naval e Offshore- Aula 1 Histórico da Construção Naval no Brasil» (PDF). Curso de Engenharia Naval- Universidade Federal de Pernambuco (UFPE). Consultado em 23 de novembro de 2013 
  6. Beatriz Piva Momesso (2007). «Indústria e trabalho no século XIX-» (PDF). Universidade Federal Fluminense (UFF) - Insituto de Ciências Humanas e Filosofia - Programa de pós graduação em história. Consultado em 23 de novembro de 2013 
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