Ignácio Aureliano Machado Brito

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Ignácio Aureliano Machado Brito
Nascimento 29 de junho de 1938
Rio de Janeiro, RJ, Brasil
Morte setembro de 2001 (63 anos)
Araguari, Minas Gerais, Brasil
Residência Brasil
Nacionalidade brasileiro
Alma mater
Instituições
Campo(s) História natural e geologia
Tese Os Acritarcha e sua utilização na estratigrafia siluriana e devoniana do Brasil (1966)[1]

Ignácio Aureliano Machado Brito (Rio de Janeiro, 29 de junho de 1938 - Araguari, setembro de 2001) foi um geólogo, pesquisador e professor universitário brasileiro.[2]

Membro associado da Academia Brasileira de Ciências, foi professor de várias universidades brasileiras, tendo trabalhado principalmente com icnofósseis.

Biografia[editar | editar código-fonte]

Nascido na capital fluminense, em 1938, era filho de Gratuliano de Costa Brito e Adelaide Machado Brito. Cursou o ensino médio no Colégio Mallet Soares, concluindo os estudos em 1956. Casou-se duas vezes, tendo de seu primeiro casamento três filhos, Paulo, André e Pedro. E com Lisete Fernandes Moraes Brito, sua segunda esposa, nasceram Fernando e Ana.[2]

Carreira[editar | editar código-fonte]

Suas atividades profissionais foram desenvolvidas primeiramente como jornalista, de 1958 a 1960, como repórter auxiliar da Revista da Semana e do Almanaque Eu Sei Tudo, além de lecionar em cursos de pré-vestibular. Brito formou-se em História Natural pela Universidade do Brasil (em 1960), ingressando em seguida na Petrobrás e obtendo o título de geólogo de petróleo pela Universidade Federal da Bahia em 1962.[1][2]

Paralelamente às suas atividades como paleontólogo da Petrobrás, ministrou aulas de Paleontologia e Geologia Histórica na Escola de Geologia da Universidade Federal da Bahia de 1962 a 1965. Deixou a Petrobrás em 1965, e foi como bolsista da CAPES para a Califórnia, onde defendeu dissertação intitulada Os Acritarcha e sua utilização na estratigrafia siluriana e devoniana do Brasil, obtendo o título de Master of Sciences em 1966, na Universidade Stanford.[1][2]

De volta ao Brasil, foi em janeiro de 1966 para o Rio de Janeiro, a convite de Paulo Erichsen de Oliveira, passando a conciliar sua pesquisa com os amonitas da seção de Paleontologia do DNPM e suas aulas no Instituto de Geociências da UFRJ, ainda no largo de São Francisco. Logo deixaria o DNPM em 1968, passando a dedicar-se às atividades de ensino, pesquisa e administração do Instituto de Geociências até sua aposentadoria.[1][2]

Como professor-visitante ministrou aulas na Universidade Federal do Ceará, na Universidade Federal de Mato Grosso e na Universidade Federal da Paraíba, além de muitas outras instituições de ensino, não somente no Rio de Janeiro.[1][2]

Ao se aposentar na UFRJ, passou a morar em Araguari, no Triângulo Mineiro, embora continuasse a orientar dissertações e teses e a publicar trabalhos.[1][2]

Morte[editar | editar código-fonte]

Brito morreu em Araguari, em setembro de 2001, aos 63 anos.[1]

Homenagens[editar | editar código-fonte]

A Comissão Organizadora do XIV Congresso Brasileiro de Paleontologia, em 1995, prestou-lhe singela homenagem, convidando-o para plantar um exemplar de Ginkgo biloba nos jardins do Centro de Pesquisas Paleontológicas Llewellyn Ivor Price, em Peirópolis, município de Uberaba, onde foi realizado o congresso.[1][2]

Em 2005, foi homenageado na nomenclatura da espécie de pterossauro Nurhachius ignaciobritoi.[3]

Referências

  1. a b c d e f g h Diogenes de Almeida Campos, ed. (2001). «Um Professor de Paleontologia: Ignacio Brito (1938-2001)». Anuário do Instituto de Geociências - UFRJ. 24. Consultado em 27 de fevereiro de 2024 
  2. a b c d e f g h «Ignacio Aureliano Machado Brito». Academia Brasileira de Ciências. Consultado em 2 de novembro de 2013 
  3. Xiaolin Wang; Kellner, A.W.A.; Zhou Zhonghe; de Almeida Campos, D. (2005). «Pterosaur diversity and faunal turnover in Cretaceous terrestrial ecosystems in China.». Nature (437): 875–879. doi:10.1038/nature03982