Instituto de Microbiologia Paulo de Góes

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Instituto de Microbiologia
Paulo de Góes
IMPG
Fundação 1950 (74 anos)
Instituição mãe UFRJ
Tipo de instituição Unidade acadêmica
Localização Rio de Janeiro, RJ,  Brasil
Campus Cidade Universitária
Página oficial microbiologia.ufrj.br

O Instituto de Microbiologia Paulo de Góes (IMPG) é uma unidade de ensino, pesquisa e extensão da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). Localiza-se no prédio do Centro de Ciências da Saúde (CCS), na Cidade Universitária, Rio de Janeiro.[1]

Histórico[editar | editar código-fonte]

A história do Instituto de Microbiologia (IM) tem seu início em 1946, na Universidade do Brasil*. Os primeiros passos foram dados pelo professor Paulo de Góes (1913-1982), idealizador e criador do Instituto que atualmente leva seu nome em homenagem.

Paulo de Góes era médico por formação. Ocupava inicialmente o cargo de professor catedrático de Microbiologia na Escola de Enfermagem Anna Nery e, a partir daí, começou seu trabalho de liderança na formação de microbiologistas. Também ocupou as cátedras de Microbiologia nas faculdades de Farmácia e Medicina.

Para atender as três instituições com seus encargos, Paulo de Góes empenhou-se em reunir as três equipes em um só local que ficou conhecido como Pavilhão da Microbiologia (Urca, 1950). Ali os alunos passaram a assistir as aulas teóricas e práticas sob a coordenação do Prof. Paulo de Góes.

O sucesso do ensino e da pesquisa do pavilhão chamou a atenção de outros professores e pesquisadores. Em pouco tempo a equipe da cátedra de Microbiologia da faculdade de Odontologia também integrou-se ao grupo em ascensão.

O trabalho administrativo envolvendo as quatro cátedras precisava acomodar múltiplos interesses, tanto de natureza docente quanto discente. A solução encontrada foi dar à organização do pavilhão a conotação de unidade acadêmica autônoma, entretanto, este processo precisava de um regimento e de sua aprovação no Conselho Universitário.

Para isso, o Prof. Paulo de Góes contou com o incentivo e colaboração de Dona Risoleta, sua esposa, que era exímia datilógrafa e, assim, foi elaborado todo o regimento da unidade nascente que passou a ser chamada de Instituto de Microbiologia. Em função dos quatro grupos reunidos, com diferentes graduações, surgiram as cátedras de Microbiologia Geral, Microbiologia Médica, Imunologia e Virologia.

Nesse período, Paulo de Góes passou a dedicar-se à Virologia, mas sempre pensando no crescimento da unidade como um todo. Com financiamento das fundações americanas Rockefeller, Kellog’s e Ford, os trabalhos de pesquisa no IM ganharam nova conotação, grande parte em razão da liderança do Prof. Paulo de Góes que fazia parte da Organização Mundial da Saúde, da Organização Pan-Americana de Saúde e de várias outras organizações internacionais. No Brasil, era membro da Academia de Medicina e de Ciências.

Em 1963 o IM iniciou o ensino de Pós-graduação stricto-sensu, sendo a primeira instituição a conceder um título de Doutor no País.

Neste período entra para o programa do Instituto o pesquisador responsável pela consolidação da pesquisa no Departamento de Microbiologia Geral, Luis Rodolpho Rajare Gabaglia Travassos. Luis trouxe consigo novos conceitos e contribuindo para o crescimento e reconhecimento das pesquisas no Instituto.

De 1950 até 1982, quando faleceu, o Prof. Paulo de Góes dedicou sua vida ao Instituto e a Microbiologia em todos os seus aspectos, dando oportunidade para que jovens profissionais fossem agregados à grande família de microbiologistas brasileiros. Paulo de Góes começou jovem, com plena vitalidade e envelheceu à medida que o IM evoluía.

Em 1994, O Instituto de Microbiologia criou o primeiro curso de graduação para formação de Bacharéis em Microbiologia e Imunologia do País. Para atender a regras do mercado de trabalho, em 2006, o curso alterou seu escopo de abrangência e passou a formar Bacharéis em Biologia, na modalidade Microbiologia e Imunologia, sem modificar sua grade curricular, providência esta que o colegiado do IMPG resolveu adequar, no ano de 2011.

Em 1995, a direção da instituição, em concordância com todo o corpo docente, discente e de funcionários, resolveu homenagear a figura do Prof. Paulo, alterando o nome da instituição para Instituto de Microbiologia Paulo de Góes.

Atualmente, o IMPG é uma instituição consolidada, com destaque nas áreas de ensino, de pesquisa e de extensão, no âmbito da Microbiologia.

  • A universidade do Brasil em 1965 passou a ser denominada Universidade Federal do Rio de Janeiro e, desde o ano 2000, recebeu o direito de ser designada por ambos os nomes.

Estrutura[editar | editar código-fonte]

Departamentos[editar | editar código-fonte]

O Instituto de Microbiologia possui estrutura departamental, possuindo assim os quatro seguintes departamentos:

  • Microbiologia Geral
  • Microbiologia Médica
  • Virologia
  • Imunologia

Setores[editar | editar código-fonte]

Além dos quatro departamentos, há dois setores:

  • Epidemiologia de Doenças Infecciosas
  • Microscopia Eletrônica

Localização[editar | editar código-fonte]

O Instituto ocupa integralmente o bloco I, correspondente a três andares, e algumas salas nos blocos D e E do Centro de Ciências da Saúde. É uma das unidades que mais dispõe de espaço no CCS, assim como o Instituto de Biofísica Carlos Chagas Filho (IBCCF) e o Instituto de Ciências Biomédicas (ICB).

Ensino[editar | editar código-fonte]

O Instituto de Microbiologia é detentor do primeiro e único curso de graduação específico na área de Microbiologia (criado em 1994) no Brasil, bem como foi o primeiro a implantar um programa de pós-graduação na área de Microbiologia em 1965. Recentemente, passou a oferecer também o programa de pós-graduação em Imunologia e Inflamação.

Graduação[editar | editar código-fonte]

  • Ciências Biológicas: Microbiologia e Imunologia

Pós-graduação[editar | editar código-fonte]

  • Ciências (Microbiologia)
  • Imunologia e Inflamação

Galeria de fotos[editar | editar código-fonte]

Referências

Ligações externas[editar | editar código-fonte]