Joaquim Firmino de Araújo Cunha

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Joaquim Firmino de Araújo Cunha
Joaquim Firmino de Araújo Cunha
Joaquim Firmino em foto de data ignorada
Nascimento 29 de agosto de 1855
Mogi Mirim
Morte 11 de fevereiro de 1888
Itapira
Cidadania Brasil
Ocupação delegado de polícia, abolicionista, delegado de polícia

Joaquim Firmino de Araújo Cunha (Mogi Mirim, 29 de agosto de 1855 – Penha do Rio do Peixe, 11 de fevereiro de 1888) foi um delegado de polícia que aderiu ao movimento abolicionista, dando proteção aos escravos que fugiam dos seus senhores.[1][2]

Biografia[editar | editar código-fonte]

Araújo Cunha nasceu em 29 de agosto de 1855, em Mogi Mirim. Em 19 de setembro de 1885 assumiu o cargo de Delegado de Polícia da vizinha cidade de Penha do Rio do Peixe, atual Itapira.

Araújo Cunha era casado com Valeriana Rodrigues de Alvarenga Cunha, com que teve os filhos Antonieta, Adornino, Agenor e Julieta.[3][4][5]

Na madrugada do dia 11 de fevereiro de 1888, o delegado foi encurralado por aproximadamente duzentas pessoas e morto violentamente dentro de sua própria casa, onde também se encontravam sua esposa e seus filhos. O caso ficou conhecido como "Crime da Penha" e teve grande repercussão nacional, levando o município a mudar de nome dois anos depois, de Penha do Rio do Peixe para Itapira. Com a nova denominação, as elites locais esperavam apagar a má-fama adquirida com o crime.[6]

Os mandantes foram o inglês James Warne e o estadunidense John Jackson Klink, que tinham se mudado para o Império do Brasil depois de lutarem na Guerra de Secessão dos Estados Unidos, ao lado dos confederados, que eram contrários ao fim da escravidão no país.[2]

Homenagens[editar | editar código-fonte]

Em 9 de junho de 2000, a Assembleia Legislativa de São Paulo e o Governador Mário Covas promulgaram a Lei nº 10.578, que denominou a Delegacia de Polícia de Itapira como "Delegado Joaquim Firmino de Araújo Cunha" .[7]

Na cultura popular[editar | editar código-fonte]

Em 2021 foi produzido um curta-metragem musical de seis minutos sobre o assassinato, intitulado O Crime da Penha. Foi dirigido por Daniel Souza Ferreira e Dudu Marella.[8][9]

Referências

  1. News, Itapira (1 de abril de 2020). «Há 130 anos, a cidade de Penha do Rio do Peixe mudava seu nome para Itapira». Itapira News. Consultado em 28 de janeiro de 2023 
  2. a b «O brutal assassinato do delegado que se recusava a prender 'escravos fugidos'». BBC News Brasil. Consultado em 28 de janeiro de 2023 
  3. Apolinário, Eric (1 de janeiro de 2021). «Joaquim Firmino, o delegado que se recusava a prender escravizados fugidos e acobertava fugas». Aventuras na História. Consultado em 28 de janeiro de 2023 
  4. Bertolino, Osvaldo (12 de setembro de 2020). «O assassinato de um Delegado antirracista, estopim da Abolição!». O outro lado da notícia. Consultado em 25 de abril de 2023 
  5. «O crime da Penha e o mártir da abolição da escravatura». Playbuzz. 9 de fevereiro de 2018. Consultado em 25 de abril de 2023 
  6. bbcnewsbrasil. «13 de maio: o brutal assassinato do delegado que se recusava a prender 'escravos fugidos'». Terra. Consultado em 28 de janeiro de 2023 
  7. Covas, Mario (9 de Junho de 2000). «LEI Nº 10.578, DE 09 DE JUNHO DE 2000». Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo. Consultado em 29 de Janeiro de 2023 
  8. «O Crime da Penha - 16º Festival Taguatinga de Cinema». festivaltaguatinga.com.br. Consultado em 29 de janeiro de 2023 
  9. Carbone, Francisco (18 de dezembro de 2022). «O Crime da Penha». Cenas de Cinema. Consultado em 29 de janeiro de 2023 
Ícone de esboço Este artigo sobre uma pessoa é um esboço. Você pode ajudar a Wikipédia expandindo-o.