José Saturnino da Costa Pereira

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José Saturnino da Costa Pereira
José Saturnino da Costa Pereira
Engenheiro brasileiro
Nascimento 22 de novembro de 1771
Colônia do Sacramento, Estado do Brasil, Reino de Portugal
Morte 9 de janeiro de 1852 (80 anos)
Rio de Janeiro,  Brasil
Nacionalidade  Brasil
Alma mater Universidade de Coimbra
Ocupação Engenheiro, militar e político brasileiro.

José Saturnino da Costa Pereira (Colônia do Sacramento, 22 de Novembro de 1771Rio de Janeiro, 9 de Janeiro de 1852) foi engenheiro, militar e político brasileiro. Era irmão do jornalista Hipólito José da Costa, patrono da imprensa brasileira. Cursou ciências matemáticas na Universidade de Coimbra, entre 1802 e 1806.

Foi presidente de província de Mato Grosso, o primeiro do período imperial, cargo que assumiu em 10 de setembro de 1825,[1] e senador do Império do Brasil, de 1828 a 1852 (o cargo era então vitalício).

Cuiabá como capital da província de Mato Grosso[editar | editar código-fonte]

A condição para assumir o cargo foi governar a província a partir de Cuiabá, e não de Vila Bela da Santíssima Trindade.[2] A mesma decisão havia sido tomada por João Carlos Augusto de Oyenhausen-Gravenburg, que não conseguiu autorização para transferir a capital, mas mesmo assim governava de Cuiabá. O governante subsequente, Francisco de Paula Magessi Tavares de Carvalho, também se estabeleceu em Cuiabá, e a após a sua saída da província continua a disputa entre as elites de Vila Bela e Cuiabá resultando na formação da Junta governativa mato-grossense de 1821-1823.[2]

O presidente Saturnino acabaria com o problema do déficit da província, que chegavam aos 800 contos de reis em salários atrasados, de pessoal civil e militar, desde o governo de Magessi e que foi agravado pela Junta Governativa. A receita anual da província era de no máximo 40 contos de reis. Os salários somente eram resgatados com um desconto de 95%. A companhia de mineração, criada no governo de Oyenhausen acabaria também seria extinta devido aos prejuízos.[2]

Saturnino deixaria o cardo de presidente da província para assumir a vaga de Senador, sendo o primeiro de Mato Grosso.[2]

Principais obras publicadas[editar | editar código-fonte]

  • Dicionário Topográfico do Império do Brasil - Rio de Janeiro, R. Orgier, 1834.
  • Recreação Moral e Científica - 1834-1839.
  • Elementos de Lógica - Rio de Janeiro, 1834. 122 p.
  • Compêndio de Geografia Elementar - Rio de Janeiro, 1836.
  • Elementos de Geodésia - Rio de Janeiro, 1840.
  • Lições Elementares de Óptica - Rio de Janeiro, 1841.
  • Aplicação da Álgebra à Geometria ou Geometria Analítica - Rio de Janeiro, 1842.
  • Elementos de Cálculo Diferencial e de Cálculo Integral - Rio de Janeiro, 1842.
  • Elementos de Mecânica - Rio de Janeiro, 1842.
  • Elementos de Astronomia e Geodésia - Rio de Janeiro, 1845.
  • Plano para Divisão das Comarcas, Cidades, Vilas, Povoações e Paróquias da Província de Mato Grosso Rio de Janeiro, 1827-1828.

Ver também[editar | editar código-fonte]

Referências

  1. «Mato Grosso e seus municípios». Consultado em 7 de maio de 2014. Arquivado do original em 8 de maio de 2014 
  2. a b c d Ernesto Cerveira de Sena (2009). Entre anarquizadores e pessoas de costumes: a dinâmica política nas fronteiras do Império : Mato Grosso (1834-1870). [S.l.]: Carlini & Caniato. 288 páginas. ISBN 8599146645, ISBN 9788599146644 

Bibliografia[editar | editar código-fonte]

  • MORAIS, Francisco. Estudantes Brasileiros na Universidade de Coimbra (1772-1872). Anais da Biblioteca Nacional do Rio de Janeiro. LXII (1940), p. 137-335.

Precedido por
Salvador José Maciel
Ministro da Guerra do Brasil
1837
Sucedido por
Sebastião do Rego Barros

Precedido por
Manuel Alves da Cunha
Presidente da Província de Mato Grosso
1825 — 1828
Sucedido por
Jerônimo Joaquim Nunes
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