João Crispiniano Soares

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João Crispiniano Soares
João Crispiniano Soares
Nascimento 24 de julho de 1809
Guarulhos
Morte 15 de agosto de 1876 (67 anos)
São Paulo
Nacionalidade  Brasileiro
Ocupação Político

João Crispiniano Soares (Guarulhos, então parte da cidade de São Paulo, 24 de julho de 1809São Paulo, 15 de agosto de 1876) foi um jurista (formado pela Faculdade de Direito de São Paulo) e político brasileiro.

Vida[editar | editar código-fonte]

Foi Lente Proprietário (hoje Professor Titular) da Faculdade de Direito de São Paulo.

Presidente de província

Foi também presidente da Câmara Municipal de São Paulo entre 1838 e 1847 e deputado geral por Mato Grosso.

Foi nomeado presidente da província de Mato Grosso por decreto de 17 de setembro de 1846, exercendo seu mandato de 5 de abril de 1847 até 6 de abril de 1848. Após deixar a presidência, assumiu como deputado por Mato Grosso, e a partir de 1867 foi eleito deputado pela província de São Paulo.

Era casado com Anna Francisca Ferraz Soares, com quem teve o único filho Christiano, morto em 1872 aos 8 anos,[1] e a enteada Maria Francisca Duarte Gerard, e genro Marcelino Gerard, francês,professor de pintura.[2]

Caso polêmico: A venda da imprensa oficial[3][editar | editar código-fonte]

O governador João Crispiniano Soares pediu autorização da Assembleia para leiloar a Tipographya Provincial por 800$000 em 31 de agosto de 1848, o que acabaria ocorrendo na gestão do governador interino Antônio Nunes da Cunha, em que José Leite Penteado a arremataria por 810$000. O novo proprietário cobrou 1:200$000 para imprimir os atos oficiais de Mato Grosso.

Houve protestos. A impressora era fruto de doações populares iniciada pelo governador Pimenta Bueno em 1838, e custou 1:178$480, incluídos papel e tinta, e mais 772$346 pelo frente, na razão de 1$000/arroba, somando-se ainda mais 800$000 pagos ao tipógrafo do Matutina Meiapontense para instalação e treinamento da tipografia oficial.

A venda seria anulada pelo governador Joaquim José de Oliveira. A tipografia então seria transferida para cidade de Poconé, a 100 km de Cuiabá, e área de influência política do ex-governador Manoel Alves Ribeiro. Depondo à polícia, José Leite Penteado disse que havia vendido a tipografia para Manoel Alves Ribeiro.

O ex-governador Manoel Alves Ribeiro negou a compra, mas defendeu a sua venda em leilão público. Segundo ele, a tipografia poderia ter custado 2 contos, entretanto, dez anos depois, já gasta e com tipos faltando não valeria muito, e o pior de tudo, estava custando aos cofres públicos 2 contos anuais.[4]

O próximo governador, Augusto Leverger, correligionário de Manoel Alves Ribeiro, publicaria uma lei em 23 de agosto de 1851 convalidando a negociação, depois disso o processo foi arquivado na Justiça.

Referências

  1. «Correio Paulistano (SP) - 1870 a 1879 - DocReader Web». memoria.bn.br. Consultado em 22 de outubro de 2021 
  2. «Correio Paulistano (SP) - 1870 a 1879 - DocReader Web». memoria.bn.br. Consultado em 22 de outubro de 2021 
  3. «GT História da Mídia Impressa — Página Inicial». www.ufrgs.br. Consultado em 22 de outubro de 2021 
  4. Publicação pedida por Manoel Alves Ribeiro

Ligações externas[editar | editar código-fonte]


Precedido por
José Antônio Pimenta Bueno
Presidente da província de Mato Grosso
1847 — 1848
Sucedido por
Manuel Alves Ribeiro
Precedido por
Francisco Diogo Pereira de Vasconcelos
Presidente da província de Minas Gerais
1863 — 1864
Sucedido por
Fidélis de Andrade Botelho
Precedido por
Policarpo Lopes de Leão
Presidente da província do Rio de Janeiro
1864
Sucedido por
Bernardo de Sousa Franco
Precedido por
Joaquim Floriano de Toledo
Presidente da província de São Paulo
1864 — 1865
Sucedido por
Joaquim Floriano de Toledo