Línguas pré-incas da bacia do Marañón

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Língua pré-incas no século XVI

As línguas pré-incas da bacia do rio Marañón são um conjunto de línguas andinas extintas, escassamente documentadas, que eram faladas no norte do Peru e no sudeste do Equador, na bacia do rio Marañón. As línguas da bacia do Marañón e regiões do entorno tratadas aqui são: Malacato, Rabona, Bolona, Xiroa, Tabancale, Patagão, Sácata, Bagua, Copallín, Chirino e Chacha. Todas essas línguas estão atualmente extintas e não formam uma família linguística, pois possuem origem diversas. Outras línguas da mesma região, que ainda possuem falantes, são tratadas em outros artigos (Língua jívaro-cahuapanas e Língua hibito-cholón). A região do Marañón foi incorporada ao império incaico por Huayna Capac.

Comparação Léxica[editar | editar código-fonte]

Um das principais fontes para essas línguas são as Relaciones geográficas de Indias.[1] Essas Relaciones contém um documento chamado Relación de la tierra de Jaén(1586). Essa obra descreve a complexidade linguística da área em torno do rio Marañón, na Alta Amazônia, ao norte dos atuais departamentos de Amazonas e Cajamarca. Esse documento foi usado por Rivet (1934) e por Torero (1993). Essa obra documenta principalmente a etnia sacata. Algumas fontes relacionam a língua dos sacata com a de outros grupos étnicos, como os chillao. Na obra em questão se menciona somente três palavras de origen sacata.

Apenas se conhecem algumas palavras do copallín, sacata, tabancale, bagua e patagão, conforme a lista abaixo:

PORT Copallín Tabancale Sacata Chirino Bagua Patagão
Água quiet yema unga yungo tuna tuná
Fogo lalaque chichahce
Madeira oloman oyme xumás viue
Casa ismane tie
Milho chumac moa umague yugato lancho anás

Referências

  1. Jiménez de la Espada, Marcos, ed. (1965 [1586]): Relaciones geográficas de Indias: Perú, 3 vols. Biblioteca de Autores Españoles 183–5. Madrid: Atlas

Bibliografia Indicada[editar | editar código-fonte]

  • Adelaar, Willem F. H.; & Muysken, Pieter C. (2004). The languages of the Andes. Cambridge language surveys. Cambridge University Press. ISBN 978-0-521-36275-7.
  • Jiménez de la Espada, Marcos. Relaciones geográficas de Indias: Perú. 1881–1887 [1965]. Madrid: [s.n.] 
  • Loukotka, Čestmír (1968): Classification of South American Indian Languages, ed. Johannes Wilbert; Los Angeles: University of California (UCLA), Latin American Center.
  • Rivet, Paul (1934): "Population de la province de Jaén. Equateur.", en Congrès international des sciences anthropologiques et ethnologiques: compte-rendu de la première session, pp. 245–7; Londres: Royal Institute of Anthropology.
  • Taylor, Anne Christine (1999): "The western margins of Amazonia from the early sixteenth to the early nineteenth century". En Salomon and Schwartz (1999): The Cambridge History of the Native Peoples of South America, Cambridge University Press, part 2, pp. 188–256.
  • Taylor, Gérald (1990a: "La lengua de los antiguos chachapuyas", en Cerrón-Palomino and Solís Fonseca (1990): Temas de lingüística amerindia (Actas del Primer Congreso Nacional de Investigaciones Lingüístico-Filológicas, Lima, November 1987). Lima: Consejo Nacional de Ciência y Tecnología (CONCYTEC), pp. 121–39.
  • Valqui, Jairo (2011): Los orígenes lingüísticos de los chachapoyas. Berlín: Editorial Académica Española.
  • Valqui, Jairo (2004): Reconstrucción de la lengua chacha mediante un estúdio toponímico en la Jalca Grande (Chachapoyas, Amazonas). (Tesis licenciatura, Universidad Nacional Mayor de San Marcos). Recuperado de http://sisbib.unmsm.edu.pe/bibvirtualdata/tesis/human/valqui_cj/t_completo.pdf
  • Torero Fernández de Córdova, Alfredo A. (1993): "Lenguas del nororiente peruano: la hoya de Jaén en el siglo XVI", Revista Andina 11, 2, pp. 447–72. Cuzco: Centro Bartolomé de Las Casas.

´