Lista de unidades federativas do Brasil por taxa de pobreza

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Proporção de Brasileiros vivendo abaixo da linha da pobreza por estados do Brasil em 2021, de acordo com PNAD Contínua, IBGE
Proporção de Brasileiros vivendo abaixo da linha da pobreza em 2021, de acordo com a PNAD Contínua (IBGE).
  > 50%
  50% – 25%
  25% – 15%
  < 15%

Esta é uma lista de unidades federativas brasileiras por taxa de pobreza, segundo dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio Contínua - PNAD-C[1] do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada - IPEA[2] e do Mapas da Pobreza do Centro de Políticas Sociais da Fundação Getúlio Vargas (FGV)[3] a partir dos dados da PNADC/IBGE (2012 a 2021). A fonte de dados para a lista principal é a PNAD Contínua do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) anualmente atualizada.[1]

O contingente de pessoas vivendo abaixo da linha da pobreza no Brasil - com renda domiciliar per capita inferior a R$ 497 reais por mês, (cerca de menos de $89 dólares per capita por mês, em 2021), atingiu 62,9 milhões de brasileiros vivendo abaixo deste limiar, ou 29,6% da população total do país. Quase um terço da população brasileira vivia nessa situação em 2021, o dado mais atual disponível. Este é o maior patamar de pessoas em situação de pobreza no Brasil desde o início da série histórica.[4]

As taxas de pobreza com maior proporção estão no estado do Maranhão (57,90%), Amazonas (51,42%), Alagoas (50,36%) e Pernambuco (50,32%). As menores taxas encontram-se em Santa Catarina (10,16%), Rio Grande do Sul (13,53%) e Distrito Federal (15,70%). Nos estados mais populosos do Brasil, as taxas são: São Paulo (17,8%), Minas Gerais (25.25%) e Rio de Janeiro (22.81%). Por extrato geográfico regional da população, a região nordeste do Brasil (44,8%) concentra quase a metade de pessoas pobres do país. A Centro-Oeste (5,5%) é a região com o menor percentual.

Taxa de pobreza em 2023[editar | editar código-fonte]

Posição Unidade Federativa Taxa de pobreza

2023[5]

Taxa de pobreza

2022[6]

1  Maranhão 51,6¨% 56,7%
2  Acre 51,5% 51,0%
3  Ceará 48,7% 50,,7%
4  Pernambuco 47,7% 50,7%
5  Paraíba 47,5% 52,7%
6  Alagoas 46,2% 54,2%
7 Bahia Bahia 46,0% 50,5%
8  Amazonas 45,8% 55,1%
9  Piauí 45,4% 48,2%
10  Sergipe 44,1% 45,2%
11  Rio Grande do Norte 43,5% 44,2%
12 Pará Pará 39,5% 47,0%
13  Roraima 35,6% 45,1%
14  Amapá 33,0% 47,8%
15  Tocantins 28,7% 34,0%
-  Brasil 27,5% 31.6%
16  Rondônia 24,4% 29,6%
17  Espírito Santo 22,8% 26,3%
19  Rio de Janeiro 21,1% 26,6%
18  Minas Gerais 20,2% 27,0%
21  Mato Grosso do Sul 19,3% 21,3%
20  Goiás 18,4% 22,7%
22  Mato Grosso 17,3% 22,1%
 Paraná 20,0%
24  São Paulo 16,3% 19,6%
25  Distrito Federal 15,6% 17,1%
26  Rio Grande do Sul 14,4% 16,8%
27  Santa Catarina 11,6% 12,8%

Pobreza por regiões do Brasil[editar | editar código-fonte]

Abaixo estão as taxas de pobreza por regiões do Brasil em 2021

Posiç. Regiões[7] Taxa de pobreza 2021
1 Nordeste 41,8%
3 Norte 36,9%
2 Sudeste 19,8%
5 Centro-Oeste 17,6%
4 Sul 15,3%

Histórico da taxa de pobreza, 1970–2020[editar | editar código-fonte]

Lista em década, de 1970 a 2020 classificadas por ordem alfabética das unidades federativas do Brasil

(Limiar de pobreza com renda efetiva de $5.50 dia (PPC 2011)

Unidade federativa 1970 1980 1990 2000 2010 2020
 Acre 78,2% 55,3% 64,4% 44,0% 29,4% 41,0%
 Alagoas 88,1% 69,5% 72,0% 56,8% 34,2% 44,3%
 Amapá 72,5% 50,0% 46,32% 38,1% 24,0% 43,0%
 Amazonas 78,2% 44,6% 52,4% 48,5% 30,7% 45,7%
Bahia Bahia 84,9% 60,3% 71,5% 49,7% 28,7% 39,2%
 Ceará 90,0% 70,2% 72,7% 51,7% 30,3% 39,9%
 Distrito Federal 45,6% 17,5% 21,9% 12,2% 4,9% 13,8%
 Espírito Santo 79,7% 40,7% 47,9% 22,8% 9,5% 20,1%
 Goiás 77,7% 41,5% 42,1% 20,9% 7,5% 19,2%
 Maranhão 90,0% 74,1% 79,1% 62,7% 39,5% 49,5%
 Mato Grosso 79,7% 45,9% 44,3% 22,0% 10,5% 17,3%
 Mato Grosso do Sul - 37,8% 42,8% 22,8% 9,9% 17,3%
 Minas Gerais 77,5% 41,4% 49,5% 24,6% 10,9% 18,7%
Pará Pará 80,4% 51,9% 61,8% 46,9% 32,3% 37,7%
 Paraíba 91,7% 73,1% 73,6% 49,6% 28,9% 40,6%
 Paraná 74,7% 39,1% 41,1% 18,9% 6,4% 15,8%
 Pernambuco 84,1% 60,0% 65,1% 45,2% 27,1% 42,3%
 Piauí 94,5% 80,1% 78,1% 57,2% 34,1% 39,1%
 Rio de Janeiro 26,3% 18,7% 31,4% 13,6% 7,2% 20,3%
 Rio Grande do Norte 89,9% 65,9% 66,8% 44,8% 23,7% 35,4%
 Rio Grande do Sul 62,9% 25,9% 34,7% 15,5% 6,3% 13,8%
 Rondônia 59,7% 46,4% 55,2% 29,8% 14,8% 20,7%
 Roraima 68,1% 35,7% 39,3% 33,56% 26,6% 40,1%
 Santa Catarina 74,1% 29,3% 33,3% 12,7% 3,6% 9,1%
 São Paulo 41,7% 12,8% 17,4% 9,7% 4,6% 15,5%
 Sergipe 87,1% 62,5% 66,5% 48,8% 27,8% 35,9%
 Tocantins - - 66,2% 45,1% 4,6% 30,9%
 Brasil 67,9[8] 39,4 38,1 27,9 15,2 25,0%

Nota[editar | editar código-fonte]

Pelos critérios do Banco Mundial são consideradas pobres as pessoas que dispõem de menos de US$ 5,50 por dia por pessoa, equivalente a uma renda mensal per capita de R$ 497 reais em 2021 para o limiar de pobreza nacional, atuais R$ 637 ao mês, ou R$21,23 ao dia em 2022, conforme o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística.

1. Em 1970, Amapá, Rondônia e Roraima existiam como territórios. Mato Grosso do Sul e Tocantins não eram unidades federativas.

Ver também[editar | editar código-fonte]

Referências

  1. a b «Rendimento de todas as fontes». "PNAD Contínua - Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua" (PNADC/IBGE). 2021. Consultado em 11 de setembro de 2022 
  2. «Proporção de pobreza». "Ipeadata.org". 2014. Consultado em 11 de setembro de 2022 
  3. «Mapa da Nova Pobreza». Fundação Getulio Vargas "FGV Social". 2022. Consultado em 11 de setembro de 2022 
  4. «Entre 2019 e 2021, 9,6 milhões de pessoas entraram na linha de pobreza no Brasil, diz FGV». "CNN Brasil". 29 de junho de 2022. Consultado em 13 de setembro de 2022 
  5. «Síntese de Indicadores Sociais | IBGE». www.ibge.gov.br. Consultado em 13 de dezembro de 2023 
  6. «Síntese de Indicadores Sociais 2022». Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. 2022. Consultado em 13 de dezembro de 2023 
  7. «Extrema pobreza bate recorde no Brasil em dois anos de pandemia, diz IBGE». G1. Consultado em 21 de dezembro de 2022 
  8. «Ipeadata». www.ipeadata.gov.br. Consultado em 24 de abril de 2023