Lourenço Marques (explorador)

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Lourenço Marques
Nascimento século XVI
Morte século XVI
Cidadania Reino de Portugal
Ocupação explorador, mercador

Lourenço Marques foi um explorador e comerciante português que viveu na África Oriental e ali efectuou explorações por desígnios comerciais no século XVI.[1]

Biografia[editar | editar código-fonte]

Em 1544, acompanhado por António Caldeira, comandou expedições na costa de Moçambique, andava em exploração da costa e chegou ao Rio Limpopo, onde tomaram trato com os indígenas. Dali, foram ao Rio Umbeluzi, animados sempre na ânsia de comerciar e enriquecer. Depois, vindo do Rio Maputo, desceram para o mar, e deram na Baía que já antes fora visitada e à qual alguns chamaram "da Boa Morte" e António do Campo chamara "da Lagoa" - e daqui a denominação Inglesa "Delagoa Bay" -, na área hoje denominada Baía de Maputo. Pensaram os dois aventureiros estabelecer ali um grande mercado de produtos do interior, e ali se instalaram, dedicando-se, de início, ao resgate do marfim.[1]

Entretanto, era a notícia da descoberta da baía trazida por D. João de Castro ao Rei D. João III de Portugal, e este, em 1546, mandava reconhecer os rios que nela desaguavam e levantar uma Feitoria fortificada na margem direita do rio chamado "do Espírito Santo", depois tornada de importância enorme.[1]

Entretanto, Lourenço Marques assentara ali definitivamente arraiais, e fizera pactos de paz com os indígenas, entregue não só ao negócio do marfim como ao do cobre, segundo o testemunho do mesmo D. João de Castro, que ali os diz em 1545.[1]

As explorações de 1546 foram dirigidas, evidentemente, pelo colono, que ali já estava havia dois anos, e, pouco a pouco, a baía e os territórios adjacentes começaram a ser ditos "de Lourenço Marques". Esta toponímia perdurou, e a povoação ali criada veio a ser a grande cidade deste nome, Lourenço Marques.[1] Por ordem do Rei de Portugal, D. João III, a baía recebeu o nome de Baía de Lourenço Marques, em sua honra.[2] A pequena fortificação construída pelos Portugueses na margem Sul da baía também foi designada com o seu nome, que perdurou até pouco depois da independência do país africano. A 3 de Fevereiro de 1976, o nome oficial foi mudado para Maputo, assim como o da própria Baía.

Sabe-se que, a 11 de Fevereiro de 1557, recebeu o colono, como recompensa, a nomeação para o cargo de Escrivão da Feitoria de Cochim. De António Caldeira nada mais se soube.[1]

Referências

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