Maria Lúcia Alvim

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Maria Lúcia Alvim
Nome completo Maria Lúcia Alvim
Nascimento
Araxá, Minas Gerais
Nacionalidade brasileira
Ocupação Poeta, Artista visual

Maria Lúcia Alvim (Araxá, Minas Gerais, 1932 - 3 de fevereiro de 2021) foi uma poeta e artista visual brasileira.[1]

Vida e obra[editar | editar código-fonte]

Maria Lúcia era filha do escultor Fausto Alvim, e irmã dos também poetas Maria Ângela Alvim (1926-1959) e Francisco Alvim (n. 1938), Maria Lúcia Alvim passou a infância em Araxá e fazendas da família em Minas Gerais.

Mudandou-se na juventude para o Rio de Janeiro, dedicou-se à poesia e pintura, estreando em livro com a obra XX sonetos em 1959. A ela seguiram-se, em 1968, os volumes Coração incólume e Pose. Durante a década de 1970, trabalhou no longo e monumental Romanceiro de Dona Beja (1979), no qual retomou figuras históricas e a paisagem de Araxá, obra discutida por Juliana Veloso Mendes de Freitas em sua dissertação de mestrado "A narrativa histórica na poesia de Maria Lúcia Alvim: Romanceiro de Dona Beja", de 2015.[2]

Em 1980, publicou A rosa malvada. Deixa então o Rio de Janeiro para viver na Fazenda do Pontal, onde escrevou os livros Batendo pasto e Rabo de olho. Em 1989, Augusto Massi, diretor da coleção de poesia contemporânea Claro Enigma, editou toda a obra da poeta entre XX sonetos e A rosa malvada no volume Vivenda: 1959-1989, que, apesar das datas, não incluía poemas escritos após 1980.

Segue-se a essa publicação um longo hiato, no qual Maria Lúcia Alvim deixa a fazenda do Pontal e instalou-se no Hotel São Luiz em Juiz de Fora, Minas Gerais, onde continuou escrevendo e produzindo colagens. O hiato seria interrompido em 2020 com a publicação de Batendo pasto pela Relicário Edições, que iniciou a um projeto de edições de inéditos e reedições sob coordenação de Guilherme Gontijo Flores e Ricardo Domeneck.

Maria Lúcia Alvim morreu em Juiz de Fora, Minas Gerais, em 3 de março de 2021, em decorrência da Covid-19.[3]

Publicações[editar | editar código-fonte]

  • XX sonetos (1959)
  • Coração incólume (Editora Leitura, 1968)
  • Pose (Editora Leitura, 1968)
  • Romanceiro de Dona Beja (Editora Fontana- INL,1979)
  • A rosa malvada (Editora Clarim, 1980)
  • Vivenda: 1959-1989 (Livraria Duas Cidades, 1990)
  • Batendo pasto (Relicário Edições, 2020)

Referências[editar | editar código-fonte]

  1. Freitas, Juliana Veloso Mendes. "Maria Lúcia Alvim e O Romanceiro De Dona Beja." Revista Recorte 14.2 (2017).
  2. Simpson, P. (2017). ARCANOS & EXÍLIO na poesia de Mª L. Alvim e Roberval Pereyr. Revista Légua & Meia, 2(1), 220-228.
  3. «Cinco poemas para lembrar Maria Lúcia Alvim». El País