Ricardo Domeneck

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Ricardo Domeneck
Ricardo Domeneck
Nascimento 1977 (47 anos)
Bebedouro
Nacionalidade Brasil Brasileiro
Cidadania Brasil
Ocupação Escritor e artista visual
Principais trabalhos Ciclo do amante substituível

Ricardo Domeneck (Bebedouro, 1977) é um escritor e artista visual brasileiro, que vive e trabalha em Berlim, Alemanha.

Literatura[editar | editar código-fonte]

Estreou com o livro Carta aos anfíbios (Bem-Te-Vi, 2005). Seu segundo livro, intitulado a cadela sem Logos (2007), integrou a coleção de poesia contemporânea "Ás de Colete", dirigida pelo poeta e editor carioca Carlito Azevedo para uma parceria entre a editora paulistana Cosac Naify e a editora carioca 7Letras, que também lançaria em 2009 o livro Sons: Arranjo: Garganta. Em 2011, publicou a plaquete Cigarros na cama, lançada em conjunto pela Livraria Berinjela e pela revista Modo de Usar & Co.. Seguiram-se as coletâneas de poemas Ciclo do amante substituível (7Letras, 2012), Medir com as próprias mãos a febre (7Ltreas, 2015), Odes a Maximin (Garupa Edições, 2018), Doze cartas (Garupa, 2019) e O morse desse corpo (7Letras, 2020). Estreou em prosa com o livro Manual para melodrama (7Letras, 2016), seguido da coletânea de contos Sob a sombra da aboboreira (7Letras, 2017).

Colaborou com o editor Cide Piquet na edição do volume póstumo de poemas de Hilda Machado, Nuvens (Editora 34, 2018), e com Guilherme Gontijo Flores na edição de um livro inédito de Maria Lúcia Alvim, Batendo pasto (2020), pela Relicário Edições.

Colaborou com revistas impressas e virtuais, como Inimigo Rumor, Cacto, Germina, Asymptote, Green Integer Review e Words Without Borders. Seus poemas foram incluídos em antologias de poesia contemporânea brasileira na Argentina, Estados Unidos, Eslovênia, Espanha e Alemanha. Foi coeditor, com Marília Garcia, Angélica Freitas e Fabiano Calixto, da revista de poesia Modo de Usar & Co., e das extintas revistas eletrônicas Hilda e Cabaret Wittgenstein. Vive desde 2002 em Berlim, na Alemanha.

Vídeo e poesia sonora[editar | editar código-fonte]

A partir da apresentação de um vídeo intitulado "Garganta com texto" na TV Cultura em dezembro de 2006, seu trabalho passou a utilizar um vocabulário multidisciplinar, movendo-se entre escrita, videoarte e performance. Fez parte de um grupo de pesquisa corporal das técnicas coligidas e sistematizadas pelo coreógrafo mineiro Klauss Vianna, uma influência sobre seu trabalho poético.

É curador e organizador de eventos na capital alemã, co-fundador do coletivo Gully Havoc, promovendo apresentações de outros artistas, como a japonesa Hanayo, os americanos Kevin Blechdom e Mount Sims, os alemães Wolfgang Müller, Apparat e T.Raumschmiere, a belga Barbara Panther, os islandeses do Hellvar, ou o cineasta canadense Bruce LaBruce. O coletivo é responsável por selos musicais que lançaram, entre outros, o álbum L.I.C.K. My Favela, do duo Tetine, e gravações do alemão Nelson Bell e do austríaco Oskar J. Mayböck.

Reconhecimento acadêmico[editar | editar código-fonte]

A obra de Ricardo Domeneck foi objeto de uma dissertação de Mestrado da pesquisadora Bárbara Peixoto, da UFU.[1] Desde a década de 2010, foram publicados artigos acadêmicos a respeito da relação de Domeneck com o lirismo,[2] o erotismo e a política,[3] e o modernismo no Brasil.[4]

Publicações[editar | editar código-fonte]

  • Carta aos anfíbios (Editora Bem-Te-Vi, 2005)
  • a cadela sem Logos (Cosac Naify/7Letras, 2007)
  • Sons: Arranjo: Garganta (Cosac Naify/7Letras, 2009)
  • Cigarros na cama (Berinjela/Modo de Usar & Co., 2011)
  • Ciclo do amante substituível (7Letras, 2012)
  • Medir com as próprias mãos a febre (7Letras, 2015)
  • Manual para melodrama (7Letras, 2016)
  • Sob a sombra da aboboreira, contos (7Letras, 2017)
  • Odes a Maximin (Garupa Edições, 2018)
  • Doze Cartas (Garupa Edições, 2019)
  • O morse desse corpo (7Letras, 2020)

Ligações externas[editar | editar código-fonte]

Bibliografia[editar | editar código-fonte]

  • "Corpo se conhecendo,“o teso súbito” lugar de fala, de escuta: corpoema em hilda hilst e ricardo domeneck." da silva, sandro adriano.
  • "O acaso na lírica de ricardo domeneck: forças do alheio, figurações do não alheio." casa: cadernos de semiótica aplicada 9.2 (2011). cintra, elaine.
  • "Correio em seco: ricardo domeneck e a poesia de carta aos anfíbios". germina: revista de literatura e arte, são paulo, 2006. fernandes, pádua.
  • "Espectros sonoros: voz, cuerpo y democracia en ricardo domeneck." estudos de literatura brasileira contemporânea 52 (2017). pinheiro, tiago guilherme.
  • "O poeta em deslocamento. apresentando ricardo domeneck." de macedo, samuel ramos, and ana cristina rezende de chiara.
  • "A “experiência irrespirável”: memória e esquecimento em ricardo domeneck. estudos de literatura brasileira contemporânea, (37).
  • "A poética do ruído em ricardo domeneck: intertexto, performance e mídias."
  • "Ricardo Domeneck e a reivindicação do lirismo. revista do sell, 8(2), 441-456. da sincronia, à. p. a poesia mídiaval na crítica de ricardo domeneck."

Referências

  1. Peixoto, Bárbara P. B. B. (2013). A poética do ruído em Ricardo Domeneck: intertexto, performance e mídias (PDF) (Tese de Mestrado). Uberlândia: Universidade Federal de Uberlândia. 132 páginas 
  2. Pessoa, Nicollas R. M. (18 de dezembro de 2019). «Ricardo Domeneck e a reivindicação do lirismo». UFTM. Revista Do Sell. 8 (2): 441-456. Consultado em 21 de julho de 2023 
  3. Ribeiro, Gustavo S. (2020). «Lamber o mundo com a própria língua erótica e política em Ricardo Domeneck». UFPE. Eutomia. 1 (26): 45-58. Consultado em 21 de julho de 2023 
  4. Ferreira, Luís H. G.; Costa, Luana S. F. (10 de janeiro de 2022). «Retrato da poesia contemporânea de Ricardo Domeneck quando em deslocamento com o modernismo». PUC Minas. Scripta. 25 (55): 381-405. Consultado em 21 de julho de 2023