Mitigação das mudanças climáticas

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Emissões globais de gases estufa dos principais setores econômicos

A mitigação das mudanças climáticas se dá com ações que limitem a magnitude ou o ritmo do aquecimento global e suas consequências. A mitigação das mudanças climáticas geralmente envolve a redução na emissão de gases do efeito estufa geradas por humanos. Políticas como o reflorestamento e a preservação ambiental de florestas existentes podem diminuir os riscos associados às causas do aquecimento global.

De acordo com o relatório do IPCC de 2014, "[…] A mitigação eficaz das alterações climáticas não será alcançada se cada agente (indivíduo, instituição ou país) agir independentemente no seu próprio interesse egoísta, sugerindo a necessidade de ação coletiva. Algumas ações de adaptação, por outro lado, têm características de um bem privado, pois os benefícios das ações podem reverter mais diretamente para os indivíduos, regiões ou países que as realizam, pelo menos no curto prazo. No entanto, o financiamento dessas atividades adaptativas continua a ser um problema, particularmente para os indivíduos e países mais pobres."[1][2]

O relatório Aquecimento global de 1,5 ºC, do Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas, calcula os impactos do aquecimento global em 1,5º Celsius, conforme estabelecido no acordo de Paris em 2015.[3]

Por setor da economia[editar | editar código-fonte]

Indústrias[editar | editar código-fonte]

A captura do carbono e o uso de fontes de energia renováveis podem diminuir os impactos das indústrias, como a indústria petroleira[4]. Outras opções de mitigação podem criar benefícios secundários, como maior competitividade causada pela redução de custos, novas oportunidades de negócios, compliance com o meio ambiente, redução do lixo, maior qualidade de vida.[1][2]

A produção de ferro, aço e cimento contribuem para as emissões de gás carbono, e apenas a redução da demanda desses produtos pode diminuir os impactos da indústria no aquecimento global.[1][2]

Transportes[editar | editar código-fonte]

Será necessário diminuir o tempo de viagem até o destino, e os diferentes modais devem ser adaptados para emitir pouco ou nenhum gás carbono, substituindo os poluentes carros movido a gasolina e diesel por veículos elétricos, com a eletricidade vinda de fontes de energia limpas.[5]

Energia elétrica[editar | editar código-fonte]

Consumo de energia elétrica no mundo

A produção de energia elétrica é a maior responsável pelas emissões de gás carbono na atmosfera. Mesmo com o acordo de Kyoto, as emissões de gás carbono aceleraram 1,7% entre os anos 2000 e anos 2010, se comparado com a década passada. Ao invés de fontes de combustíveis fósseis como o petróleo e o carvão, pode-se desenvolver usinas hidroelétricas e usinas nucleares, que são as principais fontes de energia de baixo impacto. Fontes de energia eólica e energia solar também tem se tornado mais baratas.[6]Apesar disso, há obstáculos para aumentar a produção de energia renovável, como o barulho produzido pelas turbinas de energia eólica[7], espaço necessário para a construção de usinas de energia solar[8], e os riscos associados às usinas nucleares.

Construção[editar | editar código-fonte]

A instalação de painéis solares em novas construções de casas e prédios possui o benefício de diminuir a demanda por energia elétrica. Além disso, diminui os custos do transporte de energia, maior disponibilidade de energia elétrica, saúde, ganho de produtividade e de novos empregos, e a valorização do imóvel.[2]

Agricultura e uso de terras[editar | editar código-fonte]

Uma das barreiras para a diminuição das emissões de gás carbono causadas pela agricultura é a dificuldade do acesso e a difusão das tecnologias e do financiamento que são necessárias para o desenvolvimento sustentável.[9]

Referências

  1. a b c Social, Economic, and Ethical Concepts and Methods (PDF) (em inglês). [S.l.: s.n.] 2014. Consultado em 17 de setembro de 2019 
  2. a b c d «Relatório da ONU vê ações contra mudança climática como insuficientes». G1. 13 de abril de 2019. Consultado em 15 de setembro de 2019 
  3. «Novo relatório do IPCC sobre aquecimento de 1,5°C pede mais esforços para ação climática | WWF Brasil». www.wwf.org.br. Consultado em 16 de setembro de 2019 
  4. Jr, John H. Cushman (26 de abril de 1998). «Industrial Group Plans to Battle Climate Treaty». The New York Times (em inglês). ISSN 0362-4331 
  5. Dias, Reinaldo (10 de dezembro de 2018). «A sustentabilidade do carro elétrico». Pensamento Verde. Consultado em 2 de dezembro de 2019 
  6. Fares, Robert. «Wind Energy Is One of the Cheapest Sources of Electricity, and It's Getting Cheaper». Scientific American Blog Network (em inglês). Consultado em 20 de setembro de 2019 
  7. Lantz, E.; Hand, M.; Wiser, R. (1 de agosto de 2012). «Past and Future Cost of Wind Energy: Preprint» (em English) 
  8. Zilles, R.; Xu, H.; Tamaura, Y.; Stein, W. H.; Meleshko, V.; Konseibo, C.; Kondo, M.; Jäger‐Waldau, A.; Hollands, T. (2011). «Direct solar energy» (em inglês) 
  9. «Agriculture, Forestry and Other Land Use (AFOLU)» (pdf). IPCC Working group 3. 2014. Consultado em 2 de dezembro de 2019 

Ligações externas[editar | editar código-fonte]