Monstro do Cerrado
Wellington Ribeiro da Silva | |
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Nome | Wellington Ribeiro da Silva |
Pseudônimo(s) | "Maior estuprador em série de Goiás" e "Monstro do Cerrado" |
Local de nascimento | Mato Grosso, Brasil |
Nacionalidade(s) | Brasileiro |
Crime(s) | 33 acusações de estupro |
Pena | 150 anos (+) |
Situação | Cumprindo pena em Aparecida de Goiânia |
Assassinatos | |
Período em atividade | 2008 – 2019 |
Localização | Goiás |
Wellington Ribeiro da Silva (Mato Grosso) é um estuprador em série brasileiro considerado o maior estuprador em série de Goiás e um dos um dos maiores estupradores em série do Brasil. Ele foi indiciado por 33 estupros e já foi condenado por onze (11) deles, atualmente cumprindo penas que somam mais de 150 anos no presídio da cidade de Aparecida de Goiânia.[1][2][3]
Entre os casos está o estupro de uma mulher e a filha dela, de apenas cinco meses, em 2011, no Jardim Ipanema, em Goiânia. Segundo a Polícia Civil de Goiás, ele estuprou e fez sexo oral na criança.[2][4]
O caso corre em Segredo de Justiça.[1]
Os crimes[editar | editar código-fonte]
Segundo o G1, aos 22 anos Wellington já chefiava uma organização criminosa que cometia assaltos e homicídios. Sua vida como estuprador em série começou em dezembro 2008 e ele chegou a ser preso e enviado para o Mato Grosso devido ao estupro de E. e sua filha, porém fugiu da prisão em 2013 e voltou para Goiás.[2][1]
Entre seus crimes estão os estupros de mães e filhas por duas vezes e o assassinato de sua ex-mulher e dois filhos desta, em 2018, crime pelo qual tinha sido condenado a 57 anos de prisão. Ele também abusou de uma menina de 12 anos que voltava da igreja. "Ele despreza a mulher, a considera um ser inferior", disse o delegado Carlos Leveger.[2][3]
Os crimes eram cometidos principalmente em Aparecida de Goiânia, mas também há registros de casos em Goiânia, Bela Vista de Goiás, Abadia de Goiás e Hidrolândia.[2][5]
Modus Operandi[editar | editar código-fonte]
De moto e capacete, Wellington agia sempre durante a noite ou madrugada, quando abordava as mulheres usando uma arma, pegava seus pertences e as obrigava a subir no veículo. Depois as levava para um lugar afastado, onde as estuprava.[2][5][3]
O uso do capacete e a abordagem quando havia pouca luz eram estratégias para dificultar sua identificação. Além disto, ele costumava filmar as vítimas após o crime para que elas não o denunciassem.[2][5][4]
Investigações[editar | editar código-fonte]
A busca pelo estuprador começou após a Polícia Técnico-Científica encontrar o mesmo perfil genético de um homem em nove vítimas de estupro entre os anos de 2015 e 2019. Avisada, a Polícia Civil lançou em agosto de 2019 a Operação Impius, uma força-tarefa que contou com participação de 40 pessoas e durou 45 dias.[2][6]
A operação - a palavra em latim Impius significa perverso - foi indicada e escolhida entre os top 17 no concurso internacional DNA Hit of the Year de 2020, que avalia investigações criminais em que a análise do DNA foi essencial para esclarecer os casos.[7][1][8][4]
Além do uso da tecnologia de DNA, "a investigação foi feita com trabalho de inteligência, coleta de declarações das vítimas e análise do modus operandi do autor", reportou a Polícia Civil de Goiás em seu portal.[4]
Prisão, julgamento e pena[editar | editar código-fonte]
Wellington foi preso no dia 12 de setembro de 2019, aos 52 anos de idade, em Aparecida de Goiânia, com uma moto roubada e portando uma identidade falsa. Na época, assumiu a culpa por seis estupros, no entanto testes de DNA já o ligavam a 22 casos e a polícia suspeitava que os crimes pudessem chegar a 47. Dias depois, outras cinco mulheres o denunciaram e ele passou a ser investigado por possíveis 52 estupros.[2][5][3]
Suas primeiras condenações foram em setembro de 2020, quando foi condenado a nove anos por um crime cometido em 2016, e em março de 2021, quando foi condenado a oito anos de prisão por um estupro praticado em 2019. Ambos os casos ocorreram em Aparecida de Goiânia.[9][10]
Quando foi preso, uma avaliação psicológica feita pela polícia apontou que Wellington que era uma pessoa fria, mas que tinha plena consciência da gravidade de seus atos.[1]
Ver também[editar | editar código-fonte]
Referências
- ↑ a b c d e «Condenações de estuprador em série já somam 150 anos de prisão por crimes em Aparecida de Goiânia». G1. Consultado em 2 de março de 2022
- ↑ a b c d e f g h i «Homem considerado o maior estuprador em série de Goiás é preso suspeito de 47 abusos». G1. Consultado em 2 de março de 2022
- ↑ a b c d «Suspeito de cometer mais de 40 estupros é preso em Goiás». R7.com. 20 de setembro de 2019. Consultado em 2 de março de 2022
- ↑ a b c d Freire, Thiago Coelho de Almeida. «Operação Impius: Polícia Civil prende o maior estuprador em série de Goiás | Policia Civil do Estado de Goiás». Consultado em 2 de março de 2022
- ↑ a b c d «Casos investigados contra maior estuprador em série de Goiás sobem para 52, diz polícia». G1. Consultado em 2 de março de 2022
- ↑ «O monstro do cerrado: quem é o homem suspeito de 54 estupros em Goiás». VEJA. Consultado em 2 de março de 2022
- ↑ «Top 17 Cases» (PDF). DNA Hit of the Year. 24 de julho de 2020. Consultado em 9 de novembro de 2023
- ↑ «Identificação do maior estuprador em série de Goiás está entre as investigações mais importantes do mundo». G1. Consultado em 2 de março de 2022
- ↑ «Homem considerado maior estuprador em série de Goiás é condenado a 9 anos de prisão por um dos casos, diz MP». G1. Consultado em 2 de março de 2022
- ↑ «Considerado maior estuprador em série de Goiás é condenado a mais 8 anos de prisão por estuprar mulher em lote baldio, diz MP». G1. Consultado em 2 de março de 2022