Mulheres na política

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Mulheres se manifestando nos Estados Unidos em prol do sufrágio universal feminino.

Mulheres na política têm sido historicamente sub-representadas nas sociedades ocidentais em comparação com os homens. Muitas mulheres, no entanto, têm sido eleitas politicamente para ser chefes de Estado e de governo. Exemplos de proeminentes líderes de potências mundiais do sexo feminino podem ser Margaret Thatcher, ex-primeira-ministra do Reino Unido, Dilma Rousseff, ex-presidente do Brasil, Indira Gandhi, ex-primeira-ministra da Índia, Golda Meir, ex-primeira-ministra de Israel, Angela Merkel, ex-chanceler da Alemanha, Jiang Qing, ex-primeira-dama da China, Jacinda Ardern, primeira- ministra da Nova Zelândia, Eva Perón, ex-primeira-dama da Argentina, Cristina Kirchner, vice-presidente da Argentina, Eleanor Roosevelt, ex-primeira-dama dos Estados Unidos, Hillary Clinton, ex-secretária de Estado dos Estados Unidos, Michelle Bachelet, ex-presidente do Chile, entre outras.

Participação por país[editar | editar código-fonte]

Foi na República de Tuva, em 1940, que uma mulher foi pela primeira vez presidente da república de um país na época moderna, a presidente Khertek Anchimaa-Toka, falecida em 2008 aos 96 anos. Já no cargo de Primeira-Ministra a primeira a ocupá-lo foi Sirimavo Bandaranaike (1916-2000) no Sri Lanka de 1960 a 1965 e em mais duas ocasiões de 1970 a 1977 e de 1994 a 2000.

No Brasil[editar | editar código-fonte]

A primeira mulher Chefe de Estado na História do Brasil, foi D. Maria I, Rainha Reinante do Reino Unido de Portugal, Brasil e Algarves (1815-1822).

A segunda mulher Chefe de Estado na história do Brasil foi D. Leopoldina que atuou como Regente em 1822, grande foi sua influência no processo de Independência do Brasil.

A terceira mulher Chefe de Estado na história do Brasil foi D. Isabel que foi Regente do Brasil em vários períodos (1870-1871, 1876-1877 e 1887-1888) durante o período em que ela regeu o Brasil ela sancionou em 13 de maio de 1888 a Lei Áurea (Lei Imperial n.º 3.353) foi a lei que extinguiu a escravidão no Brasil, considerada um grande marco na História do Brasil, e que a eternizou como a Redentora.

Durante grande parte da História do Brasil República, as mulheres foram excluídas de qualquer participação na política, pois a elas eram negados os principais direitos políticos como, por exemplo, votar e ser votado. Somente em 1932, durante o governo de Getúlio Vargas, as mulheres conquistaram o direito de voto e puderam se candidatar a cargos políticos.

Principais participações das mulheres na política brasileira[editar | editar código-fonte]

Diploma de Vereadora de Nilda Iris Vaz Borges, expedido pela zona eleitoral de Patos de Minas no ano de 1912[1]
  • Em 1929, Alzira Soriano conquistou 60% dos votos e em 1º de janeiro do ano seguinte foi empossada prefeita de Lajes, no Rio Grande do Norte.[2] Foi a primeira mulher da América Latina a assumir o governo de uma cidade.
  • A ata geral emitida pela 13.ª junta apuradora do Tribunal Eleitoral de Quixeramobim prova a conquista de[3] Quixeramobim. Aos 12 de outubro de 1958 a 13.ª junta apuradora da Justiça Eleitoral da comarca de Quixeramobim declarava encerrada a apuração dos votos para o cargo majoritário no município sertanejo situado a 206 quilômetros de Fortaleza. O extrato da ata geral anunciava Aldamira Guedes Fernandes vencedora do pleito para o Poder Executivo local. Com maioria absoluta de votos, exatos 59%, comemorava a conquista, sendo empossada aos 25 de março do ano seguinte. No Brasil, pela primeira vez, uma mulher assumia o cargo por meio do voto livre.


Daquela época, a pioneira no cenário político nacional recorda que não existiam comícios, não se distribuíam bonés e nem blusas dos candidatos; não havia carros de som fazendo propagandas pelas ruas, cartazes e nem outdoors. Ela explica que só existiam duas amplificadoras de som na cidade. Uma delas, a da Paróquia de Santo Antônio e a outra, do radialista Fenelon Câmara. "A gente tinha que conquistar o eleitor era na visita, na conversa, mostrando nossas propostas de trabalho. Era comum a gente pedir o voto às comadres e compadres, assegurando por conta disso, uma boa margem de votos", diz ela.

1º Congresso Feminino do Brasil, 1922. Arquivo Nacional

Ela é a 4.ª Chefe de Estado da história do Brasil.

  • Em 31 de outubro de 2010, Dilma Rousseff (PT) venceu as eleições presidenciais no segundo turno, tornando-se a primeira mulher a ser eleita presidente da República Federativa do Brasil.

Ela é a 5.ª Chefe de Estado da história do Brasil.

  • A presidente do STF, ministra Cármen Lúcia assumiu a presidência da República interinamente por diversas vezes durante as viagens do ex-presidente Michel Temer.

Ela foi a 6° mulher a ocupar a chefia de Estado do Brasil.

Em organizações internacionais[editar | editar código-fonte]

Ainda não houve uma mulher Secretário Geral das Nações Unidas. A tanzaniana Asha-Rose Migiro foi nomeada em 2007 para ocupar o cargo de Vice Secretária-geral das Nações Unidas.

Ver também[editar | editar código-fonte]

Referências

  1. Museu do Voto - TSE. Tribunal Superior Eleitoral. Acesso em de janeiro de 2015
  2. Alzira Soriano abriu espaço feminino na politica brasileira
  3. «Primeira prefeita do Brasil - Regional - Diário do Nordeste». Diário do Nordeste. Consultado em 27 de dezembro de 2016 
  4. a b c Direito de voto feminino completa 76 anos no Brasil; saiba mais sobre essa conquista Folha.com. (Fevereiro, 2008).
  5. Alzira Soriano e a Emancipação Política da Mulher Brasileira [1]. Prefeitura de Lages. Acesso em 8 de janeiro de 2015.
  6. ABC, Portal do ABC do. «São Bernardo do Campo ‹ Conheça a história de São Bernardo do Campo». www.abcdoabc.com.br. Consultado em 2 de março de 2018 
  7. «Biografia de Princesa Isabel». eBiografia. Consultado em 16 de novembro de 2019 
  8. Princesa Isabel: a primeira senadora do Brasil, consultado em 16 de novembro de 2019 

Bibliografia[editar | editar código-fonte]

  • Eileen McDonagh (2009), The Motherless State: Women's Political Leadership and American Democracy, University of Chicago Press ISBN 9780226514550
  • Helene Silverberg (1998), "A Government of Men: Gender, the City, and the New Science of Politics," in Silverberg (ed.), Gender and American Social Science: the formative years (Princeton, NJ: Princeton University Press).
  • PANKE, Luciana. Campanhas eleitorais para mulheres: desafios e tendências. Curitiba: Editora UFPR, 2016. ISBN 9788584800902

Ligações externas[editar | editar código-fonte]