Nína Tryggvadóttir

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Nína Tryggvadóttir
Nome completo Jónína Tryggvadóttir
Nascimento 16 de março de 1913
Seydisfjördur, Islândia Dinamarquesa
Morte 18 de junho de 1968 (55 anos)
Nova Iorque, Estados Unidos
Nacionalidade islanda
Área Pintura
Formação Royal Danish Academy of Fine Arts
Movimento(s) Expressionismo

Nína Tryggvadóttir (nascida Jónína Tryggvadóttir; Seydisfjördur, 16 de março de 1913Nova Iorque, 18 de junho de 1968) foi uma pintora expressionista islandesa.

Nína foi uma das expressionistas mais importantes da Islândia e uma das poucas mulheres artistas em seu país e de sua geração.

Biografia[editar | editar código-fonte]

Nína nasceu em 1913 na pequena cidade de Seydisfjördur, no leste da Islândia. Em 1920, a família se mudou para a capital, Reykjavik. Começou seus estudos de artes com Ásgrímur Jónsson, um parente próximo da família de seu pai. Entre 1033 e 1935 Nína também teve aulas com Finnur Jónsson e Jóhann Briem. Em 1935, mudou-se para Copenhague, ingressando no curso de Artes da Royal Danish Academy of Fine Arts. Depois de se formar em 1939, Nína viajou para Paris para completar seus estudos.[1][2]

Carreira[editar | editar código-fonte]

Junto de sua colega e também pintora Louisa Matthíasdóttir, Nína se mudou para a cidade de Nova Iorque para estudar na Liga de estudantes de Arte de Nova York. Ambas se tornaram bastante ativas no cenário artístico da cidade na época. Em 1949, Nína se casou com o médico e pintor Alfred L. Copley. Algum tempo depois, Nína visitou seu país brevemente, mas prestes a retornar aos Estados Unidos foi avisada de que estava proibida de pisar no país por suspeita de ser uma simpatizante comunista.[1][3]

Pintura de Nína na Catedral de Skálholt

Em seu exílio forçado, Nína morou em vários lugares da Europa. Copley se juntou a ela em Paris, onde eles moraram por alguns anos com a filha do casal, Una Dóra Copley, nascida em 1951. Nestes anos de exílio, Nína pintou bastante, tendo exposto seus trabalhos em várias galerias e feiras pela Europa. O casal só retornaria a Nova Iorque em 1959, onde Nína continuou a pintar. Nos círculos artísticos da Islândia, seu trabalho começou a se tornar bastante conhecido e elogiado.[4]

Nína trabalhava com telas e pinturas a óleo, mas também trabalhava com colagem, mosaicos e vidraria, inspirando-se nas paisagens naturais da Islândia e da cultura nórdica.[1]

Morte e legado[editar | editar código-fonte]

Nína morreu em 18 de junho de 1968, na cidade de Nova Iorque, aos 55 anos.[1]

Em outubro de 2021, o prefeito de Reykjavík, Dagur B. Eggertsson, e a filha de Nína, Una Dóra Copley, assinaram um acordo para criar o Museu de Arte Nína Tryggvadóttir na capital. Será o primeiro museu de arte dedicado inteiramente à uma artista em Reykjavík. Um concurso foi aberto para projetos e novas ideias que reformem o prédio do museu Hafnarhús de maneira a abrigar o novo museu.[5]

Homenagem[editar | editar código-fonte]

No planeta Mercúrio, próximo ao seu polo norte, fica a cratera Tryggvadóttir, nomeada em 2012 em homenagem à artista.[6][7]

Referências

  1. a b c d «Nina Tryggvadottir». David Richard Gallery. Consultado em 19 de março de 2022 
  2. Perl, Jed (1999). Louisa Matthiasdottir. [S.l.]: Hudson Hills. p. 36. ISBN 978-9979919483 
  3. Irma Erlingsdóttir (ed.). «Nína Tryggvadóttir». Aware Women Artists. Consultado em 19 de março de 2022 
  4. Salvesen, Magda; Cousineau, Diane (2005). Artists' Estates: Reputations in Trust. [S.l.]: Rutgers University Press. p. 356. ISBN 0-8135-3604-9 
  5. Ragnar Tómas (ed.). «Nína Tryggvadóttir Museum Founded After Generous Donation». Iceland Review. Consultado em 19 de março de 2022 
  6. «North Pole Tidings». Messenger. Consultado em 19 de março de 2022 
  7. Jason Major, ed. (14 de agosto de 2012). «"The Hobbit" Author Gets a Crater on Mercury». Universe Today. Consultado em 19 de março de 2022