Operação Cui Bono?

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Operação Cui Bono? é uma operação brasileira deflagrada pela Polícia Federal em 13 de janeiro de 2017. É um desdobramento da Operação Catilinárias.[1] A expressão em latim que significa "a quem interessa"?[2]

A PF realizou buscas e apreensões em endereços residenciais e comerciais no Distrito Federal, Bahia, Paraná e São Paulo na Operação Cui Bono. Segundo nota da PF, as sete medidas de busca e apreensão foram determinadas pelo Juiz da 10ª Vara da Justiça Federal no Distrito Federal para investigar um esquema de fraudes na liberação de créditos junto à Caixa Econômica Federal (CEF) que teria ocorrido pelo menos entre 2011 e 2013.[1]

Antecedentes[editar | editar código-fonte]

A "Cui Bono?" é um desdobramento da Operação Catilinárias, de dezembro de 2015, na qual foi encontrado um celular na casa de Eduardo Cunha que registrava, entre outros, trocas de mensagens entre o ex-deputado e Geddel Quadros Vieira Lima. Geddel foi vice-presidente de Pessoa Jurídica da CEF entre 2011 e 2013, período investigado pela PF. Segundo o Ministério Público Geddel, Eduardo Cunha e Lúcio Funaro desviaram de forma reiterada recursos públicos a fim de beneficiarem a si mesmos, por meio do recebimento de vantagens ilícitas, e a empresas e empresários brasileiros, por meio da liberação de créditos e/ou investimentos autorizados pela Caixa em favor desses particulares.[2]

Investigados[editar | editar código-fonte]

De acordo com o MPF, além de Eduardo Cunha, Geddel Vieira Lila e Lúcio Funaro, são ainda investigados na operação Fábio Cleto (vice-presidente dos fundos de pensão da Caixa), Marcos Roberto Vasconcelos (então vice-presidente de Gestão de Ativos e Terceiros da Caixa), José Henrique Marques da Cruz e Marcos Antônio Molina dos Santos (fundador da Marfrig), este último suspeito de ter se beneficiado do esquema.[3]

Ainda de acordo com as investigações, a JBS e o Grupo Bertin se beneficiaram do esquema criminoso para obter recursos junto à Caixa. O Grupo Bertin foi adquirido pelo frigorífico JBS em 2009 e seu negócios foram incorporados à empresa.[3]

Ver também[editar | editar código-fonte]

Referências

  1. a b Fausto Macedo (13 de janeiro de 2017). «Operação Cui Bono?, da PF, mira Geddel e corrupção na Caixa». Estadão. Consultado em 15 de janeiro de 2017 
  2. a b «Operação Cui Bono: O que se sabe até agora». VEJA. Abril. 15 de janeiro de 2017. Consultado em 15 de janeiro de 2017 
  3. a b Lucas Salomão. «Esquema na Caixa envolvia políticos, funcionários e empresas; veja quem são». G1. Globo.com. Consultado em 15 de janeiro de 2017