Parada Cimenrita

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Cimenrita
Parada Cimenrita
Ruínas da Parada Cimenrita, desativada desde 2010.
Uso antigo Parada de trens metropolitanos
Proprietário Governo do Estado de São Paulo
Administração Estrada de Ferro Sorocabana (1958–1971)
FEPASA (1971–1996)
CPTM (1996–2010)
Linhas Linha Tronco
(EFS, 1959–1971)
Linha Oeste da Fepasa
(FEPASA, 1971–1996)
Ramais Extensão Operacional da Linha B–Cinza
(CPTM, 1996–2008)
Extensão Operacional da Linha 8–Diamante
(CPTM, 2008–2010)
Código SP-1147
Sigla CMR
Posição Superfície
Níveis 1
Plataformas Laterais (2)
Vias Duas
Serviços Centro de Informações
Site Linhas da CPTM
Informações históricas
Nomes antigos Parada do Km 40
Desvio Cimenrita
Inauguração Meados de 1958 (66 anos)
Fechamento 30 de abril de 2010 (14 anos)
Localização
Coordenadas Parada Cimenrita
Localização Rua Leda Pantalena Guido, 2055
Município Itapevi
País  Brasil

A Parada Cimenrita foi parte da extensão operacional da Linha 8–Diamante da CPTM, localizada no município de Itapevi.[1]

História[editar | editar código-fonte]

Após a Pedreira Santa Rita ter sido adquirida no início dos anos 1950 pelo grupo italiano Calci e Cementi di Segni, a nova proprietária investiu na construção de uma fábrica de cimento entre 1954-56. Para realizar a obra, a empresa italiana solicitou ao governo do estado de São Paulo a construção de um desvio no quilômetro 40 da Linha Tronco da Sorocabana. Por volta dessa época surgiu um apeadeiro diante da fábrica, batizado de Parada Quilômetro 40. A fábrica de cimento foi inaugurada em 1958, sendo batizada Cimento Santa Rita S/A, com seu endereço telegráfico chamado "Cimenrita".[2][3] Na década de 1960, o nome Cimenrita passou a designar a região do entorno da fábrica e a parada.[4][5]

Apesar do crescimento da fábrica, a Parada Cimenrita continuou com instalações precárias, sendo constituída de um simples apeadeiro de madeira, com menos de 10 metros de comprimento, sem cobertura ou qualquer outra infraestrutura. Em 1984, já sob gestão da Fepasa, sua situação era precária:

"...Cimenrita é apenas uma plataforma de madeira podre, com grandes buracos, sem proteção para sol, chuva ou vento. Ali não há nem bilheteiro, nem chefe de estação, nem nada. É menos que um ponto de ônibus da periferia de São Paulo..."
— Trecho de matéria do repórter Paulo Sérgio Scarpa publicada no jornal Folha de S. Paulo, 9 de janeiro de 1984 [6]

Dentro do plano de modernização dos subúrbios, a Fepasa contratou obras de revitalização da parada, sendo reinaugurada em 21 de junho de 1985. Apesar da reforma, a Fábrica Cimenrita foi adquirida em 1991 pelo Grupo Votorantim e desativada. Com a desativação, o número de passageiros da parada entrou em declínio. Em 19 de junho de 2009 o esqueleto da fábrica foi implodido, obrigando o fechamento da ferrovia por algumas horas.[5] Em 30 de abril de 2010, a Parada Cimenrita foi desativada pela CPTM para a realização de obras de modernização da extensão operacional ItapeviAmador Bueno. Apesar da extensão ter sido reinaugurada em 2014, a Parada Cimenrita foi demolida por falta de demanda.[7]

Em janeiro de 2020, o governo de João Doria anunciou que a empresa vencedora da concessão da Linha 8, cuja licitação será publicada em agosto, reconstruirá com recursos de acessibilidade a Estação Ambuitá.[8] A Prefeitura de Itapevi tenta adicionar à concessão a Estação Cimenrita, ausente da minuta do edital.[9] Com o anúncio, as obras de revitalização do entorno, como asfaltamento das principais vias, implantação de corredores de ônibus e a duplicação da Rodovia Engenheiro Renê Benedito da Silva, onde há o acesso à antiga parada, foram intensificadas pela prefeitura de Itapevi.[10]

Tabelas[editar | editar código-fonte]

Sigla Estação Inauguração Plataformas Posição Notas
CMR Cimenrita 1959 Laterais Superfície Desativada e demolida

Precedido por
Ambuitá
(desativada)
Linha 8–Diamante da CPTM
Cimenrita
Desativada
Sucedido por
Santa Rita

Referências

  1. Assessoria de imprensa da CPTM (14 de junho de 2006). «CPTM: Paradas da extensão da Linha B completam 21 anos». Portal do Governo do Estado de São Paulo. Consultado em 28 de janeiro de 2020 
  2. Cimento Santa Rita S/A (9 de setembro de 1958). «Anúncio publicitário em homenagem a visita do presidente italiano Giovanni Gronchi ao Brasil». Correio da Manhã, ano LVIII, edição 20078, 3º Caderno, página 16/ republicado pela Biblioteca Nacional-Hemeroteca Digital Brasileira 
  3. «Cimento Santa Rita S/A» (PDF). Diário Oficial do Estado de São Paulo. 31 de julho de 1958. Consultado em 28 de janeiro de 2020 
  4. Henrique Caruso Almeida (fevereiro de 2006). «Patrimônio industrial e memória. A formação da cidade de Itapevi SP a partir da contribuição da Santa Rita S.A.». Vitruvius, ano 06, edição 069.07, ISSN 1809-6298. Consultado em 28 de janeiro de 2020 
  5. a b Ralph Mennucci Giesbrecht. «Cimenrita». Estações ferroviárias do Brasil. Consultado em 28 de janeiro de 2020 
  6. Paulo Sérgio Scarpa (9 de janeiro de 1984). «Fepasa aplica experiência do Metrô para melhorar serviços: Da Júlio Prestes a Amador Bueno, viagem de aventura e cansaço». Folha de S.Paulo, Ano 63, edição 20004, página 13. Consultado em 28 de janeiro de 2020 
  7. «Alckmin entrega estações Amador Bueno e Santa Rita e anuncia operação dos trens das 4h à meia-noite». Portal do Governo do Estado de São Paulo. 23 de abril de 2014. Consultado em 28 de janeiro de 2020 
  8. Bazani, Adamo; Moreira, Willian (23 de julho de 2020). «Concorrência para concessão das linhas 8 e 9 da CPTM deve ser lançada na primeira quinzena de agosto». Diário do Transporte. Consultado em 27 de julho de 2020 
  9. «Prefeitura inicia construção da nova passarela da CPTM». Agência Itapevi de Notícias. 30 de janeiro de 2020. Consultado em 27 de julho de 2020 
  10. «Prefeitura de Itapevi inicia pavimentação de estradas no Monte Serrat». Agência Itapevi de Notícias. 6 de março de 2020. Consultado em 27 de julho de 2020 

Ligações externas[editar | editar código-fonte]