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O Tenente-General Omar Hassan Ahmad Al-Bashir (em árabe: عمر حسن أحمد البشير; nascido em 1 de janeiro de 1944) é o presidente do Sudão e o chefe do Congresso Nacional do Partido. Ele chegou ao poder em 1989, quando, como um brigadeiro do exército sudanês, conduziu um grupo de oficiais em um golpe militar que derrubou o governo do primeiro-ministro Sadiq al-Mahdi.

Em outubro de 2004, o governo de al-Bashir negociou o fim da Segunda Guerra Civil Sudanesa, uma das guerras mais antigas e mais mortíferas do século XX, através da concessão de autonomia limitada para o Sudão do Sul dominado pelo Exército Popular de Libertação do Sudão (SPLA). Desde então, porém, houve um violento conflito em Darfur que resultou em índices de mortes entre 200.000 e 400.000. Durante a sua presidência, houve várias lutas violentas entre as milícias Janjaweed e os grupos rebeldes como o Exército de Libertação do Sudão (SLA) e o Movimento pela Justiça e Igualdade (JEM), na forma de guerrilha na região de Darfur. A guerra civil resultou em mais de 2,5 milhões de pessoas sendo deslocadas, e as relações diplomáticas entre o Sudão e o Chade passando a um um nível de crise.

Al-Bashir é uma figura controversa, tanto no Sudão e como no mundo. Em julho de 2008, o procurador do Tribunal Penal Internacional (TPI), Luis Moreno Ocampo, acusou al-Bashir de genocídio, crimes contra a humanidade e crimes de guerra em Darfur. O tribunal emitiu um mandado de prisão para al-Bashir em 4 de março de 2009 sobre crimes de guerra e crimes contra a humanidade, mas decidiu que não havia provas suficientes para processá-lo por genocídio. No entanto, em 12 de julho de 2010, depois de um longa apelação pela acusação, o Tribunal considerou que realmente havia provas suficientes para acusações de genocídio a serem trazidas e emitiu um segundo mandado contendo três acusações separadas.