Revolta de Leste

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A Revolta de Leste (RDL) foi uma organização nacionalista angolana liderada por Daniel Chipenda, que lutou pela independência de Angola.[1] A RDL obtinha o seu apoio da etnia Ovimbundu.[2]

Em Maio de 1966, Chipenda, então membro do Movimento Popular de Libertação de Angola (MPLA), abriu a "Frente Leste", expandindo significativamente o alcance do MPLA em Angola. Quando a FL entrou em derrocada, Chipenda e o líder do MPLA, Agostinho Neto, culparam-se mutuamente. Em 1972, a União Soviética apoiou a facção de Chipenda, oferecendo-lhe ajuda. Opôs-se à liderança mestiça do MPLA e desconfiava da União Soviética, apesar do apoio que dela recebia.[1] Chipenda deixou o MPLA em 1973, fundando a Revolta de Leste com 1.500 ex-companheiros do MPLA.[3] A Revolta de Leste também recebeu ajuda dos governos da Zâmbia[2] e da África do Sul.[4]

Em 1973, a União Soviética convidou Agostinho Neto para ir a Moscovo e informou-o que Chipenda planeava assassiná-lo.[3] Embora Chipenda tenha aderido à Frente de Libertação Nacional de Angola (FNLA) em Setembro de 1974 [5] a existência da Revolta de Leste continuou e as forças da RDL lutaram contra o MPLA em Fevereiro de 1975.[4]

Referências[editar | editar código-fonte]

  1. a b Popular Movement for the Liberation of Angola-Workers' Party Country-data
  2. a b Westad, Odd Arne. The Global Cold War: Third World Interventions and the Making of Our Times, 2005. Page 217.
  3. a b George, Edward. The Cuban Intervention In Angola, 1965-1991: from Che Guevara to Cuito Cuanavale, 2005. Page 46.
  4. a b Stewart Lloyd-Jones and António Costa Pinto. The Last Empire: Thirty Years of Portuguese Decolonisation, 2003. Pages 27-29.
  5. Bennett, Andrew. Condemned to Repetition?: The Rise, Fall, and Reprise of Soviet-Russian Military Interventionism, 1999. Page 152.