Salvador de Madariaga

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Salvador de Madariaga y Rojo
Salvador de Madariaga
Salvador de Madariaga
Nascimento 23 de julho de 1886
La Coruña, Espanha
Morte 14 de dezembro de 1978 (92 anos)
Locarno, Suíça
Prémios Karlspreis, 1973

Salvador de Madariaga y Rojo (La Coruña, 23 de julho de 1886[1][2]Locarno, 14 de dezembro de 1978) foi um político, diplomata e escritor espanhol. Foi ministro da Instrução Pública e Belas Artes em 1934, e ministro da Justiça da Segunda República Espanhola. De pensamento liberal[3] e europeísta, exilou-se no Reino Unido após o início da Guerra Civil Espanhola. Durante a Guerra Fria foi um ativo militante contra o comunismo soviético, bem como opositor da ditadura franquista; só regressou a Espanha depois da morte de Franco. Membro de número da Real Academia Espanhola e da Real Academia de Ciências Morais e Políticas, como escritor cultivou diversos géneros: ensaio histórico e político, crítica literária, novela, biografia e poesia, entre outros.

Placa de homenagem a Salvador de Madariaga em Oxford, Reino Unido.

Madariaga publicou notáveis ensaios sobre a história da Espanha e o seu papel no mundo. Escreveu livros sobre Don Quixote, Cristóvão Colombo e a história da Hispanoamérica;[4] na sua obra empregou o idioma francês, o castelhano e o inglês.[5] Desenvolveu um notável trabalho redigindo artigos[6] colaborando antes do rebentamento da guerra civil em publicações como España, El Imparcial, La Publicidad, El Sol, La Pluma, Ahora ou La Vanguardia,[7] além de trabalhar na rádio, já no exílio, no programa fixo Temas de actualidad da BBC e na Rádio Paris.[8] Na sua vertente de historiador, Ricardo García Cárcel descreve-o como um «outsider», com as suas obras neste campo já próximas do ensaio.[9]

Em 1928, foi professor de língua espanhola na Universidade de Oxford, cargo que ocupou três anos. Nesse período escreveu um livro sobre psicologia das nações, com o título Englishmen, Frenchmen, Spaniards.

Foi representante permanente da Espanha na Liga das Nações. Participou no Congresso Europeu de 1948 e foi presidente da Internacional Liberal (1948-1952). Foi distinguido com o Karlspreis em 1973 pelo seu contributo para a construção europeia.

Obra[editar | editar código-fonte]

Estátua de Salvador de Madariaga na praça que leva o seu nome em A Corunha.

Ensaios históricos[editar | editar código-fonte]

  • España (1931)
  • Vida del muy magnífico señor don Cristóbal Colón (1940)
  • Hernán Cortés (1941)
  • Cuadro histórico de las Indias (1945)
  • Carlos V (1951)
  • Bolívar (1951)
  • El auge del Imperio Español en América (1956)
  • El ocaso del Imperio Español en América (1956)
  • El ciclo hispánico (1958)
  • España. Ensayo de historia contemporánea (undécima edición nuevamente revisada por el autor)(1978)[10]

Ensaios políticos[editar | editar código-fonte]

  • La guerra desde Londres (1917)
  • Discursos internacionales (1934)
  • Anarquía o jerarquía (1935)
  • Manifesto de Oxford (1947)
  • ¡Ojo, vencedores! (1954)
  • General, márchese Vd (1959)
  • De la angustia a la libertad (1955)

Outros ensaios[editar | editar código-fonte]

  • Ensayos angloespañoles (1922)
  • Semblanzas literarias contemporáneas (1923) (publicado orixinalmente como The Genius of Spain)
  • Guía del lector del Quijote (1926)
  • Ingleses, franceses, españoles (1929)
  • El Hamlet de Shakespeare (1949)
  • Bosquejo de Europa (1951)
  • Presente y porvenir de Hispanoamérica (1953)
  • Retrato de un hombre de pie (1956)
  • De Galdós a Lorca (1960)
  • El Quijote de Cervantes (1962)
  • Memorias de un federalista (1967)

Novelas[editar | editar código-fonte]

  • La jirafa sagrada (1925)
  • El enemigo de Dios (1926)
  • El corazón de piedra verde (1942)
  • Ramo de errores (1952)
  • Los fantasmas (1952)
  • Los dioses sanguinarios (1952)
  • Fe sin blasfemia (1952)
  • La camarada Ana (1954)
  • Guerra en la sangre (1956)
  • Una gota de tiempo (1958)
  • El semental negro (1961)
  • Sanco Panco (1963)

Poesia[editar | editar código-fonte]

  • Romances de ciego (1922)
  • La fuente serena (1927)
  • Elegía en la muerte de Unamuno (1937)
  • Elegía en la muerte de Federico García Lorca (1938)
  • Rosa de cieno y ceniza (1942)
  • Romances por Beatriz (1955)
  • La que huele a Tomillo (1959)
  • Poppy (1965)

Referências

  1. García Cárcel 2003b, p. 3.
  2. González Cuevas 1989, p. 150.
  3. «Balanço do Neoliberalismo»  Perry Anderson
  4. Benitez 1982, pp. 27-38.
  5. Morodo 1986, pp. 13-14.
  6. Monferrer Catalán 2007, pp. 352-355.
  7. Rebollo Sánchez 2001.
  8. Monferrer Catalán 2007, pp. 412-413.
  9. García Cárcel 2003, p. 9.
  10. A primeira edición desta obra publicouse en Londres en 1929. Posteriormente en España, foi publicada pola editorial Aguilar no ano 1931.

Bibliografia[editar | editar código-fonte]

Referências