Sociofuncionalismo
Em linguística, o sociofuncionalismo é uma tentativa de compatibilização entre a sociolinguística variacionista e o funcionalismo linguístico, especialmente nas vertentes que se dedicam ao estudo da gramaticalização.[1][2]
Principais características[editar | editar código-fonte]
Estão listadas a seguir as características centrais do sociofuncionalismo:[1][2]
- Foco na língua em uso e suas relações com a variação e a mudança linguísticas.
- Análise de usos genuínos da linguagem.
- Assunção de que a língua é intrinsecamente dinâmica.
- Destaque para o fenômeno da mudança linguística e sua natureza social e gradual.
- Complementaridade de dados sincrônicos e diacrônicos, possibilitando uma perspectiva pancrônica.
- Princípio do uniformitarismo: as forças sociais e linguísticas que agem hoje sobre a variação e a mudança seriam as mesmas que agiram no passado.
- Análises em vários estratos linguísticos (fonologia, morfologia, sintaxe e semântica).
- Destaque para dados de frequência, importantes para a investigação da gramaticalização e da difusão linguística.
- Ênfase nas relações entre dados linguísticos e sociais.
Referências
- ↑ a b Bagno, Marcos (2017). Dicionário crítico de sociolinguística. São Paulo: Parábola
- ↑ a b Tavares, M. A.; Görski, E. M. Variação e sociofuncionalismo. In: Martins, M. A.; Abraçado, J. (Org.). Mapeamento Sociolinguístico do Português Brasileiro. São Paulo: Contexto, 2015, p. 249-270.