Teatro Municipal de Campinas

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 Nota: Se procura a atual teatro municipal, veja Teatro Castro Mendes.


Teatro Municipal de Campinas
Carlos Gomes
Teatro Municipal de Campinas
Fachada do Teatro Municipal de Campinas (1930)
Estilo dominante eclético
Início da construção 1924
Fim da construção 1930
Inauguração 10 de setembro de 1930
Capacidade 1.300
Património nacional
Data Não ocorreu (demolido em 1965
Geografia
País  Brasil
Cidade Campinas, SP
Coordenadas 22° 54' 23" S 47° 03' 41" O

O Teatro Municipal de Campinas Carlos Gomes foi o maior e um dos mais importantes teatros da cidade de Campinas, no interior do estado de São Paulo, Brasil.

Localizado entre as ruas Treze de Maio e Costa Aguiar, foi inaugurado em 1930.[1] Possuía capacidade para 1.300 lugares.[2]

História[editar | editar código-fonte]

A construção teve início em 1924 e se prolongou por seis anos – incluindo várias interrupções nas obras.[2][3]

Era formado por cinco pavimentos, onde o primeiro estava localizado o porão, o segundo, a plateia e as frisas, o terceiro era dedicado aos camarotes e foyers, no quarto os balcões e no último, a galeria.[2] As escadarias, os corredores, lustres de cristais feito na Boêmia – 13 arandelas e seis lustres – sendo que um deles tinha mais de cinco metros de altura (hoje pertencem à Escola de Cadetes), as paredes adornadas recobertas com pó de ouro se destacavam.[2]

Sua inauguração aconteceu em 10 de setembro de 1930[4] com apresentação da Companhia Lyrica com a cantora Bidu Sayão na ópera ‘O Guarani’, do compositor Carlos Gomes.[2]

Em 1935, os jornais da época denunciavam o surgimento de problemas estruturais na fundação do prédio[3], como rachaduras e infiltrações.[2]

O teatro recebeu o nome do Maestro Carlos Gomes em 1951.[5]

Foi demolido, sob circunstâncias obscuras em 1965, no governo do prefeito Ruy Novaes[5][3], deixando uma grande lacuna no patrimônio histórico e cultural da cidade. O prédio havia passado por reformas cinco anos antes.[5]

Posteriormente, a cidade foi contemplada com o Teatro Castro Mendes, o qual possui metade da capacidade do Municipal e foi adaptado a partir de uma antiga sala de cinema.

O terreno onde ficava o Teatro, tornou-se estacionamento.[3] Na década de 1980 foi construído o prédio que abriga a loja C&A.[1][2][3]

Em 2000, a história do Teatro foi registrada no livro “Fragmentos de uma demolição: História Oral do Teatro Municipal Carlos Gomes”, da escritora Sônia Aparecida Fardin.[2][3][6]

Galeria de Fotos[editar | editar código-fonte]

Ver também[editar | editar código-fonte]

Referências

  1. a b «:: UNICAMP ~ ANO 40 ::». www.ano40.unicamp.br. Consultado em 29 de novembro de 2022 
  2. a b c d e f g h Moda, Mondo (4 de novembro de 2019). «Você sabia que Campinas demoliu dois teatros?». MONDO MODA. Consultado em 29 de novembro de 2022 
  3. a b c d e f «A HISTÓRIA DO TEATRO MUNICIPAL DE CAMPINAS». PROTESTO CULTURAL - A ARTE PEDE SOCORRO!. 21 de fevereiro de 2012. Consultado em 29 de novembro de 2022 
  4. J.m.fantinatti (1 de julho de 2007). «Pró-Memória de Campinas-SP: Descaso com a História: Teatro Municipal Carlos Gomes demolido». Pró-Memória de Campinas-SP. Consultado em 29 de novembro de 2022 
  5. a b c «Folha de S.Paulo - Reforma urbana derruba teatros - 14/07/2001». www1.folha.uol.com.br. Consultado em 29 de novembro de 2022 
  6. «Fragmentos de uma Demolição - História Oral do Teatro Municipal Carlos Gomes». www.grupoatomoealinea.com.br. Consultado em 29 de novembro de 2022 

Ligações externas[editar | editar código-fonte]