Tentativa de golpe de Estado no Paraguai em 2000
Tentativa de golpe de Estado no Paraguai em 2000 | |||
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O prédio do então Congresso Nacional (atual Cabildo) foi atacado por tropas insurgentes. | |||
Data | 18 de maio de 2000 - 19 de maio de 2000 | ||
Local | Paraguai (principalmente Asunción) | ||
Casus belli | Consequências do Março Paraguaio: não reconhecimento da legitimidade do presidente pelo ocorrido em 1999 | ||
Desfecho |
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Beligerantes | |||
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Comandantes | |||
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A tentativa de golpe de Estado no Paraguai em 2000 foi uma crise política ocorrida em maio daquele ano, com o objetivo de depor o então Presidente da República Luis Ángel González Macchi e prender alguns parlamentares "anti-oviedistas" no Congresso. Um grupo que se autodenominava "Movimento Patriótico Fulgencio Yegros", era formado por pelo menos cinquenta soldados, a maioria deles reformados e leais ao ex-general Lino César Oviedo, que na época estava em exílio político.[1]
Desenvolvimento[editar | editar código-fonte]
Em 18 de maio de 2000, por volta das 22 horas, tropas leais ao ex-general Lino Oviedo se rebelaram contra o governo do presidente paraguaio Luis González Macchi. O grupo se autodenominava "Movimento Patriótico Fulgencio Yegros", em homenagem ao herói da independência, e propôs a rebelião como única alternativa para mudar um governo que, segundo o comunicado, era "ilegítimo". Esse grupo insurgente era composto por pelo menos cinquenta soldados reformados, acompanhados por oficiais de escalão inferior.[2][3]
Os insurgentes tomaram o Regimento de Cavalaria, o Quartel da Polícia, uma unidade policial de elite, a Força de Operações Policiais Especiais (Fope), o Canal 13 de televisão, Rádio Cardeal, Rádio 970, entre outros. Cinco tanques dirigiram-se ao centro de Assunção e dispararam contra o edifício do Congresso (atual Cabildo). Embora forças leais tenham trocado tiros com os rebeldes, não houve baixas. Aparentemente, o plano original não foi cumprido e fracassou. Em Caazapá e Villarrica também houve relatos de que rebeldes ocuparam certos lugares.[4]
Às 1h30 do dia 19 de maio, o Poder Executivo decretou a vigência do Estado de Exceção por 30 dias em todo o território nacional, em decorrência da tentativa de golpe de Estado. No momento, Oviedo (na clandestinidade desde dezembro de 1999) negou que esses atos estivessem relacionados a ele. Esta tentativa de golpe (a segunda em menos de cinco anos) é considerada uma consequência do Marzo Paraguayo - um período de grande instabilidade política e, por conseguinte, econômica.[5]
Pelo menos trinta oficiais militares de alta patente foram detidos na guarda presidencial, incluindo vários generais e coronéis reformados do exército. Pelo menos quatro deputados e vários políticos pertencentes ao movimento UNACE (na época ainda não era um partido político), que Lino Oviedo presidia na clandestinidade, também foram privados da liberdade.[6]
Vários países, como Brasil e os Estados Unidos, e o Conselho Permanente da Organização dos Estados Americanos (OEA), condenaram "veementemente" a intentona golpista e expressaram seu apoio ao Governo de González Macchi.
Ver também[editar | editar código-fonte]
- Golpe de Estado no Paraguai em 1989
- Tentativa de golpe de Estado no Paraguai em 1996
- Março Paraguaio
- Crise econômica no Paraguai em 2002
Referências
- ↑ «BBC Mundo - Tensa calma en Paraguay - 19.05.2000». www.bbc.co.uk
- ↑ Cronología informativa de intentona golpista en Paraguay, en mayo del 2000, y su repercusión en la prensa - IFEX
- ↑ «E'a | "¡Estelaaaa!": El Grito más recordado del fallido golpe del 2000». E'a Periodico Informativo (em espanhol)
- ↑ ULTIMO MOMENTO. Intento de golpe de Estado en Paraguay - La Nacion (19 de Maio de 2000)
- ↑ Estado de excepción en Paraguay tras el intento fallido de golpe del general Oviedo - El Pais (19 Maio 2000)
- ↑ «Paraguai frustra tentativa de golpe». Folha de S.Paulo. 20 de maio de 2000