Tertuliano Milton Brandão

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
 Nota: Para o político brasileiro, irmão deste, veja Tertuliano Solon Brandão.
Milton Brandão
Tertuliano Milton Brandão
Milton Brandão
Vice-governador do Piauí
Período 1951-1955
Antecessor(a) Osvaldo da Costa e Silva
Sucessor(a) Ferreira de Castro
Presidente da Assembleia Legislativa do Piauí
Período 1951-1955[nota 1]
Antecessor(a) Osvaldo da Costa e Silva
Sucessor(a) Ferreira de Castro
Deputado federal pelo Piauí
Período 1955-1963
1967-1975
1979-1985
Deputado estadual pelo Piauí
Período 1947-1951
Prefeito de Pedro II
Período 1938-1945
Dados pessoais
Nascimento 29 de julho de 1916
Pedro II, PI
Morte 1 de junho de 1985 (68 anos)
Brasília, DF
Partido PP, PSD, PSP, ARENA, PDS, PFL
Profissão Agropecuarista
Assinatura Assinatura de Tertuliano Milton Brandão

Tertuliano Milton Brandão (Pedro II, 29 de julho de 1916Brasília, 1º de junho de 1985)[1] foi um agropecuarista e político brasileiro com atuação no Piauí, estado onde foi vice-governador e depois deputado federal por seis vezes.[2][3]

Dados biográficos[editar | editar código-fonte]

Filho de Tertuliano Brandão Filho e Joana Cardoso Brandão. Agropecuarista filiou-se ao Partido Progressista em 1935,[4] tendo como correligionário o político mineiro Tancredo Neves.[5] Por vontade do interventor Leônidas Melo foi nomeado prefeito de Pedro II, cargo que exerceu entre maio de 1938 e dezembro de 1945. Com a deposição de Getúlio Vargas e o fim do Estado Novo, ingressou no PSD e foi eleito deputado estadual em 19 de janeiro de 1947[6] e foi um dos signatários da Constituição Estadual promulgada em 22 de agosto daquele ano, além de primeiro vice-presidente da Assembleia Estadual Constituinte e depois da Assembleia Legislativa durante a gestão do vice-governador Osvaldo da Costa e Silva, eleito para o cargo por via indireta nos termos da Constituição Estadual sendo empossado no dia da promulgação desta.

Por ocasião das eleições de 1950 a vitória na eleição para governador coube ao candidato Pedro Freitas (PSD) e naquele pleito Milton Brandão foi eleito vice-governador do Piauí, o primeiro a ser eleito pelo voto direto,[7] visto que por força da legislação vigente, as eleições para vice-governador ocorriam pelo voto direto e em uma chapa independente.[7] Eleito, ocupou por determinação constitucional a presidência da Assembleia Legislativa durante os quatro anos de seu mandato, ao longo do qual entrou em desavença com o governador Pedro Freitas e ingressou no PSP, liderado nacionalmente por Ademar de Barros.

Deputado Federal[editar | editar código-fonte]

Membro do Tribunal de Contas do Piauí por breve período, foi eleito deputado federal pelo PSP em 1954 e 1958, figurou como primeiro suplente nas eleições de 1962, o que lhe permitiu exercer o mandato em virtude de convocações frequentes. Instituído o Regime Militar de 1964 ingressou na ARENA e mesmo na condição de suplente foi contemplado com o momento culminante de sua vida ao obter do presidente Humberto Castelo Branco o assentimento para a construção da Usina Hidrelétrica de Boa Esperança próxima a Guadalupe, obra inaugurada em 21 de março de 1970.

Reeleito deputado federal em 1966 e 1970, figurou de novo como suplente em 1974 sendo vitorioso em 1978. No início dos anos 1980 ingressou no PDS e foi reeleito deputado federal em 1982 falecendo no curso do mandato quando já havia ingressado no PFL. Com sua morte foi efetivado o advogado Celso Barros. Em 1959 integrou a delegação brasileira presente aos Jogos Pan-americanos de 1959 na cidade de Chicago. Por fim cabe mencionar que uma lei estadual promulgada em 1994 elevou um povoado à categoria de município sendo que o mesmo foi batizado com seu nome.

Notas

  1. A partir de 1947, o cargo de presidente da Assembleia Legislativa do Piauí caberia ao vice-governador do estado, direito revogado em 1975.

Referências

  1. Homenagem a Brandão (online). O Estado de S. Paulo, 04/06/1985. Página visitada em 24 de maio de 2012.
  2. BRASIL. Câmara dos Deputados. «Biografia do deputado Milton Brandão». Consultado em 27 de março de 2022 
  3. BRASIL. Tribunal Regional Eleitoral do Piauí. «Eleições 1945 a 1992». Consultado em 23 de janeiro de 2024 
  4. SANTOS, 1983, p. 204.
  5. Almanaque Abril 1986, p. 131.
  6. Segundo o banco de dados do Tribunal Regional Eleitoral do Piauí foi o sétimo mais votado com 2.270 votos.
  7. a b «Banco de dados do professor Jairo Nicolau (UERJ):eleições para vice-governador no Brasil em 1950». Consultado em 24 de maio de 2012 

Fontes de Pesquisa[editar | editar código-fonte]

  • SANTANA, Raimundo Nonato Monteiro de (org.). Piauí: Formação, Desenvolvimento, Perspectivas. Teresina, Halley, 1995.
  • SANTOS, José Lopes dos. Novo Tempo Chegou. 1ª Ed. Brasília, Senado Federal, 1983.
  • SANTOS, José Lopes dos. Política e Políticos: eleições 86. Vol. I. Teresina, Gráfica Mendes, 1988.