Triângulo Mineiro

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O Triângulo Mineiro é uma das dez regiões de planejamento do estado de Minas Gerais, no sudeste do Brasil.[1] Está situado entre o Rio Grande e Rio Paranaíba, formadores do Rio Paraná.

Segundo a divisão geográfica do IBGE vigente entre 1989 e 2017, o Triângulo Mineiro e o Alto Paranaíba juntos formavam a mesorregião do Triângulo Mineiro e Alto Paranaíba, que era composta por 66 municípios distribuídos em sete microrregiões imediatas.[2]

Em 2017, o IBGE extinguiu as mesorregiões e microrregiões, criando um novo quadro de divisões geográficas denominadas, respectivamente, regiões geográficas intermediárias e imediatas.[3]

História[editar | editar código-fonte]

Bandeirantes

Em 1722, partiu de São Paulo uma expedição com destino a Goiás. Os bandeirantes "cortaram" a região e abriram a estrada do Anhanguera, ligando São Paulo ao Planalto Central. A região era conhecida como Sertão da Farinha Podre, e era ocupada pelos índios Caiapós. A escassez de ouro e de diamante no campo das vertentes e na região central mineira fez com que os mineiros se dirigissem à região, que até 1748 pertencera à capitania de São Paulo. Em 1748, o Sertão da Farinha Podre foi anexado à capitania de Goiás, adotando o nome de Julgado do Desemboque. A região toda fazia parte do Julgado do Desemboque, mas em 1811 ela foi dividida em dois: Julgado do Desemboque, e Julgado de Araxá, estabelecendo a divisão administrativa da Campanha do Araxá. Em 1816, Araxá incorporou sua campanha a Minas Gerais. Em 1830, Araxá foi elevada a município. A partir desse ponto, o Sertão da Farinha Podre conquistou autonomia política e administrativa, tendo Araxá como sede. Em 1836, Uberaba se separou de Araxá, tornando-se um município. O presidente da Câmara de Araxá então se dirigiu a Uberaba para dar posse à nova câmara.

Sítios paleontológicos[editar | editar código-fonte]

Maxakalisaurus topai (Dinoprata)

No Triângulo Mineiro localizam-se dois importantes sítios paleontológicos nos municípios de Prata, e Uberaba (distrito de Peirópolis). No município de Prata (Minas Gerais), foram descobertos fósseis do maior dinossauro encontrado no Brasil, que viveu há mais de oitenta milhões de anos na região da Serra da Boa Vista, distante cerca de quarenta quilômetros daquela localidade, cujo nome científico foi denominado de Maxakalisaurus topai e, após votação popular, passou a ser chamado de Dinoprata, valendo destacar que a réplica do titanossauro (montada em resina), com cerca de treze metros de comprimento, estava exposta no Museu Nacional no Rio de Janeiro, desde 28 de agosto de 2006, quando foi apresentada à comunidade científica do Brasil e do mundo pelo líder das pesquisas, o professor e paleontólogo Alexander Kellner, a réplica, no entanto, foi queimada no incêndio que ocorreu no Museu Nacional, em setembro de 2018.[4]

Campanha de emancipação[editar | editar código-fonte]

Edificação da Universidade Federal do Triângulo Mineiro, em Uberaba.

O estado do Triângulo, composto por 66 municípios, é uma proposta para uma nova unidade federativa do Brasil. Ele seria formado a partir do desmembramento da parte oeste de Minas Gerais e recebeu o nome da mesorregião do Triângulo Mineiro e Alto Paranaíba, estabelecida pela divisão regional do IBGE em 1989 e válida até 2017.[2][3]

Tendo Uberlândia como capital, o novo estado abrigaria três universidades federais: a Universidade Federal de Uberlândia (UFU), sediada na cidade de Uberlândia; a Universidade Federal do Triângulo Mineiro (UFTM), sediada em Uberaba; e um campus da Universidade Federal de Viçosa (UFV) em Rio Paranaíba. Além disso, a região conta com duas unidades da Universidade do Estado de Minas Gerais (UEMG), localizadas em Ituiutaba e Frutal, e o Instituto Federal do Triângulo Mineiro (IFTM).[5]

A região proposta seria considerada como uma das áreas com melhores índices sociais do país. De acordo com dados de 2007, o Triângulo poderia ser um dos estados mais ricos do país em termos proporcionais, com um PIB correspondendo a aproximadamente 17% do estado de Minas Gerais.[carece de fontes?]

Antecedentes[editar | editar código-fonte]

Em 1873, Visconde do Serro Frio apresentou à Assembleia Geral, o que foi nominado na época como Projecto de uma Nova Divisão Administrativa do Imperio do Brazil, que propunha a criação da província de Entre Rios.[6] Se o projeto tivesse sido aprovado, parte de Goiás, o Triângulo Mineiro e a região oeste de Minas Gerais constituiriam a nova província. Atualmente, o projeto de criação do Estado do Triângulo é considerado seu sucessor.

A região do Triângulo Mineiro já fez parte do território de São Paulo durante a existência da Capitania de São Paulo e Minas de Ouro e posteriormente de Goiás durante a existência da Capitania de Goiás, permanecendo até os dias atuais como parte de Minas Gerais.

Em 1989, criou-se um projeto de lei reestruturando territórios e criando novos estados no Brasil, a exemplos do Tocantins, que foi aprovado. A constituição de 1988 concede o direito de realização de plebiscito, para que a população dos Estados e territórios federais se manifeste sobre a sua incorporação, subdivisão ou desmembramento, para anexarem-se ou formarem novas unidades federadas. Em 1989, o projeto que então criava o Estado do Triângulo não passou em suas últimas tramitações.[7]

Em 2008 o assunto voltou com o então deputado federal Elismar Prado, que através de Decreto Legislativo sugeriu realizar plebiscito na região do Triângulo Mineiro e Alto Paranaíba sobre a criação de uma nova unidade federada.[8] Algumas partes do projeto:

Apresentamos, dessa forma, o presente projeto de decreto legislativo, sugerindo a realização de plebiscito com a população diretamente interessada, sobre a criação do Estado do Triângulo, pelo desmembramento de 66 (sessenta e seis) municípios de Minas Gerais, mencionados no artigo 1º da proposição.

O Triângulo Mineiro e Alto Paranaíba (que são duas regiões de planejamento pela segmentação adotada pelo Estado, formam uma única mesorregião segundo a delimitação oficial do IBGE), abrigam mais de dois milhões de habitantes, que correspondem a cerca de 11 % de sua população. Ainda é responsável pela produção de 16,3% do Produto Interno Bruto – PIB mineiro.

O plebiscito sobre o assunto foi aprovado no começo de 2008 pela Comissão da Amazônia, Integração Nacional e de Desenvolvimento Regional e aguarda o parecer total da Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania. Daí segue para o Senado, onde aguardará votação no plenário.[9][10][11]

A imprensa divulgou[carece de fontes?] a tramitação e a adesão ao movimento, por políticos e pela população da região a ser emancipada. Segundo o deputado federal Elismar Prado, sem citar os métodos para alcançar a tais números, mais de 70 % da população do Triângulo e Alto Paranaíba seria favorável à emancipação. Entre os políticos, o percentual seria de quase 100 %.[12][13]

Viabilidade[editar | editar código-fonte]

Segundo um estudo realizado pelo Governo Federal, através do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada, o Ipea, sobre o impacto da formação de novas unidades federativas, constatou que apenas dois projetos que estão na Câmara dos Deputados são viáveis, os projetos de São Paulo do Leste e Triângulo. O estudo prevê elevação dos gastos públicos estaduais tanto no Triângulo, como no estado de Minas Gerais, em cerca de 3,44 %, comparados aos gastos unificados. O custeio da máquina pública em relação ao PIB do Triângulo seria inferior a média nacional, que é de cerca de 12,74 %, o que torna o projeto um dos únicos viáveis.[14][15]

Geografia[editar | editar código-fonte]

Solo[editar | editar código-fonte]

Caracterizado pela presença de planaltos, serras e chapadas que se estendem pela Bacia do Paraná, e com a ocorrência de formações geológicas pertencentes ao período Maastrichtiano.[16]

Clima[editar | editar código-fonte]

A região é influenciada por duas estações bem definidas: o verão, quente e chuvoso, e o inverno, bastante seco e com temperaturas amenas, definindo um clima tropical de altitude, semelhante ao clima de savanas, com temperaturas médias entre 17 °C e 25 °C e amplitude térmica anual entre 7 °C e 9 °C.

Pelo menos 85% do índice pluviométrico anual da região ocorre durante o período chuvoso, principalmente em janeiro, enquanto os 15% restantes das chuvas são distribuídos entre abril e setembro. O padrão pluviométrico segue o típico clima tropical, caracterizando-se por um inverno seco com baixa intensidade de chuvas, e um verão quente e chuvoso.[17]

Municípios[editar | editar código-fonte]

O Triângulo Mineiro é formado por 35 municípios. Clique em "Expandir" para visualizar a tabela completa:

Classificação Município População
Dados de 2022[18] Mudança comparada aos dados de 2000 (%)[19]
1 Uberlândia 713 232 Aumento 42.30%
2 Uberaba 337 846 Aumento 34.04%
3 Araguari 117 808 Aumento 15.53%
4 Ituiutaba 102 217 Aumento 14.73%
5 Frutal 58 588 Aumento 25.82%
6 Iturama 38 295 Aumento 32.90%
7 Conceição das Alagoas 28 381 Aumento 65.43%
8 Prata 28 342 Aumento 20.22%
9 Tupaciguara 25 470 Aumento 10.18%
10 Santa Vitória 20 973 Aumento 28.16%
11 Monte Alegre de Minas 20 170 Aumento 12.02%
12 Campina Verde 18 011 Baixa -5.71%
13 Capinópolis 14 655 Aumento 1.75%
14 Itapagipe 13 690 Aumento 15.70%
15 Planura 11 145 Aumento 34.33%
16 Delta 10 494 Aumento 107.19%
17 Fronteira 10 259 Aumento 13.69%
18 Canápolis 10 225 Baixa -3.84%
19 Centralina 10 207 Baixa -0.28%
20 Carneirinho 9 422 Aumento 5.73%
21 Limeira do Oeste 8 687 Aumento 40.79%
22 Araporã 8 479 Aumento 59.71%
23 Campo Florido 8 466 Aumento 58.90%
24 Cachoeira Dourada 7 782 Aumento 237.61%
25 Conquista 6 694 Aumento 9.72%
26 Indianópolis 6 171 Aumento 14.55%
27 São Francisco de Sales 5 732 Aumento 8.68%
28 Pirajuba 5 537 Aumento 102.01%
29 Gurinhatã 5 192 Baixa -24.57%
30 União de Minas 3 828 Baixa -17.46%
31 Ipiaçu 3 775 Baixa -6.23%
32 Verissímo 3 411 Aumento 18.68%
33 Comendador Gomes 2 773 Baixa -2.43%
34 Cascalho Rico 2 712 Aumento 3.43%
35 Água Comprida 2 108 Aumento 0.76%

Demografia[editar | editar código-fonte]

A partir de 2017, o Triângulo Mineiro passou a abranger 53 municípios distribuídos entre 7 regiões geográficas imediatas,[20] todas inseridas dentro de duas regiões geográficas intermediárias:

Economia[editar | editar código-fonte]

Uberlândia, é a maior cidade do Triângulo Mineiro, e a segunda maior de Minas Gerais, ficando atrás apenas de Belo Horizonte, a capital do estado.

O Triângulo Mineiro é uma das regiões mais ricas do estado, com a economia voltada a distribuição. As principais indústrias ali instaladas relacionam-se aos setores de processamento de alimentos e de madeira, de açúcar e álcool, fumo e de fertilizantes. Nos últimos anos o Triângulo Mineiro é a região que mais tem recebido investimentos e mais empregos tem gerado.[21]

Uberlândia possui o porto seco do cerrado, com infra-estrutura para atender importadores e exportadores. O porto permite que o recolhimento dos custos fiscais de importação seja feito apenas no momento de sua efetiva retirada do local. Desde 2009 Uberlândia recebe remessas de produtos produzidos na zona franca de Manaus para estocagem em armazém geral.

Em Uberaba, encontra-se a Eadi (Estação Aduaneira do Interior), mais conhecido por porto seco, um dos mais movimentados do estado e fundamental importância para a região, simplifica os desembaraços aduaneiros, oferecendo maior agilidade na movimentação de mercadorias e proporcionando significativa redução nos custos operacionais.

A Zona de Processamento de Exportação (ZPE) aprovada em 2012, é, essencialmente, um condomínio industrial incentivado, onde as empresas nele instaladas gozarão de tratamento tributário, cambial e administrativo diferenciados, com a condição de destinarem pelo menos 80 % da produção para o mercado externo. Sua presença em Uberaba constitui em atraente oportunidade de negócios e geração de riquezas, considerando o aporte de novas tecnologias e serviços.

Araguari é a capital nacional do tomate,[carece de fontes?] cultivando cerca de 5,4 milhões de pés de tomates. Araguari vem se destacando no segmento da agricultura impulsionando culturas como: frutas, hortaliças, milho, arroz. Araguari é a cidade mineira que mais produz tomate, maracujá, café, e soja. O município possui uma forte economia com o maior frigorifico de carne bovina de Minas, que além de gerar vários empregos exporta carne bovina para mais de 60 países no mundo, sendo o maior exportador do Triângulo Mineiro e Alto Paranaíba. Araguari também conta com um frigorifico que abate cavalos, ao todo são 680 toneladas de carne de cavalo, exportando para países como a Bélgica, Holanda, África do Sul e Japão.

A região é marcada por eventos de grande importância nacional como a Expozebu em Uberaba, a Feniub em Uberlândia, a Expopec e Carnaval de Ituiutaba e a Fenicafé em Araguari.

Na indústria, destacam-se as cidades de Uberlândia, Uberaba, Araguari e Ituiutaba. Ituiutaba abriga a maior fábrica de leite em pó da América Latina, pertencente à Nestlé, localizada no Bairro Paranaíba, às margens da BR 365.

Polos tecnológicos[editar | editar código-fonte]

O Triângulo Mineiro tem forte tendência tecnológica. O município de Uberaba é pólo em genética de bovinocultura de corte e deFrutal é pólo em excelência de recursos hídricos. Existe apenas 20 pólos no mundo. Existe ainda o IFTM (antigo Cefet) que está implantado em Uberaba, Uberlândia, Araguari, Campina Verde, Ituiutaba, Paracatu (Noroeste de Minas), Patos de Minas (Alto Paranaíba) e Patrocínio(Alto Paranaíba).

O Triângulo Mineiro tem uma forte inclinação para a tecnologia. Uberaba é um polo reconhecido em genética na bovinocultura de corte e bubalinocultura.[22] Frutal é conhecida pela sua excelência em recursos hídricos, sendo um dos apenas 20 polos no mundo com essa especialização.[23] Além disso, o Instituto Federal do Triângulo Mineiro (IFTM), anteriormente conhecido como Cefet, está presente em várias cidades da região, incluindo Uberaba, Uberlândia, Araguari, Campina Verde, Ituiutaba, Paracatu (Noroeste de Minas), Patos de Minas (Alto Paranaíba) e Patrocínio (Alto Paranaíba).

Efeito etanol[editar | editar código-fonte]

O Triângulo Mineiro e parte do Estado de Mato Grosso do Sul receberiam 89 novas usinas que seriam construídas até 2012, representando um investimento estimado em 15 bilhões de reais. Essas usinas seriam responsáveis pelo crescimento das cidades, contribuindo para a geração de empregos e impulsionando o mercado de ações.[24]

Infraestrutura[editar | editar código-fonte]

Transportes[editar | editar código-fonte]

O Triângulo Mineiro recebeu investimentos para a pavimentação e restauração das rodovias, melhorias nos aeroportos e construção de portos.[25] Araguari vem se tornando um pólo logístico, além de ser entroncamento ferroviário a cidade vem recebendo grandes empresas do setor logístico em especial um superterminal da Vale. O comércio atacadista se destaca na região e é referência nacional. Das 20 maiores empresas atacadistas distribuidoras do Brasil, 10 estão localizadas aqui. O Triângulo representa cerca de um terço do setor atacadista de todo o Brasil.[26]

Transporte aéreo[editar | editar código-fonte]

O consórcio Aena Internacional passou a administrar dois dos aeroportos localizados no Triângulo Mineiro a partir de 2022: o Aeroporto de Uberlândia, com capacidade anual de 3.500.000 passageiros,[27] e o Aeroporto de Uberaba, com capacidade para 1.300.000 passageiros por ano.[28][29]

O Aeroporto de Patos de Minas abriga uma pista de 1.700 metros com balizamento noturno e atende a voos diários para Araxá e Belo Horizonte, prestados pela empresa Azul Linhas Aéreas Brasileiras.

Araguari conta com o Aeroporto Santos Dumont, que tem uma pista de 1.900 metros asfaltada, mas que não tem nenhuma utilização comercial; apenas os aeroclubes usam, porque promovem na cidade o encontro de paraquedismo.

O Aeroporto de Frutal e Aeroporto de Iturama, administrados pelo governo de Minas Gerais, foram ampliados e melhorados com investimentos superiores a 3,5 milhões de reais. O aeroporto de Ituiutaba também recebeu investimentos do estado, e já recebe voos com aviões de pequeno porte, tendo inclusive autorização da Anac para voos regulares de aviões de médio porte.[30]

Transporte hidroviário[editar | editar código-fonte]

O Triângulo Mineiro está situado entre duas importantes vias fluviais, o Rio Grande, e o Rio Paranaíba. O governo do estado de Minas Gerais está promovendo o desenvolvimento do sistema hidroviário nesses rios.[31] Os principais portos da região estão nos municípios de Santa Vitória, e Iturama.[32]

Comunicação[editar | editar código-fonte]

O Triângulo Mineiro é referência nacional em qualidade nos serviços de telecomunicações. Oferece cobertura de várias operadoras de telefonia móvel. Todos os municípios têm pelo menos duas operadoras atuantes. As mais importantes são: Vivo, TIM, Algar Telecom e Claro, além de a sede da Algar Telecom ser em Uberlândia e contar com um call center em Ituiutaba. Várias cidades já contam com a tecnologia 2G e 3G, e em 2014 foi instalada a nova rede 4G.

A operadora Vivo ganhou, recentemente, o direito de cobrir com seus serviços de telefonia e transmissão de dados toda a região do Triângulo Mineiro (código 34).[33]

Centro de desenvolvimento genético[editar | editar código-fonte]

Uberaba tem o maior centro de desenvolvimento genético de Minas Gerais e o segundo maior do Brasil. O Centro de desenvolvimento genético de gado Zebu é modelo de transferência de embriões e inseminação artificial, num área construída de 6.680 m². Vale ressaltar que o prédio foi construído na formato do Palácio de Jaipur (Palácio dos Ventos), da Índia, em homenagem aos pioneiros do Zebu.

Patos de Minas detém 70% do melhoramento da genética suína no Brasil, com grandes empresas como Agroceres PIC, DB Dan Bred, entre outras. O suíno melhorado geneticamente não precisa de vermífugos e teve a gordura bastante reduzida criando assim um "suíno limpo e light" como disse a Revista Veja, em edição especial do Agronegócio, em 2005, quando destacou o trabalho feito pelas empresas da cidade.

Cultura[editar | editar código-fonte]

Esportes[editar | editar código-fonte]

As cidades que mais se destacam esportivamente são Patos de Minas, Araxá, Ituiutaba, Uberlândia, Araguari, e Uberaba.

Uberlândia possui um complexo esportivo formado por estádio, ginásio e parque, o Parque do Sabiá.

O Estádio Parque do Sabiá foi inaugurado em 1982 com um jogo entre Brasil e Irlanda. Atualmente o estádio tem capacidade para 53 350 pessoas, é o maior do interior do Brasil e o segundo maior de Minas Gerais.[34][35]

Culinária[editar | editar código-fonte]

A gastronomia local é uma mescla de influências indígenas, africanas e europeias, em especial a portuguesa.

Dos indígenas, foram assimilados o apreço pela mandioca e pelo milho, dando origem a pratos como mingaus, papas e canjicas (milho cozido no leite e açucarado), além de grãos cozidos como o feijão com legumes e temperos com carne. Dos europeus, foram incorporados os bolos, uma variedade de receitas à base de leite, queijo, ovos e açúcar.[36]

Bebidas diversas também se destacam na região, como o café devido à antiga e forte produção na área, bem como bebidas alcoólicas típicas como cachaça e licores feitos a partir de frutas do cerrado brasileiro.[37]

Referências

  1. Referência original inaccessível em 2012-4-1: «Governo de Minas gerais», Portal [ligação inativa]
  2. a b Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) (2016). «Divisão Territorial Brasileira 2016». Consultado em 4 de fevereiro de 2019 
  3. a b Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) (2017). «Divisão Regional do Brasil». Consultado em 4 de fevereiro de 2019. Cópia arquivada em 4 de fevereiro de 2019 
  4. «Incêndio em museu destrói parte fundamental da história do Brasil». National Geographic. 3 de setembro de 2018. Consultado em 9 de maio de 2024 
  5. Deputado Elismar Prado defende a criação do estado do Triângulo (projeto decreto legislativo), Caiapós, 2008 
  6. Cruz Machado, Antonio Candido da (1873). «Memoria relativa ao projecto de uma nova divisão administrativa do Imperio do Brasil.». https://bdlb.bn.gov.br/acervo/handle/20.500.12156.3/430441 
  7. «Histórico, região dona do próprio nariz: Emancipação do Triângulo e do Alto Paranaíba volta a ganhar força com proposta no Congresso», Fenicafé, O Tempo Belo Horizonte, janeiro de 2009 
  8. «Portal da Câmara dos Deputados». https://www.camara.leg.br/proposicoesWeb/fichadetramitacao?idProposicao=394325. Consultado em 19 de dezembro de 2023 
  9. «Comissão da Câmara aprova proposta de plebiscito sobre a criação do estado do Triângulo Mineiro» Online ed. , Uberlândia: Globo, O Globo 
  10. Uberaba (tramitação da proposição), Câmara dos Deputados 
  11. «Projeto de criação do estado do Triângulo Mineiro aprovado», Araguari, Band News FM (som) 
  12. «'Injustiça' mobiliza triangulinos por emancipação», Ituiutaba, O Tempo Belo Horizonte 
  13. «Minas Gerais pode acabar se tornando um rosto sem nariz», Parque do Sabiá, O Tempo Belo Horizonte, janeiro de 2009 
  14. Custos de funcionamento das unidades federativas brasileiras e suas implicações sobre a criação de novos estados, Ipea, Dezembro de 2008 
  15. «Criação do estado do Triângulo é viável, diz estudo», Frutal, Jornal de Uberaba, Janeiro de 2009 
  16. «Mapeamento Geomorfológico Do Triângulo Mineiro - Brasil». Docslib. Consultado em 10 de maio de 2024 
  17. «Clima». www.cnpf.embrapa.br. Consultado em 10 de maio de 2024 
  18. «POPULAÇÃO RESIDENTE SEGUNDO AS UNIDADES DA FEDERAÇÃO (1º de agosto de 2022)». Ministério do Planejamento e Orçamento/Fundação Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. 29 de junho de 2023. Consultado em 8 de maio de 2024 
  19. «Censo 2000 | IBGE». www.ibge.gov.br. Consultado em 9 de maio de 2024 
  20. Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) (2017). «Base de dados por municípios das Regiões Geográficas Imediatas e Intermediárias do Brasil». Consultado em 4 de fevereiro de 2019 
  21. Notícia original inaccessível em 2012-4-1: «Investimentos em Minas», Governo de Minas Gerais, Portal [ligação inativa]
  22. Artigo original inacessível em 2012-4-1: Portal, Governo de Minas Gerais [ligação inativa]
  23. «Governo do Estado de Minas Gerais». web.archive.org. 26 de outubro de 2016. Consultado em 9 de maio de 2024 
  24. «G1 > Economia e Negócios - NOTÍCIAS - Efeito etanol vai afetar interior, bolsa e mercado de trabalho». g1.globo.com. Consultado em 9 de maio de 2024 
  25. «Prover infra-estrutura multimodal de transporte, contribuindo para a redução dos custos logísticos de empreendimentos agrícolas e agroindustriais instalados ou em instalação no Triângulo», Governo de Minas Gerais, Agronegócio - Potencialização da Infra-Estrutura Logística da Fronteira Agroindustrial, consultado em 1 de abril de 2012, cópia arquivada em 26 de outubro de 2016  |title= e |título= redundantes (ajuda)
  26. Parceria entre estados cria entreposto em Uberlândia, Agência Minas, 30 de julho de 2008 
  27. «Aeroporto de Uberlândia». web.archive.org. 10 de março de 2012. Consultado em 9 de maio de 2024 
  28. «Histórico». web.archive.org. 4 de junho de 2012. Consultado em 9 de maio de 2024 
  29. «Consórcio Aena arremata lote com aeroportos de Uberlândia e Uberaba». G1. 18 de agosto de 2022. Consultado em 9 de maio de 2024 
  30. «Proaero: Programa de adequação, ampliação, melhoria e revitalização da malha aeroportuária do Estado de Minas Gerais», Governo de Minas Gerais, Ações do Governo, consultado em 1 de abril de 2012, cópia arquivada em 26 de outubro de 2016  |title= e |título= redundantes (ajuda)
  31. «Governo do Estado de Minas Gerais». web.archive.org. 26 de outubro de 2016. Consultado em 10 de maio de 2024 
  32. «Governo do Estado de Minas Gerais». web.archive.org. 26 de outubro de 2016. Consultado em 10 de maio de 2024 
  33. «Governo do Estado de Minas Gerais». web.archive.org. 26 de outubro de 2016. Consultado em 10 de maio de 2024 
  34. «Cidade mineira muda nome de estádio e retira homenagem a João Havelange». Globo esporte. Globo. 18 de janeiro de 2016. Consultado em 19 de setembro de 2016 
  35. Tilio, João (12 de novembro de 2013). «Prudentão continua como o 2º maior estádio do interior do Brasil». Globo esporte. Globo. Consultado em 19 de setembro de 2016. Além de postular na segunda colocação nacional – atrás apenas do Parque do Sabiá, em Uberlândia (MG), que tem capacidade para 56 450 pessoas. 
  36. Gastronômicos, Territórios (27 de dezembro de 2019). «Receita de Mineiridade: qual é a origem da culinária de Minas e por que o mineiro gosta de tanta fartura à mesa?». Territórios Gastronômicos. Consultado em 10 de maio de 2024 
  37. «E-book gratuito aborda ecologia e conservação do Cerrado mineiro e goiano | Comunica UFU». comunica.ufu.br. Consultado em 10 de maio de 2024 

Ligações externas[editar | editar código-fonte]