Usuário(a):Alebizerra/Angiosperma

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Como ler uma infocaixa de taxonomiaAngiospermas
Ocorrência: Cretáceo Inferior - Recente
Magnolia sp.
Magnolia sp.
Classificação científica
Domínio: Eukaryota
Reino: Plantae
Superdivisão: Spermatophyta
Filo: ANTHOPHYTA ou MAGNOLIOPHYTA
Grandes grupos
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As ‘’Angiospermas’’ ou ‘’angiospérmicas’’ (do grego: angion - urna e sperma - semente) são plantas que apresentam flores (estruturas reprodutivas) e sementes envoltas por uma estrutura denominada fruto. Dentro da história evolutiva, as angiospermas são os vegetais mais recentes. São o maior grupo de plantas, compondo 95% de todas as plantas terrestres [1], cerca de 300 mil espécies [2].


Características[editar | editar código-fonte]

As espécies de Angiospermas estão presentes em vários ambientes, de acordo com suas adaptações. Sua ocorrência é predominante em alguns meios aquáticos (marinho e dulcícola) e na maioria dos ecossistemas terrestres. Podem viver até em locais com características extremas, como os cactos na caatinga, a erva marinha no fundo do mar e as bromélias sobre rochas.

Apresentam hábitos diversos como arbóreo, arbustivo, herbáceo, lianescente e parasita, e podem atingir diversos tamanhos, desde de eucaliptos com mais de 100 metros de altura até lentilhas-d´água, com menos de 1 milímetro de comprimento [2].

Broto de uma rosa

Características específicas[editar | editar código-fonte]

As angiospemas apresentam características exclusivas que definem o grupo como monofilético, ou seja, tiveram um único ancestral comum. São elas [1]:

  1. flores, com perianto geralmente presente;
  2. estames com duas tecas, cada uma composta por dois microesporângios;
  3. gametófito masculino reduzido, com três núcleos (pólen);
  4. carpelos e formação de fruto;
  5. óvulo bitegumentado;
  6. gametófito feminino reduzido, com oito núcleos (óvulos + tegumentos);
  7. formação de endosperma;
  8. células companheiras.

Essas características juntas fazem das angiospermas as mais diversas e numerosas plantas terrestres e o grupo mais comercialmente importante para os humanos.

Reprodução[editar | editar código-fonte]

As flores,são as estruturas reprodutivas das Angiospermas, sendo o aspecto morfológico mais marcante para distingui-las de outras plantas que também produzem sementes.

São compostas por dois verticilos estéreis, cálice e corola, e dois verticilos férteis, androceu e gineceu. O cálice é o verticilo floral mais externo, composto pelas sépalas e envolve a corola. A corola é a estrutura formada pelas pétalas, geralmente, parte mais atrativa.

O androceu é o órgão masculino da flor, formado pelos estames, que são compostos pelo filete (haste de um estame) e anteras (onde são produzidos os grãos de pólen). Cada antera possui duas tecas, e estas, por sua vez, possuem dois microsporângios.

O grão de pólen se torna o gametófito masculino após a primeira divisão mitótica, frequentemente, ainda dentro da antera [3]. O gametófito masculino das angiospermas é o menor dentre todas as plantas [1], possuindo apenas 3 células, resultantes da segunda divisão mitótica: 2 gametas masculinos e 1 célula do tubo [2].

O gineceu é o órgão feminino, formado por uma ou mais folhas carpelares que se fundem, compondo o estigma, estilete e ovário [2]. O estigma é a região receptora dos grãos de pólen, onde estes irão germinar e formar o tubo polínico, que cresce para dentro do estilete em direção ao ovário. O ovário é a porção basal do gineceu, produz e abriga os óvulos, que são os gametófitos femininos envoltos externamente pelo tegumento [2].

  • Dupla fecundação

A dupla fecundação é uma característica presente em todas as angiospermas [1]. Consiste na união de uma célula espermática com a oosfera, resultando no embrião, e, simultaneamente, na união da outra célula espermática com os dois núcleos polares, formando o endosperma. [4].

A semente compreende o embrião, o endosperma (tecido nutritivo) e o tegumento ou casca.

Após a fertilização do óvulo, é iniciada a formação do fruto, através do crescimento do ovário, e ocasionalmente, de outras partes da flor. Os frutos envolvem e protegem as sementes e pode atrair animais que as dispersam.

Monocotiledôneas e Eudicotiledôneas[editar | editar código-fonte]

Alguns aspectos morfológicos podem diferenciar dois grandes clados dentro das Angiospemas: as Monocotiledôneas e as Eudicotiledôneas.

Monocotiledôneas[editar | editar código-fonte]

A maioria das monocotiledôneas é formada por plantas herbáceas. Há poucas árvores nesse grupo.

Trigo: exemplo de monocotiledônea

Características das Monocotiledôneas:

  • Sementes com 1 cotilédone;
  • Raízes fasciculadas;
  • Flores trímeras (múltiplas de 3);
  • Pólen com uma única abertura;
  • Crescimento primário;
  • Sistema caulinar atactostélico;
  • Venação foliar paralela.

Exemplos: Gramíneas, arroz, milho, cereais, centeio, trigo, aveia, cana, palmeiras, etc.

Eudicotiledôneas[editar | editar código-fonte]

Mais de 70% das espécies de angiospermas pertencem ao grupo das eudicotiledôneas. Esse grupo inclui a maioria das árvores e dos arbustos e muitas ervas.

Características das Eudicotiledôneas:

  • Semente com 2 cotilédones;
  • Raíz axial ou pivotante;
  • Flores tetrâmeras ou pentâmeras (múltiplas de 4 ou 5);
  • Pólen com 2 ou mais aberturas;
  • Crescimento primário e secundário;
  • Venação foliar reticulada.


Exemplos: Leguminosas como amendoim, feijão, soja, lentilha e ervilha, além do ipê, do jacarandá, da roseira, da paineira, etc.


Ligações externas[editar | editar código-fonte]

Referências

  1. a b c d Simpson, M. G. 2006. Plant Systematics. Elsevier Inc.
  2. a b c d e Raven, P. H.; Evert, R. F.; Eichhorn, S. E. 2007. Biologia Vegetal. 7ª edição. Guanabara Koogan.
  3. Judd, W. S.; Campbell, C. S.; Kellog, E. A.; Stevens, P. F.; Donoghue, M. J. 2002. Plant Systematics: a phylogenetic approach. Second edition. Sinauer Associates, Inc.
  4. Briggs, D.; Walters, S. M. 1997. Plant variation and evolution. Third edition. Cambridge University Press.