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Tun'ao Minho - Tuna Académica Feminina da Universidade do Minho

Tun'ao Minho na quinta edição do seu festival anual, o Tunão
Informação geral
Origem Braga
País Portugal Portugal
Gênero(s) Tuna, Música popular portuguesa
Período em atividade Desde 2012
Afiliação(ões) Tuna Universitária do Minho

Tun'ao Minho[editar | editar código-fonte]

A Tun’ao Minho, Tuna Académica Feminina da Universidade do Minho[1], é uma tuna fundada em Braga, em 2012, por um grupo de

estudantes do sexo feminino. Esta pertence à ARCUM, Associação Recreativa e Cultural da Universidade do Minho, da qual faz parte também a Tuna Universitária do Minho, o Grupo de Música Popular da Universidade do Minho, Bomboémia, o Grupo Folclórico da Universidade do Minho e Grupo de Poesia da Universidade do Minho. A ARCUM foi criada em 1991 por estudantes da universidade em questão. A Tun’ao Minho é uma das três tunas femininas pertencentes à academia minhota - sendo as outras a Tun’Obebes - Tuna Feminina de Engenharia da Universidade do Minho e a Gatuna - Tuna Feminina Universitária do Minho. A Tun’ao Minho realiza anualmente o seu festival, denominado “Tunão” - Festival de Tunas Femininas. Inserido no festival, a tuna realiza ainda um arraial acompanhado do rally Tas’ca Piela. A tuna marca o início de todos os anos letivos com uma outra atividade, denominada Tun´ao Day, que se destina ao recrutamento de novos membros. A Tun’ao Minho realizou a sua primeira digressão, por Portugal e Espanha, em 2022.

História[editar | editar código-fonte]

A Tun’ao Minho foi criada a 17 de novembro de 2012, data do seu primeiro ensaio, por nove estudantes da Universidade do Minho: Sensos, Purpur, Poses, Ob-xena, Deslizes, Fénix, Trinados, Uzi e Dubi. A 24 de abril de 2013 fez a sua antestreia no Colóquio das Relações Internacionais e, no mesmo ano, a 8 de maio, estreou-se para todos os estudantes da academia minhota. Contudo, houve uma primeira atuação não oficial no Enterro da Gata, com a participação de José Malhoa, a 15 de maio de 2013.

A convite da Tuna Feminina da Universidade da Beira Interior, participaram no seu primeiro festival de tunas, X FATFUBI, do qual trouxeram 3 prémios: Melhor Tuna, Melhor Solista e Prémio Azul. Ao longo dos anos, têm recebido vários prémios, em diversos festivais, ao longo de Portugal, destacando-se o XII Ribeirinha - Festival de Tunas Femininas da Guarda, no qual receberam seis prémios.

Em 2022, mais especificamente, na terceira semana do mês de julho, ocorreu a primeira digressão Tunae, percorrendo variados pontos da Península Ibérica. Este acontecimento celebra o décimo aniversário desta Tuna.

Atualmente, a Tun’ao Minho conta com cerca de 80 elementos, 8 gerações de Capotilhas (54 no total) e com cinco edições do seu Festival de Tunas Femininas - Tunão, que ocorre em novembro. O primeiro Tunão foi realizado de 18 a 20 de novembro de 2016 e no último dia deste sucedeu-se o pedido de apadrinhamento à Tuna Universitária do Minho (TUM).[2]

Hierarquia e Traje[editar | editar código-fonte]

Um aspeto particular da Tun’ao Minho é o traje que os seus membros envergam, que varia de acordo com o nível da hierarquia em que os mesmos se encontram. Porém, os diferentes tipos de traje partilham uma característica essencial: a cor bordeaux, cor esta que representa a tuna . A hierarquia divide-se da seguinte forma:

  • Mordomas: Deste grupo, fazem parte única e inalteravelmente as fundadoras da Tun’ao Minho. O traje das Mordomas é idêntico ao traje das Capotilhas.
  • Capotilhas: As Capotilhas (Tunantes) utilizam o traje académico da Universidade do Minho com algumas alterações: a saia pode ser substituída por uma saia-calção e, inspirando-se no traje minhoto da Capotilha, criam uma Capotilha própria, daí o seu nome. Esta é de tecido bordeaux com contorno preto de veludo, bordado com flores que remetem para o lencinho dos namorados (também tradicional da região do minho) e apresentam, as palavras“Tun’ao Minho” e o nome de tuna da pessoa que a usa numa caligrafia à mão. Acrescenta-se também ao casaco do traje académico o emblema da tuna no braço esquerdo.
  • Lavradeiras: As lavradeiras e as bordadeiras constituem as caloiras desta tuna e distinguem-se também no seu traje. As lavradeiras, para além de meias pretas e uma camisola preta, vestem um macacão bordeaux, com o emblema da tuna na zona do peito. Na perna esquerda, de cima para baixo, têm bordado “Tun´ao Minho” em letra cursiva. Eventualmente, quando as Capotilhas consideram pertinente, é adicionado um lencinho dos namorados dobrado em triângulo ao macacão da Lavradeira.
  • Bordadeiras: As bordadeiras são os membros mais recentes da tuna, também chamadas de (pré-caloiras) e vestem um pijama com meias e camisola preta por baixo.

Independentemente do grau da hierarquia em que se encontram, devem usar sempre a capa, integrante incondicional do traje, e sapatos pretos, normalmente no estilo de moccasin.

Emblema[editar | editar código-fonte]

O emblema da Tun'ao Minho é composto por vários elementos, com o objetivo de realçar a região minhota - contorno em filigrana, instrumentos da tuna, pássaros e lenços dos namorados.

Particularidades[editar | editar código-fonte]

A Tun’ao Minho apresenta várias singularidades como a hierarquia de praxe e o traje. São aceites nesta tuna estudantes ou ex-estudantes da Universidade do Minho do sexo feminino, as quais só fazem oficialmente parte da tuna após completarem 8 ensaios. Os conhecimentos essenciais de música não são exigidos, pois serão proporcionados aquando a escolha do instrumento.

Reportório e estilo musical[editar | editar código-fonte]

Como tuna académica que é, a Tun’ao Minho segue a referência musical própria destas tunas, tendendo para a música popular portuguesa. Salientam-se arranjos de icónicos músicos portugueses, tais como José Afonso e Simone de Oliveira e também vários temas característicos do Minho, bem como música popular brasileira (tal como “Trem das onze) e espanhola (“Tu Gitana”, etc.).

Instrumentos[editar | editar código-fonte]

Os instrumentos utilizados são, maioritariamente, os habituais das tunas académicas: guitarras, bandolins, cavaquinhos, contrabaixo e diversa percussão (pandeireta, cajon, bongôs, ovinho, etc.). A Tun’ao Minho inclui também na sua lista de instrumentos a flauta transversal, clarinete, violoncelo e braguesa.

Estandarte e Pandeiretas[editar | editar código-fonte]

A Tun’ao Minho, assim como todas as outras tunas académicas, possui um naipe de elementos da tuna que atua com pandeiretas e estandartes, executando o que geralmente é denominado de “Espetáculo”. Chama-se assim uma vez que os membros realizam uma espécie de coreografia em sincronia com a música que está a ser tocada.

No entanto, há diferenças entre os membros que tocam pandeiretas e os que fazem estandarte. Os primeiros (as “pandeiretas”) marcam o ritmo da música batendo com o instrumento em diversas partes do corpo enquanto executam a coreografia. Em contrapartida, como os estandartes não emitem som, podem ser facilmente usados em qualquer música da tuna - incluindo músicas mais calmas, como as serenatas. As coreografias com o estandarte baseiam-se em girá-lo à volta do corpo e atirá-lo ao ar.

Dinâmica com a cidade de Braga[editar | editar código-fonte]

Desde início que o seu objetivo enquanto tuna é ressaltar a tradição da região do Minho, o que reforça a necessidade de dinamismo com a cidade.

São inúmeras as atuações que o grupo faz pelas ruas de Braga, essencialmente na zona de Gualtar, zona onde se localiza a Universidade do Minho, e do centro histórico, de forma a divulgar a sua música ao mesmo tempo que se conecta com a cidade e a sua comunidade.

Esta tuna feminina tem o prazer de participar em várias festas emblemáticas da cidade, como o S.João e as festividades de Páscoa, bem como em diversos projetos organizados pela câmara municipal. Anima centros sociais, hotéis, aniversários de estabelecimentos, dias (inter)nacionais, visita escolas, realizando, inclusive, workshops musicais, faz serenatas e participa em missas. Além disso, o grupo musical tem por hábito cooperar com iniciativas como a Re-food de Braga, donativos para diferentes causas e até mesmo doações de sangue no Hospital de Braga.

A fim de divulgar o espírito e saudade Minhota pelo país, esta tuna adquiriu como peça característica a “capotilha”, pois é uma peça exclusiva dos trajes típicos da região de Braga e que completa a visão tradicionalista da Tun’ao Minho.[3]

Récita[editar | editar código-fonte]

Participação da Tun'ao Minho com o GMP na Récita de 2021

A Récita é um evento que ocorre no dia 1º de Dezembro que tem como objetivo juntar os Grupos Culturais da Universidade do Minho e mostrar à cidade de Braga uma homenagem aos heróis de 1940.

A Tun’ao Minho participou num total de 7 edições da Récita, sendo que a primeira participação foi em 2014. Nos três primeiros anos da sua participação, não houve colaboração com nenhum grupo cultural. Nas edições de 2017, 2018, 2019 e 2021 colaborou com a Tuna Universitária do Minho, com os Bomboémia, com a Tun’Obebes – Tuna Feminina de Engenharia da Universidade do Minho e com o GMP – Grupo de Música Popular da Universidade do Minho, respetivamente.

Tun’ao Day[editar | editar código-fonte]

O Tun’ao Day tem como objetivo dar a conhecer a tuna e a sua dinâmica às novas caloiras da Universidade do Minho. No entanto, o evento está aberto a todas as alunas da Universidade do Minho, incluindo alunas mais velhas.

Tudo começa com o "Acolhimento ao Caloiro", que se realiza na primeira semana de aulas do cada ano letivo . É lá que as caloiras da Tun'ao Minho se encontram numa banca, no campus, para interagir com as caloiras da academia sobre a tuna e o Tun'ao Day - atividade organizada pelas caloiras da Tun'ao Minho. As pessoas que demonstram interesse são contactadas, recebendo a informação sobre este dia.

No Tun´ao Day, as caloiras da Tun´ao Minho, dinamizam uma tarde com diversas atividades (peddy-papers, apresentação dos instrumentos da tuna, lanche, entre outras), que termina com um jantar para proporcionar um maior convívio entre a tuna e as caloiras da universidade.

Tunão[editar | editar código-fonte]

I Tunão

No dia 21 de março de 2015, realizou-se o Tunão - Encontro de Tunas. Este encontro de tunas incluiu um passecalles pelas ruas da cidade de Braga durante a tarde e terminou com atuações do Grupo Folclórico da Universidade do Minho, da Tuna Universitária do Minho, de tunas convidadas e da própria Tun'ao Minho. Em 2016, foi a primeira edição do festival da Tun'ao Minho, o Tunão.

O Tunão é um festival de tunas, organizado pela Tun'ao Minho, que se realiza anualmente, com data marcada entre os dias 15 e 30 de novembro na cidade de Braga:

  • I Tunão: 18 a 20 de novembro de 2016
  • II Tunão: 17 a 19 de novembro de 2017
  • III Tunão: 16 a 18 de novembro de 2018
  • IV Tunão: 15 a 17 de novembro de 2019
  • V Tunão: 26 a 28 de novembro de 2021

Este festival proporciona aos seus espectadores uma combinação de folia e cultura vinda de diversas regiões do país, visto que as tunas convidadas não são apenas de Braga, mas também da cidade do Porto, Covilhã, Guimarães, entre outras. Os prémios atribuídos são: melhor tuna, melhor instrumental, melhor solista, melhor estandarte, melhor pandeireta, melhor original, tuna mais tuna, tuna mais lipsyinc e, por fim, bota abaixo. O festival decorre, normalmente, num período de três dias, e, por norma, segue a seguinte logística:

Primeiro dia[editar | editar código-fonte]

  • Serenatas

A noite de Serenatas é um momento mais tocante, íntimo e aconchegante, onde cada tuna interpreta os seus temas mais delicados, sendo que são músicas mais paradas em estilo de balada, com a intenção de chegar ao coração dos seus espectadores. Estas realizam-se geralmente no Salão Medieval da reitoria da Universidade do Minho, apesar de no V Tunão, devido a condições meteorológicas, se ter executado no teatro escola Sá de Miranda.

  • Lip Sync

Este sucede depois das serenatas no Bar Académico de Braga. Num momento mais destinado ao convívio e diversão, as tunas mostram as suas capacidades na imitação de artistas, no estilo do programa LipSyinc Battle, proporcionando aos convidados e espetadores do festival uma noite de animação e boa disposição. A tuna que realizar a melhor performance será eleita a tuna mais lipsyinc, recebendo posteriormente um prémio.

Segundo dia[editar | editar código-fonte]

  • Noite de Espetáculo

Realizada no Conservatório de Música Calouste Gulbenkian nas primeiras 4 edições e no Altice Forum Braga no V Tunão, a noite de espetáculo conta com as atuações das diversas tunas convidadas, grupos extra concurso, assim como a tuna organizadora. É nesta noite que também são atribuídos os tão esperados prémios:

  • Melhor tuna
  • Melhor instrumental
  • Melhor original
  • Melhor estandarte
  • Melhor pandeireta
  • Melhor solista
  • Tuna mais lipsyinc
  • Bota Abaixo

Terceiro dia[editar | editar código-fonte]

Depois de dois dias cheios de animação, surge o terceiro e último dia, que dá lugar ao convívio de tunas decorrente no largo dos peões, onde é finalmente revelada a tuna mais tuna. É neste momento que as tunas aproveitam para descansar e conviver antes de se despedirem.

Arraial e Rally Tas'ca Piela[editar | editar código-fonte]

O Arraial surgiu no IV Tunão, em 2019, um evento que atrai bastante a atenção de todos os estudantes da Universidade do Minho e arredores, conhecido pelo convívio entre estes e também pela atuação de diversos grupos culturais, onde está incluída a Tun'ao Minho. Associado a este, foi criado o Rally Tas´ca Piela, que decorre sempre no mesmo dia, nomeadamente na quarta feira antes do festival, que, por sua vez, ocorre na sexta, sábado e domingo seguintes. Criado com intuito de desenvolver e melhorar o festival e, para além disto, aproximá-lo ao seu público alvo, que serão sempre os universitários, o Rally consiste na passagem por vários bares na zona da UM, onde cada equipa, com no máximo 4 elementos, terá de completar um desafio. No final, a equipa vencedora é recompensada com um prémio divulgado previamente nas nossas redes sociais.

Digressão Tunae[editar | editar código-fonte]

1ª Digressão da Tun'ao Minho

Foi no seu 10º aniversário que se realizou a primeira digressão da Tun’ao Minho. Entre os dias 15 a 21 de julho espalharam muita música, cultura portuguesa e tradições minhotas pelas cidades de Salamanca, Madrid e Sevilha, em Espanha. Terminaram a sua aventura, já em terras lusitanas, com uma passagem por Portimão e outra em Lisboa.

A realização da sua primeira Digressão Tunae era um sonho de longa data que se concretizou para celebrar os seus 10 anos de existência da melhor forma.[4]

Notas e referências[editar | editar código-fonte]

  1. Pestana, Hélder. «Tun'ao Minho - Directório de Tunas». Portugaltunas. Consultado em 28 de agosto de 2022 
  2. «"… não temos dúvidas que a passagem de um universitário por um grupo cultural é única e transformadora a nível pessoal, mas também a nível profissional"». UMdicas. 9 de junho de 2022. Consultado em 28 de agosto de 2022 
  3. «Tun’ao Minho, uma tuna mais tradicionalista». UMdicas. 6 de fevereiro de 2014. Consultado em 28 de agosto de 2022  C1 control character character in |titulo= at position 4 (ajuda)
  4. ago, Beatriz Teixeira • 2 meses (14 de julho de 2022). «Tun'ao Minho em digressão pela Península Ibérica». ComUM. Consultado em 28 de agosto de 2022