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Escravidão Grega[editar | editar código-fonte]

Como em tantas sociedades da antiguidade a Grécia antiga também tinha escravos. Como não havia um governo centralizado a escravidão na Grécia Antiga variava de forma e atividade se adaptando entre as pólis, como é o caso a escravidão Hilotica em Esparta e escravidão-mercadoria em Atenas, havia até caso era a escravidão por dividas, onde a pessoa se submetia a escravidão por não poder pagar a divida[1]. Os fatores principais que causaram a busca de escravos foram a concentração de propriedades em poucas famílias, desenvolvimento mercantil com oferta de importação de escravos e falta de mão de obra[2]. As guerras intensificaram o processo escravista[3]. As fontes de escravos principais dos gregos são a captura de soldados durante uma guerra, a pirataria e comércio legal e ilegal[4]. Os principais mercados de escravos foram em Tanais, Bizâncio, Éfeso, Corinto, Atenas e as ilhas do mar Egeu.[5]

Vendo as duas cidades gregas mais famosas, é perceptível uma grande diferença no sistema escravista, em Esparta a escravidão era de forma estatal, tendo como escravizados o povo Hilota que foi subjugado pelos espartanos[6], já em Atenas não tinha essa relação estatal e de um povo especifico submetido a escravidão, os escravos na maioria das vezes ficavam em Atenas no trabalhando ambiente doméstico[7] ou no de mineração[8], também ocorreu as reformas de Sólon que colocou fim em Atenas da escravização de gregos e a escravização por dividas[9]. Isso acabou aumentando a escravização estrangeira[2], que já tinha o maior número.[10]

Aristóteles, filósofo grego, não deixou de fazer reflexões sobre a escravidão[11]. Em seu pensamento fez uma justificação e defende a existência da mesma[12], mas também coloca algumas criticas a ela, como sendo contrario a escravização de pessoas capturas em guerra ou que perdiam a liberdade, pois em sua visão o escravo existia por natureza, sendo alguém que nasceu para servir e não que perdeu a liberdade, também defende uma escravidão sem o uso da violência[13]. Assim a ideia do filósofo de escravidão natural apresenta um grande avanço para época[14].

  1. VIDAL-NAQUET, Pierre; VERNANT, Jean-Pierre (1989). Trabalho e Escravidão na Grécia Antiga. Campinas: Papiros 
  2. a b CARDOSO, Ciro F.S (1984). Trabalho Compulsório na Antiguidade. Rio de Janeiro: Graal. p. 40 
  3. CARDOSO, Ciro F.S (1984). Trabalho Compulsório na Antiguidade. Rio de Janeiro: Graal. p. 39 
  4. CARDOSO, Ciro F.S (1984). Trabalho Compulsório na Antiguidade. Rio de Janeiro: Graal. p. 41 
  5. CARDOSO, Ciro F.S (1984). Trabalho Compulsório na Antiguidade. Rio de Janeiro: Graal. p. 42 
  6. BEZERRA, Juliana (2011). «Escravidão» 
  7. FINLEY, Moses (2013). Economia e sociedade na Grécia Antiga. São Paulo: WMF martin fontes. p. 114 
  8. FINLEY, Moses (2013). Economia e sociedade na Grécia Antiga. São Paulo: WMF martin fontes. p. 113 
  9. FINLEY, Moses (2013). Economia e sociedade na Grécia Antiga. São Paulo: WMF martin fontes. p. 121 
  10. FINLEY, Moses (2013). Economia e sociedade na Grécia Antiga. São Paulo: WMF martin fontes. p. 117 
  11. ARISTÓTELES (2009). A Política. Bauru: Edipro 
  12. NICUIA, Eurico; Jorge (2009). O papel do escravo em Aristóteles e Hegel. Dissertação. Porto Alegre: [s.n.] pp. 14–34 63–66 
  13. GONÇALVES, Jussemar W (2007). Aristóteles e a escravidão. [S.l.]: Biblos. pp. 33–38 
  14. GONÇALVES, Jussemar W (2007). Aristóteles e a escravidão. [S.l.]: Biblos. p. 38