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Geografia da Terra é um domínio de estudos e conhecimentos sobre os aspectos geográficos da superfície terrestre. A área da superfície da Terra, o maior planeta telúrico do Sistema Solar, é de 510 072 000 km², dividindo-se em cinco continentes: América (dividida em América do Sul, América Central e América do Norte ou América Latina e América Anglo-Saxônica), Europa, África, Ásia, Oceania e Antártida; 5 oceanos: Glacial Antártico, Glacial Ártico, Atlântico, Índico e Pacífico. Todos os continentes e oceanos são atravessados por 5 linhas imaginárias: Equador, Trópico de Capricórnio, Trópico de Câncer, Círculo Polar Antártico e Círculo Polar Ártico. A Terra é um dois oito planetas do Sistema Solar e localizada na terceira posição em relação ao Sol, sendo vizinho de Vênus e Marte.

O relevo da Terra se constitui de planícies, planaltos, montanhas e depressões. Os planaltos e as montanhas são ocupantes da maioria da superfície terrestre dos continentes. Os principais planaltos e montanhas são Planalto Brasileiro, Planalto das Guianas, Cordilheira dos Andes, Planalto da Patagônia na América do Sul; Serra Maestra, Serra dos Cochumatanes, Cordilheira Isabela, Cordilheira de Yolaina, Cordilheira Guanacaste e Cordilheira de Talamanca, Maciço de Hotte e Cordilheira Central na América Central. Montanhas Rochosas, Planalto Mexicano, Grandes Planícies, Planalto de Cumberland e Planalto Laurenciano na América do Norte; Meseta Espanhola, Pireneus, Maciço Central Francês, Alpes, Planalto Bávaro, Apeninos, Cárpatos, Alpes Dináricos, Cordilheira dos Bálcãs, Montes Pindo, Alpes Escandinavos, Cáucaso, Montes Urais, Planalto Central Russo, Montes Peninos e Planalto do Volga na Europa; Planalto da Arábia, Planalto iraniano, Indocuche, Planalto do Decã, Himalaia, Planalto do Tibete, Planalto Mongol, Planalto Central Siberiano; Cadeia do Atlas, Planalto de Tadeimait, Montes Ahaggar, Planalto de Bauchi, Montes Adamaqua, Planalto Darfur, Planalto da Etiópia, Planalto de Bié, Deserto de Kalahari, Drakensberg, Montes Mitumba, Montes Muchinga, Planalto dos Grandes Lagos, Planalto de Djado e Cadeia Arábica na África; Cordilheira Australiana e Alpes do Sul na Oceania. As principais planícies são Planície Amazônica, Planície Platina, Planície Litorânea, Planície do Orinoco, Pantanal e Pampas na América do Sul; Grandes Planícies e Planícies Costeiras na América do Norte; Bacia Parisiense, Bacia da Aquitânia, Planície do Pó, Planície Vêneta, Planície Germânica, Planície Polonesa, Planície Húngara, Planície Finlandesa, Planície Sueca, Planície Sarmática na Europa; Planície da Sibéria, Planície Indo-Gangética, Planície da Mesopotâmia, Planície da Manchúria e Planície da China Oriental na Ásia; além da Micronésia, Melanésia e Polinésia na Oceania. As principais bacias hidrográficas da Terra são a do Paraná, do São Francisco, do Amazonas, do Orinoco, do Mississipi, do Mackenzie, nas Américas, do Tejo, do Douro, do Ebro, do Reno, do Danúbio, do Dnieper, do Volga, do Don, e do Dvina do Norte na Europa, do Eufrates, do Tigre, do Indo, do Ganges, do Brahmaputra, do Amarelo, do Azul, do Amur e do Lena na Ásia; do Níger, do Senegal, do Nilo, do Congo, do Orange, do Limpopo, do Zambeze e do Juba na África; do Darling e do Murray na Oceania.

Os principais climas da Terra são: o equatorial no norte da América do Sul, no centro da África, no sul da Índia e no Sudeste Asiático; o tropical no centro, no norte e no noroeste da América do Sul, ao sul do Saara, no leste e no centro-sul da África, no norte da Índia, no sul da China, no Sudeste Asiático, no norte da Austrália, na parte sudoeste da América Central, no sul do México, na Península de Iucatã, na parte oeste da América Central Insular e Madagascar; o subtropical no sul do Brasil, no nordeste da Argentina, no Uruguai, no sul do Paraguai, no sudeste dos Estados Unidos, no leste da África do Sul, no sudeste da China e no leste da Austrália; o temperado no centro-norte e no leste da Argentina, na parte oeste da Cordilheira dos Andes, no centro-leste da América do Norte, no sudoeste do Canadá, no noroeste dos Estados Unidos, no norte da Espanha, nas Ilhas Britânicas, no sul e no litoral noroeste da Escandinávia, em boa parte da França, no norte da Europa Central, em boa parte do Leste Europeu, no Cáucaso, uma longa faixa estreita da Rússia Europeia até o norte da Mongólia e parte do Cazaquistão e no nordeste da China, no extremo sul da Austrália e na Nova Zelândia; o mediterrâneo na costa oeste dos Estados Unidos, no sul da Europa, no norte do Oriente Médio, no sul do Cáucaso, no norte e no leste do Irã, na parte mais elevada do Afeganistão, do norte do Marrocos até o norte da Tunísia, no sul da África do Sul, no norte do Levante, no sudoeste e no centro-sudoeste da Austrália; o desértico na Patagônia, no centro-sudoeste dos Estados Unidos e no centro-noroeste do México, no Texas e no Novo México, no sudoeste da África, no norte da África, na Península Arábica, na Península da Somália, na parte mais elevada da Turquia, no centro e no sudeste do Irã, boa parte do Paquistão, no centro da Ásia Central, na fronteira noroeste da Índia, na Mongólia e no centro da Austrália, o semi-árido no nordeste da América do Sul, no centro da Argentina, no sul das Montanhas Rochosas e no norte do México, no centro-norte da Argélia, no Sahel, partes de Angola, Namíbia, Zâmbia, África do Sul, Quênia, Etiópia, Ucrânia, Cazaquistão, entorno da Ásia Central, noroeste da Índia, entorno da Mongólia e Deserto de Gibson. o frio no centro-norte do Canadá, do norte na Escandinávia até a Sibéria; frio de montanha na Cordilheira dos Andes, no Planalto da Etiópia, no Planalto dos Grandes Lagos, na parte mais elevada da China, no Himalaia e na porção de maior elevação do sudeste da Ásia Central.

As principais formações vegetais da Terra são: a floresta equatorial e tropical no leste e no sudeste do Brasil, no leste do Paraguai, na Amazônia, no leste da Venezuela, nas Guianas, no noroeste da América do Sul, no centro da América Central, em Guiné-Bissau, no sul da África Ocidental, no centro da África, em partes da Tanzânia e do Moçambique, no leste da ilha da Madagascar, no sudoeste da Índia, no Sudeste Asiático, no sul da China e no nordeste da Austrália; a floresta subtropical e temperada no sul do Brasil, no nordeste da Argentina e sul do Paraguai, no centro da Argentina, em partes da Patagônia, na porção chilena ao sul do paralelo 30º S, no leste da América do Norte, nas Ilhas Britânicas, em boa parte da Espanha, em todo o Portugal, em boa parte da Itália, nos Países Baixos, na Bélgica, em Luxemburgo, na Alemanha, na Dinamarca, na Polônia, na República Tcheca em parte, no sul da Noruega e da Suécia, em Mônaco, em Andorra, em parte da Eslováquia, no noroeste da Romênia, em partes da Eslováquia, da Croácia, de Montenegro, da Albânia, da Grécia, da Bulgária, da Sérvia, em parte da Hungria, da Letônia, da Lituânia, no centro da Rússia Europeia e no sul da Crimeia, no norte, no leste, no centro da Índia e na Península de Kathiawar, no leste e centro-sul da China, no alto Mekong, no extremo leste da Ásia, na Península de Kamchatka, no sudeste, no sul e no sudoeste da Austrália; a floresta mediterrânea no sudeste da Espanha, em partes do litoral mediterrâneo da Itália, em toda a faixa litorânea ocidental da Península dos Bálcãs, no sul e no leste da Grécia, em partes do litoral da Turquia, em partes da Geórgia, da Rússia e da Armênia e no sul da África; a vegetação de altitude na Cordilheira dos Andes, nos Alpes e nos Cárpatos; as estepes no centro-sul da Rússia Europeia, no oeste e no centro da China, no interior da Turquia, no sul do Cáucaso, Levante, no norte do Oriente Médio, em toda a faixa litorânea oeste da Península Arábica banhada pelo mar Vermelho, na Península do Sinai, no centro do Irã, no vale do rio Indo, em partes do Paquistão, do Afeganistão, no sul e no leste da Ásia Central e no sul da Rússia Asiática; a tundra mais ao norte da América do Norte, da Europa e da Rússia; e o desértico no centro-oeste dos Estados Unidos, na Península da Baixa Califórnia, no norte do México, na metade sul do litoral do Peru e no litoral norte do Chile, no sul da Argentina, no norte da África, na Península Arábica, no litoral sul e no norte do Irã, em partes do Paquistão e do Afeganistão, no centro e no sudeste da Ásia Central, no centro da Mongólia, no Deserto de Gibson, no sudoeste da África, na península da Somália, no extremo norte do Canadá, na Groenlândia e em toda a Antártida.

Geologia[editar | editar código-fonte]

Determinado o espaço geográfico e firmada a ideia da existência da Geografia desde a época em que o ser humano convive com o espaço natural modificando-o, dirige-se a partir desse momento para o estudo das características mais importantes que compõem o meio ou paisagem natural, destacando aqueles que são de maior interesse dos seres humanos: a estrutura geológica, o relevo, o clima, a vegetação, entre outros.[1]

Coluna geológica[editar | editar código-fonte]

O interesse contínuo do homem foi a determinação da idade da Terra e, para que isso seja admitido, como é feito nos dias atuais, que o nosso planeta possui mais de 4,54 bilhões de anos atrás, houve a necessidade de uma grande variedade de séculos de pesquisas. Alguns estudos que não possuem uma base científica mais significativa, como no caso de uma pesquisa feita por um arcebispo inglês, James Ussher, que, em 1654, fez o cálculo da idade da Terra com base na Bíblia — 4004 anos a.C. — e disse que ela se formou em 26 de outubro, às 9 horas. Demais descobrimentos, como William Smith realizou, contribuíram em muito à ciência. Smith percebeu a correlação que existe (se é que já existiram) entre fósseis como conteúdo das camadas geológicas e as estruturas em que eram localizadas.[1]

Cada camada aparentaria ter os seus fósseis marcantes. Dessa forma, os trilobitas, eram característicos de terrenos primários. Não havia existência dos trilobitas em terrenos secundários, nos quais eram encontrados, exemplificando, os ouriços-do-mar, fósseis, que, por sua vez, igualmente não se encontravam nas camadas primárias e terciárias.[1]

Não houve ainda, no entanto, a precisão do método de Smith para a determinação da idade da Terra, por causa das características seguintes: nem o total dos fósseis são de frequência suficiente e de distribuição universal; existiu um imenso intervalo de tempo em que não existia vida no mundo; existiram intervalos de tempo em que houve a vida, mas não aconteceram condições essenciais à fossilização.[1]

Aqui é válida a abertura de um pequeno comentário para o esclarecimento do que significa a palavra fóssil, o que restou de um animal ou planta, ou existiu de forma diretamente evidente, preservando-se na rocha.[1]

Só descobrindo depois a radioatividade se possibilitou uma determinação mais segura da idade da Terra. Isso se possibilitou por causa da propriedade de desintegração ou decaimento de radioatividade apresentada por alguns átomos. A desintegração é um evento no qual alguns átomos radioativos, ao lançarem de si radiações que provém do centro do átomo (certas formando partículas), foram transformados em demais elementos de maior estabilidade. Esta transformação se caracteriza como um fenômeno central. A aceleração da desintegração é permanente: dessa forma, numa certa amostragem de rocha, ao se calcular a sua quantia de urânio e de chumbo, exemplificando, é possível que seja obtida a idade da rocha com o cálculo da proporção do conteúdo dela em relação a esses ambos elementos. A idade dos fósseis se determina dessa mesma forma.[1]

As metodologias de datação mais utilizada são: urânio em chumbo, carbono-14 em carbono-12, potássio em argônio e rubídio em estrôncio. Sendo a história da Terra de duração excessivamente larga, foi necessária a sua divisão em capítulos, que se denominam períodos e épocas geológicas, com a correspondência de cada a estruturas diferentes. Os períodos similares se agruparam com a denominação de eras.[1]

Estrutura interna[editar | editar código-fonte]

A Terra é constituída por camadas contínuas, de densidade diferenciadas, com aumento entre superfície e o centro. A pesquisa da parte interna do planeta Terra se realiza por meio de cadastros que os sismógrafos fazem. Os sismógrafos são aparelhos de detecção das ondulações que são irradiadas desde os tremores de terra ou abalos sísmicos.[2]

Estas ondas são propagadas com diferenciadas acelerações em meios diferenciadamente densos por igual. Dessa maneira, a pesquisa sobre o comportamento das ondas sísmicas possibilita a percepção do tipo de estrutura que está passando — quando certa superfície for mais densa, a propagação veloz das ondas aumentará. Dessa forma, é possível desenhar um mapa delas e idealizar o que tem por dentro da Terra.[2]

As camadas da Terra se delimitam umas das demais por meio de superfícies chamadas descontinuidade — lugares onde as propagações velozes das ondulações sísmicas mudam rapidamente ao serem deslocadas pelo interior da Terra. É por meio das descontinuidades que a composição mineralógica modificada do planeta é provada. Elas formam a base para estabelecer a estrutura interna da Terra em camadas concêntricas. São de conhecimento três descontinuidades: a de Mohorovicic, que se localiza de 35 até 40 km de profundidade nos continentes e até 10 km de profundidade nas profundezas dos oceanos; a de Gutemberg, que se situa em seus profundos 2 900 km; e, por último, a descontinuidade de Wichert, que encontra-se em seus profundos 5 100 km.[2]

Como a Geofísica é muito evoluída, descobriram-se coisas novas a respeito de como o globo é internamente constituído e, hoje em dia, são admitidas as zonas a seguir:[2]

  • Crosta: que igualmente denomina-se litosfera, significa somente 1% do toda a área da Terra, planeta nosso em que vivemos (estima-se a massa do esfera global terrestre em 6 sextilhões de toneladas) e estende-se entre a superfície da Terra e seus maximamente profundos 60 km. Encontra-se dividido em ambas as zonas: uma de maior superfície, solidez, que formada especialmente por granitos, rochas sedimentares embasadas, e outra zona profunda localizada a mais de 20 km, uma camada grudenta, constituída por rochas magmáticas como o diabásio, o gabro e o basalto. No entanto, a grossura da crosta não tem uniformidade, sendo de maior profundidade nos solos férteis continentais e de menor espessura nas águas salgadas dos oceanos. Como, em sua porção ocupada pelos continentes, são apresentadas pela crosta, como já se viu, rochas graníticas, nas quais os componentes químicos de maior abundância são a sílica e o alumínio, a crosta chama-se igualmente de sial. A Descontinuidade de Mohorovicic faz a delimitação da litosfera com o manto.[2]
  • Manto: conhecido também pela possível denominação de mesosfera ou camada intermediária, e significa mais de 83% da extensão (estima-se a extensão da Terra em 1 083 320 000 000 de km²) e 65% de todo o volume da Terra. O manto se situa de 60 até 3 000 km de profundidade. Se constitui duma zona constituída de materiais enriquecidos de ferro. O manto encontra-se dividido em ambas as diferentes zonas: o manto superior, contatando-se com a crosta, e o manto inferior, que limita-se com o núcleo. A crosta originou-se desde o manto superior, por meio de uma grande diversidade de transformações que acontecem nos minerais que o formam. Realmente, a crosta vem sendo influenciada pelo manto, por meio de fenômenos geológicos como orogênese, o vulcanismo, o tectonismo, entre outros. É também chamado de sima, porque é constituído, em sua maioria, por sílica e magnésio.[2]
  • Núcleo: significa mais de 14% do volume e 32% da área planetária. Encontra-se situado de 3 000 km a 5 000 km de profundidade. Sua característica é fluida, constituída por níquel e ferro, sendo, então, denominado nife. É possível que as médias térmicas do núcleo alcancem até 5 000º C e que a pressão alcance milhões de atmosferas. A Descontinuidade de Gutemberg delimita o manto.[2]
  • Semente ou Núcleo Interno: ainda pouco são de conhecimento os aspectos geofísicos do núcleo interno, porque seu estudo é complicado e também porque os cientistas descobriram recentemente. Seus aspectos principais são: encontra-se situado de 5 000 até 6 370 km, constitui-se de ferro e níquel e tem como característica a solidez por causa das elevadas pressões que acontecem na parte interna do planeta. A Descontinuidade de Wichert delimita o núcleo interno do núcleo externo.[2]

A crosta é a camada terrestre de maior interesse da espécie humana, uma vez que a superfície terrestre é o seu habitat.[2]

Minerais[editar | editar código-fonte]

A Terra é formada quase totalmente por rochas basicamente formadas por minerais. Os minerais são analisados por um ramo geográfico que denomina-se Mineralogia, que pesquisa quais são propriedades, como são compostos, onde ocorrem e quando começaram a surgir os minerais.[3]

De acordo com Dana, define-se um mineral como sendo "um elemento ou composto químico de natural ocorrência o qual é constituído como um produto inorganicamente processado". Com a observação da definição, é possível a retirada de certas conclusões:[3]

  1. os produtos não naturais que o homem criou, como o diamante e o rubi sintético, embora tenham uma grande variedade de aspectos de estruturas iguais ao produto parecido que se encontra na natureza, não podem considerar-se como minerais.[3]
  2. os produtos originários da natureza, como o petróleo, o carvão mineral e demais, não podem considerar-se como minerais porque não vêm da natureza; eles denominam-se mineraloides.[3]
  3. quase a totalidade dos minerais é apresentada no meio natural em estado sólido, exceto a água e o mercúrio, que, em estados comuns, definem como líquidos.[3]

Não devem ser utilizadas sem distinção as palavras chamadas mineral e minério. Define-se minério como um mineral cuja exploração econômica é possível, ou seja, quando certo valor comercial é apresentado por certo mineral. Também não devem ser confundidas palavras mina e jazida. Uma jazida forma o total da concentração de uma grande quantidade de um mineral ou mineraloide em áreas de restrição na superfície da Terra. Já uma mina é qualquer jazida que o homem explora.[3]

Propriedades físicas[editar | editar código-fonte]

Dentre as mais importantes propriedades apresentadas pelos minerais podem ser relacionadas:[3]

  1. Dureza: é entendida como dureza a resistência oferecida por um mineral à abrasão ou ao risco. Ela reflete os átomos, íons ou moléculas, que, interligados, são formadores da organização do mineral cristalino. A dureza é uma conceituação relacionada e é calculada pela Escala de Mohs:[3]
    Os minerais mais duros têm capacidade de risco dos que são menos duros. Dessa forma, a apatita, duro em 5 na escala, faz um risco em qualquer mineral menos duro e recebe um risco dos minerais mais duros que a escala 5. No entanto, não existe uma probabilidade proporcional na Escala de Mohs. Por exemplo, O topázio não tem oito vezes mais dureza do que o talco, nem a fluorita é duas vezes mais duro que o sal-gema. No momento em que a dureza semelhante entre os minerais é apresentada, estes últimos são riscados de maneira simultânea.[3]
  2. Traço: é caracterizado como a propriedade do mineral traçar ou riscar ao se atritar contra uma placa sem polimento de porcelana branqueada. De modo óbvio, caso o mineral for mais duro do que a porcelana, não existirá traço. A coloração do mineral não continua correspondendo à coloração do traço; a hematita, exemplificando, é apresentada com coloração negra e tem traço avermelhado; a pirita é amarelada e tem traço de preto com verde ou preto com castanho.
  3. Clivagem: forma a propriedade dos minerais divididos ou fraturados em planos ou esses planos já apresentados, por causa de sua formação cristalina. Considera-se a clivagem numa escala em cinco tipos: fraca, moderada, boa, perfeita e proeminente. Considera-se fraca a clivagem quando o plano de fratura de mineral não é percebido, ou seja, quando suas partes com formatos regulares não são apresentadas, como é o caso da bornita e da apatita. A clivagem tem proeminência como no caso da mica, quando ela é fraturada de maneira extremamente fácil.[3]
  4. Peso específico ou densidade relativa: é entendido como peso específico a extensão de um certo mineral que divide-se por seu igual volume, em medição com água destilada a 4º C. Dessa maneira, se um mineral é igualmente denso a 3, isso quer dizer que o peso dele é três vezes maior do que o mesmo volume de água.[3]

Rochas[editar | editar código-fonte]

A descrição das rochas, ou seja, sua petrografia, tem importância na medida em que suas informações geológicas são fornecidas para interpretá-las.[4]

A origem e o ambiente em que foram formadas são fatores de valor para que sejam definidas regiões economicamente prósperas, ou seja, áreas que passam a ter conteúdo de minerais economicamente importantes.[4]

É entendido como rochas os que agregam uma ou mais espécies de minérios. A simplicidade de uma rocha é constituída por apenas um tipo de mineral, a exemplo dos quartzitos que constituem-se apenas de quartzo (SiO2). Compõe-se uma rocha quando é formada por mais uma espécie de mineral, a exemplo do granito, formado por quartzo, feldspato e mica.[4]

Tipos de rochas[editar | editar código-fonte]

A crosta terrestre é formada por várias rochas, as quais são formadas por uma grande diversidade de elementos químicos, como os óxidos, a sílica e a alumina.[4]

Em conformidade com o processo originário, as rochas podem dividir-se em três grupos: magmáticas, metamórficas e sedimentares.[4]

Rochas magmáticas[editar | editar código-fonte]

São provenientes do magma consolidado: magma é o material quente, com médias térmicas de 800 a 1 200º C, o qual é deslocado entre o manto e crosta porque a Terra é mais pressionada por dentro do que por fora; ao ser solidificada, o magma é o material formador das rochas magmáticas. Das rochas magmáticas são derivadas, por vários processos, erosivos, exemplificando, as rochas sedimentares e metamórficas. Quando à sua origem, as magmáticas, podem ser:[4]

  1. Intrusivas ou plutônicas: provém do magma, o qual é consolidado a uma grande variedade de quilômetros de profundidade. O arrefecimento da rocha, neste caso, acontece demoradamente, originando a cristalização dos minerais, como, exemplificando o granito. Este, por sua vez, é a rocha intrusiva de maior frequência, acontecendo ao lado dos gnaisses do embasamento cristalino.[4]
  2. Hipoabissais: significam um estágio médio das intrusivas até as extrusivas. Numa grande quantidade de vezes ocorre que o magma não alcança a superfície da Terra, mas encontra-se espalhado e consolidado a pouca profundidade, nas brechas que existem entre as demais rochas. Exemplificando, podem ser citadas como tipos de rochas hipoabissais, porque são as de maior frequência, o diabásio e o sienito.[4]
  3. Extrusivas ou vulcânicas: formam-se desde o magma derramado na superfície da Terra. Geralmente, as rochas extrusivas têm uma textura vítrea, porque esfriam rapidamente durante a sua chegada em estado líquido à superfície. O basalto é a rocha vulcânica mais simples de se encontrar.[4]
Rochas metamórficas[editar | editar código-fonte]

Se diz que uma rocha é metamórfica quando acontecem transformações na composição e disposição de seus elementos que a formam. Tais transformações são dadas por causa de novos estados térmicos, de pressão, ou de intensos atritos, quando se gera uma formação diferente.[4]

Exemplificando uma rocha metamórfica, podem ser citados o mármore, a ardósia, o quartzito, o gnaisse, etc.[4]

Rochas sedimentares[editar | editar código-fonte]

As rochas sedimentares formam-se parcialmente, de grãos e poeiras originárias do continente. Essas partículas resultam das rochas magmáticas, metamórficas e mesmo sedimentares desagregadas e decompostas que os ventos, o lençol freático de escoamento na superfície, as geleiras e mesmo o efeito gravitacional carregam.[4]

Esse tipo de rocha forma-se por meio do seguinte processo:[4]

  • Intemperismo: rochas originais que desagregam e decompõem-se quimicamente;[4]
  • Erosão: materiais de decomposição e desagregação removidos no interior da área de abastecimento;[4]
  • Deslocamento rochoso da área de abastecimento até a bacia de deposição;[4]
  • Deposição;[4]
  • Processo de litificação, ou seja, aquele que transforma o sedimento que se acumula em rocha coerente.[4]

Segundo o processo de sedimentação, podem ser divididas as rochas sedimentares em três tipos:[4]

  1. Detríticas: constituem-se de partículas ou fragmentos de várias dimensões, que os agentes externos ou erosivos, como as águas, os ventos, as geleiras etc., transportam.[4] Exemplificam-se como rochas detríticas: conglomerados, arenitos e siltitos.[4]
  2. Químicas: originam-se por meio da evaporação e da solubilidade reduzidas das águas, exemplificando os evaporitos, o sal e a calcita.[4]
  3. Orgânicas: sedimentos que formam-se através dos restos vegetais e/ou animais acumulados, entre os quais são destacados, o carvão, o calcário e o betume.[4]

Solos[editar | editar código-fonte]

Qual o significado de solos? Os conceitos largamente variados são correspondentes a uma grande variedade de perspectivas, aspectos de uma grande variedade de ciências e ramos de atividades. O engenheiro de minas explica solo como material de cobertura das jazidas minerais com a sua necessidade de retirá-lo. Segundo um engenheiro civil, é a matéria-prima que se utiliza para construir estradas, barragens, usinas hidrelétricas, edifícios, bibliotecas públicas/particulares/universitárias, escolas, universidades, hospitais gerais/psiquiátricos, aterros, entre outros. Já o engenheiro agrônomo o explica como a camada superficial onde são desenvolvidas as plantações agrícolas.[5]

O conceito usado pela Pedologia, ramo da ciência geográfica que se encarrega do estudo do solo, é a de maior abrangência do que os acima relatados. Segundo ela, os quatro elementos mais importantes que formam o solo são: a água, o ar, a matéria orgânica e os minerais, isto é, para um camada da crosta terrestre se denominar solo, necessitam-se estarem presentes esses quatro elementos. Desses componentes variados é que vai surgir essa grande variedade de solos, como a terra roxa no Brasil, o tchernoziom na Ucrânia e loess na China.[5]

Formação dos solos[editar | editar código-fonte]

Uma ação erosiva causada pela clima, especialmente a temperatura e as chuvas, fenômeno climático gerador do intemperismo físico e químico, é sofrida pelas rochas, como já foi explicado no capítulo anterior deste artigo.[6]

Como o intemperismos físicos e químicos são fatores atuantes diferenciados, aparecem no solo, formações ou camadas de características diferenciadas, que se chamam de horizontes do solo. O seu conjunto, no momento em que se realiza um corte vertical entre superfície e a rocha que originou o solo, é denominado perfil do solo. [6]

Um solo total e de bom desenvolvimento têm, pelo menos, três horizontes, cuja designação são as letras maiúsculas, A, B e C. Os números arábicos acrescentados 1, 2 e 3 indicam os horizontes subdivididos. Dessa forma, os horizontes que identificam-se como B1 e B2, os números 1 e 2 são indicadores de subdivisões. Acima do horizonte A surge uma camada, cujo caractere de identificação é a letra O, que, por se constituir principalmente de matéria orgânica, não pertence aos horizontes do solo, porém, se estuda juntamente com as outras camadas.[6]

Todo o horizonte tem aspectos próprios, que o tornam diferentes dos outros.[6]

  • Camada O: que também denomina-se horizonte orgânico, porque sua matéria orgânica tem elevação concentrada de matéria orgânica (com índice acima de 20%).[6]
  • Horizonte A: seu aspecto mais importante é a matéria orgânica decomposta presente e/ou os minerais migrantes como as argilas, ferro e alumínio, para a camada inferior, por isso denomina-se elúvio. Os elementos ativos do clima são sofridos pelo elúvio, por este ter superfície. [6]
  • Horizonte B: é a porção do solo cuja cor e cuja estrutura mais desenvolvidas são apresentadas e/ou a porção do solo que acumula materiais do horizonte A e de óxidos de alumínio, ferro e argilas. Como os materiais migraram da camada próxima, denomina-se ilúvio.[6]
  • Horizonte C: camada do solo na qual os processos de alteração têm menos desenvolvimento e que são os guardiães de aspectos de maior proximidade ao material que o originou; contata-se com a rocha sadia ou matriz que o intemperismo ainda não alterou. Esse horizonte denomina-se regolito.[6]

Classificação dos solos[editar | editar código-fonte]

Em relação aos fatores de formação, classificam-se os solos em zonais, intrazonais e azonais.[7]

  1. Zonais: são os solos cuja gênese e formação associam-se, de maneira fundamental, aos fatores do clima. Geralmente, distribuem-se pelo sentido das latitudes. Os mais importantes solos de zona são: solos de tundra ou polares, tchernoziom, solos desérticos e latossolos.[7]
  2. Intrazonais: são os solos que têm formação não relacionada aos fatores do clima, e sim aos fatores locais, como a rocha mineralogicamente composta ou a água excessiva no perfil. Exemplos de solos intrazonais: solos hidromórficos e solos negros das regiões dos trópicos.[7]
  3. Azonais: são solos de pequeno desenvolvimento, que encontram-se em quaisquer das latitudes, especialmente nas regiões onde há ocorrência de deslizamentos, dunas e material recente depositado. Exemplificam-se solos azonais: solos montanhosos e de aluvião.[7]

Certos solos agrícolas do mundo[editar | editar código-fonte]

Entre certos solos com larga utilização agrícola, podem ser citados:[8]

  1. Latossolos: definem-se como solos de zona característicos de áreas cujo clima é tropical úmido e semi-úmido, como o do Brasil e do centro da África. Sua possível cor é avermelhada, laranja ou amarelada, porque nestes solos existem mais ou menos minerais, como os óxidos de ferro e de alumínio, que são os compostos químicos componentes dos latossolos. Esses solos são apresentados em profundidade, sendo mais espessos acima de dois metros, com grande porosidade, forte intemperismo e pouco diferenciados dentre os seus horizontes. Geralmente, apenas a camada de cima é destacada das outras, porque a matéria orgânica decomposta vai acumulando.
    Por causa do clima onde são encontrados (o tropical é mais quente e úmido), os latossolos lixiviam-se com intensidade e, em consequência, são fracos em nutrientes minerais de necessidade às plantas. Em certas regiões onde ocorrem, os latossolos alcançam a sustentação de uma vegetação de maior densidade, de florestas tropicais, não por serem mais férteis e sim por algum tanto de nutrientes que a vegetação recicla todos os dias. Quando o volume de nutrientes é menor em relação ao volume de nutrientes que precisariam manter uma vegetação de florestas, surgem os cerrados ou as savanas.[8]
    Embora os nutrientes sejam quimicamente fracos, os agricultores podem utilizá-los, desde que eles empreguem, em quantia moderada, corretivos agrícolas, como o calcário, e fertilizantes. Pode utilizar-se o cultivo intensivo do mesmo modo, "porque os latossolos têm propriedades físicas de boa qualidade e, situando-se em topografia branda, passam a favorecer muito a mecanização".[8]
    No Brasil, as tentativas recentes de introdução da sojicultura, cafeicultura e triticultura nos latossolos, vêm sendo um fator econômico muito sucessivo, em principal no Centro-Oeste do país. No entanto, até uma certa época, a maioria dos latossolos tem utilizado basicamente o pasto natural, para criar extensivamente o boi para extrair carne dos músculos deste animal, da mesma forma que ocorre em outros estados com o carneiro, o porco, o cavalo, a galinha e o coelho.[8]
  2. Terra roxa: Apesar de considerar-se da mesma forma um latossolo, destaca-se por ser fértil, por ser o único solo mais fértil, propriamente dito, em relação aos outros latossolos generalizadamente menos férteis.[8]
    A terra roxa é uma tipologia de latossolo roxo, que se desenvolve no clima tropical, em rochas eruptivas básicas ou magmáticas, como o basalto e o diabásio. Daí a existência na região Sul do Brasil de grandes áreas onde ocorre o basalto, mas não estando presente a terra roxa, porque o clima é subtropical. De maneira esquemática, é possível a afirmação de que a terra roxa é a combinação de basalto com clima tropical.[8]
  3. Massapê: no Brasil, é um solo zonal característico do Nordeste do país. O massapê é o solo cuja uma cor acinzentada-escura e cuja uma alta quantidade de argilas são apresentadas, sendo o solo constituído por um granito decomposto em clima tropical com ambas as estações (ou semi-úmido).[8]
    Seu proveito para a lavoura é dependente, quase sempre, da quantidade que se adequa à umidade, porque, quando têm umidade em excesso, são transformados em solos grudentos, sendo os terrenos aderentes às ferramentas e tornando difícil a mecanização. A seca endurece o solo massapê para a agricultura.[8]
    Na Região Nordeste do Brasil, vem de séculos seu uso para a monocultura da cana-de-açúcar. Naquela região, o manuseio sem adequação ao solo vem sendo o fator diminuidor das lavouras produzidas.[8]
  4. Löess: constituído por sedimentos eólicos finamente granulados e formado de argilas com elevada quantidade de quartzo e cálcio. O horizonte A tem cor escurecida, espessura e maciez, mesmo com secura. A região climática onde ocorre é a sub-úmida, que assegura existir uma vegetação de gramas. A umidade não é o fator climático causador da lixiviação, sendo permitida, dessa forma, o acúmulo de elevadas quantidades de cálcio.[8]
    Esse tipo de solo pode ser formado desde muitos materiais, especialmente sedimentos de pouca espessura, que o vento transporta.[8]
    O löess considera-se como um dos solos agrícolas de melhor qualidade do mundo, porque é naturalmente muito fértil e no relevo de ocorrência — colinas brandas e planícies — que torna fácil a mecanização. Dentre as mais importantes áreas onde ocorre o löess, podem ser citadas o Meio-Oeste dos Estados Unidos, sudoeste da antiga União Soviética, o norte da China, os pampas da Argentina, do Uruguai e do sul do Brasil.[8]
  5. Tchernoziom: solo azonal com uma cor escurecida (tcherno = negro e ziom = terra) apresentada, é enriquecido de húmus, medianamente espesso em um metro. É o solo correspondente às regiões de clima continental (calor e umidade no verão e frio no inverno), coberto por gramíneas formadoras das estepes ou pradarias.[8]
    É um solo de ligeira alcalinidade ou base, porque ali evapora mais do que precipita, e também porque existe um lençol freático pouco profundo.[8]
    As chuvas que existem no verão são um fenômeno climático propício para uma atividade microbiana de grande intensidade acima das gramíneas que morreram durante o inverno longo e rigoroso, constituindo uma camada húmica de grande espessura, que favorece ao extremo à agricultura, especialmente a triticultura e de demais cereais, como acontece na faixa de tchernoziom na Ucrânia.[8]

Conservação e proteção dos solos[editar | editar código-fonte]

Se fala muito em preservar a flora, a fauna e a atmosfera terrestre. A poluição industrial, motivo de grande denúncia, não alcança apenas as características que Coimbra & Tibúrcio (1998, p. 330) citaram, como da mesma forma os solos. Esses, de algum modo, suportam todo o ecossistema sobre eles.[9]

A premissa de que os solos não se esgotam e que parecem não mudar necessita de revisão e combate. Os solos sempre são modificados, devido à ação dos ventos e das enxurradas e pela força dos rios que constroem e destroem os solos, propriamente ditos. Caso, por um lado, o intemperismo, acontecendo nos horizontes baixos, sempre oferece material para camadas próximas, por outro os solos erodem e se desgastam intensamente, se eles não forem apropriadamente protegidos. a eliminação da vida vegetal com cobertura do solo é somada a esse fato, crescendo mais ainda o desgaste causado pela erosão.[9]

Nos climas de calor e umidade nos quais existem solos de grande profundidade, há necessidade suplementar em proteger e conservar, especialmente nas regiões intensamente ativas para a agricultura. Hoje em dia, nas regiões tropicais, geralmente de economia subdesenvolvida, a agricultura não usa as técnicas de base para preservar os solos.[9]

Queimadas, desmatamentos de áreas de extensão, aração de encostas de difícil subida na direção mais declivada, monoculturas agrícolas e rebanhos superlotados nas pastagens são práticas que, por adoção rotineira no Brasil e em demais latitudes parecidas, têm provocado o enfraquecimento dos solos. Depois disso, solos agricolamente bem aptos perdem a produtividade, são esgotados e deixados em troca de terras novas em que a destruição será reiniciada. Esta situação é denominada de cultivos itinerantes.[9]

O homem está facilmente integrado ao solo, contanto que sejam vistas certas normas de base para preservar e conservar os solos. Entre as quais, podem ser citadas:[9]

  1. Práticas de caráter pedológico: são aquelas que abrangem o próprio solo, objetivando a manutenção e/ou melhoramento de sua fertilidade, como, exemplificando, o ajustamento das culturas agrícolas à aptidão do solo, a realização de fertilização diária e culturas rotativas, eliminação e controle de queimadas.[9]
  2. Práticas de caráter vegetativo: baseiam-se em controlar a erosão do solo por meio de aumentar sua cobertura vegetal. Entre estas práticas, merecem destaque: reflorestar, formar e manejar os pastos corretamente, criar cercas vivas para a redução da rapidez do vento, plantar vegetação nas encostas para a redução da rapidez da água e, em consequência, a erosão.[9]
  3. Práticas de caráter mecânico: formas de conservação que baseiam-se em causar alterações no relevo com o uso das máquinas ou tração animal, com o objetivo da redução da declividade, construindo canais ou patamares em igual altitude. Exemplificando, é possível a citação das técnicas de plantio como as curvas de nível, a utilização de terrenos do tipo patamares, a feitura de banquetas pessoais, o cultivo com máquinas especiais, o uso de processos com dispensa da aração exagerada.[9]
    As práticas de conservação beneficiam qualquer um, porque tranquilizam tanto o homem do campo tanto o habitante da cidade. Para a sua execução, é necessário, acima de tudo, o conhecimento do solo que está sendo utilizando, porque, para a sua conservação, é preciso entender a sua constituição e sua formação. A Pedologia é, pois, de grande utilidade para determinar as teorias indispensáveis para estabelecer as práticas de conservacionismo.[9]

Relevo[editar | editar código-fonte]

Na opinião dos povos da Antiguidade, eram poderes sobrenaturais que causavam terremotos e erupções oriundas de vulcões. Atualmente, embora sejam conhecedores do que esses fenômenos causaram, não é possível que os cientistas de jaleco calculem com precisão quando eles ocorrerão.

Tectônica de placas[editar | editar código-fonte]

Há muitas evidências de que a crosta terrestre encontra-se movimentada, causando alterações na localização geográfica dos continentes de solo fértil e mudando as características geomorfológicas do nosso planeta Terra.

Esta ideia é antiga: é especulado que o contorno do litoral do oeste africano é perfeitamente ajustado com a costa do Brasil, como um grande quebra-cabeça. Mas a primeira vez que descobriu-se que a crosta terrestre encontra-se movimentada é devido ao geólogo alemão Alfred Wegener, precursor da investigação profunda do assunto e da condução de demais cientistas à tomada dessa ideia em verdade.

Wegener da mesma forma tem como base a opinião de que podem ser agrupados os continentes. A explanação para tal fato vem da noção de que antes existia um supercontinente, que os cientistas deram-lhe o nome de Pangeia, que mais tarde foi fragmentado, há mais de 200 milhões de anos, nos primeiros tempos da era Mesozoica.

Para a comprovação da primeira noção, Wegener estava à procura de muitas evidências, como, exemplificando, a ocorrência de fósseis de animais e vegetais de uma mesma espécie em continentes próximos, as estruturas semelhantes do relevo numa série de lugares do nosso planeta Terra — o Planalto Brasileiro, exemplificando, é a unidade geomorfológica sul-americana equivalente de modo nítido a um outro planalto no país africano da Costa do Marfim. Estas noções, em sua totalidade, relacionaram-se sob a denominação de teoria da deriva dos continentes ou de tectônica de placa, publicações datadas de 1915 com o título A Origem dos Continentes e dos Oceanos.

Mas a opinião que Wegener levantou era de grande dificuldade naquele tempo e certas perguntas não eram capazes de serem respondidas, especialmente a explicação para a seguinte indagação: qual era a força que possibilitava o deslocamento dos continentes?

Na época da Segunda Guerra Mundial, com a utilização do sonar (sound navigation ranging, ou seja, detecção sonora de navegação) e de um segundo aparelho com funcionamento de acordo com igual princípio, o fathometer, a marinha aliada começou a mapear o oceano. Portanto, descobriu-se que a profundeza do mar não definia-se como uma grande planície, que certas regiões elevadas a interrompem de modo ocasional, como esse era o pensamento da maior parte das pessoas.

Logo depois da Segunda Grande Guerra, em 1947, um agrupamento de especialistas do Observatório Geológico de Lamont, do estado estadunidense de Nova Iorque, sob a liderança do geólogo Maurice Ewing da Universidade de Colúmbia, junto com Hary Hess da Universidade de Princeton, iniciou o estudo da Dorsal do Atlântico, com os aparelhos iguais aos que a marinha aliada utilizou na época da guerra.

A Dorsal do Atlântico é uma grande cordilheira submarina (com uma largura de 73 000 km), a qual é estendida formando um "S", de norte a sul, com um estreito e um talvegue de difícil subida na porção central. Desde estas pesquisas e demais estudos que desenvolveram-se mais tarde, apareceu a prova da necessidade de Wegener para o estabelecimento definitivo de sua opinião.

Em primeiro lugar, Hess e sua equipe de trabalho viram que a Dorsal do Atlântico, ao contrário da ideia em vigor, não foi formada por enrugamento, durante o esfriamento da Terra, e sim por expansão. Viram também que as rochas das profundezas do mar não eram antigas, sendo datadas de no máximo 150 milhões de anos atrás, ao contrário do que era pensado — a opinião aceita era a equivalência era a equivalência da superfície de origem, de quando a Terra se formou.

A observação de Hess é que o vale da Dorsal do Atlântico é uma fenda da crosta, pela qual emergiram rochas magmáticas que vieram do manto. Com isso foi conseguida sua explicação dos terremotos do fundo oceânico que ocorreram no decorrer do total da Dorsal. Estas rochas, na sua subida direcionada à crosta, causam uma expansão do fundo oceânico de certos centímetros anuais, fato que se considera como um movimento de rapidez, considerando o tempo geológico.

Uma placa pode barrar o deslocamento de outra, ou seja, uma é colidida por contra a outra, exemplificando, a Placa Brasileira ou Sul-Americana, que a Placa de Nazca barra. Esse tipo de deslocamento se chama convergente e, quando ele acontece, o fundo oceânico é abatido, retornando-se para dentro da Terra. As regiões onde isso ocorre denominam-se zonas de subducção, em que acontecem intensos tremores de terra e violenta atividade vulcânica. Nas regiões em que existem zonas de subducção são encontradas imensas fossas submarinas, os quais alcançam milhares de metros de profundidade — a Fossa do Japão, exemplificando, alcança 6 000 metros de profundidade. Resultando da colisão da Placa Brasileira com a de Nazca surgiu a Cordilheira dos Andes.

Outro exemplo de colisão entre as placas é encontrada na Índia, que pertence à Placa Australiana a qual, por sua vez, empurrou contra a Placa da Eurásia. Resultando da colisão entre as duas placas surgiu o Himalaia, que iniciou seu soerguimento, desde um mar tranquilo, há 40 milhões de anos.

Entretanto, o deslocamento convergente é somente uma das formas de integração que existem entre as placas ao serem deslocadas. Outro modo de interação é o deslocamento divergente, como se verificou entre as placas Brasileira e a Africana.

Demais vezes acontecem deslocamentos tangenciais entre elas, causa violentos tremores de terra no momento em que é dado o movimento. Este fato se observa no litoral oeste dos Estados Unidos, em que a Placa do Pacífico é deslocada para noroeste — essa área se denomina Falha de Santo André. Quando se desloca, uma parte da costa oeste é juntamente deslocada da mesma forma, para o noroeste. Em virtude do movimento, a Península da Baixa Califórnia, que se localiza no sul da placa, se afastou do resto do território do México há mais de 4 milhões de anos, e o Golfo da Califórnia se abriu entre a placa e o continente.

As forças de impulso das placas se denominam correntes convectivas e não estão localizadas na costa, mas sim no manto inferior ou astenosfera (asthenes, palavra grega cujo significado é fraco). As correntes convectivas acontecem, devido aos diferentes padrões que aquecem a Terra, ou seja, os materiais de calor sobem entre o manto e a crosta (correntes ascendentes) e as rochas geladas descem entre a crosta e o manto (correntes descendentes). Os lugares de entrada das rochas entre a crosta e o manto se denominam zonas de subducção, como já foi dito por Coimbra & Tibúrcio (1998, p. 309), e as regiões de onde saem os materiais entre manto e a crosta, zonas de agregação.

Agentes do relevo terrestre[editar | editar código-fonte]

É entendido como relevo terrestre o agrupamento dos desnivelamentos que acontecem na superfície litosférica, ou, ainda, as diversas características da superfície litosférica da Terra. Os desnivelamentos que acontecem na crosta resultam das alterações demoradas, com duração de milhares, ocasionalmente milhões de anos, a não ser a ocorrência de manifestações internas da crosta, como os terremotos e o vulcanismo. Uma enorme gama de formas topográficas é apresentada pelo relevo, como, exemplificando, planícies, planaltos, montanhas, entre outros.

O relevo é um resultado da atuação de ambos os conjuntos de forças sucessiva e simultaneamente atuantes, que denominam agentes do relevo, que equivalem às forças endógenas ou agentes internos, que têm capacidade de criação do relevo, sendo, pois, forças de construção, como o tectonismo, vulcanismo e abalos sísmicos; e as forças exógenas ou agentes externos, que alteram o relevo, como, exemplificando, uma grande diversidade de tipos de erosão: fluvial, eólica, glacial, marinha, entre outros.

O ramo da Geografia dedicado à pesquisa das formas de relevo é denominado Geomorfologia. Para ela, o importante não é descrever simplesmente os aspectos das formas de relevo, sendo observado somente que existe em certa paisagem uma montanha ou uma planície. É importante também o estudo, além dessas características, da gênese e da estrutura do relevo.

Agentes internos[editar | editar código-fonte]

São denominados agentes internos as forças que acontecem no interior da crosta ou que vieram do manto e com várias origens: correntes convectivas do magma, pressão, contração da crosta porque os blocos continentais resfriam e se deslocam. Os agentes internos principais são:

  • Tectonismo
  • Vulcanismo
  • Estrutura vulcânica
  • Tipos de vulcanismo
  • Distribuição geográfica dos vulcões
  • Abalos sísmicos
  • Densidade e magnitude dos abalos sísmicos

Tectonismo[editar | editar código-fonte]

O tectonismo, que também se denomina diastrofismo (distorção), são movimentos de lentidão, de prolongamento ou não, que acontecem na crosta terrestre, causando deformações das rochas e isso resulta de forças internas ou endógenas que atuam. Dentre os movimentos tectônicos duas formas são distintas: a epirogênese, quando acontecem movimentos verticais da crosta, equivalendo aos movimentos horizontais.

A epirogênese (movimentos verticais) rebaixa e soergue a crosta. Ocorre nos continentes. Estes movimentos não atingem a estrutura, nem uma estrutura nova é gerada por este fenômeno geomorfológico, ao contrário, são conservadas as que existiram antes. Por ser um fenômeno que acontece de modo lento, somente é possível fazer sua observação direta em certas regiões da Terra, na qual são de maior rapidez excepcional. Como, exemplificando, pode ser citado o caso da Península Escandinava, em que acontecem alturas de 38 centímetros por século, porque a carga pressionada de gelo com suporte a partir da última glaciação é aliviada.

Existem demais exemplos antigos de movimentação epirogenética, como o Templo de Serápis, em Pozzuoli, perto de Nápoles, Campânia, Itália, cujas colunas apresentam sinais de incrustações de lamelibrânquios marinhos a dois metros superiores ao nível do mar, sendo comprovada uma região abatida e elevação posterior, em pouco tempo.

A epirogênese, ao causar os soerguimentos e rebaixamentos, exerce influência possível nas costas por meio de transgressões e regressões marinhas; na hidrografia, crescendo ou reduzindo o débito dos rios, e também exerce influência no desgaste da erosão, por meio da deposição e transporte de sedimentos nas áreas em que isso ocorre.

A orogênese (movimentos horizontais) equivale aos deslocamentos, muito intensos, da crosta da Terra, que duram pouco em comparação à epirogênese, com capacidade de geração de cordilheiras, sendo dobradas e falhadas as rochas, por causa das forças tangenciais ou paralelas que acontecem nos rebordos das bacias sedimentares. É global o âmbito da extensão da ocorrência dos movimentos orogênicos, e acontecem em períodos curtos e claros, isolados por largos espaços de tempos silenciosos.

Havia quatro períodos de fortes movimentações orogênicas:

  1. Huroniano: termina a era Pré-Cambriana;
  2. Caledoniano: começa a era Paleozoica;
  3. Herciniano: termina a era Paleozoica;
  4. Alpino: termina a era Mesozoica e começa a Cenozoica.

No entanto, isso não quer dizer que o total dessas linhas de dobramento de montanhas seja, hoje em dia, um conjunto de elevações. A maior parte das zonas orogênicas pré-cambrianas e demais elevações que vieram depois, exceto as elevações do tipo alpino, não têm perfil original apresentado, porque a erosão se prolonga.

A possível produção pela geração de esforços nas rochas da crosta da Terra é de muitos eventos, sendo que os de maior frequência, tendo ligação ao tectonismo, são os fraturamentos, falhamentos e dobramentos. Esses eventos que ocorrem são dependentes dos esforços tectônicos intensos, direcionados e duradouros. Em contrapartida, surge a competência da rocha, que determina a geração de estrutura. Uma rocha possui competência, ou rigidez, quando é oferecida resistência aos esforços tectônicos pela rocha competente . As rochas que não possuem competência têm plasticidade e é oferecida resistência à aplicação dos esforços pela rocha incompetente.

Não obstante a existência local de dobramentos não originários de tectonismo, os dobramentos mais extensos e de maior importância são devidas às forças interiores com atuação nas rochas à dimensões muito profundas.

Os elementos principais de um dobramento são:

  1. Anticlinal: porção arqueada do dobramento.
  2. Sinclinal: porção de concavidade do dobramento.
  3. Eixo ou charneira: alinhamento em volta do que é dada a dobra.
  4. Flanco: lado do dobramento.
  5. Crista: alinhamento que resulta da conexão dos pontos de maior elevação de um dobramento, sendo possível ou não a sua coincidência com seu eixo.

No momento em que a movimentação tectônicas acontece em rochas de rigidez, é possível a ocorrência de falhas e fraturas. É entendido como fratura ou diáclase uma área em que a movimentação tectônica quebrou as camadas de rochas, sem causar deslocamento dentre as partes fraturadas.

Em comparação às falhas, são fraturas onde acontecem deslocamentos nítidos das partes fragmentadas. As raízes dos falhamentos se relacionam às raízes dos dobramentos, sendo frequente o encontro em uma região dessas ambas as estruturas.

Os elementos principais de um falhamento são:

  • Plano de falha: superfície que resulta da falha e em que um bloco se desloca em comparação ao outro.
  • Espelho de falha: escarpa que se volta para a porção de rebaixamento do falhamento, sendo apresentado como aspecto uma lapidação das rochas porque os blocos atritam ao serem deslocados.
  • Linha de falha: resulta do encontro dos planos de falha.
  • Rejeito: grau em que os blocos de cima e de baixo do falhamento se deslocam.

Vulcanismo[editar | editar código-fonte]

A pesquisa das atividades vulcânicas envolve o total das manifestações de dentro da crosta da Terra as quais, devido às temperaturas elevadas e pressões, fazem subir o material magmático.

Estrutura vulcânica[editar | editar código-fonte]

Os vulcões em atividade do mundo, têm, geralmente, uma característica apresentada de uma elevação em forma de cone, com altitudes que variam, a partir das negativas (vulcões do fundo do mar) até milhares de metros de altitude, como o Lascar, no Chile, que se situa a mais de 6 mil metros.

Os componentes principais de uma estrutura vulcânica são:

  1. Câmara magmática: forma o bolsão do material magmático acumulado: nesta área a pressão aumenta, o que, no que lhe diz respeito, faz o magma subir;
  2. Chaminé: conduto constituído por um canal principal e uma grande variedade de secundários e que possibilita que o magma saia.
  3. Cratera: equivale à porção de cima da chaminé cujo alargamento, causado de modo normal pelas explosões, foi sofrido, sendo apresentado, depois, a forma de um funil.
  4. Cone: porção de fora dum vulcão, constituído pelo material magmático e piroclástico acumulado.
Tipos de vulcanismo[editar | editar código-fonte]

O magma sobe e isso pode ser dado de uma grande variedade de formas: explosiva, massiva, mista ou com gases emitidos.

No momento em que um vulcão torna-se ativo, além do material magmático as rochas se fragmentam e elas são possíveis de se lançar a mais de cem metros de altura, sendo solidificadas, em certos casos, em pleno ar. São de conhecimento esses fragmentos pela denominação generalista de piroclastos, e há três tipos principais:

  • Bombas vulcânicas: imensos blocos de lava os quais são solidificados no ar.
  • Lapílis: pedaços pequenos de lavas com possível chegada à superfície como sólidos ou pastosos.
  • Cinzas: são apresentadas como uma característica de areia, constituídas por fragmentos afinados, que resultam da explosão.

Como tipo de vulcão ativamente explosivo, pode ser citado o Krakatoa, que se situa na ilha de Java, na Indonésia. Quando explodiu em 1883, mais de dois terços da ilha, medindo 33 km², se pulverizaram, o cone do vulcão que se situa a 2 700 metros foi reduzido a 1 500 metros e uma cratera foi aberta com 300 metros de profundidade.

No caso da atividade passiva ou do tipo havaiano, o magma é espalhado pela superfície, com o preenchimento de vales e a formação de grandes áreas de planura. As camadas de lavas são depositadas sendo superpostas umas às outras e constituem cones vulcânicos de suavidade, fracamente inclinados. Casos como estes são comuns no Havaí.

Durante a ocorrência de emissões mistas ou do tipo stromboliano, o magma sai passivamente e isso é acompanhado por explosões fortes, assim quando de uma atividade como de uma atividade a outra. Como tipos podem ser citados dois vulcões italianos denominados Stromboli e Vesúvio.

Afinal, há vulcões ativos que emitem muitos gases, especialmente gás carbônico. Exemplificando, é citada a erupção do Monte Pelée, em Saint Pierre, na Martinica: depois de saírem cinzas e fumarolas, uma grande explosão foi sofrida pelo vulcão, e foi emitida uma nuvem de gás venenoso a qual foi a causa da morte de quase o total das pessoas, com exceção de um confinado criminoso numa cela subterrânea.

Distribuição geográfica dos vulcões[editar | editar código-fonte]

A atividade vulcânica, quer o vulcão em atividade ou extinção, é coincidente com zonas orogênicas de hoje, decorrendo, pois, dos movimentos tectônicos. Dos 450 vulcões em atividade hoje, mais de 75% estão localizados no decorrer da costa do Oceano Pacífico, área de conhecimento como Círculo de Fogo do Pacífico.

No decorrer da Dorsal do Atlântico acontecem mais de 12% de toda a quantidade de vulcões, sendo esta constituída a segunda área de vulcões ativos, especialmente na região da Islândia, ilha dos Açores, Canárias, Ascensão e Santa Helena. Demais áreas de vulcanismo ativo equivalem às regiões das Antilhas, sul da Europa (especialmente a Itália), Cáucaso e parte leste da África.

Abalos sísmicos[editar | editar código-fonte]

A movimentação que acontece entre os blocos rochosos que se situam dentro da crosta terrestres provocam os abalos sísmicos. Durante a ocorrência do deslocamento entre os blocos existem intensos tremores propagados em ondas no total dos sentidos.

As três principais causas dos abalos sísmicos são:

  1. Desmoronamentos internos: continuam acontecendo na superfície, são intensamente baixos e de restrição geográfica, atingindo somente a região onde isso ocorre. Existem ambas as formas de desmoronamentos internos. A primeira, pelas rochas dissolvidas porque a água do fundo da terra circula. Dessa forma, as áreas de calcário têm maior propensão à ocorrência dessa situação. A outra forma se deve aos sedimentos acomodados que o acúmulo compacta e, se houver certo plano de fraqueza por onde anda, é possível que haja deslocamentos e vão ocorrer movimentos, porque as cargas se desequilibram nas cargas de maior profundidade. Tal fato é mais incidente em regiões de bacias sedimentares.
  2. Vulcões: são apresentados da mesma forma como abalos restritos, no que diz respeito a área de ocorrência, e são, geralmente, intensamente baixos. Sua origem tem ligação ao desabamento, explosões vulcânicas, ou áreas acomodadas em que o magma saiu.
  3. Tectônica de placas: equivale, na maior parte dos casos, aos imensos abalos de terra, sendo possível a sua propagação pelo total do planeta. Sua origem tem ligação aos movimentos de placas, ou seja, porções deslocadas da crosta da Terra, acumulando forças nas bordas da placas. Ao atingirem o limite de resistência das rochas, estas são fraturadas ou deslizadas. Quando as rochas são fragmentadas, suas vibrações são emitidas. A acumulação do esforço tectônico durante anos e anos se libera em uma pequena quantidade de segundos quando acontece o abalo sísmico.
Os sismos que acontecem nos continentes se denominam terremotos; os que ocorrem na profundeza dos oceanos de água salgada denominam-se maremotos ou raz de maré. No Japão, os maremotos são de conhecimento como tsunami.
Densidade e magnitude dos abalos sísmicos[editar | editar código-fonte]

É entendido como magnitude a escala de medição de toda a quantidade de energia que um sismo, de emissão pelo foco, ou seja, ponto que se situa dentro da Terra, libera. É chamado epicentro o ponto na superfície sobre o foco. Os sismólogo estadunidense Richter desenvolveu a escala de magnitude, que se baseia numa escala logarítimica, com variação entre 0 e 10. Isso corresponde à afirmação de que um abalo na escala 5 faz uma emissão de 10 vezes maiores vibrações do que um na escala 4: um abalo na escala 6 faz uma emissão de 100 vezes maiores vibrações do que na escala 4.

Não deve ser confundida a escala da magnitude com a da intensidade. Essa última se utiliza para a classificação dos efeitos que se geram durante a ocorrência de um abalo, ou seja, os estragos provocados nas construções e as mudanças topográficas. Existe uma determinada dificuldade na relação entre a magnitude dum abalo sísmico e a intensidade máxima gerada por ele, portanto, isso é dependente da profundidade do hipocentro.

Mercalli desenvolveu a escala de intensidade que tem uma variação apresentada de efeitos entre I e XII.

Agentes externos[editar | editar código-fonte]

São entendidos como agentes externos os elementos os quais, sendo atuantes em grupo, alteram o relevo da superfície da Terra. A modificação tem lentidão e constâncias generalizadas e tem inclinação ao aplainamento do relevo. A intensidade com que são atuantes os agentes externos é dependente do clima e do tipo de rocha da região e a sua ação envolve três fases: erosão, transporte e deposição.

Intemperismo[editar | editar código-fonte]

Uma grande diversidade dos tipos de rocha, no momento em que expõem à atmosfera, têm um ataque erosivo sofrido, causado pelo clima, com possível modificação da sua característica física ou a sua formação mineralógica. Este processo que degrada rochas se chama intemperismo ou meteorização e tem dois tipos possíveis: físico e químico.

Intemperismo físico ou desintegração mecânica[editar | editar código-fonte]

O intemperismo físico equivale ao processo no qual as rochas, especialmente as que se localizam num clima desértico, têm mudanças, de dimensão e de forma, sofridas, sem, que, no entanto, sua estrutura seja alterada pelas rochas.

Dessa forma, nos climas de calor e estiagem, a atuação erosiva acontece porque a temperatura varia entre o dia e a noite ou durante o ano. Durante o dia, as temperaturas de até 50º C dilatam as rochas, sendo que o grau de cada um de seus minerais formadores é variável de acordo com seu coeficiente de dilatação, o que contribui para que a rocha se desintegre mecanicamente. Uma alta amplitude térmica anual também causa o mesmo fenômeno. A desintegração afeta quase continuamente a superfície das rochas. Os tipos principais de intemperismo físico são: por congelamento, térmico, salino e biológico.

O intemperismo físico ou desintegração mecânica das rochas quase continuamente caminha para o intemperismo físico.

Intemperismo químico ou decomposição[editar | editar código-fonte]

Acontece pela atuação da água, a qual causa alterações na composição das rochas.

A água, contatando com as rochas, causa uma reação química mais ou menos intensa porque a temperatura cresce ou reduz.

Erosão fluvial[editar | editar código-fonte]

Erosão eólica[editar | editar código-fonte]

Erosão glacial[editar | editar código-fonte]

Erosão marinha[editar | editar código-fonte]

Formas de relevo[editar | editar código-fonte]

Planícies[editar | editar código-fonte]

Planaltos[editar | editar código-fonte]

Montanhas[editar | editar código-fonte]

Depressões[editar | editar código-fonte]

Hidrografia[editar | editar código-fonte]

Clima e regime fluvial[editar | editar código-fonte]

Trabalho dos rios[editar | editar código-fonte]

Transporte sedimentar[editar | editar código-fonte]

Erosão[editar | editar código-fonte]

Tipos de bacias hidrográficas[editar | editar código-fonte]

Utilização dos rios[editar | editar código-fonte]

Lagos[editar | editar código-fonte]

Origem dos lagos[editar | editar código-fonte]

Oceanos[editar | editar código-fonte]

Origem dos oceanos[editar | editar código-fonte]

Composição química das águas dos oceanos[editar | editar código-fonte]

Oceanos e mares[editar | editar código-fonte]

Oceanos e clima[editar | editar código-fonte]

Correntes oceânicas[editar | editar código-fonte]

Marés[editar | editar código-fonte]

Ecossistema marinho[editar | editar código-fonte]

Aproveitamento do oceano[editar | editar código-fonte]

Clima[editar | editar código-fonte]

Tempo e clima[editar | editar código-fonte]

Insolação[editar | editar código-fonte]

Pressão atmosférica[editar | editar código-fonte]

Umidade do ar[editar | editar código-fonte]

Atmosfera[editar | editar código-fonte]

Camadas da atmosfera[editar | editar código-fonte]

Ciclo da água[editar | editar código-fonte]

Meteoros[editar | editar código-fonte]

Chuvas[editar | editar código-fonte]

Demais tipos de precipitações[editar | editar código-fonte]

Maritimidade e continentalidade[editar | editar código-fonte]

Correntes oceânicas[editar | editar código-fonte]

Ventos[editar | editar código-fonte]

Massas de ar[editar | editar código-fonte]

Circulação geral da atmosfera[editar | editar código-fonte]

Tipos de ventos[editar | editar código-fonte]

Tipos climáticos[editar | editar código-fonte]

Classificação de Köeppen[editar | editar código-fonte]

Classificação baseada em De Hartonne[editar | editar código-fonte]

Zona térmica quente[editar | editar código-fonte]
Zona térmica temperada[editar | editar código-fonte]
Zona térmica fria[editar | editar código-fonte]

Vegetação[editar | editar código-fonte]

Fatores climáticos[editar | editar código-fonte]

Umidade[editar | editar código-fonte]

Temperatura[editar | editar código-fonte]

Altitude[editar | editar código-fonte]

Luz[editar | editar código-fonte]

Vento[editar | editar código-fonte]

Formações vegetais e fauna[editar | editar código-fonte]

Florestas equatoriais e tropicais[editar | editar código-fonte]

Savanas e cerrados[editar | editar código-fonte]

Campos[editar | editar código-fonte]

Desertos e semi-desertos[editar | editar código-fonte]

Florestas temperadas[editar | editar código-fonte]

Florestas coníferas[editar | editar código-fonte]

Tundra[editar | editar código-fonte]

Ver também[editar | editar código-fonte]

Notas

Referências

  1. a b c d e f g Coimbra & Tibúrcio 1998, p. 292-293.
  2. a b c d e f g h i Coimbra & Tibúrcio 1998, p. 293-297.
  3. a b c d e f g h i j k Coimbra & Tibúrcio 1998, p. 297-300.
  4. a b c d e f g h i j k l m n o p q r s t u v w Coimbra & Tibúrcio 1998, p. 300-302.
  5. a b Coimbra & Tibúrcio 1998, p. 326.
  6. a b c d e f g h Coimbra & Tibúrcio 1998, p. 326-327.
  7. a b c d Coimbra & Tibúrcio 1998, p. 327-328.
  8. a b c d e f g h i j k l m n o Coimbra & Tibúrcio 1998, p. 328-330.
  9. a b c d e f g h i Coimbra & Tibúrcio 1998, p. 330-331.

Bibliografia[editar | editar código-fonte]

Ligações externas[editar | editar código-fonte]