Usuário:Leonardomio/Alemanha

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República Federal da Alemanha
Bundesrepublik Deutschland
Lema: Einigkeit und Recht und Freiheit
(Alemão: "União e Justiça e Liberdade")
Hino nacional: Das Lied der Deutschen
(
Canção dos alemães, terceira estrofe)
Gentílico: Alemão

[[Ficheiro:|255px|center|Localização da Alemanha]]
Localização da Alemanha (em vermelho)
No continente europeu (em castanho claro e branco)
Na União Européia (em castanho claro)
Capital Berlim
52° 31' N 13° 24' E
Cidade mais populosa Berlim

Língua oficial Alemão[1]
Governo República Federal
• Chefe de Estado Presidente Horst Köhler
• Chefe de Governo Chanceler Angela Merkel
Formação  
• Sacro Império Romano Germânico 843 d.C. (Tratado de Verdun
• Unificação 18 de Janeiro de 1871 
• República Federal 23 de Maio de 1949 (RFA)
7 de Outubro de 1949 (RDA
• Reunificação alemã 3 de Outubro de 1990 
Entrada na UE 25 de Março de 1953
Área  
  • Total 357.050 km² (63.º)
 • Água (%) 2,416
População  
  • Estimativa para 2005 82.438.000 hab. (14.º)
 • Densidade 230,9 hab./km² (50.º)
PIB (base PPC) Estimativa de 2007
 • Total US$ 3.015 trilhões USD (3.º)
 • Per capita US$ 34.854 USD (19.º)
IDH (2003) 0,935 (21.º) – alto
Moeda Euro (EUR)
Fuso horário CET (UTC+1)
 • Verão (DST) CEST (UTC+2)
Cód. ISO DE
Cód. Internet .de
Cód. telef. +49


Artigo para tradução: en -> pt

Etimologia: mantém a pt

História: substitui pela en

Geografia: substitui pela en

Política: substitui pela en

Div Administrativas: mantém da pt

Relações Exteriores: usa a da en

Ajuda para o desenvolvimento: usa a da en

Forças Armadas: revisa a pt usando a en (são parecidas)

Lei: usa a da en

Demografia: substitui pela en

Etnicidade: mantém a pt (com revisão)

Religião: Mesclar a pt com a en, dando preferência às que tenham referência

Linguas: usa a da en

Economia: Comparar as duas versões que são parecidas, adicionando referências e adicionando o que falta.

Infraestrutura: Mesclar pt e en

Ciência: Substitui pela en

Educação: Substitui pela en

Cultura: Substitui pela en

Esportes: Substitui pela en




História[editar | editar código-fonte]

Ver artigo principal: História da Alemanha

Tribos germânicas[editar | editar código-fonte]

Ver artigo principal: Povos germânicos e Germânia

A etnogênese das tribos germânicas assume-se que ocorreu durante a Idade do Bronze Nórdico ou, ao mais tardar, durante a Idade do Ferro pré-romana.[2][3] A partir do sul da Escandinávia e do norte da Alemanha, as tribos começaram a expandir-se para o sul, leste e oeste no século I a.C., e entraram em contato com as tribos celtas da Gália, assim como tribos iranianas, bálticas, e tribos eslavas na Europa Oriental. Pouco se sabe sobre história germânica antes disso, exceto através das suas interações com o Império Romano, pesquisas etimológicas e achados arqueológicos.[4]

Expansão das tribos germânicas 750 a.C. - 1 d.C.

Por ordens do imperador Augusto, o general romano Públio Quintílio Varo começou a invadir a Germânia (um termo usado pelos romanos para definir um território que começava no rio Reno e ia até os Urais), e foi neste período que as tribos germânicas se tornaram familiarizadas com as táticas de guerra romana, mantendo no entanto a sua identidade tribal. Em 9 d.C., três legiões romanas lideradas por Varo foram derrotadas pelo líder Querusco Armínio na Batalha da Floresta de Teutoburgo. O território da atual Alemanha, assim como os vales dos rios Reno e Danúbio, permaneceram fora do Império Romano. Em 100 d.C., na época do livro Germânia de Tácito, as tribos germânicas assentadas ao longo do Reno e do Danúbio (a Limes Germanicus) ocupavam a maior parte da área da atual Alemanha.[5] O século III viu o surgimento de um grande número de tribos germânicas ocidentais: Alamanos, Francos, Catos, Saxões, Frísios, Francos sicambrianos, e Turíngios. Por volta de 260, os povos germânicos romperam as suas fronteiras do Danúbio e expandiram a Limes para as terras romanas.[6]

Sacro Império Romano-Germânico (962-1806)[editar | editar código-fonte]

Ver artigo principal: Sacro Império Romano-Germânico
Wahl Príncipe-eleitores do Sacro Império Romano (pergaminho de 1341).

O império medieval foi criado com a divisão do Império Carolíngio em 843, fundado por Carlos Magno em 25 de Dezembro de 800, e em diferentes formas existiu até 1806, se estendendo desde o Rio Eider no norte do país até o Mediterrâneo, no litoral sul. Muitas vezes referida como o Sacro Império Romano (ou o Antigo Império),[7] foi oficialmente chamado de o Sacro Império Romano da Nação Alemã ("Sacro Romanum Imperium Nationis Germanicæ" em latim) a partir de 1448, para ajustar o nome para o seu território de então.[7]

Sob o reinado dos imperadores Otonianos (919-1024), os ducados da Lorena e da Saxônia, a Francônia, a Suábia , a Turíngia, e a Bavária foram consolidadas, e o rei alemão, Oto I, foi coroado Sacro Imperador Romano dessas regiões, em 962.[8] Sob o reinado dos imperadores Salianos (1024-1125), o Sacro Império Romano absorveu o norte da Itália e a Borgonha, embora o imperador tenha perdido parte do poder através da Questão das investiduras com a Igreja Católica Romana. Sob os imperadores Hohenstaufen (1138-1254), os príncipes alemães aumentaram a sua influência para o sul e para o leste e extremo leste(Ostsiedlung), territórios habitados por povos eslavos, bálticos e estonianos antes da ocupação alemã na região.

Martinho Lutero, (1483-1546) deu início à Reforma Protestante.

Com o colapso do poder imperial em 1250, devido à constante briga com a Igreja de Roma, fez-se necessário a criação de um novo sistema de escolha do imperador.[9] Criou-se, com a edição da Bula Dourada o conselho dos 7 príncipes-eleitores, que tinham o poder de escolher o comandante do Sacro Império. Durante esse período conturbado, as cidades comerciais se uniram para proteger seus interesses comuns; [8] a mais conhecida delas foi a Liga Hanseática, que reunia poderosas cidades do norte alemão como Hamburgo e Bremen. A partir do século XV, os imperadores foram eleitos quase exclusivamente a partir da dinastia Habsburgo da Áustria.

O monge Martinho Lutero publicou suas 95 Teses em 1517, desafiando as práticas da Igreja Católica Romana, e dando início à Reforma Protestante. A igreja Luterana tornou-se a religião oficial de muitos estados alemães após 1530 o que levou a conflitos religiosos resultantes da divisão religiosa no império, que geraram a Guerra dos Trinta Anos (1618-1648), que devastou os territórios alemães.[10] A população dos Estados Alemães foi reduzida em cerca de 30%.[11] A Paz de Vestfália (1648) acabou com a guerra religiosa entre os estados alemães, mas o império estava de facto dividido em inúmeros principados independentes. De 1740 em diante, o dualismo entre a Monarquia austríaca dos Habsburgo e o Reino da Prússia dominou a história alemã. Em 1806, o Imperium foi dissolvido com o resultado das Guerras Napoleônicas.[12]

Restauração e a revolução (1814-1871)[editar | editar código-fonte]

Ver artigo principal: Confederação Germânica
Parlamento reunido em Frankfurt em 1848. O Bundestag era o poder máximo da confederação germânica.

Depois da queda de Napoleão Bonaparte, o Congresso de Viena reuniu-se em 1814 e sua resolução fundou a Confederação germânica (Deutscher Bund em alemão), a união de 39 estados soberanos. Desentendimentos com a restauração política proposta pelo Congresso de Viena, parcialmente levou ao surgimento de movimentos liberais, exigindo unidade e a liberdade.[13] Estes, porém, foram reprimidas com novas medidas de repressão por parte do estadista austríaco Metternich. O Zollverein, uma união tarifária, profundamente buscava uma unidade econômica dos estados alemães.[13]Durante esta época, muitos alemães tinham sido agitados com os ideais da Revolução Francesa,[13] e o nacionalismo passou a ser uma força mais significativa, especialmente entre os jovens intelectuais. Pela primeira vez, o preto, o vermelho e o dourado foram escolhidos para representar o movimento, que mais tarde se tornou as cores da nação.[14]

Em função da série de movimentos revolucionários na Europa, que estabeleceram com êxito uma república na França, intelectuais e burgueses começaram a Revolução de 1848 nos Estados alemães. Os monarcas inicialmente aceitaram as exigências dos revolucionários liberais para conter a movimentação popular. Ao Rei Frederico Guilherme IV da Prússia foi oferecido o título de Imperador, mas sem poder absoluto, ele rejeitou a coroa e a proposta de Constituição, o que conduziu a um revés temporário no movimento.[15] O conflito entre o rei Guilherme I da Prússia e o parlamento cada vez mais liberal foi rompido durante a reforma militar em 1862, e o rei nomeou Otto von Bismarck o novo Primeiro-ministro da Prússia. Bismarck travava com sucesso uma guerra com a Dinamarca, em 1864. A vitória prussiana na Guerra Austro-prussiana de 1866 permitiu criar a Confederação Norte-Germânica (Norddeutscher Bund) que excluía a Áustria, o ex-líder dos estados alemães, dos assuntos dos Estados alemães restantes.

Império alemão (1871-1918)[editar | editar código-fonte]

Ver artigo principal: Império Alemão
Fundação da moderna Alemanha, em Versalhes, França, em 1871. Bismarck aparece no centro com um uniforme branco.

O estado conhecido como Alemanha foi unificado como um moderno Estado-nação, em 1871, quando o Império alemão foi criado, com o Reino da Prússia sendo o seu maior constituinte. Após a derrota francesa na guerra franco-prussiana, o Império alemão foi proclamada no Versalhes em 18 de Janeiro de 1871. A Dinastia de Hohenzollern da Prússia declarou o novo império, cuja capital era Berlim, a capital prussiana. O império era uma unificação de todas as partes da Alemanha com exceção da Áustria (Kleindeutschland, ou "Alemanha Menor"). A partir do início de 1884, a Alemanha começou a estabelecer diversas colônias fora da Europa.[16] Durante o esse período, a Alemanha passou por um grande crescimento econômico, com uma forte industrialização, especialmente das indústrias de mineração, metalúrgica, e derivadas das engenharias elétrica, mecânica e química.[13]

No período Gründerzeit, seguinte à unificação da Alemanha, a política externa do Imperador Guilherme I garantiu a posição do Império Alemão como uma grande nação européia por fazer alianças comerciais e políticas com outros países europeus, isolando a França por meios diplomáticos, e evitando assim a continuação da guerra. Mas o Imperador Guilherme II, no entanto, como outras potências européias, tomou um curso imperialista devido ao atrito com os países vizinhos. A maior parte das alianças que a Alemanha tinha feito não foram renovadas, e as novas alianças excluíam o país. Especificamente, a França estabeleceu novas relações com a assinatura da entente cordiale com o Reino Unido e garantiu os laços com o Império russo. Além de seus contatos com a Áustria-Hungria, a Alemanha se tornou cada vez mais isolada.[17]

A Alemanha Imperial (1871-1918), com o líder Reino da Prússia em azul.

O Imperialismo Alemão ultrapassou as fronteiras do seu próprio país e juntou-se a muitos outros poderes na Europa, que reivindicavam a sua quota na África. A Conferência de Berlim dividiu a África entre as potências européias. A Alemanha obteve vários pedaços da África, incluindo a África Oriental Alemã, o Sudoeste Africano Alemão, a Togolândia e Camarões. A partilha da África causou tensão entre as grandes potências, que contribuiu para as condições que levaram à I Guerra Mundial.

O assassinato do príncipe da Áustria em 28 de Junho de 1914 desencadeou a I Guerra Mundial. A Alemanha, como parte dos Impérios Centrais foi derrotado pelos Aliados num dos mais sangrentos conflitos de todos os tempos. A revolução alemã eclodiu em novembro de 1918, e o imperador alemão William II e todos os príncipes concordaram em abdicar. Um armistício que pôs fim à guerra foi assinado em 11 de Novembro e a Alemanha foi forçada a assinar o Tratado de Versalhes em junho de 1919.[18] A sua negociação, ao contrário da diplomacia tradicional de pós-guerra, excluiu os derrotados Poderes Centrais. O tratado foi tratado na Alemanha como uma humilhante continuação da guerra por outros meios, e sua dureza é freqüentemente citada como tendo mais tarde facilitado a ascensão do nazismo no país.[18]

República de Weimar (1919-1933)[editar | editar código-fonte]

Ver artigo principal: República de Weimar


Após o sucesso da Revolução alemã em novembro de 1918, uma república foi proclamada. A Constituição de Weimar entrou em vigor com a sua assinatura pelo Presidente Friedrich Ebert em 11 de Agosto de 1919. O Partido Comunista Alemão foi criado por Rosa Luxemburgo e Karl Liebknecht, em 1918, e o Partido dos Trabalhadores Alemão, mais tarde conhecido como Partido Nacional Socialista Alemão dos Trabalhadores ou Partido Nazista, foi fundado em janeiro de 1919.

Sofrendo as conseqüências da Grande Depressão, as duras condições ditadas pelo Tratado de Versalhes, e uma longa sucessão de governos mais ou menos instáveis, cada vez mais faltava identificação às massas políticas na Alemanha com seu sistema político de democracia parlamentar. Isso foi agravado por uma ampla disseminação de um mito político pela direita (monarquistas,völkischs, e nazis), a Dolchstoßlegende , que alegava que a Alemanha tinha perdido a Primeira Guerra Mundial devido à Revolução alemã, não por causa da derrota militar. Por outro lado, os radicais de esquerda comunistas, tais como a Liga Espartaquista, queriam abolir aquilo que eles entendiam como "governo capitalista" e estabelecer um Räterepublik. Tropas paramilitares foram criadas por diversos partidos e houve diversos assassinatos por motivos políticos. Os paramilitares intimidavam eleitores e semeavam a violência e a raiva entre o povo, que sofria de uma elevada taxa de desemprego e de pobreza. Depois de uma série de gabinetes frustrados, o presidente Paul von Hindenburg, vendo poucas alternativas e empurrado pelos seus assessores de direita, nomeou Adolf Hitler como Primeiro-Ministro da Alemanha em 30 de janeiro de 1933.

Terceiro Reich (1933-1945)[editar | editar código-fonte]

Adolf Hitler, o líder do Terceiro Reich.

Em 27 de Fevereiro de 1933, o Reichstag pegou fogo. Alguns direitos democráticos fundamentais foram rapidamente revogados posteriormente sob um decreto de emergência. Uma Lei de plenos poderes Hitler deu ao governo o pleno poder do legislativo. Apenas o Partido Social-Democrata da Alemanha votou contra ele; os comunistas não foram capazes de apresentar oposição, pois seus suplentes já haviam sido assassinados ou presos.[19][20] A centralização totalitária estadual foi criado por uma série de jogadas e decretos políticos tornando a Alemanha um Estado de partido único. Houve queima de livros de autores considerados contra a nação e a perseguição a artistas e cientistas,[21] sendo que muitos emigraram, principalmente para os Estados Unidos. A indústria foi fortemente regulamentada com cotas e requisitos, para mudar a economia para uma base produtiva de guerra. Em 1936 as tropas alemãs entraram na desmilitarizada Renânia, e as políticas de apaziguamento do primeiro-ministro Neville Chamberlain se revelaram insuficientes. Entusiasmado, Hitler seguiu em diante a partir de 1938 com sua política de expansionismo e estabelecer a Grande Alemanha. Para evitar uma guerra de duas frentes, Hitler concluiu o Pacto Molotov-Ribbentrop com a União Soviética, um pacto que ele mesmo romperia mais tarde.

Em 1939, as crescentes tensões de nacionalismo, militarismo, e questões territoriais levaram os alemães ao lançamento da blitzkrieg ("guerra relâmpago") em 1 de setembro contra a Polônia seguido por dois dias depois pelas declarações de guerra da Grã-Bretanha e da França, marcando o início da II Guerra Mundial. A Alemanha rapidamente ganhou controle direto ou indireto da maioria da Europa.

Berlim em ruínas após II Guerra Mundial, Potsdamer Platz, 1945.

Em 22 de Junho de 1941, Hitler quebrou o pacto com a União Soviética, abrindo a Frente Oriental e a invadindo a União Soviética. Pouco tempo depois o Japão atacou a base americana em Pearl Harbor, a Alemanha declarou guerra aos Estados Unidos. Embora inicialmente o exército alemão tenha rapidamente avançado sobre a União Soviética, a Batalha de Stalingrado marcou uma virada importante na guerra. Depois disso, o exército alemão começou a recuar a Frente Oriental. O Dia-D marcou uma virada importante sobre a Frente Ocidental, quando as forças aliadas desembarcaram nas praias da Normandia e avançaram rapidamente sobre o território alemão. A derrota da Alemanha ocorreu em seguida. Em 8 de Maio de 1945, as forças armadas alemãs se entregaram após o Exército Vermelho ocupar Berlim.

No que mais tarde ficou conhecido como o Holocausto, o regime do Terceiro Reich elaborou políticas governamentais que subjugavam diretamente muitas partes da sociedade: judeus, comunistas, ciganos, homosexuais, mações, dissidentes políticos, padres, pregadores, adversários religiosos, deficientes, entre outros. Durante a era nazista, cerca de onze milhões de pessoas foram assassinadas no Holocausto, incluindo seis milhões de judeus e dois milhões de poloneses.[22][23][24] A Segunda Guerra Mundial e o genocídio nazista foram responsáveis por cerca de 35 milhões de mortos na Europa.

Divisão e reunificação (1945 -)[editar | editar código-fonte]

Ver artigo principal: História da Alemanha após 1945
Depois de 1949 os dois estados alemães e a dividida cidade de Berlim desenvolveram-se através do Zonas da ocupação aliadas. A Alemanha Ocidental era formada pelas zonas norte-americana, britânica e francesa e a Alemanha Oriental era formada pela Zona Soviética.

A guerra resultou na morte de quase dez milhões de soldados alemães e civis; grandes perdas territoriais, a expulsão de cerca de 15 milhões de alemães dos antigos territórios orientais e de outros países, e a destruição de várias grandes cidades. O restante do território nacional e Berlim foram divididos com a ocupação militar dos Aliados em quatro zonas.

Os setores controlados pela França, pelo Reino Unido, e pelos Estados Unidos foram fundidos em 23 de Maio de 1949, para formar o República Federal da Alemanha; em 7 de Outubro de 1949, a Zona Soviética criou a República Democrática da Alemanha. Eles foram informalmente conhecidos como "Alemanha Ocidental" e "Alemanha Oriental" e as duas partes de Berlim como "Berlim Ocidental" e "Berlim Oriental". As partes oriental e ocidental optaram por Berlim Oriental e Bonn como suas respectivas capitais. No entanto, a Alemanha Ocidental declarou que o status de Bonn como sua capital era provisório,[25], a fim de enfatizar a sua postura que a coexistência de dois Estados alemães foi uma solução artificial status quo que seria necessário superar um dia.

A Alemanha Ocidental, estabelecida como uma república federal parlamentar com uma "Economia social de mercado" - foi aliada com os Estados Unidos, o Reino Unido e a França. O país chegou a se beneficiar de crescimento econômico prolongado a partir dos anos 1950 Wirtschaftswunder ). A Alemanha Ocidental ingressou na OTAN em 1955 e foi membro fundador da Comunidade Econômica Européia, em 1958.

A Alemanha Oriental foi um estado do bloco oriental sob controle político e militar da URSS através de suas forças de ocupação militar e o Pacto de Varsóvia. Enquanto dizia ser uma democracia, o poder político foi executada exclusivamente pelos principais membros (Politburo) do SED (Partido Socialista Unificado da Alemanha) controlado pelos comunistas. Seu poder foi assegurado pelo Stasi, um serviço secreto de grande dimensão, e uma variedade de sub-organizações do SED que controlavam todos os aspectos da sociedade, tendo um grande número de informantes dentro da própria população.[26][27] Por sua vez, as necessidades básicas da população foram preenchidas por custos baixos pelo Estado. A economia planificada pró-soviética foi criada, e mais tarde a RDA passou a ser um estado do Comecon. Apesar da propaganda da Alemanha Oriental ter sido baseada nos benefícios dos programas sociais da RDA e na alegada ameaça constante de uma invasão por parte da Alemanha Ocidental, muitos dos seus cidadãos olhavam para o Ocidente em busca de liberdades políticas e da prosperidade econômica.[28] O Muro de Berlim, construído em 1961 para impedir a fuga dos alemães do Leste para a Alemanha Ocidental, se tornou um símbolo da Guerra Fria.

As tensões entre as Alemanha do Leste e do Oeste foram ligeiramente reduzidas no início dos anos 1970 pelo Chanceler Willy Brandt Ostpolitik , que incluiu a aceitação de facto das perdas territoriais da Alemanha na II Guerra Mundial.

O Muro de Berlim na frente do Portão de Brandemburgo logo após a sua abertura em 1989.

Em face de uma crescente migração de alemães do Leste para a Alemanha Ocidental através da Hungria e manifestações em massa durante o verão de 1989, inesperadamente as autoridades do Leste alemão facilitaram as restrições nas fronteiras em novembro, permitindo que cidadãos do Leste alemão pudessem a viajar para o Ocidente. Originalmente concebida como uma válvula de pressão para manter a Alemanha Oriental como um estado, a abertura da fronteira na realidade levou a uma aceleração do processo de reforma na Alemanha Oriental, que finalmente foi concluído com o Tratado Dois Mais Quatro um ano mais tarde, em 12 setembro de 1990 e a reunificação alemã ocorreu em 3 de Outubro de 1990. Segundo os termos do tratado, as quatro potências ocupantes renunciavam os seus direitos sob o Instrumento da Renúncia, e a Alemanha recuperava a plena soberania do seu território. Com base na Lei Bonn-Berlim, aprovada pelo parlamento em 10 de Março de 1994, a capital do Estado unificado foi escolhido para ser Berlim, enquanto Bonn obtinha o status único de Bundesstadt (cidade federal) e reteve alguns ministérios federais.[29] A mudança do governo foi concluída em 1999.[30]

Desde a reunificação, a Alemanha tem tido um papel de liderança na União Européia e na OTAN. Participou do exército que garantiu a estabilidade nos Balcãs, e enviou tropas para o Afeganistão como parte de um esforço da OTAN para proporcionar a segurança neste país após expulsar o Talibã.[31] Estes deslocamentos eram controversos, visto que após a guerra, a Alemanha era obrigada por lei a manter tropas apenas para fins de Defesa. As investidas em territórios estrangeiros foram entendidas como não estando abrangidas pela lei de Defesa; entretanto, a votação parlamentar sobre a questão legalizou efetivamente a participação em um contexto de manutenção da paz.

Referências[editar | editar código-fonte]

  1. O dinamarquês, o sorábio, o romani e o frísio são línguas oficialmente reconhecidas e protegidas como minoritárias. O baixo saxão é protegido pela União Europeia, ver também: Comissão Europeia - Línguas regionais e minoritárias
  2. Hermann Kinder e Werner Hilgemann, com mapas elaborados por harald e Ruth Bokor. Traduzido por Ernest A. Menze (1988). The Penguin Atlas of World History. 1. [S.l.]: Harmondsworth: Penguin Books. p. 109. 0-14-051054-0 
  3. The New Encyclopaedia Britannica, 15th edition, 20:67
  4. Jill N. Claster:A experiência Medieval: 300-1400 " '. NYU Press 1982, p. 35. ISBN 0814713815.
  5. Thomas Gordon. «Medieval Sourcebook: Tacitus: Germania». Universidade de Fordham. Consultado em 18 de Setembro de 2008 
  6. The Cambridge Ancient History, vol. 12, p. 442. ISBN 0521301998.
  7. a b Peter Hamish Wilson (1999). The Holy Roman Empire, 1495-1806 (em inglês). [S.l.]: Ed. Macmillan. 97 páginas. 0312223609 
  8. a b Joanna Egert-Romanowska e Małgorzata Omilanowska (2007). Guia Visual Folha de São Paulo – Alemanha. [S.l.]: Publifolha. p. 43-47. ISBN 85-7402-324-8 
  9. Até então o imperador era escolhido pelos duques de todos os territórios que formaram a Alemanha. Mas depois do último imperador anterior ao período do Interregno, Frederico II, nenhum candidato conseguiu apoio suficiente para subir ao trono.
  10. - A Guerra dos 30 anos, Gerhard Rempel, Western New England College.
  11. A Guerra dos Trinta Anos (1618-48), Alan McFarlane, Savage. As Guerras da Paz: Inglaterra, Japão e a armadilha malthusiana (2003)
  12. Fulbrook, Mary: História concisa da Alemanha, Cambridge University. Prima 1991, p. 97. ISBN 0521540712
  13. a b c d Joanna Egert-Romanowska e Małgorzata Omilanowska (2007). Guia Visual Folha de São Paulo – Alemanha. [S.l.]: Publifolha. p. 50-51. ISBN 85-7402-324-8 
  14. Martin, Norman. Confederação Alemã 1815-1866 Bandeiras do Mundo. 5 de Out. de 2000. Acessado em.
  15. Zitiert nach Heinrich August Winkler: Der lange Weg nach Westen. Bd I. Deutsche Geschichte vom Ende des Alten Reiches bis zum Untergang der Weimarer Republik. C.H. Beck, Munich 2002 (5th ed.), p.122. ISBN 3-406-49527-3. Em alemão.
  16. Com o estabelecimento das colônias da Nova Guiné Alemã e da África Ocidental Alemã.
  17. Com o apoio alemão à invasão austro-húngara na Bósnia em 1908, fez a Alemanha perder as boas relações que tinha com a Rússia, aliada dos bósnios. E junto foi a esperança da aliança com os britânicos, que apoiaram os russos, e ainda firmaram relações com os franceses.
  18. a b Stephen J. Lee:Europa, 1890-1945. Routledge 2003, p. 131. ISBN 0415254558.
  19. Roderick Stackelberg,A Alemanha de Hitler: origens, interpretações, legados. Routledge 1999, p. 103. ISBN 0415201144.
  20. Scheck, Raffael. Criação de uma ditadura: a estabilização do Poder nazista Colby College. Acessado em 7 de Dezembro de 2006.
  21. Joanna Egert-Romanowska e Małgorzata Omilanowska (2007). Guia Visual Folha de São Paulo – Alemanha. [S.l.]: Publifolha. p. 54-55. ISBN 85-7402-324-8 
  22. Dawidowicz, Lucy. The War Against the Jews, Bantam, 1986.
  23. 1.8–1.9 milhão de cidadãos poloneses não-judeus são estimados de terem morrido como resultado da ocupação nazista e a guerra. Estimativas são do historiador poloneses, Franciszek Piper, o historiador chefe de Auschwitz. Poloneses: Vítimas da Era Nazista no United States Holocaust Memorial Museum, nos EUA.
  24. Piotrowski, Tadeusz. "Project InPosterum: Poland WWII Casualties", acessado em 15 de Março de 2007, em inglês; e Łuczak, Czesław. "Szanse i trudności bilansu demograficznego Polski w latach 1939–1945", Dzieje Najnowsze, edição 1994/2, em polonês.
  25. Britânica http://www.britannica.com/eb/article-9080620/Bonn
  26. Oficialmente, o número de empregados do Stasi era de 91000. Ver Stasi para maiores informações.
  27. «Computers to solve stasi puzzle». BBC. 25 de Maio de 2007. Consultado em 18 de Setembro de 2008 
  28. Colchester, Nico. D-marca dia amanhece Financial Times. 1 º de janeiro de 2001. Acessado em 07/12/2006
  29. WDR http://www.wdr.de/themen/kultur/stichtag/2004/03/10.jhtml Eine "Arbeitsteilung faire" VOR 10 Jahren: Bundestag beschließt Bonn-Berlim-Gesetz. 10 março 2004.
  30. «Do Rio para Bonn». Deutsche Welle. 10 de março de 2003. Consultado em 18 de Setembro de 2008. Com a mudança do governo federal para Berlim, em 1999 
  31. Dempsey, Judy. A Alemanha está planejando uma retirada da Bósnia. International Herald Tribune. 31 de Out. de 2006. Acessado em 30/11/2006