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Guerra do Golfo 1990-1991

No topo: Formação de aviões norte-americanos (2x F-16, 2x F-15C, 1x F-15E) voando sobre os poços de petróleo Kuwaitianos em chamas.
No meio à esq.: veículo de engenharia M728.
No meio à dir.: Soldados Britânicos. Em baixo à esq.: veículos Iraquianos destruídos na "rodovia da morte".
Em baixo à dir.: veiculo a ser atingido (imagem da câmara de aquisição de alvos da aeronave).
Data 02 de agosto de 199028 de fevereiro de 1991 (33 anos)
Local Iraque, Kuwait, Arabia Saudita, Israel
Desfecho Libertação do Kuwait
Imposição de sanções ao Iraque
Pesadas perdas Iraquianas, militares e civis
Beligerantes
 Estados Unidos
Kuwait
Arábia Saudita
 Reino Unido
 França
 Egito
 Austrália
 Canadá
Espanha
 Argentina
Paquistão
 Itália
 Polónia
 Dinamarca
 Bélgica
 Marrocos
 Grécia
Omã Omã
Coreia do Sul Coreia do Sul
 Nova Zelândia
 Bangladesh
entre outros...
(consultar Países e unidades militares envolvidas)
 Iraque
Comandantes
George H. W. Bush
Colin Powell
Norman Schwarzkopf
John Major
Mohamed Hussein Tantawi
King Fahd e outros...
Saddam Hussein
Forças
956,600 650,000
Baixas
Coligação:
392 mortos
776 feridos
Iraque:
20 mil a 35 mil mortos
+75 mil feridos

A Guerra do Golfo (02 de Agosto de 1990 a 28 de Fevereiro de 1991) foi um conflito militar entre o Iraque e forças de uma grande coligação de países, liderada pelos Estados Unidos e patrocinada pela Nações Unidas, com a aprovação pelo seu Conselho de Segurança da Resolução 678, autorizando o uso da força militar para alcançar a libertação do Kuwait, ocupado e anexado pelas forças armadas Iraquianas sob as ordens de Saddam Hussein.

Durante sete meses, uma formidável força de meios humanos e uma imensa panóplia de equipamentos militares, foi formada e acumulada na zona do Golfo Pérsico, desencadeado de seguida uma campanha relâmpago que esmagou a oposição e consumou a libertação do território Kuwaitiano com extrema e surpreendente facilidade. O conflito foi também caracterizado por eventos e condições especiais como, a maior mobilização de recursos humanos e materiais desde o final da Segunda Guerra Mundial, mesmo quando comparada com a guerra da Coreia; distribuição anormal e assimétrica das vítimas; decisão unilateral de terminar o conflito; anormal e excessivo ruído mediático sobre questões ambientais.

Foi ainda uma das campanhas militares mais fascinantes e inovadoras da moderna história militar, introduzindo no campo de batalha sofisticação tecnológica e poder de fogo sem precedentes, novos vocábulos foram adicionados ao léxico global como, aviões stealth e bombas inteligentes. Este novo tipo de guerra catapultou para a fama e reconhecimento mundial, uma relativamente pouco conhecida empresa de notícias, que pela primeira vez acompanhou e transmitiu em direto um conflito militar, de seu nome CNN (Cable Network News).

As relações internacionais foram profundamente afetadas, marcando a primeira grande e relevante crise, com reflexo mundial no período pós-Guerra Fria.

As origens da Guerra do Golfo[editar | editar código-fonte]

Mapa de 1850 - O Kuwait não está englobado no futuro Iraque
Mapa de 1730(aprox.) Kuwait também não faz parte do futuro Iraque

A decisão de Saddam Hussein de invadir o Kuwait foi essencialmente uma tentativa de lidar com a contínua vulnerabilidade da sua economia,[1] terá sido a desastrosa e ruinosa campanha militar contra o Irão[nota 1] e o seu consequente impacto nas finanças públicas, a causa principal da invasão e anexação do Kuwait, primeira etapa da chamada guerra do golfo.[2]

O que começou por ser uma série de incursões limitadas, na zona fronteira, com o objetivo de muscular a oratória e credibilizar a mensagem política de que Saddam Hussein, não estava disposto a tolerar as ingerências e provocações do regime fundamentalista xiita nos seus assuntos internos, desembocou numa guerra que se prolongou por oito anos, apesar das diversas tentativas para acabar com ela rapidamente ensaiadas pelo líder Iraquiano, mas que no entanto saíram frustradas apenas e só porque a outra parte envolvida, escolheu continuar a lutar.[2] Todavia outras causas houve que contribuíram de igual modo para tal fim, motivos ancestrais que mergulham fundo na narrativa histórica da região, como a integração do território do atual Kuwait na província de Bassorá durante grande parte da existência do Império Otomano e que desde sempre serviu como argumento para reivindicar a soberania Iraquiana sobre essa parcela de território imensamente rica em reservas petrolíferas, [3] e cuja anexação tinha já sido experimentada anteriormente por duas vezes, em junho de 1961 e em março de 1973, mas não consumadas devido a intervenção militar britânica.[4]

Também questões de natureza geopolítica decorrentes do livre e fácil acesso ao mar, que o controlo das ilhas Bubiyan e Warbah e seus respetivos portos de mar poderiam proporcionar, possibilitando novos e melhores meios para escoar a produção petrolífera,[5] ainda a ambição política de Saddam Hussein, que almeja anexar não só o Kuwait mas também a Arábia Saudita, controlando assim a larga maioria das reserva mundiais de crude e respetiva produção, dando-lhe a capacidade de perturbar fortemente ou mesmo interromper o regular fornecimento mundial de petróleo e consequentemente condicionar as economias dos países industrializados emergindo como o grande líder da causa de toda a "nação Árabe".[6]

Tensões Iraque-Kuwait (fronteiras, petróleo e dívida)[editar | editar código-fonte]

Mapa do Kuwait





Relações EUA-Iraque antes do conflito[editar | editar código-fonte]

Durante a maior parte da chamada guerra fria o Iraque foi um aliado fiel da então União Soviética, as relações com os Estados Unidos eram historicamente conflituosas, por um lado devido ás estreitas relações diplomáticas e forte apoio militar da nação norte-americana para com o estado Israelita, por outro lado o apoio Iraquiano a grupos Árabes e Palestinos de índole terrorista, como o Abu Nidal.[7]

James Baker & Tariq Aziz (à dir.)
Secretário de Estado dos EUA e porta-voz do governo Iraquiano.

Quando o Iraque decidiu atacar e invadir o seu vizinho Irão dando início à designada Guerra Irã-Iraque, Os Estados Unidos mantiveram uma atitude neutra, a qual foi alterada na sequencia da operação Fath-ol-Mobeen uma contra ofensiva bem sucedida em março de 1982, executada pelas forças Iranianas e que fez pender perigosamente a guerra para o seu lado.[7] Desde então e até 1990, o governo norte-americano suportou declaradamente o Iraque fornecendo ajuda alimentar, militar (armas e informações) e tecnologia com emprego duplo, passível de ser usada no desenvolvimento e fabrico de alfaias agrícolas, mas também no desenvolvimento e fabrico de mísseis balísticos,[8] ou ainda para o desenvolvimento de armas de destruição em massa.[9] Fazendo justiça ao provérbio "o inimigo do meu inimigo meu amigo é",[2] manteve o nível elevado nas relações diplomáticas até à véspera da invasão, com exceção de um limitado período imediatamente a seguir ao ataque com mísseis AM39 Exocet, alegadamente por engano, à fragata USS Stark (FFG-31).[2]

A 25 de Julho (seis dias antes da invasão), Saddam recebe em audiência o embaixador norte-americano April Glaspie, o qual garante que os Estados Unidos não intervirão militarmente em defesa do Kuwait, porque não possuem posição definida, nem interferem nos assuntos diplomáticos exclusivamente entre países Árabes.[10]

Invasão e posterior anexação[editar | editar código-fonte]

Ver artigo principal: Invasão do Kuwait

Unidades militares que se refugiaram na Arábia Saudita
1
2
3
Sentido descendente: A-4KU Skyhawk e carros de combate M-84

Invadir e anexar o Kuwait pela força foi um equivoco e um erro de cálculo enorme, tal temerária decisão só poderia ser tomada por um homem só, Saddam Hussein. O impulso que a originou, pode ser encontrada no nacionalismo agressivo que sempre caracterizou e predominou na política Iraquiana após a queda da monarquia em 1958, mais especificamente na impulsiva e rancorosa personalidade do seu líder, que em onze anos de poder absoluto, não tolerou oposição aos seus planos, tão pouco que a sua imagem e grandiosidade fosse ofuscada por terceiros.[11] Antes da invasão em agosto de 1991, acreditava-se que o exército Iraquiano seria o 4º maior do mundo. Composto por um total aproximado de um milhão de soldados regulares, mais 450 mil reservistas, com uma vasta experiência de combate, proporcionada por oito anos de conflito armado com o vizinho Irão e claramente influenciado na sua organização e doutrina no modelo Soviético, apresentava argumentos suficientes para ser considerado um adversário de respeito.[12]

No dia 21 de Julho de 1990 a principal estrada que liga Bassorá ao Kuwait, começou a ficar congestionada por veículos militares, tinha sido dado início às movimentações de forças militares em direção à fronteira comum. Inicialmente três divisões blindadas, acompanhadas por quatro outras divisões de infantaria, no final dessa mesma semana, aproximadamente 100,000 soldados apoiados por cerca de dois mil blindados T-54/T-55, T-62 e T-72, encontravam-se posicionados ao longo da linha de fronteira. Inúmeras técnicas de deceção e camuflagem foram utilizadas, com um sucesso relativo, para esconder a sua presença dos serviços de inteligência ocidentais, principalmente o propósito da enorme concentração de meios.[13] [nota 2]

Têm pela frente a componente terrestre das Forças Armadas do Kuwait, constituídas pelas 6ª, 15ª e 35ª Brigadas Mecanizadas, com base no norte do país, sul da cidade do Kuwait e oeste do país respetivamente, equipadas com carros de combate de ultima geração à época, Chieftains de origem Britânica e M-84 de produção sob licença na antiga Iugoslávia. No entanto o seu nível de prontidão está ao nível usual em tempo de paz, devido à ausência de grande parte dos meios humanos em situação de licença,[15] na semana anterior à invasão, esse nível é ainda diminuído para uns paupérrimos 25% de prontidão, na tentativa de apaziguar as intenções do seu vizinho do norte.[16]

Cumprida a primeira hora do dia 2 de Agosto, três divisões da Guarda Republicana cruzam a linha de fronteira liderando e dando cumprimento ao plano estabelecido, a ocupação do território Kuwaitiano eliminando toda a resistência que se oponha no seu caminho para a capital.[15] Simultaneamente vários assaltos helitransportadas e anfíbios foram executados por Forças Especiais, em pontos chave de Kuwait city e locais estratégicos um pouco por todo o país, posteriormente consolidados por forças regulares.[16]

Disposição defensiva das forças Iraquianas após a invasão

As forças terrestres Kuwaitianas não foram nem podiam ser um desafio sério, reagiram tarde e sem coordenação, aparte alguma resistência sobretudo devido a atos de bravura individuais, foram rapidamente subjugadas, ou forçadas a recuar até encontrar abrigo na Arábia Saudita. A força aérea conseguiu executar alguns ataques limitados, mas também os seus aviões se refugiaram no reino Saudita e ou no Bahrein.[16][17] Tudo terminou em 12 horas, a família real foi acolhida em segurança em Riade e Saddam Hussein é dono e senhor do pequeno estado e de todas as suas riquezas, que de imediato são espoliadas.[8]

Nos seis meses seguintes é declarada a anexação do Kuwait como a 19ª província Iraquiana e são consolidadas as posições e meios empregues na defesa, constituída por 590 mil soldados, 4 mil blindados, três mil peças de artilharia pesada e obuses, posicionados em profundidade por todo o território Kuwaitiano e por todo o sul do Iraque, em apoio às unidades da frente estão confinadas massivas reservas. Com a assinatura dos acordos de paz com o vizinho Irão em setembro de 1990, ficam disponíveis mais 10 divisões retiradas da fronteira comum.[18] Estavam ainda na situação de reserva e elevado grau de prontidão três divisões, Hammurobi, Medina e Tawakalna da Guarda Republicana a unidade de elite do exército. [19] Na fronteira com a Arábia Saudita foram dispostos extensos campos de minas, complementados por obstáculos à progressão de veículos e infantaria, bem como fortificações de todo o género.[18]

Breve cronologia[editar | editar código-fonte]

Compilação de dados dos momentos cruciais e seus antecedentes em modo não exaustivo, as referências horárias refletem a hora oficial de Riade, capital da Arábia Saudita.

  • 1961
    • Em Junho o Kuwait obtém a independência deixando de ser um protetorado britânico.[20]
    • Em Julho a Grã-Bretanha intervém militarmente para pôr termo a uma agressão Iraquiana.[20]
  • 1963
Iraque reconhece a independência do Kuwait.[20]
  • 1968
Saddam Hussein é eleito deputado no parlamento Iraquiano.[20]
  • 1969
Saddam Hussein, oficialmente toma o controlo absoluto do poder no Iraque.[20]
  • 1980
Início da guerra Guerra Irão-Iraque, que terminaria oito anos mais tarde, em 1988.[20]
  • 1990
    • Em Julho no dia 15, as primeiras unidades da Guarda Republicana Iraquiana são posicionadas junto da fronteira com o Kuwait. [20]
    • Em Agosto no dia 2, logo ao inicio da manhã o Iraque inicia a invasão do Kuwait.[21]
    • Ainda em Agosto no dia 8, os primeiros caças norte-americanos chegam à Arábia Saudita, dando início à operação Desert Shield [21]
    • Outubro no dia 31, George H. W. Bush decide duplicar o efetivo de forças norte-americanas na Arábia Saudita, mas mantém a decisão confidencial até oito de Novembro.[22]
    • Em Novembro no dia 29, o Conselho de Segurança das Nações Unidas, autoriza o uso de todos os meios, para repor a situação anterior à invasão.[22], no entanto é concedido ao Iraque a possibilidade de abandonar o Kuwait voluntariamente até 15 de Janeiro de 1991.[21]
  • 1990 (cont.)
  • 1991
    • Em Janeiro no dia 9, James Baker e Tariq Aziz, responsáveis máximos das relações exteriores dos Estados Unidos e Iraque respetivamente, encontram-se em Genebra tentando encontrar uma solução pacífica.[22]
    • Janeiro dia 16, pelas três horas locais (7 horas EST, costa leste dos EUA) é iniciada a campanha aérea, com os primeiros ataques a serem efetuados por aeronaves da coligação e mísseis de cruzeiro dos Estados Unidos, contra alvos no Iraque e no Kuwait, após o "terminus" do prazo para a retirada voluntária, às 24 horas do dia anterior.[23] [21] [nota 3]
    • Janeiro dia 17, Saddam Hussein declara o conflito em curso como a mãe de todas as batalhas.[23]
    • Janeiro dia 18, primeiro míssil Scud atinge Israel.[22]
    • Em Fevereiro no dia 3, na campanha aérea são alcançadas as 40,000 missões, 10,000 mais que as efetuadas contra o Japão nos últimos 14 meses da Segunda Guerra Mundial.[23]
    • Fevereiro dia 24, início da campanha terrestre conhecida como operação Desert Storm. Por decisão do General Norman Schwarzkopf a iniciativa é antecipada 15 horas.[22]
    • Fevereiro dia 25, as tropas Iraquianas iniciam a retirada.[23] Um míssil Scud atinge, tropas americanas aquarteladas em Al Khobar na Arábia Saudita, morrem 28 soldados e 98 são feridos.[22]
    • Fevereiro dia 27, forças da coligação interrompem o avanço e declaram um cessar-fogo unilateral, 100 horas após o início das hostilidades em terra.[21]
    • Em Março no dia 3, é assinado formalmente o acordo de cessar-fogo com os representantes oficias Iraquianos.[20]

Iniciativas de resolução do conflito por via diplomática[editar | editar código-fonte]

Resoluções do Conselho de Segurança das Nações Unidas sobre o Iraque [24] [nota 4]
  • Resolução 660 - 2 agosto de 1990
Condena a invasão. Exige a retirada. - Aprovada com 14 votos e abstenção do Yemen.
  • Resolução 661 de 6 Agosto de 1990
Impôs um embargo comercial e financeiro. Aprovada por 13 votos e abstenção do Yemen e Cuba.
  • Resolução 662 - 9 Agosto de 1990
Declara a anexação do Kuwait nula e sem efeito. Aprovada por unanimidade.
  • Resolução 664 de 18 de Agosto de 1990
Exige a libertação imediata dos estrangeiros retidos no Kuwait e no Iraque. Aprovado por unanimidade.
  • Resolução 666 - 13 de Setembro de 1990
Declara o Iraque responsável pela segurança dos cidadãos estrangeiros. Aprovada por 13 votos e abstenção do Yemen e Cuba.
  • Resolução 667 - 16 de Setembro de 1990
Condena a agressão iraquiana contra diplomatas. Aprovado por unanimidade.
  • Resolução 670 - 25 de Setembro de 1990
Incluído o tráfego aéreo, no embargo em vigor. Aprovada com 14 votos e Cuba contra.
  • Resolução 677 - 28 de Novembro de 1990
Condena tentativas de mudar a composição demográfica do Kuwait. Aprovado por unanimidade.
  • Resolução 678 - 29 de Novembro de 1990
Autoriza a utilização de "todos os meios necessários" para cumprir as resoluções anteriores, se o Iraque não retirar do Kuwait até 15 de Janeiro de 1991. Aprovada por 12 votos e abstenção da :China, Yemen e Cuba contra.

Consumada a invasão, a primeira reação de oposição aos acontecimentos não veio do mundo Árabe como seria expectável. Estados Unidos que de imediato congela os bens Kuwaitianos em território norte-americano, e Reino Unido são os primeiros a reagir, logo seguidos pela Alemanha, França e Japão. Reunido de urgência dada a gravidade dos fatos, o Conselho de Segurança das Nações Unidas, aprova a resolução 660 com 14 votos a favor e a abstenção do Yemen, condenando veementemente a invasão e exigindo a retirada imediata e sem condições, repondo a situação anterior à agressão militar.[25] Pela primeira vez e consequência do degelo verificado nas relações internacionais, mas também porque os seus líderes se encontra entretidos a desmantelar uma super-potência, a ainda União Soviética vota incondicionalmente ao lado das potências ocidentais. [25]







As razões para a intervenção militar da coligação[editar | editar código-fonte]

Operação Escudo do Deserto (Desert Shield)[editar | editar código-fonte]

A operação Desert Shield foi a maior e mais rápida movimentação de forças de combate, projetada a longa distância, de toda a história militar.



Os beligerantes[editar | editar código-fonte]

Estados Unidos[editar | editar código-fonte]

Área de responsabilidade do CENTCOM

As Forças Armadas norte-americanas possuem cinco comandos principais, os quais coordenam a projeção de forças em regiões específicas do globo. A área do Golfo Pérsico está atribuída ao US Central Command (CENTCOM - Comando central), a que correspondem de grosso modo: O Iraque, Irão, Kuwait, toda a península Arábica, Egito, Etiópia, Somália, Paquistão e Afeganistão.[nota 5].[26]
Formado em 1979, quando o Irão passou a ter o estatuto de país hostil, na sequência da crise dos reféns da embaixada norte-americana, não tinha ainda forças militares atribuídas aquando do pedido de ajuda Saudita / operação Desert Shield, pelo que foi necessário um esforço adicional, para juntar uma força massiva em meios humanos e material bélico, vindos das mais díspares localizações, um pouco por todo o mundo.[26]

Devido à excelência do treino das brigadas de combate norte-americanas, intimamente ligada à indispensável flexibilidade de emprego nos mais diversos teatros de operações, a quase totalidade das forças possuíam um ou mais treinos de combate em ambiente de deserto.[27]

Força Aérea (USAF)


Exército (US Army)

Em 1990, do exército desmoralizado e em ruínas que duas décadas antes tinha abandonado o Vietname, já nada sobra além do nome, reinventou-se para reconstruir-se assente numa força totalmente voluntária e altamente profissionalizada com uma liderança mais forte e mais competente, uma nova doutrina e um treino mais realista, capaz de combater qualquer inimigo em qualquer parte do mundo. [28]



Marinha (US Navy) e fuzileiros (US Marine Corps)

As duas vítimas da guerra de minas, no Golfo Pérsico
O USS Tripoli (LPH-10) reparando os estragos em doca seca e pormenor dos danos ligeiros no USS Tripoli (CG-59).

O deslocamento de navios da marinha dos Estados Unidos para a área do Golfo Pérsico, foi sem dúvida uma complexa demonstração de projeção de poder marítimo e a maior concentração de unidades navais com um único objetivo, até então.[29] Adquirida a supremacia naval contra uma marinha sem significado, o seu contributo mais valioso e de enorme importância estratégica, foi de convencer o comando militar Iraquiano, de que um grande desembarque anfíbio estaria prestes a ocorrer, o que nunca veio a acontecer, obrigando à dispersão de importantes forças, para proteção do espaço costeiro.[30] Para o sucesso desta ilusão, foi de importância capital a demonstração da presença entre as forças navais da coligação, dos 2,200 marines da 26.ª força expedicionária de fuzileiros[nota 6] e todo o seu equipamento pesado, incluindo as aeronaves de apoio, assalto e suporte ao combate, a bordo de cinco importantes navios de assalto anfíbio.[32] Também foi dado um ênfase significativo à recolha e desativação de minas (dragagem de minas), atitude que não era vista desde a segunda guerra mundial, mas que foi necessária devido à minagem de águas internacionais efetuada pela marinha Iraquiana, na tentativa de bloquear os principais corredores de acesso à sua costa.[31]

Iraque[editar | editar código-fonte]

Formação da coligação[editar | editar código-fonte]

O consenso internacional sobre a gravidade da agressão de Saddam Hussein e a aceitação de que o os Estados Unidos eram a peça fundamental na elaboração da resposta, na liderança militar e nos esforços necessários para manter unida uma aliança de países sem precedentes na história mundial, galvanizou as nações a agir rapidamente e em força. [33]




Países e unidades militares envolvidas[editar | editar código-fonte]

Batalhas iniciais[editar | editar código-fonte]

Campanha aérea[editar | editar código-fonte]

Retaliação Iraquiana (Patriot vs Scud)[editar | editar código-fonte]

Scuds Iraquianos lançados entre 17/01/1991 e 25/02/1991
Transportador com míssil em posição de lançamento

No terço final da guerra Irão-Iraque o uso de mísseis balísticos, foi uma prática comum, assim seria de esperar que também na guerra do golfo o seu uso fosse inevitável. Pela primeira vez num conflito armado é empregue o míssil MIM-104 Patriot [nota 7] na defesa anti-míssil balístico.[34] Esta arma cuja função original é a interceção de aeronaves a longa distância e grande altitude, foi submetida desde 1988 a um programa de atualizações conhecido como PAC-1 (Patriot Advanced Capability-1), [nota 8] que lhe conferiu uma capacidade limitada contra mísseis balísticos.[35] Era no entanto a arma mais eficaz ao dispor das forças da coligação para enfrentar a ameaça representada pelas variantes de construção local dos mísseis Scud B (designação Russa, R-11 até R-17) e FROG-7 (designação Russa, 9K52 Luna-M), tendo sido usadas diversas baterias para defender cidades, bases militares com grande concentração de meios terrestres ou aéreos e ainda possíveis alvos com grande valor estratégico.[34]

Bateria de mísseis Patriot algures na Arábia Saudita
4 fases de uma interceção (exercício de testes)
A envolvente estratégica

Saddam Hussein contava poder abrir brechas significativas na coligação de forças internacionais formada para reverter a anexação do Kuwait, com o lançamento de mísseis balísticos contra território Israelita, reforçando a suas credenciais como o único líder Árabe capaz de afrontar e lutar contra o inimigo sionista.[36] Saddam ao admitir ainda como muito provável o ataque a Israel, se as hostilidades fossem desencadeadas, colocava a liderança norte-americana sobre pressão, se por um lado o Tsahal era por si só capaz de lidar com a ameaça Iraquiana, por outro, nunca até então tinha deixado de responder na mesma moeda a um ataque contra o seu território, o que a acontecer iria no mínimo e indubitavelmente provocar desunião no seio da coligação, talvez mesmo transformar uma guerra de libertação num conflito entre diversos países Árabes e Israel. Por intervenção expressa de George H. W. Bush, foi determinado que medidas sem precedentes fossem implementadas para persuadir Os líderes Israelitas de exercer o direito inquestionável de responder. Entre as quais, a garantia do próprio presidente de que os sistemas de lançamento de mísseis seriam um alvo prioritário, o estabelecimento de uma linha de comunicações direta, facilitando o contacto imediato e frequente, o aviso de alerta antecipado de ataque por míssil o qual proporcionava à população cinco minutos para recolherem de emergência aos abrigos antes do impacto acontecer,[nota 9] ainda a deslocação da Europa de quatro baterias de mísseis MIM-104 Patriot e respetivos operadores do exército norte-americano, implementadas em tempo recorde. [37] [38]

Missões aéreas contra mísseis Scud (gráfico)
Scud abatido por um Patriot,sendo observado algures no deserto Saudita.
A ameaça e a caça

O Iraque possuía duas versões de mísseis Scud no seu inventário, a al-Hussein com um alcance de 600 a 650 Km e a al-Abbas que tinha um alcance de 750 a 900 Km, ambas as versões eram modificações Iraquianas do original míssil Soviético R-17 (Scud B), conssitiam essencialmente na redução de peso da carga explosiva e no aumento da taxa de queima do combustível, resultando em maior alcance, mas menor letalidade, menor precisão e menos confiável que o modelo original. Deixou de ser uma eficaz arma tática, passou a ser uma útil arma de terror, derivado de não se conhecer antecipadamente o local exato do impacto, nem o tipo de ogiva transportada, a qual podia ser convencional de alto explosivo, bacteriológica ou química.[39]

Os serviços de informação forneceram uma estimativa, que se provou estar errada e mal avaliada, da existência de 600 mísseis Scud e suas variantes, 36 lançadores móveis e 28 rampas de lançamento fixas no oeste do país, mais algumas rampas usadas para propósitos de treino, junto de instalações de manutenção ou de produção dos mísseis.[40] Embora o esforço inicial para destruir os locais de produção e de assistência aos mísseis, tenha sido coroado de êxito, o mesmo não aconteceu no que diz respeito às rampas de lançamento fixas, aparentemente não foram usadas, servindo como isco para os bombardeamentos da coligação ajudando a criar a ilusão, após serem destruídas, de que a capacidade retaliatória Iraquiana tinha sido severamente diminuída. Na verdade a aposta Iraquiana, contra todas as expetativas, recaiu inteiramente nos lançadores móveis, que se mostraram bem difíceis de localizar e destruir.[41] Como resultado, a esperança inicial dos decisores militares de colocarem fora de ação, ou reduzirem significativamente a ameaça representada pelo lançamento de mísseis balísticos contra Israel, Arábia Saudita e Bahrein, durante as primeiras horas da campanha aérea provou ser uma ilusão.[42]

O exército iraquiano fez um enorme esforço para assegurar que o número de lançadores disponíveis e a sua localização se mantivesse indeterminada. Fazendo uso intensivo de medidas de deceção e ou utilizando alvos falsos (iscos) com grande realismo, [nota 10] alguns com origem na ex Alemanha de Leste. Também as táticas usadas pelas tripulações Iraquianas surpreenderam os analistas militares da coligação, como o uso e aproveitamento de irregularidades geográficas, ravinas, bueiros para escoamento de águas e passagens inferiores nas rodovias,[43] ainda abrigos reforçados subterrâneos e extremamente bem camuflados, junto das bases aéreas, no interior de áreas densamente povoadas e ao longo das principais estradas.[44] Com base na experiência adquirida na guerra com o Irão, os procedimentos para o lançamento e dispersão dos mísseis, foram diminuídos para metade do tempo padrão usado pelo exercito Soviético que se situava em 90 minutos, também as emissões eletromagnéticas resultantes de dados enviados pela telemetria, foram evitados inviabilizando a sua deteção antes do lançamento, ambas as situações eram do desconhecimento das forças da coligação. [45]

Caça aos Scud - Zona de operações das forças especiais
AIM-120 AMRAAM, a arma que chegou tarde demais...
Mudanças no combate à ameaça

Dada a ineficácia da estratégia de destruição das rampas de lançamento de mísseis a mesma foi modificada, 24 sobre 24 horas passou a haver patrulhas aéreas dedicadas (Scud patrols) na deteção e destruição dos Scud. A ideia geral é que aeronaves de combate orbitando uma determinada área de ação, pudessem localizar uma emissão de infravermelhos ou eletromagnética recorrendo aos sensores de bordo quando um míssil fosse disparado e proceder à destruição do transportador/lançador antes que o mesmo pudesse ficar novamente oculto. Porém na prática esta esta nova abordagem revelou-se de difícil execução, já que as emissões referidas eram passíveis de serem mascaradas e muito exigentes para os sensores de bordo, também os radares de abertura sintética dos F-15E Strike Eagle e F-16 Fighting Falcon, tinham dificuldade na localização e aquisição dos alvos, dado ser praticamente impossível distinguir entre as assinaturas radar dos lançadores e qualquer viatura civil das mesmas dimensões, também o "lixo" eletromagnético do deserto Iraquiano prejudicava a sua fiabilidade. [46] [nota 11]

Israel continuava a ser alvo de ataques, os seus líderes militares pressionavam com maior insistência para serem envolvidos na solução do problema, ameaçando tomar iniciativas unilaterais. Alternativas eficazes eram necessárias, novamente Israel propôs a intervenção em território Iraquiano de forças regulares, solução rejeitada por Colin Powell e Norman Schwarzkopf, no entanto o Secretário de Defesa dos Estados Unidos Dick Cheney ponderou a possibilidade de envolver as Forças Especiais, com a missão de atuar infiltradas no Iraque, localizando os alvos durante a noite e ocultando-se durante o dia.[47] Mesmo contra o ceticismo de Norman Schwarzkopf o seu emprego foi aprovado, juntando-se e partilhando a zona de operações desde 7 de Fevereiro de 1990, com as forças Britânicas do Special Air Service (SAS), já a operar desde 20 de Janeiro, situação que o próprio Schwarzkopf desconhecia.[48]

No total foram disparados 49 mísseis contra a Arábia Saudita, dos quais 38 foram intercetados. Israel foi contemplado com 39 Scud, mas só dez conseguiram impactar no solo, as falhas na interceção foram atribuídas à escassa disponibilidade de baterias de mísseis Patriot disponíveis. Na fase final do conflito foram despachados de urgência para a linha da frente os novos mísseis ar-ar AIM-120 AMRAAM, mesmo com a fase final de testes ainda não completada, para uso nos F-15 C/D, segundo a versão oficial para ser empregue na defesa aérea, como a Força Aérea Iraquiana já não existia, foi entendido que seria usado no abate de mísseis Scud já em voo, no entanto chegou tarde demais, não tendo tido oportunidade de mostrar a sua valia.[49]

Batalha de Khafji[editar | editar código-fonte]

Ver artigo principal: Batalha de Khafji

Khafji à época dos acontecimentos, era uma cidade Saudita na linha costeira junto à fronteira com o Kuwait, com aproximadamente 85 mil habitantes, os quais tinham sido evacuados na sequência de frequentes bombardeamentos da artilharia Iraquiana.[50] Sem que nada o fizesse prever, pelas 23 horas do dia 29 de Janeiro de 1991, patrulhas do 3º Regimento da 1ª Divisão de Marines, reportam várias colunas militares Iraquianas ao nível de batalhão, apoiadas por várias centenas de blindados, provenientes da zona de fronteira, progredindo em território Saudita e dando combate a forças pesadas da Guarda Nacional Saudita e ligeiras dos Marines,[51] que respondem apoiadas por um intenso ataque aéreo e de artilharia, no entanto e apesar das fortes perdas em homens e material, conseguem atingir a cidade de Khafji e consolidar posições.[52]

A cidade de Khafji, antes da batalha.
A batalha de Khafji, 1991

Duas unidades de Marines compostas por seis elementos cada, efetuando ações de reconhecimento no interior da cidade, foram apanhados de surpresa não conseguindo retirar a tempo e ficaram encurralados.[53] Durante as 36 horas seguintes divididos pelos telhados de várias casas, foram identificando e orientando via rádio, a artilharia aliada que fustigou as unidades Iraquianas sem tréguas. [54]





Campanha terrestre[editar | editar código-fonte]

Libertação do Kuwait[editar | editar código-fonte]

O fim das hostilidades[editar | editar código-fonte]

A "mãe de todas as batalhas" nunca aconteceu e a forças de coligação destruíram o exército iraquiano em 100 horas.[55]

Vítimas do conflito[editar | editar código-fonte]

Coligação[editar | editar código-fonte]

Fratricídio[editar | editar código-fonte]

Iraque[editar | editar código-fonte]

Outras[editar | editar código-fonte]

Análise pós intervenção[editar | editar código-fonte]

Causas do fracasso Iraquiano[editar | editar código-fonte]

Custos[editar | editar código-fonte]

Cobertura mediática[editar | editar código-fonte]

Consequências[editar | editar código-fonte]

Elementos de controvérsia[editar | editar código-fonte]

Ver também[editar | editar código-fonte]


Notas

  1. Os gastos em armamento para os dois antagonistas terá sido no mínimo de US $150 mil milhões (150 bilhões) .[1]
  2. No entanto o diretor da CIA no final de julho informa o presidente Bush, de que a invasão está iminente e aproximadamente 100 mil soldados se encontram a postos junto à fronteira comum. [14]
  3. Outras fontes situam o início da campanha aérea às 2h e 48m locais, com os primeiros ataques desenvolvidos pela companhia "bravo" equipada com AH-64 Apache.[22]
  4. Além das resoluções transcritas, foram ainda aprovadas as resoluções 665, 669, e 674 [24]
  5. De notar que pertencendo a mesma área geográfica, Israel, Líbano e Síria, não são da responsabilidade do CENTCOM.[26]
  6. Esta unidade de marines constituía no momento dos acontecimentos, a sua força de reação rápida (Amphibious Readiness Group (ARG) "Alfa"). [31]
  7. PATRIOT - Acrónimo (em Inglês) de Phased Array Tracking Radar Intercept On Target (Radar de acompanhamento e interceção (ativa) com antena de fase ou Radar com antena de fase de rastreio e interceção (ativa))
  8. A mais recente atualização é a PAC-3, que o capacitou definitivamente como arma de defesa anti-míssil, sendo essa na atualidade a sua missão primária.
  9. O sistema de alerta de lançamento de mísseis é baseado em satélites de órbita baixa, usando tecnologia de infravermelhos para detetar toda e qualquer chama emanada pela ignição e combustão de um motor de míssil. As versões Iraquianas do míssil Scud tinham um tempo de voo de aproximadamente 7 minutos, o sistema de deteção demorava 2 minutos a detetar, traçar a trajetória e calcular a zona de impacto, mais cerca de 3 minutos eram necessários, para a informação correr entre os vários escalões de decisão e ser possível emitir o alerta para a população. No entanto o sofisticado radar de deteção da bateria de mísseis Patriot, permitia detetar a vinda do míssil para além dos 100 Km, ainda na fase em que a interceção não é viável, era assim ganho um tempo extra para a população da área de impacto poder recolher para os abrigos de segurança.[34]
  10. Observadores independentes da ONU, que aparentemente seguiam o desenrolar das atividades de caça aos mísseis Scud, revelaram no final do conflito, que a identificação dos alvos falsos, principalmente aqueles com grande realismo era impossível de detetar a sua veracidade em ambiente de deserto, para além dos 20 a 25 metros de distância. [42]
  11. No final do conflito e após uma analise específica, apurou-se que dos 42 avistamentos de plataformas móveis de lançamento, apenas foi possível manter o seu seguimento até à destruição em oito oportunidades. [46]

Referências

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Ligações externas[editar | editar código-fonte]

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