Victor Faccioni

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Victor Faccioni
Victor Faccioni
Faccioni em 1988
Deputado federal pelo Rio Grande do Sul
Período 1979 a 1995
(4 mandatos consecutivos)
Deputado estadual do Rio Grande do Sul
Período 1966 a 1971
Vereador de Caxias do Sul
Período 1962 a 1966
Dados pessoais
Nome completo Victor José Faccioni
Nascimento 5 de agosto de 1941 (82 anos)
Caxias do Sul, RS
Alma mater Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUCRS)
Prêmio(s) Ordem do Mérito Militar[1]
Esposa Iole Zatti Faccioni
Parentesco Mãe: Vicenza Guerra Chies Faccioni
Pai: Onório Nazareno Breda Faccioni
Partido PDC (1962–1965)
ARENA (1965–1979)
PDS (1979–1993)
PPR (1993–1995)
PP (1995–presente)
Profissão advogado, contador, desembargador, economista, jornalista, político

Victor José Faccioni OMM (Caxias do Sul, 5 de agosto de 1941) é um desembargador e político brasileiro. Filho de Onório Nazareno Breda Faccioni e Vicenza Guerra Chies Faccioni, foi jornalista, contador, economista e advogado, e exerceu o mandato de deputado federal constituinte em 1988.[2]

Vida pessoal[editar | editar código-fonte]

Faccioni cursou a Faculdade de Ciências Econômicas de Caxias do Sul e a Faculdade de Contabilidade da Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUCRS). Também exerceu diversas funções como jornalista, e trabalhou na assessoria de imprensa da Secretaria de Agricultura do Rio Grande do Sul.[3]

Bacharelou-se em Ciências Jurídicas e Sociais na Faculdade de Direito de Santo Ângelo, em 1973. Faccioni foi membro fundador da Academia Brasileira de Turismo e do Instituto de Folclore do Rio Grande do Sul, e o primeiro presidente da Fundação Balduíno Pambo.[4]

Casou-se com Iole Zatti Faccioni, tendo quatro filhos.[5]

Carreira política[editar | editar código-fonte]

Pelo Partido Democrata Cristão (PDC), foi eleito vereador de Caxias do Sul em 1962. Em 1964, já durante o regime militar, tornou-se presidente da Câmara de Caxias do Sul. Após o Ato Institucional n.º 2 (27/10/1965) e a instalação do bipartidarismo, filiou-se à Aliança Renovadora Nacional (ARENA).[4]

Elegeu-se deputado estadual em novembro de 1966. No mesmo mês em 1970, concorreu à reeleição. Apesar de conquistar o cargo, licenciou-se do mandato para tornar-se secretário extraordinário da Casa Civil do governo Euclides Triches.[4]

Em 1975, após deixar a chefia da Casa Civil, tornou-se presidente da Câmara de Comércio Ítalo-Brasileira da região Sul. Faccioni voltou ao panorama eleitoral em novembro de 1978, quando se elegeu deputado federal. Após o fim do bipartidarismo, ingressou no Partido Democrático Social (PDS), em novembro de 1979.[4]

Foi presidente do PDS gaúcho em 1980 e concorreu à prefeitura de Porto Alegre, em 1985. Faccioni perdeu para Alceu Collares, candidato do PDT.[4]

Em 1986, foi eleito deputado federal constituinte e apresentou o primeiro modelo da proposta para a implantação do parlamentarismo no Brasil. Foi considerado o terceiro parlamentar mais influente no processo constituinte, segundo análise do Jornal do Brasil, a critérios de assiduidade, influência e número de propostas aprovadas.[6]

Em outubro de 1990, pela quarta vez, reelegeu-se deputado federal, e em 1991, foi líder do PDS na Câmara. Três propostas de revisão constitucional de sua autoria acabaram incorporadas à Constituição, nas formas das Emendas de Revisão nº 3, 4 e 5. Em 29 de setembro de 1992, foi favorável à abertura de processo de impeachment contra o presidente Fernando Collor de Melo.[4]

Faccioni filiou-se ao Partido Progressista Reformador (PPR), criado a partir da junção entre o PDS e o PDC. Em 1994, candidatou-se a mais um mandato de deputado federal, mas sem sucesso, deixou a Câmara em janeiro de 1995, quando terminou sua legislatura.[4]

Sua atuação parlamentar primou por temas vinculados à reforma do Estado e do sistema político, educação, política agroindustrial, turismo, meio ambiente, cooperativismo comércio exterior, entre outros.[7]

Em 1998, foi escolhido para o cargo de conselheiro do Tribunal de Contas do Estado do Rio Grande do Sul.[3] Após seu período como político, Faccioni dedicou-se ao direito, atuando como desembargador. Em 2006, foi condecorado pelo vice-presidente José Alencar com a Ordem do Mérito Militar no grau de Oficial especial.[1]

Publicações[editar | editar código-fonte]

  • O Rio Grande do Sul e o turismo (1969);
  • A revolução verde no Rio Grande do Sul (1973);
  • O setor terciário da economia (1975);
  • A cidade e a liberdade. Impactos da urbanização (1976);
  • Ecumenismo e solidarismo: marco ideológico do século XX (1979);
  • Parlamentarismo e Presidencialismo (1982);
  • Pregando no deserto (1990);[8]
  • Prioridades e Reformas Fundamentais (2005).

Condecorações[editar | editar código-fonte]

Referências

  1. a b c BRASIL, Decreto de 20 de março de 2006.
  2. «Victor Faccioni - CPDOC». CPDOC. Consultado em 2 de janeiro de 2018 
  3. a b «Victor Faccioni: Brasil deveria adotar sistema parlamentarista». Agência de Notícias ALRS. Consultado em 24 de setembro de 2018 
  4. a b c d e f g «VITOR JOSE FACCIONI». CPDOC. Consultado em 24 de setembro de 2018 
  5. «Victor Faccioni: Brasil deveria adotar sistema parlamentarista». Agências de Notícias ALRS. Consultado em 24 de setembro de 2018 
  6. Jornal do Brasil (Primeiro Caderno, p. 7) (3 de julho de 1988). «Constituinte assíduo fala sobre tudo». Jornal do Brasil (Primeiro Caderno, p. 7) 
  7. Faccioni, Victor. (2005). Prioridades e reformas fundamentais. [Caxias do Sul, Brazil]: Formato Artes Gráficas. ISBN 9788570613271. OCLC 230803413 
  8. Junqueira, Eduardo. «VITOR JOSE FACCIONI». CPDOC. Consultado em 24 de setembro de 2018 
  9. Eitelwein, Gilmar (29 de março de 2008). «Victor Faccioni: Brasil deveria adotar sistema parlamentarista». Agência de Notícias ALRS. Consultado em 24 de setembro de 2018