Albert Yava
Albert Yava Nuvayoiyava | |
---|---|
Albert Yava em Poston, Arizona, setembro de 1945 | |
Nascimento | 1888 |
Morte | Fevereiro de 1980 (entre 91–92 anos) |
Albert Yava (1888–1980) foi um autobiógrafo e intérprete Hopi–Tewa. Nascido em Tewa Village, em First Mesa, Arizona em 1888, era filho de pai Hopi e mãe Tewa. O seu nome de nascimento, originalmente, era Nuvayoiyava, que significa Big Falling Snow ('grande queda de neve' em português). [1]
Biografia
[editar | editar código-fonte]Nuvayoiyava frequentou a escola primária em Polacca, Arizona, numa época em que a educação obrigatória nas escolas administradas pelo governo dos EUA era um tema controverso na comunidade Hopi. Os professores da escola encurtaram seu nome para Yava e adicionaram Albert, nome que ele usou pelo resto de sua vida. Yava posteriormente frequentou o internato para índios americanos em Keams Canyon, Arizona e passou cinco anos na Chilocco Indian School em Oklahoma.[2][1]
Yava retornou à reserva Hopi em 1912, onde trabalhou para o Gabinete de Assuntos Indígenas (sigla BIA, em inglês), em Keams Canyon, como pintor no departamento de manutenção. Ele também serviu como intérprete, aproveitando seu conhecimento de Hopi, Tewa, Inglês e um pouco de Navajo.[1]
Em 1943, Yava forneceu o texto em língua Hopi para dois livros infantis bilíngues publicados pelo Gabinete de Assuntos Indígenas: Field Mouse Goes To War / Tusan Homichi Tuvwöta e Little Hopi / Hopihoya.[1] Essas obras foram baseadas em fontes Hopi autênticas, as primeiras de seu tipo na educação nativa americana.[3] Após a Segunda Guerra Mundial, os esforços da BIA se voltaram para a assimilação e esforços adicionais na educação bilíngue não foram feitos por várias décadas posteriores.[4]
Mais tarde, Yava foi considerado um respeitado ancião da comunidade e uma autoridade nas tradições Hopi e Tewa. Tratado como um membro da Tewa por descendência matrilinear, sua subsequente influência na tribo de One Horn fez dele um membro dos Hopi também, após decisão na Kiva.[2]
De 1969 a 1977, Yava se encontrava com o antropólogo Harold Courlander para registrar lembranças de sua vida, história e tradições Hopi e Tewa, e questões atuais que afetam a comunidade, como as disputas de terra Hopi-Navajo. Essas gravações foram transcritas e editadas por Courlander e publicadas no livro Big Falling Snow: A Tewa-Hopi's Life and Times and the History and Traditions of His People em 1978.[2] O trabalho foi elogiado pela narração perspicaz de Yava, os relatos dos efeitos da cultura ocidental sobre os Hopi, e "capacidade de reconciliar duas filosofias aparentemente opostas: o cerimonialismo Hopi e o racionalismo ocidental".[5] O trabalho gerou comparações com a premiada autobiografia de Don C. Talayesva, Sun Chief (1963).[2][5]
Yava morreu em fevereiro de 1980. Um obituário no International Journal of American Linguistics (Revista Internacional de Linguística Americana, em português) elogiou suas habilidades linguísticas, chamando-o de "homem notável".[1]
Referências
- ↑ a b c d e Kennard, Edward A.; Shaul, David L. (1 de outubro de 1981). «Albert Yava (1888-1980)». International Journal of American Linguistics (4): 340–340. ISSN 0020-7071. doi:10.1086/465704. Consultado em 12 de janeiro de 2022
- ↑ a b c d Yava, Albert (1982). Big Falling Snow: A Tewa-Hopi Indian's Life and Times and the History and Traditions of His People (em inglês). [S.l.]: University of New Mexico Press
- ↑ «Field Mouse Goes To War Tusan Homichi Tuvwöta». Native Child (em inglês). Consultado em 12 de janeiro de 2022
- ↑ «Little Hopi: Hopihoya». Native Child (em inglês). Consultado em 12 de janeiro de 2022
- ↑ a b Hepworth, James R. (1979). «Big Falling Snow by Albert Yava (review)». Western American Literature (2): 181–182. ISSN 1948-7142. doi:10.1353/wal.1979.0035. Consultado em 12 de janeiro de 2022