Antirracismo anarquista
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Muitos anarquistas históricos e contemporâneos se autodefiniram como antirracistas. Diversos anarquistas da segunda metade do século XIX - como Lucy Parsons - filha de negros escravos e indígenas do México, e ex-escrava no sul dos Estados Unidos - viam o racismo como mais um dos muitos efeitos negativos do capitalismo que acreditavam, seria abolido em um mundo pós-capitalista. Entre os anarquistas contemporâneos, no entanto, o antirracismo é considerado um tópico de grande importância visto como uma das muitas formas de hierarquia social e estratificação independentes do capitalismo que precisam ser destruídas. Nenhuma organização ou vertente anarquista jamais incluiu o racismo em sua plataforma, e muitas formações atuais incluem entre seus posicionamentos o antirracismo. Em termos de exemplo os anarquistas estadunidenses sozinhos se opuseram as práticas racistas contra as populações chinesas e os trabalhadores mexicanos em fins do século XIX e início do 20.
Antirracismo anarquista na Europa
[editar | editar código-fonte]Desde o final da década de 1970 anarquistas têm se envolvido na luta contra a organização de grupos neofascistas. Na Alemanha e no Reino Unido alguns anarquistas trabalharam dentro de grupos de militantes antifascistas ao lado de membros da esquerda marxista. Eles defendiam o combate direto aos fascistas com o uso de força física ao invés de relegar esta tarefa ao estado. Desde o fim da década de 1990, uma tendência similar se desenvolveu no anarquismo estadunidense.
Antirracismo anarquista na América do Norte
[editar | editar código-fonte]O anarquismo negro é um termo abrangente reivindicado frequentemente por pessoas e organizações anarquistas que colocam a análise das relações raciais e a luta pela libertação negra como frontal em seus engajamentos, mas que também se diferenciam em suas concepções estratégicas do anarquismo, adotando do plataformismo ao sindicalismo revolucionário, e portanto precisam ser vistos como um campo heterogêneo de práticas dentro do anarquismo. O anarquismo negro surge nominalmente a partir da ascensão das lutas pela libertação negra nos Estados Unidos da América, principalmente em organizações como o Partido dos Panteras Negras e o Exército Negro de Libertação, como também do movimento pan-africanista internacional - as contradições percebidas nessas organizações, frequentemente relativas à constituição hierárquica e vanguardista, motivaram diversos militantes à buscar e formular alternativas libertárias. Foi no cárcere que a maioria dos primeiros propositores do anarquismo negro fizeram uma crítica de suas experiências militantes e cruzaram pela primeira vez com a literatura anarquista, disponibilizada nas prisões por grupo como a Cruz Negra Anarquista.[1]
Veja também
[editar | editar código-fonte]Ligações externas
[editar | editar código-fonte]- Anarquismo e antirracismo na Irlanda (em inglês)
- História Anarcossindicalista: Antiracismo em ação (em inglês)
- Anarquismo: uma história do antiracismo (em inglês)
Referências
[editar | editar código-fonte]Bibliografia
[editar | editar código-fonte]- Dana M., Williams (2021). «Faccionalização radical dos panteras negras e o desenvolvimento do anarquismo negro». REVISTA ESTUDOS LIBERTÁRIOS – UFRJ. 3 (8)
- Kom'boa Ervin, Lorenzo. Anarquismo e a revolução negra. e Outros Textos do Anarquismo Negro. [S.l.]: Coletivo Sunguilar
- Alston, Ashanti. «Anexo - Anarquismo negro». Anarquismo e a revolução negra. e Outros Textos do Anarquismo Negro. [S.l.]: Coletivo Sunguilar. pp. 175–187