Bardas Mamicônio
Bardas Mamicônio | |
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Nacionalidade | Império Sassânida |
Etnia | Armênio |
Progenitores | Mãe: Zoique Arzerúnio Pai: Maictes Mamicônio |
Ocupação | General |
Bardas Mamicônio (em armênio/arménio: Վար Մամիկոնյան; romaniz.: Vard Mamikonian; m. 508,[1] 510/511[2] ou 514) foi marzobã (governador) da Armênia ao xá Cavades I (488-496; 499-531) por quatro anos, de 505/510 a 509/514. Governa em sucessão de seu irmão Baanes I.
Biografia[editar | editar código-fonte]
Bardas era o terceiro filho de Maictes e Zoique, uma filha de Vararanes ou Vasaces Arzerúnio, e o irmão mais novo de Baanes I. Foi refém dos persas durante sua juventude.[3] Seu irmão Baanes o fez asparapetes (comandante-em-chefe) quando tornou-se marzobã em 485.[4] Sucedeu seu irmão como marzobã em 505[5] ou 510. Também reteve o título bizantino de patrício segundo Sebeos (século VII) e Estêvão de Taraunitis (século X), porém, nem Lázaro de Farpe (século V) nem o Livro das Cartas cita o título, indicando possível má interpretação dos historiadores posteriores.[6] Ele foi afastado do cargo quatro anos depois e deportado à Pérsia, por ordem do xá que suspeitou, talvez por calúnia de algum nacarar,[7] que mantinha relações com o Império Bizantino.[8] Bardas foi substituído por um marzobã persa, que pôs fim à autonomia armênia de curta duração por 25 anos. O rei Cavades I (488-496; 499-531), ansioso por manter a paz, manteve a liberdade religiosa na Armênia.[9]
Posteridade[editar | editar código-fonte]
Bardas teve ao menos dois filhos:
- Vasaces, o pai do asparapetes Manuel II morto pelo marzobã Surena em 572;
- Maictes, pai de Musel II, o ancestral de todos os Mamicônios posteriores.
Hipoteticamente são adicionados mais dois filhos: Amazaspes, mestre dos soldados da Armênia (magister militum per Armeniam) em 536 e Artavasdes IV.[2][10]
Ver também[editar | editar código-fonte]
Precedido por Baanes I |
Marzobã da Armênia 505/510-509/514 |
Sucedido por Vários marzobãs persas, então Mecécio I Genúnio |
Referências
- ↑ Settipani 2006.
- ↑ a b Toumanoff 1990, p. 331.
- ↑ Dédéyan 2007, p. 193.
- ↑ Dédéyan 2007, p. 194.
- ↑ Garsoian 1996, p. 232.
- ↑ Garsoian 1996, p. 215.
- ↑ Dédéyan 2007, p. 195.
- ↑ Grousset 1947, p. 232-233.
- ↑ Grousset 1947, p. 233.
- ↑ Settipani 2006, p. 133-138.
- Este artigo foi inicialmente traduzido, total ou parcialmente, do artigo da Wikipédia em francês cujo título é «Vard Mamikonian», especificamente desta versão.
Bibliografia[editar | editar código-fonte]
- Dédéyan, Gérard (2007). Histoire du peuple arménien. Tolosa: Privat. ISBN 978-2-7089-6874-5
- Garsoian, Nina (1996). L'Arménie et Byzance : histoire et culture. Paris: Publications de la Sorbonne. ISBN 9782859443009
- Grousset, René (1947). Histoire de l’Arménie des origines à 1071. Paris: Payot
- Settipani, Christian (2006). Continuité des élites à Byzance durant les siècles obscurs. Les princes caucasiens et l'Empire du vie au ixe siècle. Paris: de Boccard. ISBN 978-2-7018-0226-8
- Toumanoff, Cyril (1990). Les dynasties de la Caucasie chrétienne de l'Antiquité jusqu'au xixe siècle : Tables généalogiques et chronologiques. Roma: Edizioni Aquila